Vigilia E Sono3

  • October 2019
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VIGILIA E SONO ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA VIGÍLIA E SONO A consciência é o estado no qual o sujeito tem 1 percepção completa de si mm, do meio q o rodeia e das inter-relações establecidas. Depende de 2 factores: a vigília e o conteúdo da consciência O Conteúdo da consciência – refere-se a 1 nível superior de integração das múltiplas informações sensoriais, permitindo o conhecimento e a compreensão do próprio e do meio q o rodeia. Depende portanto de funções mentais cognitivas e afectivas. Os mecanismos responsáveis por estas funções encontram-se dispersos pelo cortex cerebral. A vigília refere-se a 1 grupo mais primitivo de respostas. As estruturas responsáveis encontram-se no tronco cerebral e são sincronizados por 1 rede difusa de núcles e vias, denominada de Sistema activador reticular ascendente (sara). Este sistema difuso estende-se desde a medula aos núcleos talâmicos, e é responsável pela génese e coordenação de diversos fenómenos, tais como a abertura dos olhos aos estímulos nocioceptivos (o q traduz 1 mecanismo de vigilia inacto), os reflexos córneos, os reflexos pupilares e oculomotricidade espontânea ou reflexa. Através dos núcleos talâmicos o SARA projecta-se difusamente para o cortex cerebral, participando assim no controlo das funções responsaveis pelo conteudo da consciencia. No sujeito normal é o funcionamento ciclico deste sistema q proporciona a existenia dos ciclos vigilia/sono e das alterações EEG caracteristicas. Este funcionamento é fortemente influenciado por neurotransmissores circulantes, nomeadamente pelos sistemas hitaminergico, colinergico, adrenergico, serotoninergico e dopaminergico. O ciclo vigilia/sono é 1 fenómeno elementar e indispensavel para a vida. Constitui 1 dos ritmos circadianos basicos. O controlo normal destes ritmos parece residir na região ventral-anterior do hipotalamo, mais especificamente no nucleo supraquiasmatico. Lesões deste nucleo resultam numa desorganização dos ciclos vigilia/sono, repouso/actividade, temperatura e alimentação. A função do sono tem sido objecto de diversas teorias: restituição corporal; facilitação da função motora; consolidação da aprendizagem e memória não havendo no entanto 1 consenso global. A ideia de q o sono permite a renovação ads energias física e mental, embora simplista, parece ser ainda hj a mais adequadaO sono normal consiste em 2 estados principais, com mecanismos fisiológicos distintos: sono lento (non-rapid eye movement NREM) e sono paradoxal (rapid eye movment REM). O ciclo vigilia/sono apresenta 1 diversidade mais importante nas diferentes espécies animais e varia com a idade, actividade mentabólica e indice de massa corporal. Em todas as espécies há 1 prevalência do sono nos individuos mais jovens. Na raça humana este ciclo varia desde a gestação até a velhice. A primeira indicação da sua existência verifica-se por volta da 20ª semana de gestação, conicidindo com a organização do tronco cerebral. Este ciclo tem a duração de 60min e confere variabilidade aos fenómenos fisiológicos do feto. Na 30ª semana de gestação a fase REM ocupa cerca de 80% do periodo de sono. Na época do nascimento representa 1/3 das 24 hotas diarias e 50% do periodo de sono global. À medida q se dá a maturação e a organização neuronal a nível das estruturas cerebrais, nomeada/ das mais corticais, a criança apresenta periodos de vigília mais prolongaddos, e a % da fase REM no sono total vai diminuindo. Pelo 3º mês de vida são evidentes os primeiros fusos do sono no EEG, a fase NREM é preponderante no sono total, e este começa a consolidar-se no período nocturno. Aos 2 anos de idade o sono REM representa 20 a 25% do tempo total, o q se manterá estável até à fase de adulto. Nas idades mais avançadas ocorrem modificações importantes na estrutura do sono, mesmo nos individuos saudaveis. Estas modificações tendem a reduzir a intensidade, a profundidade e a continuidade do sono, reduzindo a sua quantidade e tornando-o mais vulenerável aos factores extrínsecos. Outro fenómeno observado nas idades mais avançadas é o aumento do número e duração dos despertares nocturnos, devido a uma maior vulnerabilidade aos estímulos ext e int, o q causa 1 fragmentação do sono. A redução da voltagem e frequência das ondas lentas do sono no individuo idoso pode estar relacionada com 1 diminuição do nº de neurónios corticais.

ESTADOS E FASES DO SONO Definem-se habitualmente 2 estados principais • Sono lento, tb denominado NREM, sossgegado ou tranquilo ou sincronizado, caracterizado por 1 EEG em q predominam as frequencias baixas e apresentando caracteristicas específicas q conduzitram à sua subdivisão em 4 fases (1 a 4). • Sono paradoxal ou REM, rápido, dessincronizado, apresentando 1 EEG compeq amplitude, sem frequencia dominante. Este estado é ainda denominado de sono activo ou onírico, pelo aparecimento frequente de sonhos vividos com maior ou menos intensidade. Das várias classificações das fass do sono a d Rechtschaffen e Kales é a mais utilizada, admitindo 7 fases: • Vigilia • Movimento • 4 fases de sono lento • sono paradoxal ou REM a evolução das fases do sono no decorrer da noite é posta em evidência pelo hipnograma. Assim, após alguns minutos de vigilia, o individuo adormece, dando 1 relaxamento muscular, queda palpebral, e alteração do padrao EEG, apresnetando este 1 menor voltagem e perda do ritmo alfa – Estádio 1 do sono NREM Estádio 2 – aparecimentod e elementos fásicos caracteristicos no EEG, como sejam os fusos do sono e os complexos K Estádios 3 e 4 – correspondem a 1 fase de sono mais profundo, dando-se o aparecimento de actividade delta de maior amplitude no EEG. Na fase seguinte do sono dá-se 1 redução ainda mais marcada do tonus muscular, excepto ao nível da musculatura ossea extrinseca, associada ao aparecimento de surtos de movimento oculares rápidos. O EEG torna-se então descincronizado, e esta fase denomina-se de sono REM. Na primeira parte dum sono normalo adulto passa sucessivamente pelos estádio 1,2,3, e 4 do NREM. Ao fim de 70-100 minutos, a maior parte dos quais ocupada pelas fases 3 e 4 ocorre o 1º período de sono REM, geralmente acompanhado de 1 incremento dos movimentos corporais. Este ciclo NREM/REM repete-se habitual/ 4 a 6x por noite. A ultima parte do sono consiste no entanto geralmente apenas na alternancia do sono REM com o estadio 2 do sono NREM. Os neurónios corticais estão sincronizados nas descargas durante o sono lento e dessincronizados no sono paradoxal. Os sonhos mais complexos ocorrem durante a fase REM, e são recordados mais facil/ se o individuo é acordado durante esse período. A actividade onírica durante o sono NREM é menos marcada. 1 individuo é facil/ despertável do sono REM, mas o despertar nas fases 3 e 4 do sono NREM produz alguma confusão e desorientação, q poderá durar alguns minutos. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DURANTE O SONO No sono lento a acticvidade ps é dominante, com miose intensa, diminuição da sudação, diminuição da freq cardiaca média e da pressão art, e baixa do debito cardiaco. A temperatura central decresce ligeira/ mas os mecanismos termorreguladores funcionam de modo semelhante ao da vigilia. O consumo de O2 a nivel cerebral diminui. O tónus muscular é menor q em vigilia, havendo contracção tónica do orbicular das palpebras. Os reflexos osteotendinosos estão diminuidos. No sono paradoxal há 1 predominancia da actividade simpatica, mas os fenomenos autonomicos são marcados por 1 extrema variabilidade, nomeadamente das frequencias cardiacas e respiratoria e da pressão arterial.

A temperatura hipotalamica sobe, ao mm tempo q os mecanismos de termorregulação deixam de funcionar, ficando o organismo dependente da temperatura ambiente. O sono paradoxal apresenta tb 2 fases distintas: • 1 em q, conjuntamente com os movimentos oculares rápidos, as pupilas apresentam variações sucessivas do seu diametro, e a pressão art, a freq cardiaca e a freq respiratoria aumenta e tornamse irregulares. Esta fase é regulada pela actividade da fita longitudinal mediana, núcleos oculomotores, núcleos da rafe e vias corticoespinhais. • Outra na qual os motoneurónios alfa e gama são inibidos, e os reflexos flexores e porturais diminuem. Esta atunia, mais marcada nos músculos abdominais, intercostais e das vias aereas superiores, pode compromenter a respiração nesta fase do sono. A actividade musc tónica é mínima durante a fase REM, embora alguns movimentos das extremidades possam ocorrer. Os movimentos oculares processam-se conjugadamente em todas as direcções. Movimentos corporais mais amplos decorrem regular/ de 15 em 15 min, mas são mais evidentes na transição REM/NREM qdo por vezes se dá 1 mudança de posição. O fluxo sanguineo cerebral e o consumo muscular de O2 diminuem o sono lento e aumentam o paradoxal, tal como o metabolismo glucidico. Existem tb variações hormonais circadiarias conjugadas com o ciclo vigilia/sono: • Secreção de cortisol e TSH diminuem no inicio do sono, no entanto altas concentrações de cortisol são encontradas no despertar. • Melatonina é produzida durante a nmoite. • A secreção da GH é mais marcada nas primeiras 2 horas de sono particular/ entre as fases 3 e 4. • Tb a secreção de PRL e LH são mais marcadas durante a noite. As evidencias dos estudos animais apontam para q os mecanismos reguladores dos sonos lento e paradoxal residam no SARA da protuberância, e sejam infljuenciados pela acetilcolina, serotonina e noradrenalina. Foi proposto q o ciclo vigilia/sono é o resultado da interacção reciproca entre nt excitatórios e inibitorios. Segundo esta teoria a actividade aminérgica (inibitopria) é elevada durante a vigilia e durante o sono lento os niveis de aminas diminuem e é subs pela acetilcolina (excitatoria) • • •

PATOLOGIA DO SONO Insónia Narcoplesia/cataplexia(sonolencia diurna excessiva) Apneia do sono(pausas periodicas e frequentes da respiração)

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