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Área de Porjecto do 8ºA

2008/2009

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

DA INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA À ACTUALIDADE Introdução

Neste trabalho pretendemos fazer uma síntese sobre aspectos da história da formação e desenvolvimento dos Estados Unidos da América que cedo começou a dar sinais de poder vir a ser uma grande potência independente da Europa. As colónias britânicas da América do Norte cedo perceberam que tinham um futuro promissor e que para isso teriam que se libertar do jugo colonialista. Passaram por várias guerras, incluindo a guerra civil que dizimou milhares de vidas humanas, combateram pela abolição da escravatura, pela defesa dos direitos do Homem e sempre conseguiram ultrapassar as mais diversas dificuldades. Todas as mudanças deram origem a um novo Mundo em que os Estados Unidos, sobretudo a partir da II Guerra Mundial, substituíram o Reino Unido na condução da política comercial, industrial e militar. Um novo desafio se coloca: será que nesta luta contra o terrorismo, à escala mundial, a democracia americana vai levar a melhor?

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende História dos Estados Unidos da América

A história dos Estados Unidos da América é a história de um país relativamente jovem, que declarou a sua independência em 4 de Julho de 1776, separando-se do Reino Unido. Esta independência seria reconhecida pelos britânicos em 1783, pelo Tratado de Paris. O território que actualmente constitui os Estados Unidos fora, no passado, habitado por dezenas de tribos nativos americanas, anteriormente à chegada dos primeiros exploradores europeus à região. Durante os séculosXVI e XVII, estes territórios foram colonizados por diversos países europeus. Os britânicos colonizaram a região da costa atlântica, onde eventualmente foram fundadas um total de Treze Colónias. Estas colónias, inicialmente muito diferentes e afastadas politicamente e culturalmente entre si, uniram-se e declararam sua independência em 4 de Julho de 1776, tendo esta independência sido reconhecida pelo Reino Unido após o fim da Revolução Americana de 1776, em 1783, sob os termos do Tratado de Paris. Desde então, os Estados Unidos gradualmente evoluiriam para uma superpotência, passando a exercer crescente influência política, económica, militar e cultural no panorama mundial.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

1ª Fase – Dos primórdios até 1754

Diversas tribos nativas americanas viviam na região que actualmente constitui os Estados Unidos muito tempo antes da chegada dos primeiros europeus. Cada um destes grupos indígenas é composto por diversas tribos com culturas e idiomas semelhantes, que eram aliados ou neutros entre si. Entre os grupos indígenas dos Estados Unidos, destacam-se os iroqueses, os algonquinos, os hurões, os sioux, os apaches, os uto-astecas, os havaianos e os esquimós. Estas famílias indígenas estavam, por sua vez, divididas em várias tribos menores. Não se sabe ao certo o número total de nativos indígenas que viviam no actual Estados Unidos nos anos que precederam à chegada dos primeiros europeus. Estima-se esse número entre um e quinze milhões de índios. Estes números também incluem astecas que viviam no sul dos actuais Estados Unidos.

Fig. 1 – Os primeiros colonos.

Os primeiros europeus chegaram ao longo do século XVI. Diferentes nações exploraram e reivindicaram diferentes partes dos Estados Unidos. Os Espanhóis foram os primeiros a explorarem as actuais regiões de Florida,

Texas,

Novo

México,

Arizona

e

Califórnia.

Tais

regiões

continuariam sobre controlo hispânico até meados do século XIX. Os espanhóis fundaram o primeiro assentamento permanente em actual

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende território americano, designado por Stº. Augustine, em 28 de Agosto de 1565. Os Franceses instalaram-se ao longo da região central do actual Estados Unidos, e neerlandeses e suecos no nordeste. Durante a década de 1640 os neerlandeses expulsaram os suecos da região. A Virgínia foi a primeira colónia britânica nas Américas. A colónia britânica de Virgínia foi fundada em 1606. JamesTown foi o primeiro assentamento britânico fundado no continente americano. Os colonos britânicos esperavam encontrar ouro ou outros metais preciosos, mas nada encontraram. Ao invés disso, a Virgínia tornou-se uma colónia agrária, passando a exportar tabaco para o Reino Unido a partir de 1612. A Virgínia também destaca-se por ter sido a primeira colónia a criar um sistema de governo, a Casa de Bruges, uma câmara legislativa. Outras províncias coloniais britânicas logo foram fundadas pelo Reino Unido, ao longo do Oceano Atlântico. Massachusetts foi fundada em 1620, e Nova Hampshire, em 1623. A colónia de Nova Iorque foi fundada em 1624. Esta última colónia duplicaria após os britânicos terem expulsado os neerlandeses do nordeste dos actuais Estados Unidos. Os Holandeses estavam instalados no que actualmente constitui o sul do Estado de Nova Iorque, numa colónia chamada Novos Países Baixos, cuja capital era Nova Amesterdão. Os Novos Países Baixos foram capturados em 1664 pelos britânicos, e Nova Amesterdão foi renomeada como Nova Iorque. O primeiro assentamento permanente em Connecticut foi fundado em 1633, Maryland em 1632, Rhode Island em 1636, Delaware em 1638, Pensilvânia em 1643, Carolina do Norte em 1653, Nova Jérsia em 1660, e a Carolina do Sul, em 1670. Maryland destaca-se por ter sido a primeira colónia a permitir a livre prática de qualquer religião.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende O Massachusetts destacou-se em seu pioneirismo na educação, tendo fundado a Faculdade de Harvard - actual Universidade de Harvard - em 1636 - a primeira instituição de educação superior nos actuais Estados Unidos - e o primeiro sistema de educação pública, em 1647. Entre a década de 1650 e a 1660, os britânicos gradualmente conquistaram os Novos Países Baixos, tendo anexado estas colónias neerlandesas definitivamente em 1664. Em 1672, a primeira estrada de maior importância foi fundada nos Estados Unidos, ligando Boston com Nova Iorque. O primeiro jornal foi fundado em 1704, em Boston, sob o nome de Boston News-Letter. Em 1663, o Rei Carlos I de Inglaterra cedeu a região localizada entre a colónia britânica de Virgínia e a então colónia espanhola de Florida para oito diferentes proprietários. Esta região era então chamada de Carolina. Em 1712, a Carolina foi dividida em três regiões. A região setentrional tornou-se a Carolina do Norte, e a região central tornou-se a Carolina do Sul. A região sul continuou escassamente habitada, e somente tornou-se oficialmente colónia britânica em 1733, sob o nome de Geórgia. Em 1753, a população dos Estados Unidos era de um 1,3 milhão de habitantes. A economia do país então baseava-se, primariamente, na agricultura e na exportação de produtos agro-pecuários para outros países. Então, as Treze Colónias já atraíam milhares de emigrantes anualmente, tornando-se uma sociedade multicultural.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

2ª Fase - 1754 – 1783

O período da história dos Estados Unidos da América que se estende de 1754 até 1783 é marcado pelo crescente movimento da população das Treze Colónias americanas pela independência. As relações entre os colonos americanos e os britânicos passaram a deteriorar-se rapidamente. Desde meados do século XVIII, tanto as colónias francesas quanto as colónias britânicas na América do Norte expandiram-se. Eventualmente, tanto a França quanto o Reino Unido reivindicaram o território que estendia-se dos Apalaches até o Rio Mississípi. Em 1754, a Guerra FrancoIndígena teve início, entre a colónia francesa de Nova França e as Treze Colónias britânicas. Esta guerra, por sua vez, é considerada parte de um conflito mundial, a Guerra dos Sete Anos. Diferentes tribos indígenas participaram na guerra, algumas ao lado dos britânicos, e outras ao lado dos franceses. Em 1763, o Reino Unido saiu-se vencedor. Segundo os termos do Tratado de Paris, o Reino Unido anexou todos os territórios franceses a oeste do Rio Mississípi - com excepção de New Orleans. Territórios franceses a oeste do Rio Mississípi, bem como New Orleans, tornaram-se colónias espanholas.

Fig. 2 – Revolução Americana de 1776.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende A Guerra dos Sete Anos endividou pesadamente o Reino Unido. Além disso, o Reino Unido, por passar a controlar um território muito maior, foi obrigado a aumentar os seus custos em relação à defesa e manutenção da ordem nas colónias. Como consequência, o governo britânico criou ou aumentou uma série de impostos em todo o Império Britânico, fato que desagradou muito à população americana. Como os colonos americanos não tinham representação no Parlamento do Reino Unido, estes colonos acreditaram que estes impostos eram injustos. Não aos impostos sem

representação tornou-se um grito de guerra de vários colonos americanos. Como consequência, muitos colonos americanos passaram a boicotar produtos britânicos vendidos nas Treze Colónias. Em 1765, um grupo de representantes de nove das Treze Colónias juntaram-se em Massachusetts, e passaram a considerar a criação de uma acção conjunta contra o Reino Unido. À medida que as tensões entre britânicos e os americanos cresciam, os britânicos mandaram tropas no final da década de 1770, que ocuparam as duas maiores cidades americanas à época, Boston e Nova Iorque. Tensões entre colonos americanos e soldados britânicos resultaram no extermínio de cinco colonos americanos, em 5 de Março de 1770. Em 1774, os britânicos aprovaram os Actos Intoleráveis, que fechava o porto de Boston e aumentava os poderes dos britânicos sobre as Treze Colónias, entre outras medidas. Os Actos Intoleráveis revoltaram a população americana. Em 5 de Setembro de 1774, representantes de doze das treze colónias britânicas juntaram-se no Primeiro Congresso Continental, em Filadélfia, e decidiram paralisar todas as relações comerciais entre as colónias e o Reino Unido. A Revolução Americana de 1776 teve início em 19 de Abril de 1775, quando tropas britânicas tentaram apreender armas e suprimentos militares do Massachusetts. Porém, colonos americanos derrotaram estas tropas

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende britânicas. Representantes das Treze Colónias britânicas juntaram-se em Filadélfia, no Segundo Congresso Continental, em 10 de Maio de 1775. Em 15 de Junho, George Washington foi escolhido líder das forças rebeldes americanas. Em 23 de Agosto, o Reino Unido oficialmente declarou guerra contra os rebeldes.

Fig.3 – Declaração da Independência dos EUA.

Em 4 de Julho de 1776, o Segundo Congresso Continental declarou oficialmente

a

independência

das

Treze

Colónias.

A

guerra

pela

independência estendeu-se entre 1776 e 1783. Inicialmente, os rebeldes americanos dispunham de uma pequena força armada, mal treinada, mal equipada, bem como faltavam líderes e comandantes. Além disso, faltavam armas, suprimentos e fundos económicos. Apesar disso, a causa da independência era mais importante, e os rebeldes tinham a vantagem em lutar num enorme e bem conhecido território, que era desconhecido pelas tropas britânicas enviadas às Treze Colónias. Inicialmente, os rebeldes sofreram diversas derrotas. Com o passar do tempo, porém, os rebeldes passaram a dominar a guerra. Os rebeldes americanos também receberam ajuda militar e económica substancial da França e da Espanha. Em 3 de Setembro de 1783, o Reino Unido reconheceu oficialmente a sua derrota, através do Tratado de Paris, terminando oficialmente a guerra pela independência americana. Os Estados Unidos receberam todos os

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende territórios britânicos ao sul dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, a leste do Rio Mississípi, e ao norte da Florida, ainda colónia espanhola.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

3ª Fase 1783 - 1815

Em 1787, líderes e representantes dos treze Estados americanos escreveram a Constituição dos Estados Unidos da América, que se tornou o pilar central do sistema político dos Estados Unidos da América, e centralizou o governo do recém-criado país. Todos os Estados Americanos ratificaram a Constituição americana por volta de 1789, tornando-se assim oficialmente Estados dos Estados Unidos da América. A Constituição Americana instituiu um sistema de colégios eleitorais no país. Em 1789, George Washington, que fora o líder das forças rebeldes americanas na Revolução Americana de 1776, foi escolhido por unanimidade pelos membros do colégio eleitoral como o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América. O governo dos Estados Unidos passou a operar de maneira centralizada ainda em 1789, com capital em Nova Iorque. Um ano depois, a capital mudou-se para Filadélfia. Os Estados Unidos então sofria de diversos problemas, como a falta de infra-estrutura e uma gigantesca dívida pública. Os problemas económicos do país eram enormes. O país também estava dividido em dois: um Norte, cuja economia se baseava primariamente no comércio doméstico e na indústria de manufacturação, e cuja população era primariamente contra o trabalho escravo, e um Sul cuja economia dependia pesadamente da agricultura, cujos produtos - primariamente algodão - eram primariamente vendidos em outros países, e utilizava mão-de-obra escrava. Outro problema foi o início de uma nova guerra, entre a França e o Reino Unido e a Espanha. A França esperava ajuda militar dos americanos. Porém, alguns grupos políticos eram a favor, e outros eram contra. George Washington decidiu-se

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende pela neutralidade, causando atritos políticos e militares entre a França e os Estados Unidos da América. Divergências entre diferentes grupos políticos levaram à criação de dois partidos políticos - o Partido Federalista e o Partido Democrata-Republicano.

Fig.4 – Guerra de 1812.

Diversos políticos queriam que o governo controlasse activamente a economia do país. Outros eram contra a qualquer tipo de intervenção do Estado na economia dos Estados Unidos. O Secretário de Estado americano Alexander Hamilton, que era a favor da intervenção do governo dentro da economia nacional, sugeriu aumentar impostos em certos produtos agropecuários, para a arrecadação de mais fundos, que seriam utilizados para o pagamento da dívida. Thomas Jefferson, um dos líderes do grupo contra a intervenção governamental na economia do país, foi contra inicialmente. Porém, Jefferson concordou em apoiar Hamilton, caso este decidisse suportar a mudança da capital americana para o sul. O Congresso americano aprovou o plano financeiro de Hamilton, e também mudar a capital americana, que se mudou definitivamente para Washington, distrito de Colômbia, em 1800. Em 1800, Thomas Jefferson foi eleito Presidente dos Estados Unidos, tendo sido reeleito em 1804. A ideologia político-social de Jefferson era um fraco governo centralizado, e politicamente democrático

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende e balanceado, bem como ampla liberdade aos habitantes do país. Este ideal ficou conhecido como democracia jeffersoniana. Em 1803, Jefferson autorizou a compra de um enorme território, a Louisiana, que dobrou a extensão territorial do país. A Constituição americana não autorizava a compra

de

territórios

estrangeiros,

e

diversos

grupos

políticos

questionaram a validade da compra. Outro destaque durante o governo de Jefferson foi a ascensão de uma forte Suprema Corte. Em 1803, a França e o Reino Unido novamente entraram em guerra. Ambos os países atacaram navios mercantes americanos. Os Estados Unidos instituíram um embargo contra os dois países, em 1807. O embargo causou grande recessão económica nos Estados Unidos e tiveram pouco efeito tanto nos ataques quanto na economia britânica e francesa. James Madison tornou-se Presidente em 1809 e a França concordou em parar de atacar navios mercantes americanos. O Reino Unido, porém, continuou activamente com estes ataques. Isto, aliado com rumores que constantes ataques indígenas no norte do país estavam sendo incentivados pelos britânicos, desencadearam a Guerra de 1812. Os Estados Unidos declararam guerra oficialmente em 12 de Junho de 1812. Tropas americanas atacaram o sul do actual Canadá, mas eventualmente, contra-ataques britânicos forçaram os americanos a recuarem. Os britânicos capturaram e incendiaram prédios governamentais importantes de Washington, DC, em 1814. Eventualmente, porém, os americanos e os britânicos chegaram a um acordo de paz. A guerra terminou em 1815, e nenhum lado oficialmente venceu a guerra. A Guerra de 1812, porém, criou um grande sentimento de orgulho e de nacionalismo americano, entre a população do país.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

4ª Fase 1815 - 1865

Fig. 5 – Expansão americana rumo ao oeste.

Após o término da Guerra de 1812, da derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo e do Congresso de Viena, eventos ocorridos em 1815, uma era de relativa estabilidade iniciou-se na Europa. Líderes americanos passaram a prestar menos atenção a conflitos europeus, bem como o comércio com a Europa, e passaram a dedicar-se mais ao desenvolvimento doméstico do país. Em 1823, o Presidente americano James Monroe instituiu a Doutrina Monroe, onde Monroe avisava às potências europeias a não interferirem com nenhuma nação livre no continente americano. Com o fim da aliança dos britânicos com os nativos americanos, colonos americanos passaram a colonizar áreas, habitadas primariamente por indígenas - muitos dos quais haviam sido movidos à força para a região, da costa atlântica, por ordem do governo americano. Durante a década de 1830, o governo federal deportou forçadamente tribos indígenas do sudeste do país para territórios menos férteis no oeste. Este caso foi parar na Suprema Corte americana, que julgou o caso a favor dos indígenas. Mesmo

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende assim, o Presidente americano à época, Andrew Jackson, ignorou o mandato da Suprema Corte. Ao longo das primeiras décadas do século XIX, milhares de americanos e imigrantes recém-chegados no país passaram a mover-se em direcção ao oeste. Foi o início da expansão americana em direcção ao Oceano Pacífico. Muitos destes assentadores instalaram-se até mesmo em áreas não controladas pelos americanos à época, especialmente no Texas e na Califórnia. À medida que a população de regiões e territórios na região central e oeste dos Estados Unidos gradualmente aumentava, novos territórios e estados foram criados. Este movimento em direcção ao oeste foi em parte estimulado pelo Destino Manifesto, criado em 1823. Então, milhares de colonos viviam em território não americano, ou em regiões disputadas por outros países. As pessoas que apoiavam o Destino Manifesto acreditavam que os Estados Unidos deveriam controlar toda a América do Norte. Os habitantes americanos que viviam nestas regiões passaram a exigir a anexação destas regiões por parte do governo americano. Estas regiões incluem o norte do México e o Oregon Country, uma região localizada no noroeste dos actuais Estados Unidos e no sudoeste do Canadá, e disputada com o Reino Unido. Em 1839, o Texas tornou-se independente, tornando-se uma república. O Texas foi anexado pelos Estados Unidos em 1845. Em 1846, o Reino Unido cedeu a região sul do Território de Oregon para os Estados Unidos. Ainda no mesmo ano, teve início a Guerra Mexicano-Americana. A guerra só teve fim em 1848, terminando com a vitória americana. No Tratado de Guadalupe Hidalgo, assinado em 2 de Fevereiro de 1848, o México oficialmente cedia toda a região norte do país para os Estados Unidos. Em 1853, os Estados Unidos compraram uma pequena região, na

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende Compra de Gadsden, que constitui o sul dos actuais Estados de Arizona e Novo México. Os Estados Unidos já eram então na década de 1850 uma grande potência económica e militar. Milhares de imigrantes vindos de países europeus

instalavam-se

anualmente

nos

Estados

Unidos. Porém,

as

diferenças políticas, sociais e económicas entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos haviam crescido drasticamente desde que o país se tornara independente em 1783. A população do Norte havia crescido drasticamente, e tinha o quase o triplo da população do Sul. A maior parte dos imigrantes instalavam-se no Norte, cuja economia era pesadamente industrializada, e cuja população era contra o uso do trabalho escravo. O Sul, por sua vez, continuava dependente das exportações de algodão para países europeus.

Fig. 6 – Guerra Civil Americana.

A maior população dos Estados do Norte fez com que esta passasse a dominar a Câmara de Representantes. O equilíbrio político então era somente mantido pelo igual número de estados anti-escravidão e anti-abolicionismo no Senado. Porém, a expansão do país em direcção ao oeste criou grande controvérsia. Nortistas acreditavam que a escravidão deveria ser efectivamente proibida nos novos estados que seriam fundados no oeste do país. Já os sulistas eram contra esta proposta. O equilíbrio político no Senado foi mantido até o início da década de 1860, com Estados anti-abolicionistas sendo criados somente quando um segundo Estado, anti-escravista, também era criado. O equilíbrio foi quebrado em 1861, quando o

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende Kansas foi admitido à União como Estado anti-abolicionista. O domínio dos anti-abolicionistas no Congresso americano e a eleição do anti-abolicionista republicano Abraham Lincoln em 1860 fizeram com que 11 Estados antiescravistas anunciassem secessão dos Estados Unidos, e a fundação dos Estados Confederados da América. A Guerra Civil Americana teve início a 12 de Abril de 1861, quando tropas confederadas atacaram tropas da União em Charleston. A União, ou os Estados Unidos propriamente dito, dispunha de maior força industrial, económica e militar, bem como maior população. Os confederados, porém, estavam dispostos a lutar por sua causa. Durante o início da guerra, os confederados venceram diversas batalhas. Porém, a União gradualmente passou a controlar a guerra. A 1 de Janeiro de 1863, Lincoln proclamou, em um gesto simbólico, a Proclamação de Emancipação, que dava liberdade a todo o escravo em território confederado. A rendição da principal força confederada, controlada por Robert E. Lee, a 9 de Abril de 1865, marca na prática o fim da Guerra Civil, que terminaria oficialmente em 28 de Junho, com a rendição das últimas tropas confederadas.

5ª Fase 1865 - 1918

Fig. 7 – Ascensão do imperialismo americano.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende A Guerra Civil Americana causou grande destruição nos Estados Unidos - especialmente no sul do país. Nenhum conflito causou a morte de mais americanos do que a Guerra Civil Americana. Entre 600 a 700 mil americanos perderam as suas vidas nesta guerra civil, mais do que as baixas americanas em todas as guerras que os Estados Unidos estiveram envolvidos desde a Revolução Americana de 1776 até os dias actuais. O Sul, após o final da guerra, foi ocupado por forças americanas. A economia da região então estava completamente destruída. O período que se estende do final da guerra até 1877, quando as últimas forças americanas desocuparam o Sul, é conhecido como Reconstrução. Os conflitos entre políticos nortistas apareceram quanto ao processo de readmissão dos Estados do Sul para os Estados Unidos da América. Estes políticos dividiam-se em dois grupos: os moderados e os radicais. Os moderados, liderados ao longo da guerra por Abraham Lincoln e posteriormente pelo Vice-Presidente Andrew Jackson (que assumiu o posto de Presidente), queriam por um fim definitivo às diferenças políticas, culturais, económicas e sociais entre o Sul e o Norte, e eram contra a imposição de punições. Já os radicais exigiam grandes punições contra o Sul. Os radicais, após a guerra, conseguiram aprovar no Congresso americano pesadas punições contra o Sul, e mesmo iniciaram um processo de

impedimento contra Jackson. O Senado americano rejeitou este processo por apenas um voto, em 1868. Os nortistas instalaram nos Estados e nas principais cidades e condados do Sul governos comandados por republicanos, protegidos pelas tropas nortistas. A população do Sul ressentia a presença tanto dos republicanos quanto das tropas. Entre os políticos instalados no poder nestas subdivisões, estiveram diversos afro-americanos, colocados no poder pelo governo americano primariamente com o propósito de humilhar a

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende população sulista. O governo americano proibiu o uso do trabalho escravo ainda em 1865, confirmou a cidadania de todos os afro-americanos no país em 1868, e permitiu que qualquer pessoa afro-americana do sexo masculino também tivesse o direito de voto. Apesar disto, a discriminação contra afro-americanos continuaria abertamente em todo o país durante o próximo século no país. A Reconstrução terminou em 1877. A economia dos Estados Unidos desenvolveu-se rapidamente, grandes malhas ferroviárias foram construídas ao longo do país. Este crescimento estava centralizado primariamente nas cidades. Como consequência, grande migração dos campos para as cidades ocorreram. Os Estados Unidos expandiram o seu território em 1867, com a aquisição do Alasca, da Rússia. Em 1898, o Havai foi anexado pelos Estados Unidos. No mesmo ano, os Estados Unidos entraram em guerra contra a Espanha, na Guerra Hispano-Americana, saindo-se vencedora, e adquirindo Cuba e Porto Rico. Os americanos conquistaram as Filipinas - então colónia espanhola - em 1903.

Fig. 8 – O tio Sam e a Primeira Guerra Mundial.

Mais de 25 milhões de imigrantes instalaram-se nos Estados Unidos, entre 1870 e 1916, causando grande crescimento populacional - de 40 milhões de habitantes em 1870 para mais de 100 milhões em 1916. Os

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende principais motivos foram a rápida industrialização dos estados do Norte, a

substituição de mão-de-obra escrava por mão-de-obra imigrante nos estados do Sul, e primariamente por causa do Acto Homestead, que dava lotes de terra no oeste americano a baixo ou nenhum custo, incentivando assim o povoamento do oeste americano. Este povoamento, porém, assinalou o fim do estilo de vida das tribos indígenas nos Estados Unidos. Em ordem para dar espaço as cidades e fazendas, os americanos forçaram os indígenas a moverem-se para reservas indígenas. Estes resistiram inicialmente, atacando fazendas e cidades americanas, mas todos os movimentos de resistência por parte dos indígenas acabaram em 1900. Em 1914, teve início a Primeira Guerra Mundial. Os Estados Unidos não entraram inicialmente na guerra, mas cedeu empréstimos e suprimentos às duas principais potências - Reino Unido e a França. Em 1917, os Estados Unidos entraram na guerra, ao lado das duas principais potências, por causa do afundamento de diversos navios americanos por submarinos alemães. Após o final da guerra, as potências Aliadas impuseram pesadas punições contra a Alemanha, sob os termos do Tratado de Versalhes, apesar da insistência do Presidente americano Woodrow Wilson por termos razoáveis de punição. O impacto económico do tratado na Alemanha foi severo, e a humilhação imposta por este tratado foi uma das razões primárias para que Adolf Hitler assumisse o poder da Alemanha em 1933. Os Estados Unidos não ratificaram o tratado, e ao invés disso, assinaram tratados de paz diferentes com a Alemanha e suas aliadas. A guerra não alcançou os ideais que Wilson prometera, e os americanos decidiram isolar-se do resto do mundo, passando a dar mais atenção a problemas domésticos, longe de relações internacionais.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

6ª Fase 1918 - 1945

Fig. 9 – Grande Depressão.

Os Estados Unidos prosperaram de uma forma muito balanceada. Durante a maior parte da década de 1920, os Estados Unidos passaram por um período de prosperidade não balanceada. Enquanto a indústria de manufactura e a venda de novos produtos recém inventados, como o rádio, os filmes e os automóveis, crescia, os preços para os produtos das agropecuárias e os salários dos trabalhadores caíram em todo o país. A qualidade de vida nas áreas urbanas crescia gradualmente, e dramáticas melhorias no sistema de planeamento urbano destas áreas urbanas ocorreram, a qualidade de vida caiu nas áreas rurais. Uma das razões da prosperidade económica em geral dos Estados Unidos durante a década de 1920 foi a extensão de crédito a níveis perigosos, incluindo nas bolsas de valores, que cresceram para níveis perigosamente inflacionados. Em 1920, o Congresso americano aprovou a proibição da fabricação, da venda, da importação e da exportação de bebidas alcoólicas em todos os Estados Unidos, numa tentativa de minimizar diversos problemas sociais. Este acto do Congresso americano ficou conhecido como Prohibition, que

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende terminou em 1933, não tendo sucedido em reduzir o consumo de álcool, e fortalecendo o crime organizado no país. A Proibição, de qualquer maneira, foi a primeira emenda à Constituição americana que regulava directamente a actividade social, representando o crescente fortalecimento do Estado no país durante as primeiras décadas do século XX. A quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, ocorrida em 1929, marca o início de um período de uma década conhecido como a Grande

Depressão, caracterizada por grande recessão económica no país. As causas da quebra da bolsa de valores e da Grande Depressão em si são assunto de grande controvérsia até os dias actuais. A quantidade limitada de informações da economia da época sugere que a indústria de construção e o sector imobiliário estagnaram em 1926, juntando-se ao declínio das indústrias da agricultura, pecuária, mineração e do petróleo. Em todos estes sectores, a superprodução e a competição de produtos de outros países baixaram preços e lucros. Os salários não cresceram rápido o suficiente para permitir a possíveis consumidores a compra de novas residências e de outros

produtos

industrializados

à

venda

na

gradualmente

época. caía,

A

por

exportação

de

causa

ascensão

da

produtos do

proteccionismo no mundo industrializado. A quebra da bolsa de valores drenou a confiança de possíveis consumidores e, mais importante, a confiança de instituições financeiras. Estas tornaram-se extremamente relutantes em investir. Por isto, a economia americana caiu numa severa depressão económica. A Grande Depressão foi marcada por níveis muito altos de desemprego, investimentos inexigíveis e grande deflação. Em resposta à recessão, o Congresso e o então Presidente americano Hebert Hoover aprovaram uma tarifa alfandegária, o Acto Tarifário SmootHawley, e, juntamente com outros actos públicos, tentou fixar preços a fazendeiros, e criou um programa de ajuda social, que passou a empregar

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende centenas de pessoas, acreditando que o governo americano era obrigado a manter os níveis de emprego em alta, mas que deveria intrometer-se directamente o menos possível na economia do país. Estes esforços não tiveram precedentes, e economistas, actualmente, ainda não chegaram a um consenso sobre a devida precaução destas políticas. Enquanto alguns acreditam que estas medidas pouco serviriam a curto prazo, e foram insuficientes, dado a magnitude da depressão, outros acreditam que estas políticas foram destrutivas, e contribuíram para a agravação da Grande Depressão.

Fig. 10 – Desembarque

da

Normandia em 1944.

Com milhões de pessoas desempregadas, grande descontentamento entre

a

população

americana

começou

a

surgir

entre

as

classes

trabalhadoras dos Estados Unidos. Uma resposta repressiva do governo americano poderia causar uma revolução socialista a qualquer momento, mas o Presidente Franklin Delano Roosevelt, eleito em 1932, implementou o New Deal, que aumentava a participação e a intervenção do governo americano na economia do país, instituía novas regulações em instituições de comércio especialmente bancos - para maior estabilidade da economia do país, e criavam um número de programas de ajuda social e económica aos pobres e desempregados. O ápice da Grande Depressão ocorreu em 1933, e gradualmente desde então, a economia do país gradualmente recuperou-se,

23

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende embora muito lentamente, apresentando poucas melhorias até o fim da década, e só terminando com o início da Segunda Guerra Mundial. O sentimento isolacionista americano caíra, mas tanto a população americana quanto o governo inicialmente eram contra o envolvimento do país na guerra, limitando-se a fornecer suprimentos para o Reino Unido, a China e a União Soviética. Porém, este sentimento mudou drasticamente após o Ataque a Pearl Harbor pela força aérea japonesa, em 7 de Dezembro de 1941, e os Estados Unidos rapidamente aliaram-se com os britânicos e os soviéticos, contra o Japão, a Itália e a Alemanha nazi. Mesmo com o envolvimento americano, quase quatro anos foram necessários para a derrota final da Alemanha e do Japão. A participação dos Estados Unidos foi essencial na prevenção de uma eventual vitória total das potências do Eixo na Europa e na Ásia.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende 7ª Fase 1945 - 1964

Fig. 11 – Movimento dos direitos civis.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos experimentaram um período de grande crescimento económico. As potências Aliadas (que incluíam os Estados Unidos) financiaram a reconstrução da Alemanha e do Japão, e eventualmente transformaram estes países de exinimigos em aliados. A era pós-guerra nos Estados Unidos foi marcada internacionalmente pelo início da Guerra Fria, onde os Estados Unidos e a União Soviética tentaram expandir a sua influência no resto do mundo, à custa de outros países. Esta guerra foi balanceada pelos massivos arsenais nucleares destes países. O resultado foi uma série de conflitos durante este período, incluindo a Guerra da Coreia em 1950 a 1953 (que resultou em status quo) e a tensa Crise dos mísseis de Cuba de 1962. Dentro dos Estados Unidos, a Guerra Fria gerou preocupações sobre a influência comunista, e também resultou em tentativas do governo americano em encorajar matemática e ciências nos esforços em vencer a corrida espacial.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende Este período da história americana caracteriza-se pela explosão populacional do país. Foi o período da explosão populacional americana. Enquanto isto, a migração rural, que foi intensa desde o final da Guerra Civil Americana, começou a cair gradualmente, e o país experienciou um período de expansão económica sustentável. Ao mesmo tempo, o racismo ao longo do país - especialmente no sul - começou a ser combatido com o crescente movimento dos direitos civis, e por líderes afro-americanos tais como Martin Luther King. Ao longo da década de 1950 e do início da década de 1960, todas as leis de segregação social nos Estados Unidos foram removidas pelo governo americano, e todos os estados do país foram obrigados a fazer o mesmo. Destacam-se também o início do movimento feminista, do movimento jovem e da criação da geração gap. O final deste período caracteriza-se pelo início da escalada da Guerra do Vietname, que teve início em 1957, e duraria até 1975, pelo clímax das tensões entre as os Estados Unidos e a União Soviética, e pelo termo de ofício do Presidente John F. Kennedy, que seria assassinado em 22 de Novembro de 1963.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

8ª Fase 1964 - 1991

Fig. 12 – Guerra

do

Vietname.

A crescente impopularidade da Guerra do Vietname alimentou movimentos sociais já existentes, incluindo o movimento feminismo, minorias étnicas e os jovens. A "Grande Sociedade" do Presidente Lyndon Johnson foi um programa governamental extensivo que incluía a implementação de programas sociais. Durante a década de 1970, o sucessor de Johnson, Richard Nixon, trouxe a Guerra do Vietname ao fim, à medida que o governo do Vietname do Sul gradualmente entrava em colapso. A guerra custou aos Estados Unidos 58 mil vidas americanas. O próprio Nixon foi obrigado a renunciar, com o escândalo político de Watergate. O embargo do petróleo da OPEP em 1973 causou a diminuição do crescimento económico do país, e levou a um período de estagnação económica, sob o termo de ofício do Presidente Jimmy Carter, durante o final da década de 1970. Então, estações espaciais já tinham sido lançadas, em 1971, e grandes avanços na indústria aeroespacial ocorreram nos Estados Unidos, juntamente com seu oponente, a União Soviética.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende O crescente intervencionismo americano nos assuntos de outros países, como a aliança e o suposto apoio financeiro e político à política da conquista de territórios árabes (em especial, a Palestina) por parte de Israel fez dos Estados Unidos, cidadãos americanos e instalações militares americanas noutros países, alvo de ataques. Estes ataques passaram a ter início durante a década de 1970. A presença cada vez maior das multinacionais americanas mundo fora fez com que muitos acusassem os Estados Unidos de imperialismo. Durante a década de 1980, o Presidente Ronald Reagan foi eleito, e instituiu um programa doméstico de cortes em impostos, e um programa internacional agressivo anti-soviético. Embora o deficit dos Estados Unidos se tivesse expandido rapidamente, o Bloco Socialista começou a entrar em colapso. O colapso ocorreu em 1991, durante o termo do Presidente George H. W. Bush.

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

9ª Fase 1991 - Tempos actuais

Fig. 13– Ataques

de

11

de

Setembro de 2001.

Apesar da queda da União Soviética, os Estados Unidos viram-se envolvidos noutra acção militar, a Guerra do Golfo, ocorrida em 1990. Essa acção militar foi necessária depois do exército de Saddam Hussein ter invadido o Kuwait. O Conselho de Segurança da ONU votou a favor do ataque contra o Iraque e pela expulsão das tropas iraquianas do Kuwait. Essa campanha militar bem sucedida foi empreendida pelo governo americano do Presidente George H. W. Bush que foi sucedido pelo democrata Bill Clinton, em 1992. Clinton liderou os Estados Unidos durante o mais longo período de expansão económica da história americana, um efeito colateral da revolução digital e de novas oportunidades de negócios criadas pela Internet. Em 11 de Setembro de 2001, já sob a liderança do Presidente George W. Bush, os Estados Unidos sofreram o pior atentado terrorista da história

29

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende do país e do mundo, que culminou na destruição do World Trade Center, na parcial destruição do Pentágono e na morte de cerca de 3 mil pessoas. Este ataque terrorista, conhecido como Ataques de 11 de Setembro, foi orquestrado pela Al Qaeda, comandada por Osama Bin Laden. Em resposta aos ataques de 11 de Setembro, sob a administração do Presidente George W. Bush, os Estados Unidos, com suporte da OTAN e o apoio da ONU, invadiu o Afeganistão e derrubou os Taliban do poder do país com a ajuda da Aliança do Norte, apresentando como justificação o suposto suporte financeiro, treinamento militar dado pelo país a terroristas, inclusivamente a Al Qaeda. No entanto, a não captura de Bin Laden, possibilitou ao Presidente George W. Bush continuar o que ficou conhecido como Guerra Contra o

Terror. O primeiro evento significativo desta empreitada foi a invasão do Iraque em 2003, depois que polémicas em torno da posição do ditador iraquiano, Saddam Hussein, com respeito a inspecções de supostas armas de destruição em massa, levaram o governo de George W. Bush a tentar aprovar no Conselho de Segurança da ONU, sem sucesso, a invasão do Iraque e a deposição de Saddam Hussein. Mesmo sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos invadiram o Iraque, juntamente como outros países aliados tais como o Reino Unido, a Itália e a Espanha, levando rapidamente à deposição e à prisão de Saddam Hussein. Esta segunda invasão mostrou-se contrária a alguns interesses da comunidade internacional, entre países como a França, a Alemanha e a Rússia. Em 16 de Dezembro de 2005, a lei H.R. 4437 foi aprovada pela Câmara dos Representantes. A lei possui o alvo de reforçar o controlo americano contra a imigração ilegal, tornando mais rigorosa as medidas contra imigrantes ilegais, e tornando um acto criminoso ajudar um imigrante ilegal permanecer

30

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende no país. A lei, que está actualmente a ser discutida no Congresso, gerou grandes manifestações populares em diversas cidades do país.

31

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

Conclusão

Neste trabalho fizemos uma síntese sobre aspectos da formação dos Estados Unidos da América, momentos difíceis porque passaram os colonos que deram origem a uma grande potência mundial. A economia americana - agricultura, indústria e comércio – reanimouse, as cidades cresceram com o aumento da população vinda dos quatro cantos do Mundo, à procura do El Dourado. Com o crescimento urbano e a expansão por todo o Mundo, os norte-americanos afirmaram o verdadeiro sonho e fizeram com os outros acreditassem no sucesso. As medidas mais corajosas foram tomadas pelas instituições americanas e estiveram na base do verdadeiro sonho americano. Com uma economia liberal, espírito empreendedor herdado de vários povos europeus e convívio salutar entre cores e credos de várias origens, este país continua a ser a esperança do mundo civilizado no combate às dependências, ao terrorismo e às tentativas totalitárias. Este contacto com a história dos USA foi para mim muito enriquecedor porque me deu a conhecer o passado do maior e mais desenvolvido país do Mundo.

32

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

ES/3 D. Egas Moniz - Resende

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33

Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

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http://www.professordehistoria.com/estadosuni dos.htm



https://woc.uc.pt/fluc/class/getpresentation.do ?idclass=5204&idyear=5



http://www.arqnet.pt/portal/biografias/lincoln. html

Agradecimentos Queria agradecer ao nosso professor de Área de Projecto por me ter apoiado na escolha deste tema e por se ter disponibilizado a ajudar-me sempre que necessário.

Muito, mas muito

Obrigado !!! O aluno

O Aluno:

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Da Independência dos Estados Unidos da América à Actualidade

____________________________________________________ (Manuel António Ferreira Veloso nº09 – 8º Ano – Turma A)

Apreciação:

_____________________ - ____% - Nível _____

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