Ultimo

  • May 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Ultimo as PDF for free.

More details

  • Words: 1,977
  • Pages: 5
PROCESSOS DE IDENTIDADE Um conceito é o elemento de uma proposição como uma palavra é o elemento de uma sentença. Conceitos são abstractos porque omitem as diferenças entre as coisas na sua extensão (semântica), tratando-as como se fossem idênticas e substantivas. Conceitos são universais ao aplicarem –se igualmente a todas as coisas na sua extensão. Se perguntarmos a "um homem da rua", "O que é a democracia?" a sua resposta provavelmente será: Democracia é o tipo de sistema político através do qual o povo elege livremente os seus representantes, os quais por seu turno, determinam o rumo a ser seguido pelo país por decisão maioritária. Mas Democracia não é só isto. Democracia é também o princípio da legalidade e dos valores básicos, tais como: justiça, moralidade, a separação dos poderes, independência judicial, e acima de tudo, os direitos humanos. Primórdios maioritários que infringem os valores básicos acima citados violam a noção de democracia. Mesmo o próprio conceito de democracia assegura que há valores sob os quais toda a estrutura democrática é construída, a qual mesmo a maioria não pode modificar. De facto, o conceito de democracia é um conceito complexo. Ele contém um aspecto formal, democracia formal, cuja essência é a regra maioritária. Contudo, democracia também abrange um aspecto substantivo, democracia substantiva, cuja essência é a regra maioritária, regra dos valores básicos e, no seu âmago, os direitos humanos. Ainda, segundo os dois aspectos de democracia, o aspecto formal e o aspecto substantivo, existem lado a lado? Não temos diante de nós uma contradição intrínseca a qual é irreconciliável? Se democracia é a regra maioritária, como pode alguém evitar que a maioria infrinja os valores básicos e os direitos humanos? De facto, democracia é um sistema político complicado. De acordo com Perelman, dentre os pontos convergentes e os divergentes das diversas concepções de justiça, é necessário talhar uma fórmula de justiça que ex surja de um acordo uniforme. A noção de justiça consiste, por certo, na aplicação da ideia de igualdade, porém como um elemento indeterminado, ou seja, que possibilite o levantamento e discussão das suas divergências. De tal elemento variável, numa pluralidade de determinações, é que advirão as mais opostas fórmulas de justiça, até que se chegue a um ideal, limite, sendo justiça a igualdade, não absoluta, mas a parcial, como algo possível de execução prática. 1

Justiça implica o tratamento igual dos seres que são iguais em dadas circunstâncias. Só é realizável a justiça desde que haja identidade comum entre os indivíduos a que a mesma é aplicada. Citando Tisset, Perelman exemplifica: não há justiça nas relações entre homens e vegetais. Tal conceito já serve para aplacar a ira dos defensores de cada tipo de critério de distribuição de justiça, contudo, percebe que um novo problema surge, consiste em se saber como deverá ser o tratamento entre os membros de uma mesma categoria essencial. Conceito básico de cultura: Cultura é tudo aquilo que não é natureza, ou seja, tudo o que é produzido pelo ser humano. Por exemplo: a terra é natureza e o plantio é cultura. É o desenvolvimento intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade. Conceito filosófico de cultura: Significa que o homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas também pensa e reflecte sobre o sentido de tudo no mundo. Quanto mais minuciosamente investiga os dados empíricos e as análises particularizadas oferecidas pelas ciências, mais o filósofo se convence de que o existir humano é essencialmente cultural. Em suma, os homens são seres culturais por natureza Conceito humanista de cultura: Esse sentido humanizante de cultura floresceu entre os romanos, a partir do cuidado com a terra, a “agricultura”, isto é, o trabalho do agro, o cultivo do campo. Actualmente, a perspectiva humanista da cultura perdeu a hegemonia, mas continua válida e frequentemente exaltada. A educação formal, não-formal e informal é, sem dúvida, a maneira mais eficaz de moldar os valores, atitudes, comportamentos e habilidades que capacitarão os povos do mundo a agirem de acordo com os interesses a longo prazo do planeta e da humanidade como um todo. As Nações Unidas, e os governos deveriam procurar tomar o princípio da cidadania mundial parte integrante da educação de cada criança. A multiculturalidade é o denominador comum dos movimentos actuais em direcção à democratização da educação em todo o mundo. A preocupação com o pluralismo cultural, a multiculturalidade, o interculturalismo leva-nos necessariamente a considerar e respeitar as diferenças, evitando uma pasteurização homogeneizante na escola. Direito Internacional (DI) é o conjunto de normas que regula as relações externas dos actores que compõem a sociedade internacional. Estes actores, chamados sujeitos de direito internacional, são, principalmente, os Estados nacionais, embora a prática e a doutrina reconheçam também outros actores, como as organizações internacionais. A carta das Nações Unidas constitui uma verdadeira compilação de Direito internacional público. 2

A cidadania mundial começa com a aceitação da unidade da família humana e a interconexão das nações da “Terra, nosso lar”. Ao mesmo tempo que incentiva um patriotismo são e legítimo, ela insiste também numa lealdade mais ampla, um amor à humanidade como um todo. Fomentar a cidadania mundial é uma estratégia prática para promover o desenvolvimento sustentável. Enquanto a desunião, o antagonismo e o provincianismo caracterizarem as relações sociais, políticas e económicas dentro e entre as nações, nenhum padrão global e sustentável de desenvolvimento poderá ser estabelecido. Há mais de um século, Bahá’u’lláh advertiu, “O bem-estar da humanidade, a paz e segurança, são inatingíveis, a não ser e até que se estabeleça firmemente a sua unidade”. Portanto, é aconselhável que a cidadania mundial seja ensinada em todas as escolas e que a unidade da humanidade o princípio que fundamenta a cidadania mundial, seja constantemente declarado em cada nação. A UNESCO foi criada em 16 de Novembro de 1945, para promover a paz e os direitos humanos com base na "solidariedade intelectual e moral da humanidade". É uma das agências das Nações Unidas para incentivar a cooperação técnica entre os Estados membros. À época da sua criação, o mundo acabara de experimentar a maior catástrofe da sua história, a Segunda Grande Guerra Mundial. Os representantes dos países aliados, percebendo a importância e o alcance da cooperação intelectual entre os povos, decidiram criar uma Organização para servir de sistema de vigilância e alerta, em defesa da paz, da solidariedade e da justiça. Como declara o acto constitutivo da sua criação, "se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz". Essa frase, que se tornaria antológica, passou a superintender a trajectória de lutas da UNESCO, que já ultrapassa meio século. Se é no espírito das pessoas que se devem construir os alicerces da solidariedade, a cooperação intelectual constituiu desde os primórdios, um dos eixos centrais da sua actuação. Não uma cooperação desvinculada dos problemas sociais que o mundo enfrenta, mas uma cooperação capaz de oferecer uma contribuição efectiva aos países membros nas suas políticas de promoção do desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura, como forma e estratégia de progresso da cidadania e do bem-estar social. A educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS)? É uma educação destinada a preparar o futuro. Ela pretende tornar-nos capazes de enfrentar os principais desafios da actualidade: a proteção do meio ambiente, o respeito pela biodiversidade e a defesa dos direitos humanos. A Unesco, é uma organização internacional, em virtude de todos os estados membros manterem na integra a sua soberania, não permitindo que esta tenha qualquer 3

interferencia nas questões internas. O princípio que vigora é o da igualdade jurídica entre os Estados-membros. Nas organizações supranacionais os seus membros delegam parte da sua soberania numa autoridade supranacional, com vista à resolução de determinados problemas, em geral de caracter económico. As decisões nestas organizações impõem-se aos Estadosmembros de forma vinculativa, cujo exemplo é a União Europeia. Esta organização internacional que tanto tem contribuido para a construção e coesão de uma cidadania e identidade planetária, norteia os seus objectivos pela preservação e respeito das especificidades de cada cultura, agindo para que estas se respeitem mutuamente entre si, e colocando em acção mecanismos que permitam a sua interacção e um maior conhecimento mútuo entre os mesmos. Em 1972, adoptou a Convenção do Património Mundial, Cultura e Natural, que tem por objectivo proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excepcional. Esta convenção reverte-se de uma extrema importancia para aconstrução de uma cidadania mundial. Ao declarar património cultural da humanidade a cidade de Angra do Heroismo, o Mosteiro do Jerónimos, de Alcobaça, ou Sintra, num total de treze locais em Portugal, ou as piramides do Egipto muralhas da China, o parque nacional de Jaú na Amazónia. Esses mais de 700 monumentos e áreas históricas e naturais representam de forma extraordinária a cultura e a natureza dos países onde se localizam e, pelas suas características únicas, atraem a atenção de visitantes de todo o mundo. A elevação destes bens a património cultural da humanidade reverte-se de extrema importância para a construção e coesão de uma identidade planetária, contribuindo igualmente para enraizar mais o espírito da paz entre os povos e responsabilizando-nos colectivamente a nós cidadãos pela manutenção e conservação dos mesmos, não permitindo agressões ao património tanto a nível nacional ou internacional. Permite inspirar na mente das pessoas a sua defesa e proferir aos cidadãos do mundo a sua concentricidade, que em qualquer país permanece algo que lhes pertence, um legado dos seus antepassados, hoje seu mas que urge preservar para gerações futuras. A conservação deste legado cultural da humanidade, é um processo contínuo, se um país não proteger os seus locais inscritos, corre o risco de que esses locais sejam retirados da lista de Património Mundial. De salientar que o Brasil é um dos países com mais monumentos inscritos muitos dos quais legados pelos portugueses e, na África Lusófona só a ilha de Moçambique é património da Humanidade. Numa das suas vitias que a comissão da Unesco fez à Vila de Sintra com a finalidade de se inteirar da conservação e manutenção do patrimonio verificou que este estava a ficar degradado levando a uma chamada de atenção aos responsaveis pela sua conservação e informando-os que se na proxima visita os reparos ora feitos não tiverem sido solucionados pode levar a que Sintra seja retirada da lista de Patrimonio da Humanidade, o que em nada nos dignifica e se torna constrangedor para os amantes 4

destas preciosidades mesmo os mais distantes que iram exclamar, a Humanidade está mais pobre. Numa visita que fiz ao Convento de Cristo em Tomar verifiquei que a janela manuelina estava cheia de musgo verde caracteristico de humidade e falta de limpeza, no Mosteiro de Alcobaça, verifiquei que numa das alas externas havia árvores a crescer em cima das paredes e pequenos arbustos dependurados. Embora nós cidadaãos comuns nos sintamos na obrigação de proteger aquilo que é de todos, não o podemos fazer nestes casos sem que para isso estejamos autorizados, porque em vez de repararmos corremos o risco de estragar. Se a responsabilidade sobre este patrimonio é colectiva, os responsáveis pela sua gestão devem ser mais activos e empreendedores esmerando-se daquilo que gerem e orgulhando-se do cargo que ocupam contrariando a ideia duque é publico decerto está votado ao abandono e não faltam exemplos a nivel nacional. À semelhança daquilo que se pratica em outros lugares da terra, as visitas a estes lugares devem ser pagas simbolicamente tendo em vista a sua conservação ou de outros lá longe e não devemos cair no ridículo de praticar valores tão elevados como aqueles que se praticam contribuindo desta forma para afugentar visitantes tornando-se culturalmente mais débeis, não podemos ficar de fora a imaginar como será lá dentro. O património é de todos e a cultura também.

Bibliografia:

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria: Patrim%C3%B4nio_Mundial_da_UNESCO Http://pt.shvoong.com/books/1771321-conceitos-cultura/ Http://br.monografias.com/trabalhos910/a-nocao-justica/a-nocaojustica2.shtml#xnocao http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/democracia.htm Http://criaeinova.wordpress.com/2009/06/15/unesco-o-que-e-educacao-para-odesenvolvimento-sustentavel/

Coimbra, 19 de Julho de 2009

José António da Costa Silva

5

Related Documents

Ultimo
April 2020 40
Ultimo
May 2020 31
Ultimo
June 2020 22
Ultimo Dia
October 2019 35
Examen Ultimo
July 2020 17
Ultimo Web.txt
November 2019 58