(ufba) Programa _ Portugues_ 1fase(2)

  • May 2020
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PORTUGUÊS (1ª Fase) EMENTA: Avaliação de leitura1 de textos verbais, em língua portuguesa, literários 2 e não-literários3, além de textos não-verbais4 e mistos. OBJETIVO: Através de leitura linear e vertical de materiais discursivos de linguagem e tipologias distintas5, os candidatos deverão ser capazes de atribuir sentidos coerentes a textos apresentados, demonstrando: -

Compreensão de implícitos, inferências, hipóteses, fatos e opiniões; Percepção de relações entre idéias neles contidas; Percepção das relações entre o texto e seu exterior; Capacidade de estabelecer relações semântico-lexicais6; Atitude crítica frente a preconceitos lingüísticos decorrentes de ideologização sociolingüística; Compreensão de simetrias e assimetrias entre as modalidades oral e escrita da língua portuguesa; Conhecimento das noções de variação espacial, social – incluindose nesse tipo a variação situacional –, temporal e estilística; Domínio de elementos de acentuação, pontuação, concordância nominal e verbo-nominal, regência nominal e verbal.

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Sobre o conceito de leitura, as várias obras recomendadas podem servir como fonte de consulta. Note-se, particularmente, o artigo “O texto não é pretexto” de Marisa Lajolo, em Leitura em crise na escola: as alternativas do professor de Regina Zilberman (Org.), onde se pode depreender que ler, costumeiramente, tomada como decifração, corresponde a uma atividade de atribuição de significado, pelo leitor, o que requer deste um trabalho produtivo oral e/ou escrito voltado para o funcionamento do texto (v. Lector in fabula - a cooperação interpretativa nos textos narrativos de Umberto Eco), com possibilidade de produção textual, tanto para assentimento ou consentimento quanto para discordância. 2

Serão tomados como ponto de partida para a proposição de questões textos da lista de obras literárias indicadas como recursos. Essas obras serão objeto de recorte para elaboração de perguntas. Estas, por sua vez, serão elaboradas de modo a suscitarem a realização de exercícios de intertextualização com vistas à seleção de proposições verdadeiras e falsas, o que supõe, necessariamente, a leitura de um rol de obras muito mais amplo que o indicado. 3

A avaliação de leitura incluirá, dentre outros, textos não-literários recolhidos em revistas, jornais e livros contemporâneos. 4

Paralelamente aos textos indicados na nota anterior, fontes de leitura como outdoors, folhetos publicitários e/ou explicativos, vídeos, fotografias, obras de artes plásticas, peças musicais, entre outras, são recomendadas como textos que, embora não-verbais, devem ser objeto de leitura verbal. Recomenda-se também que filmes, vídeos, peças de teatro e outros sejam tomados como instrumentos para leitura. 5

Há possibilidades variadas de classificação de textos do ponto de vista tipológico. Entre as muitas tipologias, deve ser considerada a proposta que resultou nas seguintes publicações: A linguagem e seu funcionamento e O que é discurso, de Eni Orlandi, e, além dessas, a revista Língua e Literatura: teoria e prática. (Tipologia textual e ensino) N.1 (1º bimestre, 1988) Porto Alegre ; Kuarup, FAPA,1988. 6

Incluem-se, aqui, relações de sinonímia, antonímia, hiperonímia e outras.

Entre os recursos de leitura, estão sendo indicados os seguintes autores e obras literárias: · Joaquim Manoel de Macedo - As vítimas algozes · Miguel Sousa Tavares - Equador · Graciliano Ramos - Vidas secas · João Ubaldo Ribeiro - Viva o povo brasileiro · Cadernos Negros; Os melhores poemas (antologia publicada pelo Fundo Nacional de Cultura/MinC) · José de Alencar - Senhora BIBLIOGRAFIA7 BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolingüística. 8.ed. São Paulo: Contexto, 2000. BARTHES, Roland. O prazer do texto. Lisboa: Edições 70, 1976. BRAITH, Beth. A personagem. 4.ed. São Paulo: Ática,1990. (Série Princípios) CADEMARTORI, Lígia. Períodos literários. São Paulo: Ática, 1985. (Série Princípios) CALDAS, Waldenyr. Iniciação à música popular brasileira. São Paulo: Ática,1985. (Série Princípios) CÂNDIDO, Antonio. Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Ática, 1999. (Série Fundamentos) CASTILHO, Ataliba de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998. COELHO, Nelly Novaes. Literatura e linguagem. São Paulo: Quíron, 1980. CUNHA, Celso. Gramática da língua portuguesa. 4.ed. Rio de Janeiro: MEC/FENAME, 1977. CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. DACANAL, José H. A pontuação: teoria e prática. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987. ECO, Umberto. Lector in fabula: a cooperação interpretativa nos textos narrativos. São Paulo: Perspectiva, 1986. FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: língua portuguesa para nossos estudantes. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 1996. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 7.ed. São Paulo: Contexto, 1999. 7

Os livros elencados se constituem em leituras relevantes para os especialistas que vão elaborar os instrumentos de avaliação para os quais essas indicações bibliográficas contribuem. Alguns desses podem, não obstante, servir como fontes de consulta para os candidatos e seus professores.

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FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2000. GALVES, Charlotte; ORLANDI, Eni Pulcinelli; OTONI, Paulo (Org.). O texto: leitura e escrita. 2.ed. Campinas: Pontes, 1997. HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Campinas: Pontes, 1993. KLEIMAN, Angela. Texto e leitor. 5.ed. Campinas: Pontes, 1997. KOCH, Ingedore Villaça. Argumentação e linguagem. 4.ed. São Paulo: Cortez, 1996. KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 3.ed. Campinas: Contexto, 1998. KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 7.ed. São Paulo: Contexto, 1994. KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Contexto, 1990.

A coerência textual.

São Paulo:

LAGE, Nilson. Linguagem jornalística. São Paulo: Ática, 1986. (Série Princípios) LAJOLO, Marisa. O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, Regina et al. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 3.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984. LEITE, Lígia C. Moraes. O foco narrativo. São Paulo: Ática, 1985. (Série Princípios) LYRA, Pedro. Conceito de poesia. São Paulo: Ática, 1986. (Série Princípios) NEVES, Maria Helena de M. Gramática na escola. São Paulo: Contexto, 1990. ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 3.ed. Campinas: Cortez, 1996. ORLANDI, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4.ed. Campinas: Pontes, 1996. ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é discurso. São Paulo: Brasiliense, 1986. ORLANDI, Eni Pulcinelli; LAJOLO, Marisa; IANNI, Otávio. Campinas: UNICAMP, 1997.

Sociedade e linguagem.

POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1998. PRETTI, Dino. Sociolingüística: os níveis da fala; um estudo sociolingüístico do diálogo na literatura brasileira. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1982. PROENÇA FILHO, Domício. Princípios)

A linguagem literária.

São Paulo: Ática, 1986.

(Série

SANT’ANA, Affonso Romano de. Paródia, paráfrase & Cia. São Paulo: Ática, 1985. (Série Princípios) SOARES, Angélica. Gêneros literários. São Paulo: Ática, 1993. (Série Princípios) TRAVAGLIA, Luís Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996.

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