INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU 30º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
Índice Resumo ............................................................................................................. 2 Introdução ......................................................................................................... 3 1)
Caracterização ........................................................................................ 4
2)
Sintomatologia ......................................................................................... 5
3)
Patologias associadas ............................................................................. 6
4)
Intervenções de Enfermagem .................................................................. 7
5)
Intervenções Preventivas......................................................................... 8
Considerações finais ......................................................................................... 9 Bibliografia ...................................................................................................... 10
INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU 30º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
Resumo A agitação psicomotora trata-se de um aumento da atividade motora, acompanhada por uma alteração significativa da esfera emocional e é considerada um motivo frequente de recorrência à urgência hospitalar. É importante pelas suas possíveis repercussões orgânicas e de abordagem difícil pelas características destes doentes. Com a realização deste trabalho o nosso objetivo é esclarecer as diferentes temáticas associadas a agitação. Possivelmente um dos pontos mais importantes a serem falados, além da explicação do que é a agitação, é quais as intervenções mais adequadas quando nos deparamos com um doente agitado. A sua etiologia obedece a três grupos de causas fundamentais que, por possíveis repercussões vitais, há que descartar sempre, na seguinte ordem: delirium, transtornos psicóticos não associados a delirium e outros transtornos (crises de angústia, transtornos de personalidade e agitação). Em geral a sequência necessária para a abordagem do doente agitado na urgência é a seguinte: controlo da conduta (abordagem verbal; contenção física), avaliação do doente (história clínica, exame do estado mental, exames físico e neurológico, provas de laboratório), e tratamento. Uma
correta
intervenção
passa
pelo
controlo
ambiental,
controlo
comportamental e altitudinal e contenções físicas e farmacológicas. Em suma, a agitação pode ter inúmeras causas, daí a extrema necessidade de ter uma história clínica minuciosa.
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Introdução Este trabalho foi desenvolvido durante o 3º ano/6º semestre, orientado pela professora Carla Cruz, no âmbito da disciplina de Saúde Mental e Psiquiatria. Os membros do grupo pertencem o 30º Curso de Licenciatura da Escola Superior de Saúde de Viseu. Tem como tema a Agitação Psicomotora, mais em pormenor o doente Agitado. Com a realização deste trabalho o nosso objetivo é esclarecer as diferentes temáticas associadas a agitação. Possivelmente um dos pontos mais importantes a serem falados, além da explicação do que é a agitação, é quais as intervenções mais adequadas quando nos deparamos com um doente agitado. Quanto a estrutura do trabalho, referem-se os tópicos mais essenciais. Iremos fazer uma caracterização inicial, abordando também a sintomatologia e as patologias associadas. Por fim abordaremos quais as intervenções de enfermagem e preventivas mais adequadas relativamente a uma pessoa agitada. Sendo este um dos principais motivos de recorrência aos serviços de urgência, todos os profissionais de saúde, não só os da área de psiquiatria, devem saber lidar da melhor maneira com um doente agitado. Enquanto enfermeiros temos de nos saber proteger em situações destas, assegurando sempre o bem-estar da pessoa agitada e dos que o rodeiam. A maneira como lidamos com a situação vai ser determinante para acalmarmos o doente, evitando que passe para um estado mais agressivo. Se no entanto isto acontecer, existem intervenções chave para resolvermos o problema. Com o desenvolvimentos destes tópicos pretendemos então compreender melhor o que é realmente a agitação e qual a maneira mais adequada para resolver cada uma das situações que forem surgindo no nosso percurso académico e futuramente profissional.
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1) Caracterização A agitação psicomotora é caracterizada por um estado de excitação mental e um aumento significativo da atividade motora. Está associada a alterações da esfera emocional (ansiedade severa, medo, pânico, euforia). Pode apresentar uma intensidade variável e pode manifestar-se desde uma agitação mínima até movimentos totalmente descoordenados, sem qualquer finalidade. É necessário distinguir: agitação, agressividade, e violência. Os episódios de agitação são frequentemente erráticos e, muitas vezes, precedem um comportamento violento. Por esta razão, a segurança de todos os presentes deve ser considerada uma prioridade. Nos doentes com patologia psiquiátrica, o risco de apresentarem uma conduta violenta aumenta significativamente com o uso de substâncias tóxicas. Existe também a necessidade de distinguir agitação de delírio. O delírio é um síndrome caracterizado por uma alteração do nível de consciência, devido a uma disfunção cerebral global, resultante de doença neurológica ou por intoxicação de substâncias perigosas. Os doentes podem apresentar estados de agitação, estados de letargia ou diminuição de resposta a estímulos (delirium tranquilo).
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2) Sintomatologia A agitação carateriza-se por três componentes: orgânicos, psicóticos e transtornos da personalidade. A sintomatologia de natureza orgânica inicia-se normalmente de forma súbita com alteração do estado de humor. A confusão mental e o comprometimento cognitivo, também representam indicadores desta natureza. Os principais fatores que podem levar a esta sintomatologia são os TCE, epilepsia, intoxicação por substâncias exógenas, fármacos, distúrbios metabólicos e síndromes de abstinência. Visto que estes sintomas são de natureza orgânica e obedecem a uma disfunção cerebral global representam um grande risco de vida para o doente. Clinicamente manifesta-se com uma alteração de consciência por alteração do nível de alerta (abertura dos olhos, fala, movimento espontâneo e resposta a estímulos), deterioração da capacidade de atenção e de orientação. Os sintomas psicóticos ocorrem normalmente em episódios agudos e em doentes com transtorno bipolar, esquizofrenia, ou outros transtornos delirantes. As alucinações podem ser do qualquer tipo, mas as mais comuns são as auditivas. Em casos de esquizofrenia catatónica a agitação pode aparecer de forma explosiva. Os sintomas do transtorno da personalidade acontecem em episódios de reações agudas a situações novas de stresse, ansiedade com crise de angústia. Estes doentes em especial os que apresentam comportamentos de personalidade borderline, podem apresentar episódios de agressividade em situações de grande tensão emocional pois são pessoas vulneráveis pelo que facilmente desencadeiam um comportamento agressivo sem que exista um transtorno psicopatológico base.
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3) Patologias associadas
Esquizofrenia
Transtorno bipolar
Psicoses
AVC
Tumores cerebrais
Doenças tiroideias
Meningites
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4) Intervenções de Enfermagem Abordagem do doente que visa:
Avaliar perturbação da consciência;
Avaliar perturbação da orientação (alo e auto-psíquica);
Avaliar perturbação da cognição, ao nível da atenção;
Realizar exame do estado mental;
Encaminhar para exames físicos, neurológicos e laboratoriais.
Se o doente está agitado, a equipa de profissionais de saúde deve tentar proporcionar um meio envolvente acolhedor e acima de tudo calmo. O enfermeiro deve estar calmo e transmitir calma ao doente agitado, mantendo sempre uma distância de segurança. Se a abordagem verbal não surtir efeito e o doente apresenta sinais de agressividade e violência, procede-se à utilização de contenção medicamentosa e física. Só depois do doente estar calmo e colaborante é que se pode proceder à abordagem verbal para obter uma história clínica minuciosa. A contenção mecânica proporciona segurança à equipa de saúde e ao próprio doente. Durante o procedimento deve-se esclarecer o doente sobre o que está a ser feito mesmo que esteja a decorrer o surto psicótico. Manter as contenções por menor tempo possível. Uso de medicação: Antipsicóticos como o Haloperidol e Prometazina; Haloperidol e Midazolam; Midazolam e Prometazina; Clorpromazina.
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5) Intervenções Preventivas
Providenciar ambiente calmo e privado ao doente agitado;
Redução de estímulos externos;
Evitar movimentos bruscos;
Falar calma e pausadamente;
Providenciar o conforto do doente em situações que possam ser geradoras de comportamento agitado;
Assegurar ao paciente que pretendemos ajudá-lo, sem fazer ameaças ou humilhações;
Dar especial atenção se o paciente está com as mãos fechadas e musculatura tensa;
Se o acompanhante ou outra pessoa presente inspirar algum tipo de inquietação ao doente, é necessário separar o doente deste, mantendo assim um ambiente calmo.
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Considerações finais Com
a
realização
deste
trabalho
conseguimos
entender
melhor
o
comportamento de um doente agitado. A agitação psicomotora pode ter três componentes. Podem ser de natureza orgânica, podem ser caracterizados por sintomas psicóticos e por sintomas de transtorno da personalidade. É essencial distinguir agitação, de agressividade e violência. Os episódios de agitação são frequentemente erráticos e, muitas vezes, precedem um comportamento violento. A agitação pode estar associada a diversas patologias tais como esquizofrenia, transtorno bipolar, psicoses, AVC, entre outros. Uma
correta
intervenção
passa
pelo
controlo
ambiental,
controlo
comportamental e altitudinal e contenções físicas e farmacológicas. Em suma, a agitação pode ter inúmeras causas, daí a extrema necessidade de ter uma história clínica minuciosa.
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Bibliografia Gomes,
A.
(8
de
Novembro
de
2009).
Forum
Enfermagem.
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http://www.forumenfermagem.org/dossier-tecnico/artigos-de-autor/item/3538abordagem-do-doente-agitado#.WAYtteArKhf Mantovani, C., Migon, M., & Alheira, F. (Outubro de 2010). Scielo. Obtido de http://www.scielo.br/pdf/rbp/v32s2/v32s2a06.pdf Soares,
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http://www.spmi.pt/revista/vol06/vol6_n1_1999_69-71.pdf Vieira, G., & Pereira, A. (Maio de 2010). Obtido de http://psiquiatriabh.com.br/wp/wpcontent/uploads/2015/01/Aula-Agitacao-psicomotora-Prof.-Alexandre-A.Pereira.pdf