Trabalho Mateus

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1. INTRODUÇÃO A planta babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.) vem sendo muito utilizada na medicina popular, devido principalmente as suas propriedades cicatrizantes e sua ação no turnover dos folículos pilosos. O consumo desta planta como alimento humano, não é tão comum, e hoje está ligado como uma forma de suprir vitaminas, minerais e aminoácidos para o corpo, principalmente na forma de sucos. A A. vera é assim conhecida, pelo fato de possuir uma estrutura interna concentrada de um gel não estável, provocando babas de odor bem característico quando aberta. É uma planta com folhas grandes e carnudas, com pequenos espinhos envolvendo toda a sua borda e pode possuir até mais de um metro de altura. Pode ser encontrada em diversas regiões do Brasil, principalmente no nordeste, por preferir um solo mais arenoso não exigindo muita água. A escolha deste vegetal se deve ao fato de ser uma planta comumente encontrada, de possuir altos índices nutricionais, e de não haver abordagem clara e profunda no uso alimentar cotidiano, além de não ter o seu uso difundido na área de alimentos. Atualmente os produtos alimentícios conhecidos, que tenham como base a A. vera, são basicamente terapêuticos, dentre eles o suco do gel, os que são adicionados de frutas e os que possuem outros nutrientes inclusos. No entanto, o uso popular não está associado a nenhum técnica específica e própria, são informações adquiridos nem sempre bem fundamentadas, onde as pessoas utilizam o conhecimento popular e produzem sem medidas de segurança, sem um controle definido, ou seja, com todo um risco em volta através de receitas ditadas. A importância deste trabalho se resume em adquirir um conteúdo mais abrangente desta matéria-prima, levando em consideração o acesso das pessoas às informações que são

relevantes quando nos referimos às consequências do seu uso. Hoje, nem todos que conhecem e faz uso da planta sabem ao certo todos os seus efeitos, sejam eles benéficos ou maléficos. E visando exatamente essa busca primária é que se faz necessário estudar os poderes desta planta, o que tornaria viável o desenvolvimento de novas tecnologias para o seu uso na alimentação. O objetivo do trabalho, no entanto, está relacionado ao seu potencial antioxidante, um importante meio de combate aos radicais livres, tendo em vista a possibilidade de encontrar neste vegetal uma fonte de matéria-prima muito conhecida, ao mesmo tempo em que se torna importante também avaliar o seu potencial toxológico (quantificando a aloína), com o intuito de possibilitar o uso da planta na alimentação de acordo com as normatizações brasileiras.

3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. A planta A A. vera não é uma planta voltada para o ramo alimentício mesmo sendo muito conhecida em diferentes lugares e de diferentes formas, é conhecida por vários nomes populares, dentre eles destacam-se: babosa (Português); aloe (Inglês e Indiano) e karapolan, sabar, sucotrin (Francês), havendo outras espécies como a Aloe perfoliata L. var. e Aloe vulgaris Lam. e é pertencente a família Liliaceae, (GRINDLAY e REYNOLDS, 1986; WIKIPÉDIA, 2007), porém ainda que a maioria das publicações, trabalhos técnicos e livros considerem Aloe barbadensis Mill. como o nome correto da espécie mais estudada, é Aloe vera (L.) Burm, a nomenclatura legítima segundo as Normas Internacionais de

Nomenclatura Botânica, (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999). Aloés são plantas xerófitas (plantas de folhas suculentas com um liquido viscoso e macio) adaptadas para sobrevivência em regiões áridas, como os desertos africanos e algumas ilhas do oceano Índico, onde crescem nativamente em um número enorme de espécies, apresenta aspecto de um cacto de cor verde, pertence a família dos lírios e sua verdadeira origem é africana (PATROCÍNIO; MANCILHA, 2006; WIKIPÉDIA, 2007). As características morfológicas da planta A. vera, podem ser vistas na Figura 1A, enquanto que a Figura 1B, mostra detalhes de seu botão floral. A babosa vegeta geralmente em locais ensolarados, sendo mais freqüentes em locais rochosos ou pedregosos. Teve sua origem em regiões semi-áridas, é sensível a geadas e não tolera solos muito úmidos (JÚNIOR, 1994). As folhas maduras de A. vera, podem apresentar uma massa de 700g a 1kg (PATROCÍNIO; MANCILHA, 2006).

A)

B)

Figura 1: Características morfológicas da planta Babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.), (1A); detalhes do

botão floral da mesma planta, (1B). Fonte: Wikipédia (2007).

3.2. Caracterização da folha de A. vera As folhas de A. vera são verdes, densas, lanceoladas, que se estreitam da base para o ápice foliar, côncavas na parte superior e convexas na inferior, sinuoso-serradas (espinhos triangulares curtos e espaçados), carnosas e manchadas (CORRÊA, 1984; GRINDLAY; REYNOLDS, 1986). Em corte transversal em 400 vezes de magnitude, a casca endurecida por sais de cálcio e magnésio, se mostra com 15 camadas de células com depósitos de carboidratos, lipídios e proteínas e túbulos pericíclicos conectando xilema e floema para nutrir as folhas novas. As células parenquimatosas armazenam água e carboidratos, formando uma camada em gel. A mucilagem consiste de polissacarídeos de alto peso molecular e age na manutenção da esterilidade do gel (MARSHALL, 1990; DAVIS, 1992).

3.3. Composição e Aplicação Patrocínio e Mancilha (2006) preconizam que as aloés são conhecidas em várias partes do mundo, sendo que centenas delas foram catalogadas, e que são utilizadas para beneficiar a beleza e saúde humana pelos seus nutrientes, dos quais, muitos foram caracterizados cientificamente. Júnior (1994) descreve o extrato da folha de A. vera como sendo semelhante a uma massa de cor negro-pardacenta, com odor desagradável e sabor amargo contendo no máximo 12% de água. Neste sentido, pode-se observar o significado da planta acumular tanta quantidade de água dentro de sua folha, sendo assim o princípio de retenção líquida pelo fato de ser encontrada em regiões com características mais secas. Em 2002, Lorenzi e Matos relataram que a babosa é uma planta de uso tradicional mais antigo conhecido, e que na análise fitoquímica realizada das folhas, foi revelada a presença de compostos antraquinômicos, entre estes, as aloínas, além de uma mucilagem

constituída de um polissacarídeo complexo, o aloeferon. As folhas, por conterem um sumo mucilaginoso possuem atividade fortemente cicatrizante devido ao polissacarídeo e boa ação antimicrobiana sobre bactérias e fungos. A classe primária dos compostos responsáveis pela toxicidade das aloés são as antraquinonas (BUENZ, 2007), sendo os três componentes mais importantes, a aloesina, aloeresina e a aloína (SACCÙ, 2001), conferindo à aloína o título de maior constituínte, também conhecida como barbaloína, sendo apresentada sob as formas A e B (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999). Os compostos antraquinômicos são tóxicos se ingeridos em altas doses, e em pesquisas realizadas entre a casca e a polpa, é encontrada uma seiva amarela e muito amarga, com substancias de defesa contra ataques ambientais (substâncias fito-ativas), as quais são exemplos as antraquinonas e antronas C-glicosídeos (Figura 2), (PATROCÍNIO; MANCILHA, 2006). É justamente a aloína o principal componente da substância amarela, que é utilizada como meio de defesa para afastar potenciais predadores devido ao seu aroma e sabor desagradável (Martinez et al, 2002)

Figura 2: Estrutura química do núcleo das antraquinonas [esquerda] e das antronas [direita] (PATROCÍNIO; MANCILHA, 2006).

O exudato amarelo e amargo originado da casca possui ação purgativa (YARON, 1993). Em quase todas as espécies, as barbaloínas (aloínas) correspondem de 0,1 a 6,6% do peso seco de uma folha, já na seiva, chegam a 35%, porém, mesmo pelo fato de serem ricas em nutrientes como fibras, minerais e aminoácidos, a planta não é indicada como alimento, devido a estas substâncias (PATROCÍNIO; MANCILHA, 2006; BUENZ, 2007). O gel do tecido parenquimatoso da porção central das folhas de Aloe é utilizado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, entorses, contusões e dores reumáticas, enquanto que o seu uso interno tem ação

antioftámica e vermífuga e pode ser retirado por vários métodos (CIAGRI, 2007). O gel de A. vera contém 2% a 4% de cinzas totais, sua perda por dessecação não é mais do que 12% em 6 horas e as substâncias insolúveis em álcool não deve ser inferior a 10%, 1% de matéria seca, pH entre 4,3 e 4,4, contendo 0,2% a 0,3% de açúcares solúveis de baixo peso molecular e 0,1% a 0,2% de polissacarídeos (FARBR, 1977; YARON, 1993). O gel da A.vera provém do tecido parenquimatoso da parte central da folha, sendo necessário, todo o cuidado na separação da casca, devido à possível contaminação com a aloína, retirando assim, as paredes celulares contaminantes e fibras lignificadas (GRINDLAY; REYNOLDS, 1986). Pesquisas realizadas em 1997 por Atherton foram encontrados alguns resultados quanto às substâncias encontradas dentro do gel de A. vera. Mais de 75 substâncias, sendo divididas em alguns grupos: Vitaminas; Minerais; Aminoácidos; Açúcares; Enzimas; Esterol Lignina; Saponina; Antraquinonas e Ácido Salicílico. Ratos com papilomas (tumores na pele) tratados com o gel de A. vera por administração tópica e/ou oral apresentaram uma diminuição das taxas de glutationa, catalases, proteínas e peroxidação lipídica, indicando que esta multi-mistura apresenta potencial de ação antitumorigênica (CHAUDHARY et al., 2007). Sendo um dos produtos obtidos da planta, o A. vera suco pode ser comparado a um suco de fruta natural, e o seu padrão de qualidade é mais bem avaliado em seu estado fresco, principalmente pelo fato de ser vulnerável ao processo de fermentação do ácido láctico com o auxílio de lactobacillus, processo semelhante à produção de iogurte, o que torna o teor de ácido láctico um importante fator de qualidade para o produto, pois apresentando um alto teor deste, o suco adquiri uma característica negativa (DIEHL, TEICHMULLER, 1998). Hamman (2008), conclui que mesmo sendo possível atribuir algumas das atividades biológicas da planta aos polissacarídeos encontrados em sua folha, é difícil vincular singularmente o polissacarídeo com suas específicas propriedades, tende a ser mais correta a afirmação de uma combinação de compostos para este fim, além disso, há diferenças em sua composição devido a diversos fatores como, localização, tratamentos, métodos de extração, que tornam os resultados extremamente diferentes.

De acordo com a IASC, o consumo do vegetal descrito por Pelley (2007), já é bem difundido e está utilizado sob diversas formas em caráter comercial, um exemplo está no pó da planta inteira, sendo um tônico consumido via oral, o látex seco que funciona como laxante também de uso oral, o gel ligado a tratamentos dermatológicos e também a bebidas.

3.3. Composição Tóxica De acordo com Instituto Médico Seraphis (2007) a babosa, por ter em sua constituição as antraquinonas, possui uma atuação sobre as células da mucosa intestinal, provocando secreção de água e eletrólitos em grande quantidade apresentando desta forma um efeito laxante nas doses entre 0,02 até 0,1g, mas em altas doses (0,2-0,5g) o efeito é mais rápido e pode ter uma ação irritante no trato intestinal. Tratamentos superiores a três meses desenvolveram dores abdominais, diarréias sanguinolentas, hemorragia gástrica e nefrite. Segundo Gomes (2001), a A. vera é muito consumida popularmente como planta medicinal, sem, no entanto, a população conhecer os seus reais riscos. De acordo com ANVISA (1999), existe hoje, uma quantidade limite da substância aloína permitida para ingestão, devido ao grau de periculosidade, onde para produtos alimentares (sólidos), deve haver no máximo 0,1g/kg e para bebidas 0,1g/kg, porém sendo bebidas alcoólicas o limite é de 50g/kg. Esta substância deve aparecer somente em alimentos que a possuam naturalmente, ela não pode ser adicionada voluntariamente. A A. vera é considerada como um potencial tóxico, e foi contra-indicada no estado do Rio de Janeiro pela Secretaria do Estado de Saúde, devido ser uma planta de características emenagoga, abortiva, mutagênica, citotóxica e catártica (IBAMA, 2002). Os efeitos colaterais do uso interno prolongado da A. vera incluem hipocalemia, hemorróidas, irritação dérmica e ocular, além de intoxicação aguda, podendo levar à morte (INSTITUTO MÉDICO SERAPHIS, 2007). Em estudos realizados por Yagi, no isolamento e na determinação da estrutura, baseada na espectroscopia a partir de folhas de diferentes espécies (Aloe vera, A. arborescens, A. vera var. chinensis, A. marlothii e A. striata) preparadas para o HPLC ,

confirmou que a presença da substância aloína bem como a barbaloína varia muito em relação à espécie. 3.4 Consumo

O consumidor está cada vez mais interessado nos efeitos da planta, resultado de um grande marketing proporcionado por fornecedores que visavam divulgar esses efeitos para obter o sucesso nas vendas, e o que antes era uma relação de extrema confiança (fornecedor X comprador), tornou-se cada vez mais uma relação exigente, algo que levou a figura do fornecedor a proporcionar a qualidade dos seus produtos começando no ato de avaliar analiticamente os seus componentes e certificando que o objetivo do consumo dos seus produtos seja atendido, obtendo assim maiores ganhos com suas descobertas (DIEHL, TEICHMULLER, 1998). No Chile, principalmente na indústria alimentar a A. Vera já é considerada uma excelente fonte de nutrientes químicos para o desenvolvimento e o comércio de novos produtos funcionais, por ser um vegetal que demonstra possuir características específicas e propriedades benéficas para saúde e nutrição humana. (VEGA, G., 2005)

3.5 Atividade antioxidante A definição de radical livre descrita pela BVS - Biblioteca Virtual em Saúde é de produto provindo tanto de um processo normal como de um patológico. Uma molécula altamente reativa, ligada possivelmente a lesões teciduais em diversas situações como: radiação, exposição química e envelhecimento. O Radical Livre é uma molécula que possui um ou mais elétrons ímpar, que podem ser identificados como fragmentos moleculares tornando a molécula do radical, instável (CHEESEMAN, KEHRER, 1993). Eles são formados do metabolismo, via ação catalítica de enzimas, principalmente durante os processos de transferência de elétrons (BIANCHI 1999).

A presença desses radicais livres no interior de uma célula pode levar a um estresse oxidativo, que descrito pela BVS – Biblioteca Virtual em Saúde trata-se de uma perturbação no equilíbrio pró-oxidante-antioxidante em favor do anterior, levando a uma lesão potencial, ou seja, tal desequilíbrio acarreta em sérios danos, pois a oxidação das biomoléculas causa a morte celular, tendo como conseqüência a lesão tecidual. (CHEESEMAN, SLATER 1993; SOARES et al, 2005). O efeito antioxidante necessita da ação das substancias antioxidantes definida por Bianchi (1999) como agentes que possuem a responsabilidade de inibir ou reduzir as lesões nos tecidos, causadas pelos radicais livres. Trata-se de toda substância que atrasa ou inibe a oxidação de um substrato estando presente em baixas concentrações se comparada a concentração do substrato oxidável (SIES, 1993). A atuação dos antioxidantes está direcionada em vários níveis de proteção, primeiro, impedindo a formação dos radicais livres, segundo, impedindo seus ataques, terceiro, reparando suas lesões e quarto, atuando na adaptação, aumentando o seu número (antioxidantes) em relação aos radicais livres (BIANCHI, 1999). Assim, os riscos de prejuízos oxidativos podem ser evitados através de meios antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos endógenos, e também é claro, em compostos antioxidantes presentes na dieta. (MEDRANO, ET. AL, 2007) Muitos compostos isolados de vegetais possuem uma ação antioxidante, principalmente as substâncias que têm grupos fenólicos, caso dos taninos, cumarinas, cromonas e das antraquinonas (GUEDES et al, 2008). O poder antioxidante da A.vera está ligado aos compostos fenólicos que estão presentes em sua constituição, mais precisamente nas antraquinonas, podendo ser encontrada na casca da planta. (G. VEGA, et al, 2005) Mesmo que dentre os antioxidantes presentes nos vegetais, os compostos fenólicos, possuam a propriedade de inibir processos de oxidação pela ação do sequestro de radicais livres, eles também podem apresentar atividade pró-oxidante em determinadas condições (DECKER, 1997). A utilização de antioxidantes na prevenção da ação oxidante dos radicais livres precisa ser bem definida e dosada e ainda é necessário maiores estudos esclarecedores quanto a este mecanismo de ação e o seu uso difundido (BIANCHI, 1999). De acordo com Arnes (1993), os prejuízos causados pelos subprodutos oxidantes do

metabolismo natural podem ser comparados aos efeitos da radiação, contribuindo principalmente a doenças degenerativas, como câncer, cardiovasculares, declínio do sistema imunitário, disfunção cerebral e catarata.

Ainda não realizado, aguardando informações sobre adaptação do método

MATERIAIS E MÉTODOS Para analise da atividade Antioxidante, foi necessário o uso de

As amostras da planta A. vera, tratada naturalmente, foram coletadas no município de Uberlândia. Aproximadamente 114g de folha foram pesadas, obtendo 69g de gel do parênquima de reserva. O extrato metanólico foi obtido da adição de MeOH a uma quantidade suficiente para cobrir a amostra (50mL), assim deixou-se agir por

aproximadamente 3 horas, e então foi filtrado utilizando um filtro simples e armazenado em um vidro protegido da luz e de gases da atmosfera. A análise cromatográfica baseou-se na metodologia empregada por Campestrini 2007, sendo, no entanto utilizados os meios oferecidos pelo laboratório. Após as características do cromatograma apresentado por Saccù et. al 2001 serem analisadas, foi possível em um teste qualitativo da amostra-padrão, identificar o tempo de retenção da substância aloína, com isso, tornou-se necessário construir uma curva-padrão de variação da substância. Diferentes concentrações da amostra-padrão foram realizadas para a análise no aparelho, sendo elas respectivamente : 33,5; 67; 100,5; 134; µg/mL , através de alíquotas de 20µl. As análises foram efetuadas por cromatografia líquida de alta eficiência, em um cromatógrafo Shimadzu LC- 10A, equipado com coluna de fase reversa C18 (Shim-Pack CLC – ODS, 25 cm X 4,6 mm) e pré-coluna C18 Shimpack fase reversa C18 (Shim-Pack CLC – ODS com diâmetro de partícula 5µm e diâmetro interno de 4,6mm. Como fase móvel foi utilizada uma solução de MeOH/H2O 1:4, com fluxo de 0,8ml/mim. O comprimento de onda utilizado para a detecção espectrofotométrica foi 356Nm baseado na detecção de (Campestrini 2007) . A seguinte equação foi obtida (Fluka, r2 = 0,9992 e y = 214,56x), considerando-se a área do pico correspondente para efeito de cálculo com as concentrações citadas anteriormente. Realizada a base de determinação, 5ml da amostra a ser avaliada, foram transferidas para um balão volumétrico de 10mL, completando seu volume com MeOH, a solução foi filtrada em um filtro de 45µc, e uma alíquota de 20µl, foi injetada no aparelho, sob as mesmas condições que os padrões anteriores foram injetados, sendo baseada sua leitura na curva obtida pelos padrões. A determinação da concentração do extrato foi efetuada com o auxílio de uma estufa, evaporando o metanol contido na amostra e pesando o remanescente. Para analise da atividade Antioxidante, foi necessário o uso de

Para a análise da atividade antioxidante, foi utilizado o mesmo extrato metanólico obtido para a analise cromatográfica.

Os extratos foram separados nas seguintes concentrações

ANÁLISE DE ALOÍNA POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE) Aproximadamente 2mL do extrato do parênquima clorofiliano foliar de plantas crescidas no campo foram coletadas bimestralmente e armazenadas em frascos de vidro âmbar (5mL), com a atmosfera interna de N2, a -20ºC. A análise quantitativa de aloína seguiu o protocolo estabelecido pela empresa alemã Spectral Service, com adaptações, conforme, descrito a seguir: Uma massa de 1mg, foi ressuspensa em 10mL de MeOH p.a., seguido de agitação e 25 filtração (0,22μm). Alíquotas (10μL) foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), em cromatógrafo Shimadzu LC-10A, equipado com coluna de fase reversa C18 (Shim-Pack CLC-ODS, 25cm x 4,6mm ∅) e pré-coluna C18 Shimpack CLC-ODS com diâmetro de partícula de 5 μm e diâmetro interno de 4,6 mm. Como fase móvel, utilizou-se uma solução de MeOH/H2O 1:1, com um fluxo de 1,0 mL/min. A detecção espectrofotométrica (Shimadzu SPD-10A, UV-visível) dos compostos de interesse foi realizada em comprimento de onda de 356 ηm. A identificação da aloína foi efetuada com base no tempo de retenção de uma amostra padrão (Fluka – 200μg/mL), analisada sob as mesmas condições cromatográficas. Para efeitos de quantificação da aloína, construiu-se uma curva-padrão de aloína (Fluka, r2 = 0,9992 e y = 214,56x), foi elaborada, considerando-se a altura do pico correspondente para efeito de cálculo com as concentrações de 10, 20, 50, 100, 120 e 200 μg/mL.

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