Trabalho Final_3 Fases

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Localização A zona em estudo fica em Tires, nas imediações do aeródromo, conforme a planta da imagem 1.

Orientação De acordo com a orientação verifica-se a exposição solar representada na imagem 2.

Estrutura Urbana Os principais elementos geradores e estruturadores urbanos estão representados na imagem 3.

Notas Apesar de ter outras origens o principal elemento de atracção é o aeródromo. É também um dos elementos geradores de população. A proximidade de Lisboa, Cascais e Sintra fazem com que muita da população aqui residente se desloque para esses centros urbanos, e deles para a zona de Tires. Por isso mesmo questionamo-nos e as infra-estruturas de transportes são ou não suficientes? Além disso a falta de identidade unificante faz com que a população seja desagrupada.

Abordagem A zona caracteriza-se por não haver uma política geral de ocupação do território, foram criados espaços construídos de geração espontânea, muitas vezes de cariz ilegal. Os espaços assim encontrados são assim descaracterizados, adequados apenas a contextos privados, em detrimento dos da população geral, e desagregados. Imagem 1 Aerofotocarta com identificação da Zona com localização das áreas de intervenção

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Imagem 2 Exposição Solar

Imagem 3 Edifícios e Vias Principais

Imagem 4 Espaço Construído / Não Construído

Zona 1 Protegida no centro por uma encosta exposta a Norte evitando a entrada de ventos de Norte. Exposição solar variada, permitindo diferentes ocupações aproveitando a melhor luz, sendo no entanto a zona dominante virada a Este. Zona 2 Não tem exposição a Norte, o que significa que nos meses mais quentes é uma zona propicia ao efeito de estufa. Zona 3 É uma zona muito plana, exposta ao sol todo o dia bem como a todo o tipo de ventos. Tem também algumas áreas expostas a Oeste e a Sul, porém ao ser contigua a uma ribeira significa que pela exposição solar e recursos hídricos é indicada para ser referida/referenciada como zona natural ( Zona Ecológica Protegida).

Zona 1 Estabelece ligações viárias de carácter rodoviário, proporcionando a derivação de mais acessos viáveis para uma possível proposta urbana. Possui um serviço escolar integrado na área e outro nas imediações. A proximidade ao aeródromo nesta mancha acaba por não ser muito acentuada. Zona 2 Esta zona não possui condicionantes de carácter favorável. Tais como: condicionantes rodoviárias e de serviços. Está englobada no raio da condicionante do aeródromo a uma proximidade considerada já problemática. Zona 3 Fortemente condicionada pela proximidade ao aeródromo, proporcionando insustentabilidade devido à poluição sonora intensa. Apresentase muito similar à zona 1, por conter serviço escolar próximo e estrutura viária integrada. Uma das desvantagens que se apresentam é a capacidade de gestão de aeródromo vs urbano.

Zona 1 Apresenta-se como uma zona contigua a uma envolvente urbana de baixa densidade. Podendo ser uma zona favorável para um plano urbanístico. Zona 2 Encontra-se tangente a uma malha urbana de baixa densidade a noroeste implantada no domínio hídrico próximo. A edificabilidade nesta área poderá ser problemática pela a contaminação do solo. Isto é, o excesso de edificabilidade tornará a zona permeável prejudicando a zona agrícola e cultural natural contígua. Zona 3 Observam-se alguns factores condicionantes, tais como: a proximidade ao aeródromo (poluição sonora e atmosférica), a tangencia a um pólo industrial (não sendo favorável para a edificabilidade habitacional próxima).

Universidade Lusiada de Lisboa - Arquitectura - Urbanismo - Ano Lectivo 2008/2009 - Interpretação da Área de Intervenção (1ª Fase) - André Tribolet - Filipe Barbudo - Marlene Urbano

Paisagem Global Constata-se que nas áreas de intervenção há já integração de espaços edificados com espaços rurais, conforme a planta. Necessidades Humanas Transportes Colectivos Taxis Policia Comércio Correios/CTT Restauração Escola Centro de Dia Os principais edifícios já existentes estão representados na planta. Conclusão Analisando a zona verifica-se que esta terá de ser reorganizada por forma a ser sustentável num f u t u r o p r ó x i m o , r e s p e i ta n d o a s z o n a s e c o l ó g i c a s f u n d a m e n ta i s e c r i a n d o um conjunto de infraestruturas necessárias à habitabilidade. Apercebemo-nos da potencialidade da Zona 1 enquanto área viável para a proposta de Projecto apresentada. Esta reúne características propícias e um conjunto de condicionantes favoráveis à criação dum novo aglomerado urbano. Porém, parece-nos não ser suficiente, seria apenas “mais cidades” (Ferrão, 1998), não cumprindo o objectivo que é “mais cidade”. É da nossa opinião que é essencial criar um elemento unificador, um ponto de interesse para a zona em qualquer intervenção a existir na zona de Tires.

Imagem 5 Aerofotocarta com identificação da Zona com localização das áreas de intervenção

3 2 1

3

3 2

2 1

1

Imagem 6 Edíficios Institucionais

Imagem 7 Espaço não Edificado

Imagem 8 Zona Ecológica Fundamental

Zona 1 Mostra-nos condições escolares já integradas. Situação que facilitará numa possível zona urbana. Zona 2 Não tem nenhuma situação de serviços integrada, tem nas imediações uma grande macha de património edificado, podendo ser propicio para o desenvolvimento turístico. Zona 3 É uma zona que está extremamente próxima do aeródromo, vantajoso enquanto acesso mas prejurativo enquanto poluente sonoro. Possuí uma zona industrial que não é compatível com o programa proposto, sendo uma “área-problema”.

Zona 1 Estabelece ligações próximas com zonas da REN e da RAN, onde se poderá tirar partido das mesmas por forma a criar uma zona ecológica urbana sustentável estabelecendo relações e trocas com a envolvente tirando partido da sua existente. Zona 2 Está encaixada no topo duma zona delimitada pela RAN e a REN, podendo não ser muito favorável, pois limita a criação de derivações viárias. Zona 3 Zona desafogada, tendo características muito similares à Zona 1. Mas partilha da proximidade ao aeródromo.

Zona 1 Destingue-se uma forte presença de filões e massas de riolito, assim como é um solo rico em calcários e arenitos. O aluvião próximo mostra-nos a tangência à ribeira. Zona 2 Encontra-se no centro de aluviões, onde integrado no seu espaço existe uma mancha do complexo vulcânico de Lisboa. Zona 3 Predominam os calcários e os arenitos.

Universidade Lusiada de Lisboa - Arquitectura - Urbanismo - Ano Lectivo 2008/2009 - Interpretação da Área de Intervenção (1ª Fase) - André Tribolet - Filipe Barbudo - Marlene Urbano

Análise da Planta de Condicionantes Na área de intervenção seleccionada é possível enumerar diversas condicionantes, que formam um conjunto de condições favoráveis para a possível zona edificavel enquanto resposta ao programa apresentado: ·

Aeródromo – a sua condicionante não é muito directa. Acaba por poder ser um elemento útil consoante o aglomerado de realojamento pretendido acabando por ser uma forma de acesso favorável e não pejorativa.

·

Escolar – um serviço público necessário para complementar o realojamento pretendido.

·

Rodoviária – as vias que permitem a derivação e acessos locais e envolventes.

·

Domínio Hídrico - este encontra-se tangente à área de intervenção, poderá ser útil visto estar na periferia, para a criação de zonas verdes.

·

Agrícola – esta não chega a afectar muito a área.

Análise de Ordenamento Podemos observar que a área de intervenção encontra-se, segundo a carta de ordenamento, mais abrangida pelo Espaço de Protecção e Enquadramento. O que nos é favorável para o programa pretendido, pois este enquadra áreas que, em termos biofísicos, mostram maior sensibilidade enquanto corredores de drenagem natural, pela defesa das linhas de água existentes e controle das áreas com declive acentuado, reduzindo os riscos de possível erosão, constituindo um ponto fundamental enquanto suporte da qualidade ambiental e de protecção dos elementos mais significativos neste seguimento, constituindo também uma mais-valia para o conjunto paisagístico do aglomerado. É perceptível também alguma proximidade e afectação pelo espaço canal. Espaço canal está relacionado com a definição do espaço utilizado nas vias de comunicação terrestre nos instrumentos de ordenamento do território. Uma pequena parte está abrangida pelo espaço urbanizável de baixa densidade. Este integra as áreas onde é possível a expansão das áreas urbanas existentes e a sua continuidade. Destinam-se principalmente ao uso habitacional, incluindo as actividades económicas e serviços de apoio complementar compatíveis com aquele, onde é imprescindível manter a densidade que caracteriza as áreas urbanas existentes. A sua envolvente está abrangida na sua maioria pelo espaço urbano de baixa densidade.

Universidade Lusiada de Lisboa - Arquitectura - Urbanismo - Ano Lectivo 2008/2009 - Interpretação da Área de Intervenção (2ª Fase) - André Tribolet - Filipe Barbudo - Marlene Urbano

Análise segundo Plano Director Municipal de Cascais Analisar esta área de intervenção segundo o PDM esclarece-nos sobre o que deveremos e podemos fazer neste local, aqui iremos analisar um só ponto. Até que ponto estamos condicionados segundo o ordenamento de “ Espaço Protecção e Enquadramento”? Esta análise é evidentemente cruzada com a série de condicionantes existentes e envolventes da mancha.

Análise “Espaço Protecção e Enquadramento”: •

Os espaços verdes de protecção e enquadramento e protecção ambiental são considerados espaços de natureza cénica e com uma extrema importância ambiental constituindo-se como zonas non aedificandi.



Esta zona limita-nos a situações de edificabilidade massiva que proporcionem a impermeabilidade do solo. Assim como os aterros não são permitidos.



Deverá ser favorecida a programação do restabelecimento da paisagem com recurso à vegetação autóctone.



A afectação desta área é permissiva segundo o PDM para fins de realojamento, enquadrado no programa especial de realojamento.



A área de intervenção, segue normas pelas quais deverão, assegurar e preservar a total coerência do terreno, nomeadamente o cenário natural, a não destruição do relevo e suas formas, a não ser promoção pública (turismo), que englobe uma estrutura verde secundária a fim de assegurar uma nova estrutura de biodiversidade, conforto bio-climático, a estabilidade ecológica do território. Condição favorável para a edificabilidade mencionada no programa, permitindo a criação de serviços necessários e viáveis para a sustentabilidade da cidade.



Toda a intervenção a ser feita de futuro, deve seguir todo um conceito de sustentabilidade ecológica que beneficia tanto a colectiva do privado como do público. O público acaba por ser um factor importante para assegurar a auto-regeneração da cidade.



Segundo o PDM a área em questão limita-se então a condição de realojamento (programa especial de realojamento) urbano de média densidade. Situação favorável e propícia para responder ao programa de Projecto.



É importante a adequada localização dos edifícios por causa do conforto bioclimático, tendo em conta que existem partes na mancha muito próximas do domínio hídrico. Este poderá ser uma mais valia para a cidade pois favorece a criação de espaços verdes importantes para a estrutura ecológica da cidade.



É conveniente que haja uma distribuição racional do edificado, permitindo que haja uma relação saudável do edificado com o natural artificializado ou não.

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Análise Genérica da zona Na zona de tires, apesar de ser profundamente descaracterizada, encontra-se um grupo alargado de população, que tem como principais elementos urbanos de influencia são o aeródromo e a escola, tendo ainda bastante presentes na vida local um elevado nível de ruralidade (em comparação com Lisboa, Sintra ou Cascais), tirando partido dos recurso hídricos naturais presentes.

Finalidade Na análise desenvolvida constatámos que as condicionantes na sua envolvente poderão contribuir para satisfazer necessidades para esta nova cidade. Mas, esta necessita de uma série de serviços, que variam consoante o número populacional, as faixas etárias, tipologia de família e extracto-social a relocalizar.

Objectivos Através deste pressuposto significa que qualquer intervenção proposta para Tires, incluindo o realojamento de população, passa obrigatoriamente (uma premissa base desta disciplina) pelo respeito pelas estruturas naturais, na sua Estrutura Ecológica Fundamental, e compreender dos diferentes modos de vida locais, nas suas Estruturas Cultural e Patrimonial.

Conteúdos O conjunto das Estruturas a trás mencionadas constitui a Paisagem Global. Encontramos neste momento ao aumento da densidade da população, sem ter respeito pelo funcionamento dessas Estruturas, o que irá resultar no seu colapso. Uma intervenção terá em conta o equilíbrio dessas estruturas garantindo o gerar de espaços sustentáveis. Teorias «(…) Da pequena proximidade quotidiana de bairro às instancias metropolitanas as aglomerações urbanas proporcionam o enriquecimento permanente da cidadania democrática, como resposta às tensões e necessidades que as cidades impõem, mas também às expectativas e ambições dos que aí vivem e trabalham. Se a paisagem é o barómetro por excelência da saúde da cidade, a democracia constitui, por certo, o maior revelador da sua vitalidade. Finalmente a abertura aos outros, isto é, à diferença e ao exterior, constitui o terceiro grande valor urbano. (…)» FERRÃO, João – Intervir na Cidade: Complexidade, Visão e Rumo. 1998. «As cidades de hoje são, mais do que nunca, espaços fragmentados do ponto de vista urbanístico, social e cultural. As fontes dessa fragmentação são diversas, podendo resultar de factores tão distintos como comportamentos sociais, estratégias imobiliárias ou políticas públicas urbanas. Mas a consequência é a mesma: incomunicabilidade. Por falta de tempo, de vontade ou de capacidade, através de estratégias explícitas de distinção ou simplesmente como consequência da voracidade dos novos tempos, a cidade cresce e torna-se mais complexa num contexto de fragmentação cada vez mais acentuada. Este é um traço constitutivo das cidades contemporâneas, que deve ser analisado de forma rigorosa e que não pode deixar de apelar a novas formas de intervenção por parte da sociedade civil e da acção pública.» FERRÃO, João – Visão Humanista da Cidade. 2004

Universidade Lusiada de Lisboa - Arquitectura - Urbanismo - Ano Lectivo 2008/2009 - Interpretação da Área de Intervenção (Síntese) - André Tribolet - Filipe Barbudo - Marlene Urbano

Conceitos Sendo a Estrutura Ecológica Fundamental que tem como objectivo garantir a conservação dos recursos naturais, constituída por elementos terrestres e fazendo parte da estrutura espacial da Paisagem, é a que mais (e quase que totalmente) depende do ecossistema, há que respeitar e garantir que não há a invasão de elementos externos não pretendidos que bloqueiem o funcionamento desta estrutura, evitando o seu colapso. A existência de uma ribeira, com uma zona de aluvião definida é exemplo de um elemento que faz parte desta Estrutura. As Estruturas Cultural e Patrimonial são reflexo da vivencia humana, sendo consequência das formas primitivas de ocupação humana desse território, história, necessidades, valores e princípios, etc. São exemplos de elementos desta Estrutura o aeródromo e as escolas. A compreensão destas estruturas é essencial no gerar de espaços adaptados à realidade da população alvo.

Abordagem Consideramos que os espaços verdes directamente afectos a zonas de aluvião têm de ser protegidos, como tal uma intervenção em Tires tem de respeitar as zonas non aedificandi, e passa também pelo criar um conjunto de infra-estruturas que integrem essas zonas na cidade, excluindo assim por base a possibilidade de aterro (apesar desde já excluída essa hipótese no PDM) bem como a utilização de espécies autóctones (também previsto em PDM) que melhorem as relações do ecossistema. A Zona 1 (por nós seleccionada) enquadra em si programas de realojamento, estabelecendo normas que garantem a relação entre estruturas, garantindo o bem-estar pretendido aos realojados. Esse bem-estar só pode ser alcançado através do criar de um espaço sustentável, equilibrado, em beneficio do colectivo e consequentemente do privado (a longo prazo), que por sua vez deriva de uma ocupação de média densidade, aberta a uma ocupação verde, resultando numa Paisagem Global equilibrada. A orientação geográfica tem também um papel importante. A relação entre o relevo, a exposição solar e aos ventos, leitura que foi feita na Carta de Exposição Solar, diz-nos que a Zona 1 apresenta maior diversidade. Tendo em conta que há um conjunto de necessidades humanas a cumprir, já definidas, a diversidade geo-morfológica resulta em que estas podem ser aproveitadas em pleno em qualquer resposta a um programa de realojamento.

Universidade Lusiada de Lisboa - Arquitectura - Urbanismo - Ano Lectivo 2008/2009 - Interpretação da Área de Intervenção (Síntese) - André Tribolet - Filipe Barbudo - Marlene Urbano

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