Trabalho Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIA HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

HISTÓRIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO SÉCULO XVI

Andressa Magalhães D’andréa Erick Eduardo Cabreira Flávia Vieira dos Santos Nínive Adrielle Castiglioni Rafaella Fernandes da Silva

SÃO CARLOS 2009

Introdução Há 400 anos, o mundo era muito diferente do que é hoje. A vida cotidiana do povo era muito diferente também. Metade das crianças morriam antes de completar um ano de vida. Quem conseguia chegar aos 40 anos era considerado muito velho. Havia muitas pragas e doenças, e os médicos não podiam fazer muita coisa para curar. As mulheres eram submissas aos maridos. Havia mais pobres do que ricos. A maioria não sabia ler nem escrever, e não podiam mandar os filhos à escola ou à universidade. Foram tempos difíceis para quase todos. Mas mesmo assim encontravam meios de se divertir, e tinham certeza que Deus olhava por eles. A vida na Terra não era muito importante para eles. O que importava era ir para o céu.

Costumes e cotidiano do século XVI na Europa Saúde e higiene Independente da classe social, todos viviam no meio da doença e da morte. A gripe, a varíola e a peste bubônica assolavam a Europa. Os médicos não sabiam explicar essas doenças, muito menos curá-las, por isso as lendas populares tomavam conta das cidades. Por exemplo, em 1576 quando a praga assolou Milão, puseram a culpa nos “servidores do diabo”, dizendo que eles haviam envenenado a água benta das igrejas. Além disso, os lugares freqüentados pelas pessoas facilitavam a disseminação de doenças. Um exemplo eram as barbearias que muitas vezes eram salas cirúrgicas também. No mesmo lugar, era possível extrair um dente estragado, amputar uma perna envenenada ou limpar a cabeça de piolhos. Tudo se anestesia, com profissionais não qualificados (confiavam apenas “num bom olho e na mão firme”) e usando instrumentos bastante primitivos e sem higiene. Alimentação A comida dos pobres e ricos eram muitos diferentes. Os camponeses podiam comprar poucas coisas além de pão de trigo, cevada e centeio (a carne era cara demais para a maioria da população), então misturavam o pão a sopas ralas de vegetais. Uma vez que o povo dependia do pão, uma má colheita podia trazer escassez e fome. Nessas ocasiões, o povo faminto comia quase qualquer coisa – palha, raízes, ratos e até casca de árvore.

Em contraste, os ricos comiam uma grande variedade de carne e peixes. A carne era quase sempre seca e salgada para se conservar no inverno, então era cozida com especiarias e temperos fortes – para disfarçar o gosto e cheiro da carne estragada. Novidades como peru e chocolate quente, vindas do México, quebravam a monotonia da alimentação uma vez ou outra. O açúcar ainda era um luxo, caro e difícil de obter, por isso quando conseguiam comprar eles o usavam em tudo, inclusive nas carnes. Quanto a bebidas, o vinho e a cerveja eram as mais consumidas. A água era vendida de casa em casa por fornecedores, e era usada mais para cozinhar do que para tomar banho. Artesanato e indústrias Nessa época, o número de artesãos e trabalhadores das indústrias crescia regularmente. Eles construíam casas, faziam roupas e móveis, tanto para os ricos quanto para os pobres. Fabricavam também a mercadoria que os comerciantes europeus trocavam no exterior por ouro, prata e especiarias. Geralmente, os artesãos pertenciam a uma guilda (organizações que se desenvolveram na idade média) e determinavam leis e normas sobre o padrão de trabalho e decidiam sobre os preços dos produtos acabados, além de cuidar para que os aprendizes fossem devidamente ensinados pelos mestres. Desse modo, cresceu o número de indústrias na Europa. A fabricação do vidro foi introduzida na Inglaterra pelos venezianos, os alemães iniciaram a fabricação de relógios, os italianos desenvolveram indústrias de seda e impressão. Alguns dos trabalhos mais importantes: fabricação de cerveja, trabalho em minas, ferreiros, impressores (imprimiam especialmente a bíblia e livros de oração), carpinteiros, fabricantes de navios, tecelões, engenheiros e moedeiros.

Religião O Renascimento foi muito importante, uma vez que valorizava o homem e sua individualidade e ainda o espírito crítico – intelectual e científico, e contribuiu muito para uma revisão de atitudes religiosas, como a idéia de que a interlocução com Deus poderia ser individual – sem a mediação do clero – e ainda que a interpretação da Bíblia deveria ser livre e pessoal. .

A Contra-Reforma foi um movimento da Igreja Católica no século XVI que

surge como resposta às críticas dos humanistas e de diversos membros da Igreja e de importantes Ordens Religiosas, tais como os Franciscanos, Dominicanos e

Agostinhos, que apelavam à moralidade e ao regresso à pureza e austeridade primitivas. Além disso, a Contra-Reforma surge também como resposta ao avanço da Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero. Este movimento assume assim uma vertente de Reforma Católica – que procura redefinir a Doutrina da Igreja e a disciplina do clero, e uma vertente de Contra-Reforma – que procura combater e impedir o avanço do protestantismo. O Concílio de Trento, realizado na cidade italiana de Trento de 1545 a 1563 foi convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica. No que diz respeito à melhoria da conduta do clero, o Concílio foi muito positivo. Formulou-se uma legislação com o objetivo de eliminar os abusos.

Os

sacerdotes deveriam residir junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, monges e freiras em seus mosteiros e conventos. A Igreja deveria fundar seminários para preparar melhor seus sacerdotes. Mas, no que diz respeito às doutrinas postas em dúvida pela Reforma Protestante, o Concílio de Trento nada fez senão confirmar o ensino tradicional católico. Enquanto os protestantes afirmavam que a Escritura Sagrada é a única regra de fé e prática dos cristãos, o Concílio colocava a tradição e os dogmas papais no mesmo pé de igualdade com a Bíblia. O Concílio declarou que a tradução latina da Bíblia, a Vulgata, era suficiente para qualquer discussão dogmática e só a Igreja tem o direito de interpretar as Escrituras e também se estabeleceu: 1. A retomada do Tribunal do Santo Ofício: A Inquisição – um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. 2. A criação do Index Librorium Proibitorium: Índice de Livros Proibidos – para evitar a propagação de idéias contrárias à Igreja Católica. 3. E a fundação da Companhia de Jesus – para a catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas. Seus objetivos eram: •

Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI, principalmente à América;



Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica;



Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando ao avanço do protestantismo nestas regiões;



Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza, destacando-se entre eles o Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Em 1760, alegando conspiração contra o reino

português, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, confiscando os bens da ordem. Os primeiros países que aceitaram, incondicionalmente, as resoluções tridentinas foram Portugal, Espanha, Polônia e os estados italianos. A França, agitada pelas lutas entre católicos e protestantes, demorou mais de meio século para aceitar oficialmente as normas e dogmas, sendo mesmo o último país europeu a fazê-lo.

Brasil Pedro Álvares Cabral e sua esquadra chegam no litoral sul da Bahia em 22 de abril de 1500, a primeira missa é celebrada em 26 de abril do mesmo ano. Nada é muito concreto em relação ao descobrimento ter sido acidental ou intencional, o que se sabe é que Portugal sabia da existência de terras a oeste desde a chegada de Colombo a América e já havia garantido parte delas pelo Tratado de Tordesilhas. Em 1530 Martim Afonso de Souza comanda a primeira expedição de colonização das terras brasileiras. Além de conceder terras para a exploração, ele patrulhava a costa para impedir o contrabando de pau-brasil, Martim instalou um engenho de açúcar e no lugar fundou a primeira vila da colônia, São Vicente, localizada no atual estado de São Paulo. São Vicente O povoado de São Vicente foi fundado oficialmente em 22 de janeiro de 1532. Coincidentemente, nesse mesmo dia, 30 anos antes, a expedição do também navegador português, Gaspar Lemos, havia chegado em São Vicente e batizado o local com tal nome, em homenagem a São Vicente Mártir. Martim Afonso de Sousa, católico fervoroso, ratificou o nome. Logo após a sua chegada, ele adotou as medidas recomendadas pelo Rei de Portugal e organizou um sistema político-administrativo nas novas terras, instalou a Câmara, o Pelourinho, a Cadeia e a Igreja, símbolos da colonização e bases da administração portuguesa. Ordem dos Jesuítas Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza. Tinham como principais objetivos, levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI;

catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica e construir e desenvolver escolas católicas ao redor do mundo. Podemos destacar os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Em 1760, alegando conspiração contra o reino português, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, confiscando os bens da ordem. A ordem dos jesuítas foi extinta pelo papa Clemente XIV, no ano de 1773. Somente no ano de 1814 que ela voltou a ser aceita pela Igreja Católica, graças ao papa Pio VII. Fundação da Cidade de Salvador (BA) A cidade de Salvador foi fundada em 29 de março de 1549 por Thomé de Souza, foi escolhida como a primeira capital do país,devido a sua privilegiada localização geográfica e estratégica posição econômica, a cidade tornou-se, não somente a grande doca da exportação do açúcar industrializado no Recôncavo, como o principal portão de acesso, no continente americano, de toda a imensa diáspora africana, suas etnias, suas linguagens e sua cultura. Ostentou o título de sede do governo por 214 anos. Fundação da Cidade de São Paulo (SP) São Paulo surgiu como missão jesuítica, em 25 de janeiro de 1554, reunindo em seus primeiros territórios habitantes de origem tanto européia quanto indígena. Com o tempo, o povoado acabou caracterizando-se como entreposto comercial e de serviços de relativa importância regional. Esta característica de cidade comercial e de composição heterogênea veio a

acompanhar a cidade em toda a sua história, e

atingiu o seu ápice após o espetacular crescimento demográfico e econômico advindo do ciclo do café e da industrialização, que elevariam São Paulo ao posto de maior cidade do país. Fundação da Cidade do Rio de Janeiro (RJ) Estácio de Sá foi o fundador da Cidade do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1565. O objetivo da fundação foi dar início à expulsão dos franceses que já estavam na área há 10 anos. Após a independência, a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e o cultivo do café no Vale do Paraíba. O Rio foi palco principal dos movimentos abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante a

República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

Artes Entre o século XV e XVI há o Renascimento, uma transformação cultural européia, que mudou a literatura e as artes, impulsionadas pela burguesia que financiava a maioria dos artistas. O humanismo foi a filosofia do Renascimento, que se baseia na supervalorização do homem, uma imagem símbolo disso é o Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci. Nesse período surgiram vários gênios das artes. Leonardo da Vinci (1452-1519) artista do Renascimento, recebeu o título de “homem universal”, pois era pintor, escultor, inventor, engenheiro, poeta, matemático e pesquisador. O gênio renascentista foi autor de obras inovadoras, como desenhos de máquinas têxteis, embarcações e armas; projetou até mesmo um pará-quedas. Leonardo se destacou no estudo da anatomia humana. A sua primeira pintura data do século XVI é a Virgem do Fuso pintada por encomenda a um secretário de estado. Outras pinturas desse século são: São João Batista; Baco; Sant’Ana, a Virgem e o Menino. Mas sua pintura de maior destaque nesse século é Mona Lisa (1503), sua obra com caráter enigmático, que tem como modelo Lisa Gherardini apesar de alguns estudiosos não concordarem. Leonardo provavelmente demorou 3 anos para pintar o quadro, ou até mais. Essa era uma característica do artista, ele demorava anos para entregar suas pinturas, o que mostra a produção de poucas telas. Uma das técnicas de pintura de da Vinci foi o chiarousco, que proporciona o efeito de sombra e luz e outra técnica utilizada é o Sfumato, que produz a sensação de esfumaçado; essas duas técnicas foram utilizadas no quadro Mona Lisa. Michelangelo (1475-1564) pintor, escultor e arquiteto de Caprese (Toscana), teve como dois primeiros trabalhos dois baixos-relevos: A Virgem na Escada e Batalha dos Centauros em 1491-2. Um de seus trabalhos mais importantes é a escultura Baco (1496-7) o deus do vinho romano, encomendada por um banqueiro, Michelangelo tinha apenas 21 anos quando a fez. Outra escultura importante é Pietà (1498), essa palavra em italiano quer dizer piedade, a escultura é a imagem da Virgem Maria segurando nos braços seu filho morto, é importante destacar o realismo de sentimento que a escultura possui, e a riqueza de detalhes como as dobras das roupas; é a única obra assinada pelo escultor, seu nome está na faixa do busto da Virgem. No século XVI, Michelangelo é solicitado pela catedral de Florença para a criação de uma obra,

assim ele esculpiu em mármore Davi (1501-1504) o rei do Antigo Testamento que derrotou Golias; a escultura retrata o porte de guerreiro de Davi e toda expressão tensa e ao mesmo tempo um ar sereno. Em 1508 o artista inicia a pintura da Capela Sistina no Vaticano, umas das suas obras de maior destaque, a pintura começa no teto da Capela com cenas do Antigo Testamento, como por exemplo, O Pecado Original. A pintura do teto termina em 1512, mas o trabalho do O Juízo Final na parede de fundo da Capela começa em 1536, onde se destaca a visão terrorística e desesperança em relação ao mundo, onde há anjos e demônios e Cristo no centro “separando” bem e mal. Michelangelo se destacou muito mais como escultor do que pintor. William Shakespeare (1564-1616) um dos maiores dramaturgos da história nasceu em Stratford-on-Avon na Inglaterra, estudou em escola pública e não freqüentou universidade, o que não o impediu de ser um excelente escritor. Foi para Londres para tentar a vida, entre 1590 e 92 escreveu várias peças, mas os teatros estavam sendo fechados por causa da peste; assim Shakespeare se dedicou em escrever poemas. Quando os teatros são reabertos ele entra para a companhia de teatro patrocinada por Lord Hunsdon. O escritor cria uma nova maneira de escrever peças, onde cria personagens, suas maneiras e seus sentimentos. Shakespeare foi autor de várias peças teatrais que são divididas em quatro períodos: 1º período de 1588 a 1594: Penas de Amor Perdidas, Penas de Amor Ganhadas, A Comédia dos Erros, Sonho de uma Noite de Verão, Os Dois Cavalheiros de Verona, Henrique VI, Romeu e Julieta, Ricardo II, Ricardo III; 2º período de 1595 a 1601: Rei João, Mercador de Veneza, Megera Domada, As Alegres Comadres de Windsor, Henrique IV, Muito Barulho por Nada, Como quiser, Bom é o que Acaba Bem; 3º período de 1601 a 1607: Júlio César, Hamlet, Medida por Medida, Otelo, MacBeth, Rei Lear, Antônio e Cleópatra, Coriolano, Timon de Atenas; 4º períodode 1608 a 1613: Péricles, A Tempestade, Cimbelina, Conto de Inverno, Dois Nobres Primos, Henrique VIII. Pode ser destacadas várias que são mais famosas, como por exemplo, Romeu e Julieta (1591-1595) uma tragédia sobre dois jovens apaixonados, mas de famílias rivais que assim são impedidos de ficarem juntos. A obra continua atual e ganhou várias novas versões, além de diversas adaptações para o cinema. Outro grande escritor da época é Luís Vaz de Camões (1524?-1580), nascido em Lisboa (Portugal) luta no ano 1549 em Ceuta e perde o olho direito em batalha. Vivia sempre na Corte, mas é preso por agredir um oficial do rei em 1552 e depois de nove meses embarca na armada de Fernão Álvares, onde passam pela África e pelo Índico, passando a morar um tempo em Macau, colônia portuguesa na China. Retorna a Portugal em 1570 com sua obra Os lusíadas terminada; em 1572 é publicada a

primeira edição. Considerada de total relevância na literatura universal, Os lusíadas conta a glória de Portugal e de seu povo navegador. Sua obra é como uma história de Portugal. Um detalhe importante é que todo o livro é feito em versos decassílabos em estrofes de oito versos cada. O século XVI é considerado um grande período para a literatura portuguesa, desde o Humanismo com Gil Vicente e o Classicismo com Camões.

Invenções e a ciência do século XVI Segundo Boaventura, “o modelo de racionalidade que preside a ciência moderna constituiu-se a partir da revolução científica do século XVI e foi desenvolvido nos séculos seguintes basicamente no domínio das ciências naturais.” O século XVI foi marcado por algumas invenções que revolucionaram o mundo e que contribuíram para outras invenções. • Microscópio: surgiu a partir das lentes côncavas e convexas. Esse aparelho serve para ver objetos de dimensões muito pequenas. O primeiro microscópio foi construído por Zacharias Janssen e seu pai, ambos fabricantes de óculos em 1590, na Holanda. No entanto, o primeiro mecanismo de foco para microscópio foi desenvolvido em 1668 por Campini na Itália. Seu uso pela ciência se deu em 1660, por Anton van Leuwenhoek no estudo das bactérias e tinha o poder de ampliar 27 vezes. •

Relógio de mola: apesar do relógio ter surgido muito antes do século XVI, os relógios de mola surgem no século nesse período. Em 1524, o primeiro relógio foi produzido e era uma peça rudimentar do tamanho de uma maçã. Os famosos relógios de origem suíça e inglesa apareceram posteriormente, em 1575. Para os relojoeiros, esse foi um período de grandes avanços e inovações.



Termômetro de mercúrio: Galileu Galilei (1564-1642), em 1592 idealizou tubo cheio de ar e mergulhado em tigela com água, cujo nível descia na medida em que subia a temperatura. A partir desse experimento, em 1643, o físico Evangelista Torricelli usou o mercúrio em vez de água e inventou o barômetro, esclarecendo o fenômeno da pressão atmosférica sem, contudo, se importar com a medição de temperatura. Daí em diante, os termômetros tornaram-se hermeticamente fechados, permitindo que as medições da temperatura corporal não sofressem alterações caso feitas ao nível do mar ou no alto de qualquer montanha. Ocorreram também outras descobertas e fatos científicos que contribuíram,

com o avanço da ciência como: a publicação do tratado "Sobre os Metais" em 1556, que marca o surgimento da mineralogia. Nele, o alemão Georgius Agricola (1494 -

1555), discorre sobre os diferentes metais e suas propriedades; o primeiro laboratório científico da América em 1580, elaborado pelo matemático inglês Thomas Harriot (1560 - 1621) e o metalurgista Joachim Ganz para detectar a presença de prata e ouro nos minérios; e a criação em 1591, dos símbolos matemáticos pelo francês François Viète (1540 - 1603) para representar quantidades por letras nas equações, como a + b = c. Além das invenções, a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico revolucionou a ciência da época e provocou uma revolução no pensamento ocidental, ao tirar pela primeira vez o homem do centro do Universo. Em 1543, Copérnico sugeriu que a Terra girava em torno do Sol e, até então, acreditava-se na teoria geocêntrica de Ptolomeu, em que tudo gira em volta da terra e essa era a verdade que guiava a filosofia, a ciência e a religião. A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano de sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas décadas antes. O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Explicou a origem dos equinócios através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das. No século XVI, a anatomia também deu um grande passo, quando em 1543, o médico italiano Andreas Vesalius (1514-1564) publica seus "Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano", após inúmeras dissecações de cadáveres. Essa coleção é ricamente ilustrado e dividido em sete partes: ossos (Livro 1), músculos (Livro 2), sistema circulatório (Livro 3), sistema nervoso (Livro 4), abdômen (Livro 5), coração e pulmões (Livro 6) e cérebro (Livro 7). Até então a anatomia, fundamental para a medicina, dependia de amadores.

Making of O grupo desempenhou um trabalho de forma satisfatória. Não houve atritos entre os integrantes. Conseguimos nos reunir o suficiente para a elaboração do trabalho. A pesquisa resultou em muita informação sobre alguns assuntos e por isso dificultou a seleção de informações relevantes. O trabalho contribui para conhecermos melhor o século XVI e a ciência da época.

Referências

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