UNIVERSIDADE POTIGUAR NÚCLEO DE ENSINO À DISTÂNCIA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA PROFº CARLOS ROBERTO DE MORAIS E SILVA FRANCISCA GREGÓRIO DA SILVA – 2005.810.18
EXERCÍCIO DO OITAVO MOMENTO
1. Os três principais pensadores da escola antropológica denominada Historicismo são Franz Boas, Alfred kroeber e Clark Wissiler. Franz Boas insistiu na consideração de todo fenômeno como resultado de acontecimentos históricos. Para ele, as perspectivas históricas de cultura envolvem invenções e difusões, resultando em uma distribuição de elementos culturais em qualquer movimento dado não apenas nas culturas, mas também em áreas de cultura bem delimitadas. Estudou a oposição entre as teorias determinadas. Tais teorias não significam mero estudo do passado, já que podem ser identificadas no presente, tendo como exemplo as corporações de oficio da Idade Média. Exemplo atual: atividades artesanais. Alfred kroeber vê a cultura como um fenômeno sui generis, ou seja, que se comporta segundo suas próprias leis. Wissiler leva em conta o aprendizado do indivíduo desde a infância. Para ele, a cultura é apenas um conjunto de reflexos condicionais que podem ser estudados por si só. As críticas que são tecidas sobre essa escola recaem sobre sua ilegitimidade, por ter, em suas formas externas, geradoum tratamento unitário da cultura; e sobre a mecanicidade nas distribuições culturais, pela manipulação estatística de traços com que trabalhou. 2.
Podemos dizer que cultura é um padrão de comportamento passado de geração a geração e que são cultivados como forma de expressão de sentimentos e costumes de um povo.
As peculiaridades nos propósitos, nos objetivos, nas representações
simbólicas da vida que são geradas por uma dada cultura formam sua configuração.
Vale dizer, comungando com a crítica feita à idéia primária de Sapir, que esses conjuntos de características que configuram, de modo simbólico,representacional, uma cultura (já que para essa corrente o comportamento cultural é simbólico), devem-se à individualidade também. Isso pode não ser notado dentro de um breve espaço de tempo, mas, à medida que as pessoas, seus hábitos, seus costumes, vão mudando, sendo esses sujeitos os responsáveis pela formação de uma cultura (óbvio que de modo social, nunca individual), a modificação de um, pela convivência, pode ir sendo transmitida para outros e outros e, dentro de uma considerável faixa temporal, pode ser notada uma nova configuração cultural, passível de ser encarada como “impessoal”, se analisada de modo pontual, sincrônico, mas que tem seu fundo pessoal, na individualidade que foi sendo socializada, numa perspectiva diacrônica, histórica.
3. A crítica feita foi sobre a não tentativa de se explicar o sistema das Kulturkreise. Já que a base do Difusionismo é a expansão desse complexo de cultura para outros povos, deveria ficar bem claro na teoria como esses círculos complexos se organizaram, quando e onde existiram como entidades no passado e se estavam, de fato, separados geograficamente, para que se possa validar a hipótese de que houve uma propagação numa linha histórica e num raio de alcance geográfico que alcance outros pontos distantes daquele que representa o eixo irradiador, o ponto ou a zona de origem. Do contrário, a teoria fica fragilizada, distante de uma comprovação, sempre cara quando se trata de ciência.