Toxicologia Ocupacional

  • June 2020
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DEFINIÇÕES

I – Toxicidade: é a capacidade de uma substância de produzir um efeito nocivo ao organismo quando por este absorvida. (Colacioppo, 2003). II – Exposição aguda: uma única exposição ou múltiplas exposições num período de 24 h ou menos, a altas concentrações de uma substância, cujas manifestações se desenvolvem rapidamente. Ex.: exposição a monóxido de carbono ou gás cianídrico. III – Exposição crônica: exposições repetidas ou contínuas, durante longo período de tempo, a determinada substância. A substância tóxica geralmente se acumula, e seus efeitos manifestam-se posteriormente. Ex.: exposição ao chumbo (saturnismo); aomercúrio (hidragismo); ao benzeno (benzenismo). IV – Efeito agudo: resulatdo da exposição aguda. Irritação, destruição do tecido, narcose ou morte celular. Geralmente ocorre devido à situações emergênciais. V – Efeito crônico: resultado da exposição crônica. Sintômas ou doenças de longa duração. O organismo não tem tempo de se recuperar nos intervalos em que ocorrem as exposições.

VI – Efeitos locais: ocorrem na superfície de contato entre o organismo e o agente químico. Os agentes irritantes geralmente apresentam efeito local. VII – Efeitos sistêmicos: as substâncias são absorvidas e distribuídas pelo organismo e agem em local distante da via de entrada, provocando danos em tecidos, órgãos-alvo ou sistemas do corpo. Posteriormene serão depositadas, eliminadas ou transformadas por reações metabólicas.

FASES DA INTOXICAÇÃO DO ORGANISMO HUMANO EXPOSIÇÃO TOXICODINÂMICA

TOXICOCINÉTICA

FASE CLÍNNICA 1 – Exposição: fase em que a superfície externa ou interna do organismo entra em contato com o agente químico (poeiras, névoas, fumos, gases e vapores), influenciada por fatores ambientais como umidade, luz, temperatura, etc. A exposição pode se dar pelas vias RESPIRATÓRIA; CUTÂNEA e GASTROINTESTINAL. 2 – Tóxicocinética: refere-se ao “movimento” do agente químico após sua absorção pelo organismo; a sua distribuição pelos diferentes fluidos e órgãos; sua acumulação ou biotransformação e sua eliminação. a) Absorção: é a passagem do agente químico do local de contato para dentro da membrana celular, onde é metabolizado pelos componentes do citoplasma e acaba passando para a corrente sanguínea.

# A absorção geralmente é mais rápida através do pulmão, menos rápida pelo trato gastrointestinal e lenta através da pele. A absorção depende dos seguintes fatores relacionados ao agente químico (AQ): - Solubilidade; - Grau de ionização; - Tamanho. Absorção pelas vias respiratórias: Equilíbrio: MOLÉCULAS DO AQ do ar inspirado sangue

MOLÉCULAS DO AQ dissolvidas no

coeficiente de partição sangue/ar – alvéolos p/ sangue coeficiente de partição sangue/ar – passam p/o sangue só em pequenas quantidades.

Absorção pela pele e mucosas: A pele é relativamente impermeável a maioria dos íons, bem como à soluções aquosas. Entretanto, é permeável a vários agentes sólidos, líquidos e gasosos. A epiderme (camada com suor e gordura) atua como barreira seletiva.

Proteína membrana

Bicamada lipídica

de

Absorção pelo trato gastrointestinal: Menos risco devido à diluição dos AQ pelos líquidos e alimentos no estômago.

b) Distribuição e acumulação: O transporte dos AQ para os órgãos é feito pelo sangue. SANGUE glóbulos sangüíneos (hemácias, leocócitos e plaquetas). Plasma (líquido formado por mistura de substâncias orgânicas e minerais). TRANSPORTE: AQ (ALBUMINA,OUTRAS)

PROTEÍNAS

Fração livre do AQ é ATIVA!!! e chega aos tecidos!!! As concentrações do AQ nos tecidos dependerá do fluxo sangüíneo e da afinidade dos AQ aos componentes teciduais. CO (monóxido de carbono) Hemoglobina Flúor, Chumbo Tecidos ósseos Inseticidas organoclorados Tecido adiposo

Biotransformação: é toda alteração que ocorre na estrutura da substância, devido à ação de enzimas presentes no organismo.

FÍGADO enzimas.

Órgão com maior concentração de

(pulmões,

rins,

intestinos,

pele

e

mucosas). 1ª Fase: quebra da molécula do AQ Reações de oxidação, redução, hidrólise, desaminação, desalogenação, quebra do anel.

desalquilação,

2ª Fase: síntese de novos produtos por ligações covalentes entre os AQ absorvidos ou seus respectivos produtos da 1ª Fase e compostos do corpo humano como os aminoácidos.

PRODUTOS: METABÓLITOS (Nem sempre são menos tóxicos que os AQ origimais). AQ Nitrato Metanol Anilina Naftaleno

Metabólito Nitrito Ácido fórmico Fenilidroxilamina Diidroxinaftaleno

Efeito Falta de O2 em nível celular Afeta o nervo óptico Agente asfixiante Cataratas

Excreção: é o processo pelo qual uma substância é eliminada do organismo. Via de eliminação

Compostos eliminados Fenol (metabólito do benzeno); ac. Urina Tricloacético e tricloroetanol (metabólitos do tricloroetileno); ácido hipúrico (metabólito do toluenno). Fezes / Bile Mercúrio, Tálio, Cobalto, Arsênico, Manganês e Cromo. Ïons metálicos de Chumbo, Mercúrio, Saliva Arsênico, Cobre, além de Brometos, Iodetos, älcool etilíco, Alcalóides. Suor Álcool etílico, Acetona,, Sulfeto de Carbono e Hidrocarbonetos clorados. Análises do cabelo podem ser usadas como indicador de metais pesados.

3 – Toxicodinâmica: é a interação do AQ na forma de moléculas ou íons com os órgãos do corpo humano ou com os sítios de ação, resultando no desequilíbrio da capacidade do organismo vivo em responder às variações externas e manter sua função normal. Exemplos:

Inseticidas carbamato

Monóxido de Carbono

Enzima Acetilcolineasterase

Hemoglobina

MUTAÇÕES

A reação de alguns metabólicos com os compostos orgânicos do corpo ou de outras moléculas (INDUTORES), podem causar MUTAÇÃO NO DNA. GAMETAS: mutações hereditárias SOMÁTICAS REPARO benigno (local) Maligno (metástase)

REPARO

CÉLULA NORMAL

TUMOR

4 – Fase Clínica: aparecimento dos sintômas (final de um longo processo).

*A TOXICOLOGIA OCUPACIONAL DEVE SER ESSENCIALMENTE PREVENTIVA!!!!

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