Tomo Aula Itepa1

  • Uploaded by: hribeirocruz
  • 0
  • 0
  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Tomo Aula Itepa1 as PDF for free.

More details

  • Words: 2,667
  • Pages: 110
Tomografia Computadorizada Princípios básicos



Histórico: • •

Roentgen – 1895 – Raios X Hounsfield – 1971 • •

CAT Scan – Computed Assited Tomography Nobel Medicina em 1979



Tomografia: • •

Tomos = fatia Graphein = gravar



Funcionamento Básico: •



Utiliza um tubo de raios x que gira sobre um eixo longitudinal, fazendo radiografias transversais do objeto. As imagens obtidas são convertidas pelos detectores em pulso elétrico e, posteriormente por um computador em cortes tomográficos

Eixo Longitudinal Tubo RX Detector



Imagem em TC: •



Pixel: é a menor unidade que compõe a imagem digital Voxel: é a representação volumétrica do Pixel



Componentes: •

Gantry: •

• •

é onde ficam inseridos os elementos necessários para a produção, detecção do feixe de raios x. Bem como elementos mecânicos para realizar as rotações em torno do eixo longitudinal da cama. laser para centralização movimento de inclinação

Tubo de RX

Comandos

Arranjo Detectores



Componentes: •

Tubo RX: •





Desenvolvido para suportar tempos grandes de exposição, e com focos finos Atualmente confeccionados em metal, resfriados a óleo. US$ 80.000,00



Componentes: •

Detectores: •



transformam a radiação x incidente em um pulso elétrico, que será posteriormente digitalizado estão localizados contra a janela de colimação do tubo de raios x. Sendo eles únicos ou em arranjos, em formato de leque.



Componentes: •

Detectores - Características: • • • • • •

Alta eficiência na captura de raios x, Alta absorção de raios x; Alta eficiência de conversão de raios x em sinal elétrico, Estabilidade, Tempo de resposta baixo “Dynamic Range”: eficiente em baixas e altas energias



Componentes: •

Detectores – Tipos: •

Sólidos: • • • •



Gasosos: • • •



Iodeto de Sódio – 1ª. Geração Tungstato de Cádmio Vantagem: eficiência próxima de 100% Desvantagem: Menor resolução Xenônio ou Criptônio Vantagem: Boa resolução Desvantagem: eficiência de 60 a 90%

Atualmente são usados detectores de material cerâmico, ligados a um fotodiodo que produz o pulso elétrico



Componentes: •

Console: •



Computador de comando, onde são planejados os estudos, quantidade de cortes, kV, mAs,... Digitaliza e reconstrói os sinais provindos dos detectores, apresenta a imagem completa



Componentes: •

Câmera Multiformato: •

Computador onde será feita a fotografia do exame, selecionando os parâmetros do filme como: • • •

Layout: 4x5, 3x4, 3x3, 4x4,... Zoom: amplificação da imagem Janela: nível e amplitude



Gerações de Tomógrafos: •

1ª. Geração



Gerações de Tomógrafos: •

2ª. Geração



Gerações de Tomógrafos: •

3ª. Geração



Gerações de Tomógrafos: •

4ª. Geração



Tomografia Helicoidal



Tomografia Helicoidal •

Vantagens: • • • • •

Reduz o tempo de realização de exames Diminui artefatos de movimento Requer menos quantidade contraste Possibilita reconstruções em volumes (MPR, MIP) Possibilita aquisições completas em apenas uma apnéia inspiratória

MultiSlice  Tomografia  



com multidetectores

possuem mais de uma fileira de detectores para cada volta completa do tubo de raios X em torno do paciente, mais de um corte é gerado simultaneamente O número de cortes possíveis depende do número de fileiras de detectores disponíveis no aparelho e de sua associação

MultiSlice  Tomografia 



com multidetectores

O primeiro aparelho, lançado no início da década de 90, possibilitava a aquisição da imagem de dois cortes simultâneos por giro completo do tubo de raios X Atualmente os equipamentos MDCT fazem exames muito rápido, como, crânio em 1s, corpo inteiro em 5s

MultiSlice  Tomografia 

com multidetectores

Permite exames cardíacos!



Coeficiente de atenuação (μ): •



Em uma imagem tomográfica, diferentes tecidos produzirão diferentes níveis de atenuação do feixe de raios x. dependem da densidade do tecido e do seu número atômico



Unidades Hounsfield (HU) •

São os valores atribuídos pelo computador a cada coeficiente de atenuação medidos durante a exposição e que corresponderão a um tom de cinza

• • • • • • • • • • • • •

Osso Rochoso = +3000HU Osso Médio = +1000HU Sangue coagulado = +55 a +75HU Fígado = +40 a +70HU Rins = +40 a +70HU Músculo = +35 a +70HU Substância Branca = +36 a +46HU Substância Cinzenta = +13 a +18HU Sangue = +13 a +18HU Líquor = +15HU Tumores = +5 a +15HU Gordura = -150 a -400HU Ar = -1000HU

• • •

Hipodenso: preto Isodenso: centro (tom de cinza) Hiperdenso: Branco

Tomografia Computadorizada 

Parâmetros Técnicos  Termos Técnicos  Conceitos

Parâmetros Técnicos •

FOV: •

Field of View: •



Refere ao campo de visão, ou seja, área de interesse. É o tamanho da área da fatia. Deve ser selecionado de acordo com a região do corpo a ser estudada.



FOV:

Relação entre FOV, tamanho da matriz, voxel e pixel em uma imagem tomográfica Imagens tomográficas possuem normalmente imagens de matriz 512x512 ou 256x256 pixels

400mm

400mm

200mm

200mm



Slices: •

Cortes: •





deve ser selecionado a quantidade de cortes (fatias) que cobrirá toda a parte de interesse do exame. Lembre-se que cada corte gasta um pouco do tubo de raios x, por isso, devemos ser precisos na determinação da área de estudo. Ex.: Crânio – 20cortes



Thickness: •

Espessura: •





Refere a grossura do nosso corte (fatia), profundidade do voxel, será determinada pela colimação do feixe. Para selecionar esse parâmetros devemos levar em conta o tamanho do região do nosso estudo Ex.: Crânio Fossa Posterior – 5mm

Crânio Supratentorial – 10mm



Index: •

Incremento ou Deslocamento: •





Refere-se a espaço entre um corte e outro, determinado pelo avanço da mesa de exames Como na espessura do corte, devemos levar em conta o tamanho do objeto do nosso estudo, para não perdermos nada Ex.: C.A.I. espessura: 1mm

incremento: 0,5mm



PILOT (surview ou : •

Escanograma: •

• •

Radiografia digital feita conforme determinação do operador em AP, PA ou Perfil Será usada para programação do exame Ex.: PF Crânio e AP Abdome



Pitch: •

Passo: •

Parâmetro presente apenas em tomógrafos helicoidais, definido pelo deslocamento da mesa durante a rotação (ou revolução) contínua do tubo de raios x, dividido pela largura da colimação.

Incremento de mesa x número de rotações Espessura do corte



Pitch: Incremento de mesa x número de rotações Espessura do corte

• Para uma fatia de 5mm, o paciente pode moverse 10mm durante o tempo que leva o tubo pra girar 360º, levando a um pitch de 2.



Filtros: • • •

Standart: sem algoritmo, filtro mole usado comumente para visualizar partes moles Smooth: filtro intermediário usado para dar contorno suave em estruturas Bone: filtro duro, usado para detalhamento de partes ósseas, dando mais detalhes em fraturas e formações ósseas



Raw Data: •



Gravação em disco rígido dos dados brutos da aquisição, sem ser aplicado nenhum filtro. A partir dos dados brutos podemos fazer as reconstruções aplicando novos filtros e/ou centralização da imagem

Gantry

Aquisição Imagens

Reconstrução Backprojection

Raw Data Dados Brutos

Computador Algoritmos Filtros Reconstruções

Apresentação das imagens



Centro •



Centro do FOV é a intersecção dos eixos x e y. (0x0) Podemos reconstruir o exame a partir do raw data, centralizando, aumentando o FOV, mudar o filtro,...



Window: •

Janelas: •

A Escala de Hounsfield tem uma amplitude muito grande de tons de cinza (mais de 3000). Como o olho humano não tem a capacidade de distinguir todos esses tons é necessário que se trabalhe com apenas uma parte da escala. Determinamos então a amplitude da escala que iremos utilizar:



Window: •

Janelas: •



Window Width (WW) – Amplitude da janela, determina a porção a escala de hounsfield que será usada na imagem. Exemplo: WW=300 teremos 300 tons de cinza

Mexe diretamente no CONTRASTE !!!



Window: •

Janelas: •



Window Level (WL) – nível da janela, este deve ser o valor do tom de cinza correspondente ao da densidade média da estrutura que se deseja estudar. Exemplo: a densidade do parênquima pulmonar em um adulto varia de -700 a -900 HU, devemos então selecionar o nível entre estes valores: -800HU

Mexe diretamente no fator BRILHO!!!



Window: •

Janelas: •

Juntando-se os conceitos de amplitude e nível de janela, podemos observar que quando utilizamos a seguinte janela: WW=300HU e WL=50HU

significa que os valores da escala com que estamos trabalhando irão de -100HU até 200HU, ou seja, 150HU pra baixo e 150HU pra cima do nível.

Números de TC • • • • • • • • • • • • •

Osso Rochoso = +3000HU Osso Médio = +1000HU Sangue coagulado = +55 a +75HU Fígado = +40 a +70HU Rins = +40 a +70HU Músculo = +35 a +70HU Substância Branca = +36 a +46HU Substância Cinzenta = +13 a +18HU Sangue = +13 a +18HU Líquor = +15HU Tumores = +5 a +15HU Gordura = -150 a -400HU Ar = -1000HU

Termos Técnicos •

ROI: •



Region of Interest: região de interesse, determinada pelo operador, podendo ter vários formatos. Utilizados normalmente para leitura do valor da densidade (HU) no tecido de interesse ou massa

16HU

Termos Técnicos •

VOI: •

Volume of Interest: Volume de interesse. Usado normalmente em reconstruções, serve para delimitar o volume



MIP: •



Maximum Intensity Projection: Reconstrução feita a partir de uma aquisição helicoidal, com efeito 3D.

MPR: •

Multi-Planar Reformatting : Reconstrução que possibilita a realização de cortes em diversos planos.

Preparação e Posicionamento do Paciente •





O paciente deverá ser posicionado em decúbito, podendo esse ser dorsal (supine), ventral (prone), lateral esquerdo (left) ou lateral direito (right). Este parâmetro deve ser selecionado quando inseridos os dados do exame. O paciente também deverá ser posicionado com a cabeça em direção ao gantry (head in) ou os pés entrando no gantry (feet in). Para os exames de crânio é usado suporte especial para posicionamento do paciente.

Mesa de exames •

Movimentação: • •





A mesa de exames pode ser movimentada através dos comandos no gantry ou liberação de freios. Se movimenta para baixo e para cima (up/down) quando fora do gantry, e longitudinalmente, entrando e saindo do gantry (in/out) Parte da cama fica suspensa, por isso devemos atentar para a capacidade de peso da mesa, suporta normalmente pacientes de até 150kg. A altura deve ser regulada conforme a área de interesse.

Mesa de exames •

Movimentação: •

Feixe laser de localização: •



O laser marca o início do nosso estudo, ou seja, a base da nossa radiografia digital. E também a altura desejada da mesa. Importante o conhecimento dos pontos de referência superficiais do corpo

Meio de contraste em TC •

Oral: • •

Usado em exames de abdome, serve para diferenciar alças intestinais. Bário: composto usado para contraste oral, porém, é diferente do contraste baritado usado no raio x convencional. Possui baixa concentração. • Paciente que executaram exames com contraste oral no rx convencional, devem aguardar que este contraste seja eliminado pelo organismo. Pois causa artefatos na imagem de tomografia.



Oral: •

• •

Iodado: devido ao alto custo do contraste baritado pra tomografia é comumente usa o contraste iodado, diluído em água, o gosto é amargo. Diluição: 50ml em 1litro de água Posologia: 1 copo a cada hora

no momento do exame tomar mais 2 copos



Iodado EV •

Iônico: • • •



Alta osmolalidade Bastante tóxico Uso mais comum, devido ao baixo custo

Não iônico: • • •

Baixa osmolalidade Menor toxicidade que o iônico Uso raro, alto custo



Anamnese: •



História pregressa do paciente. Muito importante para complementação de informações que levarão a um exame bem direcionado e um diagnóstico preciso. Mais importante é anamnese para uso do contraste iodado, pois este possui diversos efeitos colaterais que vão desde leves a muito graves, podendo inclusive ser fatal.



Anamnese: • • • • • • • •

Alergias? Asma? Bronquite? Frutos do mar? Cardíaco? Rinite? HAS? Hipotensão? Medicação? Diabetes?



Preparo: •

DIABETES: •



Deve suspender os medicamentos que contenham Metformin, parar a medicação 48hs antes do exame e somente voltar a tomar 48hs depois Nomes comerciais: •

Gluccoformin®, Glicofage®, Glifage®, Dimefor®



Preparo: •



Para fazer a injeção de contraste o paciente deve estar em NPO à pelo menos 4hs. Esta regra reduz o risco do contraste provocar vômitos e permite o uso de medicações e medidas de emergência, tais como, entubação, anestesia,...



Preparo: •

ALERGIA: •

Fazer preparo com corticóide oral 24hs antes. •





Prednisona 6mg de 8 em 8hs

Casos mais graves deve ser feito com acompanhamento de anestesia O uso de contraste não iônico também é indicado em casos graves



Acesso EV: •





Devemos procurar um acesso venoso de bom calibre, e de preferência fora de região da dobra do braço ou punho. Usar Butterfly (scalp) ou Abocath (gelko) de grosso calibre, pois o MC é bastante viscoso O acesso deve ser mantido durante alguns minutos após o término da injeção e do exame. Para o caso de intercorrências por reação alérgica do paciente.



O uso de Bomba Injetora • •

Equipamento usado para infusão em bolo do meio de contraste Vantagens: • • •



Fluxo constante Feito a distância (reduz dose ocupacional) Fluxos altos (velocidade de injeção)

Desvantagens: • • •

Distância Rompimento veia Alto custo das seringas (esterilização)

Reações ao MC •

Leves: • • • • • • • • •

Náusea/Vômitos Tosse Calor Cefaléia discreta Tontura Ansiedade Alteração do paladar Prurido Rubor

• • • • • • • • •

Calafrios Tremores Urticária limitada Sudorese e palidez leve Exantema Congestão nasal Espirros Edema leve em olhos e boca Dor no local da injeção



Moderados: • • • • • •

Vômitos intensos Mudança da freqüência Hipertensão Hipotensão Urticária extensa Edema facial moderado

• • • • • •

Rigidez Dispinéia/sibilos Broncoespasmos Laringoespasmos Dor em tórax e abdome Cefaléia intensa



Graves: • • • • • •

Inconsciência Convulsões Edema agudo de pulmão Colapso vascular severo Arritmias Parada cardíaca

Fabricantes MC •

Schering •

Principais produtos: • • •

UROGRAFINA® (iônico) IOPAMIRON® (não iônico) MAGNEVISTAN® (RM)



Justesa: •

Principais produtos • •

Pielograf ® (iônico) Magnograf ® (RM)



Guerbet •

Principais produtos: • • •

Telebrix ® (iônico) Henetix ® (não iônico) Dotarem ® (RM)

Importante •



Toda injeção de meio de contraste deve ser acompanhado pelo médico Radiologista ou médico responsável. A responsabilidade do técnico é estar interado dos procedimentos de urgência, local de medicações e instrumentos para auxiliar e executar as instruções médicas

História do Paciente O histórico do paciente é parte integrante do exame, é a partir dele que será planejado o exame. Devem ser coletadas todas informações referentes a: • • • • •

Informações clínicas, Exames anteriores, Doenças anteriores, Sinais e sintomas atuais, Hipótese diagnóstica

Planos de Corte e Reconstrução •

Plano Coronal (frontal) •



Plano Sagital •



Divide o corpo em direito e esquerdo

Plano Transversal (axial) •



Divide o corpo em anterior e posterior

Divide o corpo em superior e inferior

Planos Oblíquos

Plano sagital da coluna lombar (MPR)

Plano coronal do tórax (MPR)

Plano axial do crânio (MPR)

Imagens Seccionais Vantagens: • • •

Visualização bidimensional Estudo de órgão específico Evita a superposição de imagens

Filmes e Impressoras  Os

filmes para tomografia são especiais pois são sensibilizados não mais pelo raio x, mas por um feixe de raios laser, na chamada câmera laser.  A impressora laser reproduz a imagem selecionada pelo operador, com a mesma janela de visualização (WL).

Filmes e Impressoras O

layout do filme será de acordo com as exigências da técnica usada ou da necessidade de demonstrar melhor algum tecido ou patologia  O seu tamanho é 35x43cm, e pode ser divido em várias partes:

Filmes e Impressoras  DRYVIEW: 

“Impressora a seco” 

sistema sem o uso de químicos para revelação, usa um sistema de sensibilização do filme pelo calor.

Related Documents

Tomo Aula Itepa1
June 2020 6
Tomo Ii
October 2019 37
Tomo-ii.pdf
June 2020 8
Tomo I
October 2019 40
Tomo I.pdf
July 2020 7
Tomo Residentes
May 2020 9

More Documents from "hribeirocruz"

May 2020 8
Tomo Aula Itepa1
June 2020 6
Tomo Residentes
May 2020 9