Tipos De Escalas

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ESCALA MAIOR Essa é sem dúvida a escala musical mais conhecida. Talvez seja a primeira escala que todo músico aprende. Não importa qual estilo musical você pretende se dedicar, cedo ou tarde todo músico se vê desafiado a ter “debaixo dos dedos” a escala maior em TODAS AS TONALIDADES, seja para improvisar ou porque ela simplesmente apareceu em uma partitura. A escala Maior é uma escala diatônica formada por dois semitons entre os graus III-IV e VII – I e um tom nos demais intervalos de 2ª. Deste modo, a estrutura da escala maior é: Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom. Veja como fica a escala de Dó Maior:

Essa estrutura e sonoridade naturalmente vão formar todas as escalas maiores. Veja a escala abaixo:

Note que embora seja uma escala diatônica, sua estrutura não caracteriza a escala maior, que como vimos, deve ser OBRIGATORIAMENTE formada por: Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom. Para transforma-la em uma escala maior precisamos fazer uma alteração na nota fá, veja:

Você pode fazer essas alterações agora em todas as tonalidades. Basta respeitar a estrutura da escala maior: Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom. 2. ESCALA MENOR A escala menor é uma escala que sua maior característica é o intervalo de terça menor entre os graus I e III. Embora para fins didáticos e com finalidade de facilitar a compreensão da escala menor seja constume compara-la com a escala maior, ela é uma escala completamente independente da escala maior. Deste modo, para toda escala maior temos uma escala menor formada pelas mesmas notas e armadura de clave, porém com tônicas diferentes, o que resulta no que chamamos de escalas relativas, onde uma está no modo maior e outra no modo menor. A tônica da escala relativa menor, coincide com o sexto grau da escala maior. E a tônica da escala relativa maior coincide com o terceiro grau da escala menor. Assim, para descobrir qual é a relativa menor de uma escala maior, basta encontrar o sexto grau da escala maior, veja:

Começando a escala musical com a nota lá e mantendo as mesmas notas da escala de dó maior, temos escala de lá menor:

escala menor tem ainda três formas: primitiva, harmônica e melódica.

A

A escala menor primitiva (ou natural) é formada exclusivamente pelas alterações que existem na armadura de clave. No caso de lá menor, por exemplo, não existe nenhuma alteração porque não tem armadura de clave:

A escala menor harmônica tem o sétimo grau elevado em um semitom. Essa alteração não é colocada na armadura de clave, é apenas uma alteração ocorrente.

A escala menor melódica tem o sexto e sétimo grau elevados em um semitom no movimento ascendente da escala e no movimento descendente da escala ela deve ser tocada como na primitiva, ou seja, apenas as alterações da armadura de clave.

Tecnicamente, a escala menor primitiva está contida na escala maior, então se você já toca a escala maior não vai ter dificuldades para fazer a menor em sua forma primitiva, simplesmente vai mudar a tônica. Assim, a escala menor na forma harmônica e melódica tornam-se indispensáveis no estudo nosso de cada dia. 3. ESCALA CROMÁTICA Depois da escala maior, a escala cromática é realmente uma escala musical OBRIGATÓRIA. Não apenas por causa da sonoridade, que aliás é inconfundível, mas por causa da técnica necessária para tocá-la. A escala cromática é a escala de 12 semitons. Ela divide a 8ª em 12 semitons, ou seja, é a escala com todas as notas, naturais e alteradas. Cromatismos são comuns em vários estilos musicais, por isso ter em dia a digitação da escala cromática é realmente indispensável.

Como ela é formada apenas de semitons, tudo se resume basicamente em uma única escala musical. Você naturalmente deve estuda-la partindo de todas as notas, logo vai perceber que a digitação é quase sempre igual, veja:

Só como curiosidade, em teoria, existem algumas classificações que do pondo de vista prático são irrelevantes. Por exemplo, é possivel classificar-las como: escala cromática maior e escala cromática menor. Na prática, essa classificação não muda absolutamente nada, você vai tocar a escala com os 12 semitons normalmente, mas em teoria musical a posição de algumas alterações mudam. Em fim, se você nunca estudou essa escala é bom começar, cedo ou tarde você vai se deparar com pequenos cromatismos em alguma música. 4. ESCALA DE TONS INTEIROS O próprio nome desta escala musical já dá a entender como é sua estrutura. Na escala cromática temos uma escala de 12 semitons, aqui na escala de tons inteiros temos uma escala formada apenas tons. Isso basicamente significa que tecnicamente só existe duas escalas. Veja a escala de tons inteiros começando com a nota dó:

Agora veja a escala de tons inteiros começando com a nota ré bemol:

Observe que começando agora com a nota ré, tecnicamente é exatamente a mesma digitação da escala de tons inteiros de dó, veja:

Assim concluímos que você só tem duas escalas para estudar em toda região do instrumento. Como todos os intervalos entre os graus vizinhos são sempre os mesmos (um tom), a escala é instável em termos de tonalidade. Faltam algumas relações harmônicas e melódicas, que são fundamentais na tonalidade maior ou menor. Por exemplo, a escala não tem sensível. De todo modo, é uma escala presente nas obras dos impressionistas franceses, em especial Debussy e muito usal na improvisação, trazendo uma sonoridade ímpar. Como são praticamente duas escalas que você precisa estudar, vale a pena praticar e deixar sua digitação desta escala musical limpa em seu instrumento.

5. ESCALA DIMINUTA A escala diminuta é, assim como a de tons insteiros, simétrica, ou seja, segue a mesma ordem de intervalos. Sua formatação mais difundida é: Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom Isso forma uma escala de 8 notas e que por ser simétrica, tecnicamente existem apenas 3 escalas, veja: Escala diminuta de dó:

Agora a escala de ré bemol diminuta:

E por fim a escala diminuta de Ré:

Observe agora que a escala diminuta de Mi bemol é tecnicamente IGUAL a escala diminuta de dó:

Isso vai se repetir com as outras notas, o que significa que você tem apenas 3 escalas musicais para estudar e não 12 como a contece nas maiores e menores. Na improvisação, principalmente no jazz, é comum também o uso da escala diminuta com a formatação de: Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom – Semitom – Tom, que é uma forma extra de explorar novas sonoridades.

Na prática, as próximas duas escalas já estão parcialmente contidas nas escalas musicais já listadas até agora. Ambas apresentam sonoridades singulares e de fácil percepção. O estudo sistemático delas (ao meu ver) faz mais sentido se sua vivência musical tende para uma caminho de improvisação, já que essas escalas são consideradas “curingas” em vários estilos musicais.

No entanto, saber no mínimo quais as características destas escalas e como são formadas vão te permitir estar mais preparado para novas descobertas musicais. 6. ESCALA PENTATÔNICA Também chamada de escala chinesa, é uma das escalas mais usadas nos últimos anos. É encontrada frequentemente na música folclórica chinesa, japonesa, irlandesa e por aqui também na música brasileira. Sendo o curinga na improvisação, podemos dizer que ela vem da escala maior. Por isso sua experiência com esta escala musical vai ser muito mais fácil se você já estiver familiarizado com a escala maior. Para montá-la, partindo da escala maior, basta remover os graus IV e VII.

Removendo esses graus temos a escala pentatônica:

Para forma-la nos outros tons, basta repetir o processo: •

Indentificar os graus IV e VII da escala maior



E remove-los

É possível ainda considerar o modo maior e menor da escala pentatônica, assim como acontece na escala maior que tem uma relativa menor, lembra? Vimos essa relação nas duas primeiras escalas deste post. Por isso agora é só aplicar a mesma lógica aqui na pentatônica (esse é o jeito que eu acho mais fácil de entender a relação entre as escalas). Então temos a escala pentatônica maior (lembre-se da escala de dó maior e retire os graus VI e VII):

E a pentatônica menor (localize o 6ª grau da escala maior e mantenha exatamente as mesmas notas que formam a escala pentatônica maior):

Note que nas duas escalas as notas fá e si foram removidas, isso significa que tecnicamente as notas nas duas escalas musicais são as mesmas, mudando apenas o modo, o centro tonal.

7. ESCALA DE BLUES A escala de blues é outra que não pode faltar no repertório de escalas musicais de um bom músico, principalmente para músicos que se interesam pela arte de improvisar. Também conhecida como “pentablues”, a escala de blues é formada por seis notas e é muito parecida com a escala pentatônica. Por isso já saber fazer a escala pentatônica vai te ajudar a endender facilmente a formação da escala de blues. Aqui também é possível classifica-la como escala de blues maior e escala de blues menor. Para formar essa escala vamos partir da escala pentatônica maior:

Agora basta ADICIONAR uma terça menor, no caso um mi bemol:

Na menor, as notas vão ser exatamente as mesmas, então basta encontrar a relativa menor:

A escala de blues menor é a mais conhecida e usada. O exemplo clássico de sua sonoridade é o tema da “Pantera cor de rosa” que todos conhecem. Como tecnicamente não existe diferença entre a maior e a menor, recomendo ênfase no estudo da escala menor de blues, já que é a mais conhecida.

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