Texto - Cultura 2

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HAAVEY, D. Condição pós-moderna. São :.aulO, Loyola , 1992

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':,.I LIPOVESKY, G. La era del vacfo. Barcelona, Anagrama, 1986.

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AlEVf,DO. K· Co' .NM r'l'lNJ. : . r . . : I ~ _.t2W. ri.l ErJJJ..io.~o:;" .A",[ ~'VlO 1oNf/r(lP'Y.144d NÃO-MODERNO' . .'.' .

:'~ ~ 1.::i~: LYOTARD, J. O pós-moderno. Rio de Janeiro, Olyrnpio, 1986 ~ ·' · 1~ ..::;; '· ;PISClTELLl, A. "Los bárbaros de la modernidad". Da~id y Go­ "

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POS-MODERNO .'·

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l iath. CLACSO, no. 54 . febrero de 1989, , - ... ' ,

· :··~:.:{~: ·:C -~Q tJiJ ANO,A. Modernidã:d'. ia~n tidad y utopia:en A~érica Latin ~.

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, Peru, Sociedad yPolítica, 1988. .

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~rf;?':,::~ ~" ~~ : ~ SHAYEGAN, D. La mi ~adam~tiiada.Ezquizofi-eniaculturaI: ;. f~>: }, ·; " . 0<:, ' países .tradicionales frente a la modernidad. Barcelona, Pe ~

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Marcello de C. Azevedo S.l.

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"moderno" sempre conota umarelação ao tempo, pensa-se o pré­ · . e o pés-moderno como'algo anterior ou posterior ' ao referencial . o .,modem.o. Masnão se ate~ta para.?fato de q~e os três se m~sc1am . ., :.e convivem ' .No Brasil, coabitam sofisticadós lampejos de

. ' C 'S ' . • . ." .'. . ... ~~:~~ ~~:i: ~~:a~~s~~~~:':i:.c:.::~O:~~b~:~~~Õ:~ /.;,. ...,':-..'.'- ...VOJl G,.. :3 ~ . : ' .." . ..jlOp~laçao . :V ~~f' i/.;· ' ,:-. ~'=:~ ..

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otamos num plebiscito entre monarquia e-república, . presIdencIalismo e parlamentansmo. mas temos o Impacto para­ ' lisante de um' congresso com muitos membros despreparados, fisiológicos e corruptos. Lado a lado, perfIJam-se neste país uma •

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:. ' .:.."que-passarri .fome,' s~m .instrução :nem. ~úde, · ·.niais .d~ 2Q~ . '. : ·~e: ~ :.:. ';:' .~o ~~or~ .~ ode~~ . ·~n:tou-se . enta,? o . ~tu~;. ? :b9.':I:l: .an u.go; .0.:, .: . .... ...-. analfabetos, enormeevasão e.repetência escolar, oito .mílhões de".·. ·' . velho, osupergdo. . ......' ::: '~ .:' .' : " :". .....' . . ... . . :'. ":. :. . .'. ': .. -.... { :.':, :'rrie~os meninás:~a' ,'ruá- . , .: '. ;.' :'.. ·.· Te~tfmi~s· l ogo eliréúriir o usoimpreciso de'três pàlavrascorn . . -. .: .: :::":,No' BraSil ' do governo Collor; lima. certa mádemidade foi . :' ,. ... :o ~esmo 'radical mOdem-I ' 'mas : com acepções hem''distin tas'. proposta e imposta como -Ideal e ' meta.. ·O vocábulo entr~u na. . ' Modernismo conota processos artísticos e literários, arquitetôni-..· . : "retQI-lCa-, 05 cial e ganhouas praças . pela 'grande imprensa.' Sem' " . cos e . teológicos. Modernização traduz evolução tecnológica, . ..':· .ê! tar~ib es os autores, paranão alongara lista, elencoalguns títulos .substituições de técnicas ou 'de m,étodos obsoletos por.outr()smais _ · .. · : . dé~ aiti:gos. no "Jornal do Brasil", nos anos de 91 e 92. ~studO · " recentes e elaborados.' Modernidade .tem ' sido indevidamente '

:: .' de<se~s conteúdOs '':''' ao 'lad o da incidência da palavra modemi-". ' . . usada nosentido demodernismo e/ou modernização: Muitos
....:..... ·:·' d~dé . no .acervo informativo dosjornais ~ . mostra o leque v·ariado .:: " títuios do Jornal do Brasil acima 'elericados se referiam ; 'fato, '

:. .·.·,- :: ·e; raro, .ímpreciso.de-ac épções ede referências que .terna : .. à modernização não à modernidade . . ' .. ., ,

." : o : :süscito~ : . "A culturadamodernidade", ,,9 .dilema da moderni-,, · . . •... Em s'einân'tlca adequada.vrnodernidade traduz uma época

· ". ., dade'tjComprornisso :co ~.: a ' mode~idade " ."..0 tripé 'da.moder- " .histórica, 'urna construção filosófica e um paradigma cultural , Na

". ..'nidade", "Galileu e a ~ode:rnidade ", ".0 índio e a modernidade" '. .r .'. história', 'os tempos 'modernos, que se contrapõem à 'An tig üidade .

'.:' ::'::"."0 mito da rnodemidade't;"Modernidade ou imoralidade?", "que:' ~"': e "à idade Média; ' começam' .com o advento ' dos europeus às .

~: ~fu1 .al! modernidade? - .' . . o,' .,' ,: ':'.- . Américas (Í492). Este tempo era: antes delimitado pela queda 'de

: ,: ::: , o<,:~ 'Sem .r~sposta a .estaúltima pergunta, armou-se. o festival ' . Constantinopla (1453). Na filosofia. .a modernidade, emcontraste .

~ . ' .':....semântico deumaequívoca modernidade. Enquanto na Europa e . : com' a filosofia clássica e .coma escolástica;' se insinua .corn o '

.:. ~:. ,; :: nos .Estados Unidos ' veri{'se falando', há .tempos , da "crise da :.' - .·nominalismo do séc. XIV e se inicia de fato com Des·~tes.

.' ·-.:':·.ri1 txlernidade \ enquanto a·:inspiração 'marxista , embora filhada o..' ..' Desdobra-se através de Kant; Hegei, .Marx, .Nietzsche, Héideg- '.· . ~: . · :~:;· : m~~~ni~ade ; tenhaproscrito sempre qualquerpactuação com a, ':' " ger , Habermas, parasó balizarporalto ti demarcaçãomaior do ' . ~ . -:'.~ :' :·)~~er.IÜdade , vistapor ela .apen~s corno criação burguesa, a cÜ~ . :pensamento ocidental, neste.particular. Na .an tropologia social e :.:.', :-.', efunesta..era Collor nos propunha a modernidadecomoutopiae :. ' "' éultural , .6 : modernocorresponde aurn paradigma.cultural. vque. '. :: ,, : ~ .· Tne~ nacional, Elafoie.ide certo modo, é cantada ainda em prosa .,,' se'contrapõe ao não-mOdem'oe não, propriamente, aO"~dicional, · :::... . e:versc;> ,no economê.i{ tecnológico ounosjargões de plantão ·em ·: .como tantas vezes se pretende. Esse paradigma teve.~ua temati­ . · ~ ::· va.r:iados · d.ialetos acadêmicos e profissionais. . ' zação e difusão malora partir. do llumÍnismo e da :.revolução ;.,. .... . ::.. . > ~... . .. ..' . ,industrial, nos séculos xvrn e XIX. '. . .::. ~ : Não vou abordar neste'àrtig~ os modernismos ou' a: moder ~ . '.:',' : ~ ~. ', ; ..~OX~ÇAO~~ANTICA ' " , . : ·nização. Não ' voU' tnúàr da modernidade histÓrica ·ou filos6fica. . ~: ' .~: . Focaliio ' apenas, pelo ân.gulo da antropologia, o~ paradigfl)as i .' · ; . ~:· : · . < Nuina revista· de 'edutação, vamos tentar 'uma aboida,gem " . o·culturãis 'não-moderno e moderno . Eles 'serão nossa mediação :: :~ J :'~' '~iorosa téc.nica: que .ajude os educadores .a se sitUarem neste .' propedêutica' para captar e iluminar o p6s-mode~o. Não po'sso " .:: lab~to do não-m6derno ~ .':
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pressupostos, de conceitos e métodos c, 'culados em um refe - . rencial exemplar. Este define , para uma de terminada comunidade · ou grupo humano, as vertentes de percepção e análise, . de . .avaliação e interpretação: sugere ou aponta os tipos de questões · que podem ser perguntados, os modos e explicações que .pode m . ser procurados. Podemos falar de paradigmas científicos (p.ex . . a mecânica de Newton ou a relatividade de Einstein;o método .ded utivo ou o indutivo; o racional ou o mítico; o abstrato ou o .' empírico). No plano ' antropológico, de que aqui tratarnosv o ' · não-moderno, o moderno e o pós-moderno são três paradigmas distintos). " . .

NO PARAf:"'{;MA NÃO-MODERNO, ENCONTRAMOS OS SEGUINTES TRAÇOS:

01. Há uma integração do todo sócio-cultural : o sistema de · parentesco, de propriedade, o técnico-instrumental, o lúdico, o nonnativo, .o político, o econômico, o simbólico de comunicação e representação e outros se articulam numa interdependência que nos leva a compreendê-los como partes de um todo. Não é preciso funcionalista, nem se pautar por esta interpretação, para atinar com a interdependência e complementaridade com que eles são · vividos, de fato, no cotidiano dos membros do grupo humano não-moderno, tanto nas sociedades simples (tribos indígenas), Paradigmas cultu;ais: não-moderno, moderno, pós-moder- .. · como nas complexas (civilizações do passado .os maias e astecas, . . no. '. , ou sociedades do presente, islâmica, por exemplo). 02. Este conjunto tem na religião ou no mito sua fonte de . .Toda caracteri~çã~ supõe uma seleção de. traços : que é' · .inteligibilidade e de legitimação. Religião e/ou mito .são assim .: tributária da mentalidade de quem a faz. Com isto está dito que : I . .cirnento de articulaçãoe chave de compreensão do todo cutural­ · nenhuma individuação pode ter pretensões de 'ser completa e, .social. Não é possível, por exemplo, entender a estrutura interna menosainda, .absoluta. : Pode haver , pois,oUtrase diversas ' . . da cultura islâmica e de suas expressões na organização social . . '. caracterizações. Elas; serão também válidas e todas podem .se . .(Estado, Direito, 'Ed ucação , Costumes, etc.) sem o recurso ao :, .' '. enriquecer reciprocamente. A individuação que ' aqui ofereço . Corão e à sua inspiração religiosa~ ' " . . ' .recolheumamplo consenso . . . OJ.Estes dois pressupostos-se refletem na concepção.totali­ zante,holística, orgânica, da formação sócio-cultural. Prevalece . : a c~nsciênda e a operação dogrupo, coma conseqüência depen- . •

. "':"0 PARADIGMA PRE-MODERNO OU

dência e submissão do indivíduo a ele, na conformidade com o NÃO-MODERNq :" l u g a r e o papel que lhe atribui o grupo. O ~obre· ·nasce 'nobre o ." . ....... . . 'plebe u; plebeu. Grandes decisões, como as .relativasà profissão ' :. e ao casamento, às transações comerciais e aos confrontos bélicos, , . Prefiro o termo não-moderno, porque ele 'n ã~' conota uma :cronologia do anterior e 'posterior. Ao" dizer-se pré-modemo.rj . "c órrespondern e atendem aos interesses e às alianças do grupo. ' . Este decide supletivamente pelo indivíduo, o qual, por sua vez, " . porém, está latente nó. prefixo pré a idéia de contínuo evolutivo . :se-pensa, se reconhece e se autodefine a partir do grupo. . . , .":. ," e linear seguido do moderno e do p6s-mod~rnb.~sta seqüência .' ., ', c!ono16gica , domin~t~ . ~os anos 60, . é hoje, inaceitável. ~o : 04 . Segue-se ' das o sentido de ordem, corno harmonia e : ','.. .dizer-se não-modemojmoderno e pós-moderno, sublinha-se' an- : .' estabilidade deste quadro de equilíbrio e/ou tensão entre o indi- . '. tes a diversidade entr~ ·paradigmas,.q~e.podem·coexlstir e, de. -".. víduo o grupo. A realidade e a consciência de uma hierarquia :fato; têm convivido através da história. A monarquia, por exern- : inscrita naprópria índole' da cultura é uma conseqiiência natural . . . plo, é uma instituição não-moderna. Todavia, ela vive, há séculos ' Ela' assegura tanto a ordem interna' do grupo cultural como a " e ainda hoje, com modernas formas do sistema parlamentarista. permanência de 'seu modelo e identidade: dá-lhe, por dentro da

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:'.~ .~ própria estruturado modelo cutural, /0:,elemeritos básicos de última todos os ar : ~' )s se refer~rn ao ser . humano individual,".

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como sujeito de direiio's de deveres, raiz de toda decisão e ação, . ...:: administração de seus confl.it?~ e de sua eventual superação. . _ . ·::.. ·· · ,,:05. Essa permanência decorre dacontiriuidade e dahomo­ com a conseqüente rejeição das decisões supletivasdo grupo por . ."::: ' : g~eidade de significações e sentidos , de valores e símbolos, de 'ele . Cada ser humano tem inteligibilidade em -si e por si não a '.··, ..· práticas sociais de ação e comunicação', que tendem a ser estáveis partir do grupo. Em cada indivíduo se recapitulaa humanidade . . .,:::.-e apresentam resistências ' à mudança. Daí o .risco das culturas Isto se tem hoje, no Ocidente; como dado adquirido. Manifesta­ ',:··. ,m onolíticas e intolerantesçprepotenra, e autoritárias. Sociedades .se , por exemplo, na corrente 'avaliação judicial de pleitos , e ' . ' .. '::.' ,e cultu"fas de identidades bem vincadas, elas se reafirmam sempre " c~nflitos entre indivíduos egrupos nos estados' modernos .. Para '.. . .' "::" . Y na~efesa de sua identidade. . Vêem na crise umaameaça e tomar um caso emblemático, a jurisprudênci'a em relação à .. ~ ,. :", -,,: ~pres sen tem a morte na mudança; . ' transfusão de sangue, .no caso de um paciente individual dela 6 . O primado da relaç~opessoa/pess'oa sobre a relação ; realmente necessitado, se tem firmadosempre contr~a à nega­ ' : '~ , :.~:; : .~soa/cousa estabelece ,um estilo de comunidade que e como que ! tiva pretensão religiosa do grupo ao qual pertence. Ainda mesmo " ' :.,'.: .dadoe pré-definidopelos costumes e hábitos do grupo, toman­ na Revolução Soviética de inspiração marxista, a utopia aponta . .', :.::.;: d crse i ntocável e inapelável. Ele se transmite pela socialização para o benefício pleno dos indivíduos, segundo suas necessidades. " :'.' qu.ando ~s Causas mot~v~in e im?ul~i?nam grupo~, :stes ~nf~tI:am ~ :~ ~ e .<:Io: grupo , asen~çao de ImJX?sslbllIdade.-de escaparda sujeição ' pnmordlaliTI.en~eos direitosdo indivíduo . .umavl~o d~ I~dlVlduo • - :::.-: à Il1es~~. .Tudo Isto ~e~á perme:ado, não raro; de pérspectívas e de ~eus direitos está à_ base dos movImentos. fe~:msU:s, .do .-, :' . '.:,: ~~te~~~l1s~S OU ~ondIC1opantes, fa~is~ oyhegelllônicas.... ... . "gay-people", das pressoes pelo aborto, dos individualismos , : : ~." " '" '. " c. . " : '. ~ . . . . . . .... ' : . " " ' , ' nacionalistas de tantas faces . .

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~.:~~~> : , .; .":' .,: .:~ ... . , "'-..- . .: ... .: : : : " "'- 0 PARADIGMA MODERNO . .. . ..'.".: '" ,'. ". . ' , .. ....> .~<:. -:.:' , . .:..' ':'.:. -, .. ,. ,.,

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.: enseja, há uma separaçao e autonomia dos diversos elementos ~o corpo ·s6cicr cultural . Daí, uma composição fragmentária da. so­ •« ;:'.:;,... :O~~ · A cultura m~erna que pervadeintimaniente" a estrutura. ". ciedade,' com ênfase' na independência .dos vários domínios: ~;'/:';:.~; d~ ~~dem~.e~,:é ,:en~ada :~re o jndiVí~o e a s~bj~ti~ .. muda-se a organização do poder, cria -s~ ~u reforça-se o p~pel do . ;<,.._ ,)'I~e. A.~~lh0r- expressao disto sao as formulaçoes,dos díreítos " Estado e por aí se reformula o político e ~ norma,uvo. · O :; :.< ' ,~ hu~os ,-,) ~~o.pe~~R~~oIu~ Americàna e Francesa, quanto econômico e suas seqüelas, entre as quais a propriedade privada, ~.{~ ;....~Ja,,:~ , ~.S ~Irt:l~S . Hu~os ' da, ONU,- em J948~ Nesta " : faz prevalecer a economia'do lucro setorial eJou individual sobre

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' . : .lazer , da festa e do lúdico, .virtualnxsrte transformados pela .: ao sol e a todas ~~iste o direito de expressão. Inevitável , pois, o :, concepção comercial ~ política. Não tem sido esta a _metamorfose I conflito, mas um eoutro.são inerentes ao paradigma moderno de '. d,? nosso carnaval? .'. . ' . . "" ' . . .. . , . . . " ." --1 cultura e sociedade. Desdrarnatiza-se, portanto, a crise, que se reconhece como parte do processo. A mudança e o confronto entre _: .' -. ' Poderíamos multíplícaras variáveis. Tomemos apenas dOIS . .­ pontos reconhecidamente nevrálgicos. No moderno passa a pre­ .' os dive~os são a_regra no moderno e, não mais: em tese pelo . ' dominar a família "nuclear" (pai, mãe, filhos) sobre a não-moder-. menos, a afirmaçao excludente e a defesa exclusiva de uma só . na família ' estendida (pai-mãe-fi lhos-avós-tios, atores . 'visão ou versão das co usas ou a sua imposição às outras. 'determ inan tes na malha integrada e intrincada de . um amplo . '. ' :, ' 04. Casoespecífico desu quebra de unidades monolíticas é " sistema deparentesco, decisivo na vida do grupo). No moderno, ". a diversificação das ciências. De urna filosofia reinante sobre as ' .a religião ou omito, anteriormente cimento abrangente da coesão

ciências e de uma teologia que, submete a filosofia, passa-se, primeiro, à multiplicidade autônoma das ciências naturais e do grupo e fonte inspiradora de todos os outros domínios do

rriaternáticase, depois, ao surgimento das ciências sociais, huma­ ; -. conjunto cultural e social, passa a ser deste apenas um setor como

os outros, eventualmente respeitado ou tolerado, mas confinado. .' nas e estéticas. Definem-se, por aí,' modos distintos de conhecer . , .'. Mais ainda; a cultura moderna ' será a primeira a dispensara e -formular, proliferam episternologias e metodologias, diversas , . . , '" função legitimadora que teve a religião nas culturas não:"modernas ' , mediações analíticas e contrastantes perspectivas hermenêuticas. _, ~ nalonga hist6ria da humanidade. . . Há mesmo um tempo deincomunicação entre ciências, pela .. . . falta de conhecimento mútuo, peloestranhamento dos respectivos '. A este fenômeno 'se chama secularização, uma dastravas vocabulários e linguagens, O positivismo,' como , norrn~ -de pro- " .; :mestras .da modernidadeSua primeira conseqüência é a raciona- · ..~ : ..':: .lidade.o postulado moderno da plena autonomiada razão humana. ' .. cedimentocientífico, se generalizar, sem,cbntudo~ :desblo- ' .:,.' .:" A segunda é o ánuopocentrisrno, que caracteriza a modernidade e . : queara comunicação. E sobretudoatravés da matemática, de' sua , linguagern formal e de. sua capacidadederetraduzir em: nível v . . :: que podelevar ajustae mesmo necessária afirmaçãodo imanente :.". 'até a inaceitável negaçãoabsoluta de toda transcendência, pasSan- ' abstrato os resultados diversas 'ciências, que o universocien- . tífico se abre para a interdisciplinaridade . e ganha, ' nainformáti- ' ,'.'do então da secularização ao 'secularísmo. . " " ' . ' .0 3. D~sa fragmentação desse esvaziamento da hegemonia ~,de' e:tração . 'm at~ ':llá~ca , a ' p6ss i? i~i da~e ~lena · ..de circular ' '".legitimadora, que era própria da religiãoe/ou do miro. isegue-se . m for~açao e ~omumcaçao. A ~~to~omla Clenti~Ca de que .fala,­ :' uma grande pluralidade de sentidos e significações, de valores e mos l~?epe~~lza~ :~e fat.o" ~ ciencia em .relaçao à ·teo~ogla, a .·.: critérios, ·de modelos e'. padrões, de .linguagens' e discursos, de me,taf~s~cae à ética. Ela _smgra . ~om seus .rumos p~ópnos sem . . '. símbolos e signos,' que tornam complexa e'diversificada a realída­ ' ~?S~~çoes , ne!J1, c~cess~s :' DaI os debates moder~~s entre . ' " . ." .·,·de culturale social' moderna e .a visão de.mundo que deia decorre. c~~nc~a ' e . !e, .~l ~ .n sco . se~pre: p~es~nt:~ da.. des~ni.anl~çã() .d ~ . . cienciano pla~oétlco, pr~clp~~ente no an: b1to da bionética:.. daí · ·:.: ·:_.A partir dessa pluralidade, c~rnpreende-se '~ se justificao pluralis­ . ': " : :~"; ' in o , : umtraço fundam éntal do moderno. O pluralismo é sobretudo , . .o.;~,to . ~mpo de reflexa.? .ç:n tlca . qu~ se t~rnou a filo~~fi~ .das ·:::'..',::;'á disposição a. capacidade de nãorejeitar diferente .e nem . ciencias . . . . 05. Detudo isto, flui como natural que a .ordern .não seja .~. .:.:; '- absolutizar próprio mas, pelo contrário, derespeitar as díversí- . .mais'dada a partir de dentro mesmo da estrutura cultural .-. '.· ~;, '.:'. :.·._ dades e aprender a lidar com elas. Há no pluralismo urna tendência . ' e social ) . . 11 . "..... : ".'; ..~ . à tolerância,' mas há também um relativismo potencial e latente. COmo alzo preestabelecido e tutelado. A ordem no moderno será . . ..

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.' a cónq~ista possível do ~on;enso viáv~lC1tre pares·e~v~r~·os. Chama a aten::1 na' modernidade a distância que vai entre

Por isso mesmo ela será, não raro. :precária e. instável, sujeita seus ideais e suas perspectivas otimistas e criativas e a contradição

.sempre a renegociaçõese redefinições. Essas dependem da capa- . .que se registra entre elas e a concretização da vida moderna ao

-cidadede dialogar, 'de ceder e superar, de entender e persuadir. . longo da história. Há, na modernidade, uma ambivalência que se .. 'A-ordem no moderno não será, pois, orgânica e necessariamente . foi revelando através do potencial desdobramento de ·suas con­ ~ harmoniosa. Esta'índole paradoxal da ordem moderna pervade o quistas profundamente humanas e de suas perversões absurdas, ." ..: universo político de uma democracia sonhada, que reconheça a cruéis e frustrantes, com as quais nos encontramos no mundo .., : .igualdade dos.indivíduos' e seu direito à participação e a expres­ ainda fortemente vincado como moderno em que vivemos, apesar .são,' na edificação solidária e. na gestão subsidiária do bem de do reconhecimento hoje incontornável, da precariedade do pro­ todos. Esta ordem devepresidir comunicação eo contrastante jetoda modernidade. É poraí que se abre o flanco à criticada universo.da informação. No moderno, a ordem se tece e retece a modernidade, ou pela vertente contracultural da antirnodernidade .ou pelo viés da pós-modernidade. . cada momento. Ela t.ril.duzo direito e o dever de todos à sobrevivênciae a convincente afirmação dapr6pria liberdade no . contexto respeitado' das liberdades alheias. S6 assim a liberdade ;. '. serávivida não no compartimento estanque de cada indivíduo, . ' 0 PARADIGMA ' PóS~MOD:ERNO :::.' .'masno congraçamento fecundodas comunidades humanas em tantosníveis, desde a família até a nação, desde o município até · . . PressupostorÉ bem nítida ' a' ruptura entre os paradigmas

·· a .ONu. Esta autonomiadaliberdade e seu respectivo discurso . . .. . São: um dos mais.fortes pilares da modernidade, num contraste ' moderno e não-moderno e, mais ainda, entre após-moderno e o

não-niàderno ~ Pelo contrário, o p6s-modernocomporta uma

'. , flagrante 'com o paradigma não-moderno~ ' . '..continuidade em relação a muitos elementos do moderno. Carac- ' ·teriza:.se, porém, basicamente, pela reação critica ao moderno, à.· . ".:.. ':,.:"::·Ó·6. Esta que ' 'consir õr e ' reconstrói a razãoilustrada e à hegemoniada racionalidade instrumental . Esta . .: '.' "ordernj á é um posicionamento da pessoa eda humanidade diante critica sefaz, por um lado, a partir do que fora já antes 'levantado .. . : da história. Esta não é mais uma imposição inexorável aos seres . pelos pr óprios autores da modernidade cornoMarx, Nietzsche. .' ''::humanos, nem a repetição cíclica de umpériplo definido'e irnutã­ ve1. Pelo contrário, a história, na visão do' moderno,é teleolõgica, . Freud,Wittgenstein,Habermas e outros, por outro lado, a partir tem princípio e fim, caminha para arealiz áção criativa de objetivos . das contradições existenciais da pr6pria modernidade quando ' traduzida no contexto concreto, ' social e cultural, do moderno . eideais. .A história no moderno se movepara utopias e delas se cotidiano: aquele que é por n6s vivido e respirado em nosso dia- . 'nutre)la'trama e superação de suas próprias contradições. . ~ .' . . a-dia. . .c":. : : : ::;:. · ,:~essa visão da histõria,a.idéia de progresso e de perfectibi­ . 01 : O pós-moderno surge, pois da percepção da crise da ":,: .·-. l~~ad~ , h u m ~.a ' c oITem "lado a lado, como um dos postulados modernidade. Esta posição se fundamenta na constatação de que . .,:,' .:j deo19gicos da modernidade. Nesta história. o ser humano é ativo. ' todos ' ós grandes temas e os relatos modernos de emancipação, . f'~.'·' , . ·é' ·construtor. Nesta visão moderna. da histõria existe latente o .l aos 'quais se haja dado alguma legitimidade ou atribuído hegerno- : :~~~ci al de.: transformação e de 'crescente libertação, 'marcado nia, foram, na verdade, invalidados no decurso dos últimos 50 , .. múitó. embora pela evidência da perversão que é"a outra face da anos no progresso histórico da civilização-culturalocidental. Entre .: . .mesma visão moderna da autonomia da liberdade. osdiversos e numerosos.grandes relatos, ressaltam os da posição do homem diante da história, do trabalho e da produção, do -

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de mundo e no comportamento de tantos jovens, adultos ' ou

'universitários' ~ ;'O::~)erários hoje? Entrevê-se a morte. do ideal eda

utopia.a afirmaç ão da falta de sentido da vida: há urn esváziamento

. cético de palavras emblemáticas como liberdade, justiça, soÚdà- '

. . riedade: há a mortedo mito da política. da democracia, do progres­ so, da revolução, da transformação social. Não há ilusão sobre os mitos do amor, da festa e do consumo: Há uni desencanto em relação ao que embalou a geração dos anos 60 e outras emtantas . frentes e em outros tempos. Para o pós-moderno, só se pode tentar melhorar as relações interpessoais, ao nível restrito do horizonte próprio e de pequena escala. Esta ampla suspeita sobre os ideais da modernidade é o traço mais característico do pós-moderno.

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07. 03". Consideram que a solução pós-moderna aos proble­ ·.mas que coloca r? ')é a única: é possível criticar a razão fundante, . a moral abstrata 'da modernidade e salvaguardar a pluralidade de "ratívàs e rnetateorias. . . , . formas de vida mediante umacompreensão comunicativa da razão .. . : e da ética (Haberrnas). . 07.04. Julgamqueamaior deficiência da pós-modernidade- ­ . '.. 06. SINTETIZANDÓ A VISÃO D'O PÀRÁDIGMA

'é a falta de sensibilidade e de análises sócio-políticas sobre o ' . ..'." :.'' PÓS~MODERNO . .

.fracasso da modernidade: por .isso. o pós-moderno carece de ., ' .mediações concretas em suas propostas e, não. raro.: cai num ' " '.: ,': ': .06.01. Negativa.ffi~nte,opós-ml":"1ernoé .um estilo de pluralismo. conservador de extração neoliberal (Benhabib). . . ."pensamento desencantado da razão mode ma e dos conceitos a ela Neste contexto; embora critico dó moderno, o pós-moderno .:-..vinculados v.N ão crê narazão autônoma e tundante, que dá sentido . não traz mudança sensível na perspectívaelitista do 'universo '. .~ --ao h~ inem e ao seu comportamento nem nos grandes relatos que social e cultural da modernidade. após-moderno rejeitasem ' . ·~ ··: ':~ dão sen tido à história ou legitimam projcros políticos, sociais e . transformar, critica sem libertar. Pelo contrário, ele 'reforça .::. : "econômicos: não abraça o projeto da mcdemídade. Neh~ vê risco ' indiretamentea insegurança do sujeito moderno insatisfeito. Ele . ::. :"decoérção.Be totalitarismo, de desenvolvirnentisrno competitivo lhe solapa as bases possíveis que sua crítica do moderno poderia . .':0: efuncionalista. . . . : restabelecere ao tentarvencer o antropocentrismo, por exemplo, .:.. ,.: . ' :·:06.02 positivaméllte, .a pós-modernidade propugna: .uma .. . ..-: ..:~~ . : · no~a c on cepçã·b: darazãoe da racionali.íada, corno. pluralista e '.:ao reconhecer a.finitude real do projeto racional humano fechado na imanência pura, ao' entrevér no colapso da auto-suficiência . : .~<: :': .fruítiva.um projetoque não.tenha a racionalidade (Instrumental, . ~: h ti mana o tácito anseio pela transcendência. '..:( ::: .< obj·e tivan t~ ) como'elementocentralou único, mas se.abra à riqueza .:': ':" :·.e à heterogeneidade davida, irredutível atoda forma de pretensão ' ~~' , \ ,:: univérsalista. O põs-moderno pleiteiaque n homem seja verdadei­ CONCLUSÃO : ~~:;- :- ':: 'r àriiente livre eautônomo para determinar sua própria história .e ..'<::·' ... · s uà' vida.: urna possibilidade de viver est ética e misticamente na : .Esta análise tipificada da constelação semânticadomoderno >:'-:':,: ;.::·i~·te:nsidade do m:o~er1to . . :. . . .. .. . . como categoria antropológica e da análise . dos três paradigmas cuituraisque nele tem seureferencial.é de suma importânciapara .. ­ :::'<-,,' .. . . -.: .. . .. . . . : situar a educação'em termos não só doprojet ó.pedagógicoern si ·'-,· ;> ': ~··~'· ··.:"· · 07 . · OS CRÍTICOS DA PÓS-MODERNIDADE; : .. mesmo, como de süá implementaçãoconcreta n-a desejável e atual .::relação educador-educando.' . ~' . :. : .:.. ... .. ... -. : .. . . ..

alienações que acontecem na história o~ ,~:.:3.quelas que são ideolo­ :gicamente arquitetadas nas formas de l:i<'talinguagens, rnetanar­

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,g:};' ;-:07.~ I . A~~;;i{drltic~ PÓ;'ITIOd~:~;a aos messos instru: .~. Exatamente' porque se .trata .de .paradigmas culturais, não' : .. ~.:.:: :: .·.:-:':·,riÍeniàis da 'razão'ilustráda e à hegernoni» da racionalidade ínstru- . nem 'se pode preterider compartimentos estanques :,\: ·~ ·: :' -:·!~;~p taI . ·" ::''-: . . :: /'.. : ~> . ::"'- "...:.: ..... ..'. '.' :.' ':'. . . ·'-existe'm :os'três. De fato, ' educadores-escolas, educandos-famílias, .são.-:

·.e~tre :. : :

~:,:(>_ ~'~ :> .·.-.07.02. Apoiitani_n~ pôs-moderno o riscoda extrema singuía- .

·.) orta.dores.e representantes dos trêsparadigmas -.Convivem·com ,.­

~.-~::· ~,: ~·> rli.ação'~ a p~rda ·da. ·üniYersá.l1dade: sem uni mínimo de princípios ' '..·eles.em forma .sincrética e' dosagem eaprlchQSa, .de modo n~ . >?: :~ dê éT:iéa fuhdarn~n~; ·é impossfvel resistir à situação frag~enta~ . '. ' . . . .. .. . .... .sempre consciente responsável. ' . . '. : : .~.: ; -~ : . di. : Cai-se numstatus.quo instalado e omisso. conformista e' .' '. Como foi dito, é inadequado um.global juízo devalor sobre. ~: '. ' : .~'.' . resignado. . :. ',:: . .-. .:. .. .I ..'.-.."" '. . ..- ..-," . -. ". ':;' ".".,\ ... . . : -:: . " ;::.,

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moderno. É indispensável um process.:~ . ~e discernimento e "uma AA.VV: A modernidade em ·discussão. Revista Conciliurn 244

lúcida formação da liberdade. Critérios antropológicos de um (1992/6):. Petrópolis, Vozes-Concilium. 1992.

.. . .. ..: . . _. . . .

humanismo pleno regerão um e outro. Estes serão inspirados e . iluminados também pelos critérios teológicos .da perspectiva AZEVEDO. Marcello de c. Modernidade e Cristianismo. O desa­ .educativa: critérios evangélicos, cristãos e católicos, ·no caso de fio da inculturação. S. Paulo. Ed. Loyola. 1981 . ..escolas filiadas AEC. . AZEVEDO. ·Marcellô' -& c. Entroncamentos ' e Entrechoques. . . •. :.:::· Este discernimento constante e esta lúcida formação da liber-· Viver a fé em um mundo plural. S. Paulo. Ed. Loyola. 1991. . .. : . darle 'ofe recernà educação hoje os referenciais mais importantes esp. pp. 65':79 e 81-98. · . paracàpacitareducadores e educandos a viver ern um mundo como

·.0 Í195.SO,· secularizadoe pluralista, científico e tecnológico, frag- ·

BINGEMER. Maria Clara L.. Alteridade e Vulnerabilidade. Ex- .. ..mentadoe ·mutante,·: experiência da crise de tudo isto. Pelo .. periênciade Deus e pluralismo religioso 'no moderrio em .... : .: e x~r"êí~ .l o do discernimento e da liberdade, a educação hoje não crise. S. Paulo. Ed. Loyola. 1993. . .

- ·.- · · . ·se rá: 'a~nç ão acríticae dócil aos modismos de último grito, lança­

COMBLIN ~José. O Cristianismo e o desafio da Modernidade, em . :.:' .: doS~e ·: ~?cP1orado s pelo mercado. Tampouco será uma submissão

AAVV. América:Latina: .500 anos de evangelização. 5. · :.~ . iígidâ. ·.(passiva · aos ditames de uma tradição eventualmente já

. PAulo~ Ed. Paulinas. 1990 ~ .2a ..ed, pp, 205 ~274.

· . ~: jnc99.lp'"atfvel com ospar.âmetros reais de nossomundo concreto,'. .. :.. . ·Di~e.·rn ~inen to e liberdade, pelo contrário; tomarão possível apri­ . CONNOR..S-tev~n . Cultura PÓ~- MÓderna.lntrodu~ãoàs teorias .. ... •.morar'éIevar adíante.mafidelidade, elementos fundamentais da : . . . do contemporâneo. S. Paulo. Ed. Loyola. 1992. . ·:..·..':;.. tradtçãb~iecidaao longodo tempo e. dahistória, Eles permitirão, . .. . . .

.:···,.: não,méno·s . visões réalistaseprospectívasque.uo mesmo tempo, ·. .. GARCIA RUBlO. Alfonso. Unidade na Pluralidade. ·S . Paul o~ Ed.

·: ·.· ~ -: :ilunun~. opresente e. constroem o futuro com fecunda criativida' Paulinas. 1989. pp. ll-74 ~ . '.

' :: ~ ':-::: " élê:~~~~~~~ :~~ : ' . :~ .,: , ", " ~.>. ' " . . . .:::. . . " . .... . ".'. ' .' '. ..' .. .. '. " ' ."'.:. :; ::·.'-;Ed~ car parao reto uso do discernimento e da liberdade ,e .. . HARVEY. David. A condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre . -::,. :.funda;ffie.n tar ·eticamerne oprojeto .pedagõgico para hoje. Urge < ., . as origens da-mudança cultural.S. Paulo. Ed..Loyola ~·1992 .. ~: : " f~~ie :não apartirde conceituações teóricas e abstratas, eventual. MARD6"NES:Jàsé Maria.. EI desafio de "ta postmodernidad al: ·:. Iii~-le:- pré-moldadas por" ideologias menos ournais explícitas. . :" . . ..cristianismn.Madrid. Fe·Y Secularidad. Sal Terrae, 1988 (ao' · ..::.... I1p-póik/pelo éo~l!ário,fáiê-Iq. a partir. do· conhecimento dos : qual souparticularmente devedor para trataro pós-moderno). . :~. p~d~g'maS sócio-culturais, EÚ~s manifestam indutivamente a or-.· · ·:0 g8.niiàçã(Ú~strutural de' nossos .universosi nc;lividuais. e ' grupuis.' . SANTA'ANA: J~lio. Teologia é ·modernid~de, ~~ ~A~V.Arrié~· ·. :>: :~ Eles ·~.friem paraalém -dcfenornenolôgico que podemos perceber ' .. . . . rica ~atina:·5dO anos deevangelização. S.Pauio:Ed. Paulinas. -.: : . : e 'd~crêv'êr-e que; não.raro, condicionae devora em nóso cotidia­ . 1990 2.a. ed.pp. 174-204. . . ::: ·i,::.· n(i': :~l:1car não será um esforço enciclopédico para estocar infor- .· :VAZ. Henrique C. de L.. ReÜgião e Modernidade filosófica, in : .:/:..·maÇã6.. 'n'O· 'cérebro ou nu.computador. ·. ·EdUcar·:será. capacitar .: . . .... ·BINGEMER.· Maria Clara L. (org.) O impacto da religião' ",; :· :/ · I~S.~~(p3:ra · si luar;.se responsavelmente no mundo: serã viver li ..: . sob~e amodernidade. Coleção Seminários Especiais do Cen­ ~. )~ : pártirda'história: serã criar história sabendo nela intuir-e descobrir tro João XXIII. RJ. S. Paulo. Ed. Loyola. 1992 pp. 83-107... ) .:: : :;:'..: :~ ~.\:.:~ . , ,~ . v · -

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