Tecido Epitelial

  • July 2020
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Tecido Epitelial Características: O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua diferenciação de outros tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão exercida por outras células e a ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de coesão entre as células é outra característica e ocorre devido a especializações de membrana (ver adiante) e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição.

Origem Pode originar-se dos três folhetos embrionários. Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, ânus). Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas).

Função A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os órgãos internos de agentes externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora, uma vez que as glândulas são originárias do TE, e são por isto classificada como Tecido Epitelial Glandular. Além disso, o TE exerce uma função sensorial com os neuroepitélios (ex. retina). Tecido Epitelial de Revestimento Especializações de membrana Glicocálix: ação adesiva (entre outras). Microvilosidades e estereocílios: formados por microfilamentos de actina que correm para uma trama terminal; relacionados com a absorção. Cílios: formado por microtúbulos; relacionado com a movimentação. Zônula de oclusão: é a junção mais apical. Ocorre por interação entre duas proteínas transmembranas e promove a vedação, obrigando o trânsito intracelular e impedindo a volta de substâncias por entre as células epiteliais (efeito selador). Favorece a criação de domínios. Zônula de adesão: interações entre caderinas, associadas a microfilamentos na altura da trama terminal. Tem função adesiva. Máculas de adesão (desmossomos): interações entre caderinas, ligadas a uma placa eletrondensa associada a filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos). Junções comunicantes (gap): canal hidrofílico por onde passam moléculas informacionais e íons. Formados por conexinas. Hemidesmossomos: interações entre integrinas (célula) e lamininas (lâmina basal), associadas a filamentos intermediários.

Tipos de Epitélios Os epitélios são classificados com base em diferentes critérios, como a forma de suas células, o número de camadas celulares e as funções que desempenham. Quanto à forma das células eles podem ser pavimentosos, cúbicos e clilíndricos (prismáticos). Um tipo especial de epitélio pavimentoso é o endotélio. Ele é fino, de espessura variável; reveste o coração, vasos sangüíneos e vasos linfáticos. Os mais finos capilares sangüíneos têm a parede formada apenas pelo endotélio. Quanto ao número de camadas, os epitélios são basicamente simples ou estratificados. Os simples têm apenas uma camada celular; os estratificados, várias. Mais raros sãos os epitélios

pseudoestratificados, com uma só camada de células de diferentes alturas, e os de transição (mistos), com poucas camadas, sendo as células superficiais diferentes das basais.

Tecido Conjuntivo Características: Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos apresentam elevada quantidade de substância intercelular. As células que constituem esses tecidos possuem formas e funções bastante variadas. Trata-se, portanto, de um tecido com diversas especializações. Constituição da substância intercelular dos tecidos conjuntivos. Também chamada de matriz, a substância intercelular ou intersticial dos tecidos conjuntivos preenche os espaços entre as células e apresenta-se constituída de duas porções: a substância amorfa e as fibras. Substância intercelular amorfa. É constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Às vezes, como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é sólida, com uma rigidez considerável; outras vezes, como o plasma sanguíneo, apresenta-se líquida.

Classificação dos tecidos conjuntivos Os elementos que constituem os tecidos conjuntivos -- células e substâncias intercelulares -variam de acordo com as diversas modalidades desses tecidos. Considerando essa variação e, ainda, a função do tecido, podem-se classificar os tecidos conjuntivos da seguinte maneira: Tecido conjuntivo frouxo -- Caracteriza-se pela presença abundante de substância intercelular e amorfa, porém é relativamente pobre em fibras, que se encontram frouxamente distribuídas. Nesse tecido estão presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo: os fibroblastos, muito ativos na síntese protéica, os macrófagos, células com grande atividade fagocitária, os plasmócitos, que produzem anticorpos e as células adiposas, que armazenam lipídeos. Funções básicas do tecido conjuntivo frouxo.

Funções A função de suporte corpóreo é exercida pelas cartilagens, pelos ossos e pelo TC propriamente dito. Pode fazer a nutrição de alguns órgãos, como é o caso da Lâmina Basal, que faz a nutrição do TE de revestimento. Tem função de preenchimento de espaços, tanto entre órgãos como por entre áreas lesada, que são primeiramente recobertas por TC propriamente dito. Ainda, auxilia na defesa do organismo, por meio de suas células (ver adiante).

Tecido Adiposo Características:

O tecido adiposo ou tecido gordo é uma variedade do tecido conjuntivo,cujas células armazenam energia na forma de gordura.Este tecido está presente abaixo da Derme formando a chamada hipoderme

Função A função primordial do armazenamento de gordura é servir como reserva energética do organismo, mas também pode atuar como isolante térmico, (ajudando na manutenção da temperatura do corpo) e como proteção contra choques mecânicos, posicionando-se entre a pele e os órgãos internos. Apesar de possuir uma função biológica importante, o tecido adiposo é indesejável em excesso. Em animais sedentários, quando o gasto de energia com atividades diárias é menor do que sua ingestão, o organismo transfere a energia em excesso para a formação de lipídios, depositados no tecido adiposo. Esse depósito aumenta o peso e o volume corporal, implicando em alterações morfológicas e sobrecarga do coração e dos pulmões, responsáveis pela oxigenação de um volume corporal maior do que o esperado.

Tipos Tecido adiposo unilocular Também chamada de gordura amarela. Sua célula se dispõe de uma única goticula de lipídio, que ocupa quase todo o espaço celular formando um grande vacúolo. Sua cor varia entre o branco e o amarelo-escuro. Forma o Panículo adiposo, camada de gordura disposta sob a pele; no recém nascido é de espessura uniforme, já em adultos o acúmulo é em determinadas posições, sendo a distribuição regulada por hormônios. Principal lipídio armazenado é o triglicerídeo. Fontes:

alimentação, fígado, síntese a partir de glicose. Sintetiza moléculas como leptina e adiponectina. Leptina ( hormônio que participa da regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e na ingestão de alimentos).

Tecido adiposo multilocular Formado por células que contêm várias gotículas de gordura, ou seja, possui vários vacúolos de gordura e várias mitocôndrias. Sua cor castanha é devido à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias, que fazem gerar energia mais rápido que o tecido unilocular. Localiza-se em áreas determinadas, encontrados em grande quantidade em animais hibernantes e em recém nascidos. Tem como principal função gerar calor.

Tecido Muscular Caracteristicas: é uma parte do corpo humano e é caracterizado pela sua contratibilidade, ou seja, pela capacidade de se contrair segundo alguns estímulos claros e utilizando o ATP (molécula orgânica responsável pelo armazenamento de energia nas suas ligações químicas); e pela sua excitabilidade, ou seja, capacidade de responder a um estímulo nervoso. As células desse tecido são de origem mesodérmica, sendo que a sua diferenciação se dá através da síntese de proteínas específicas com uma organização determinada, tais como os diferentes tipos de actinas, miosinas e proteínas motoras filamentosas. Os tecidos estriados apresentam estriações visíveis em microscopia ótica, o que não é existente no tecido muscular liso, cujas células, de formato fusiforme, se apresentam aleatoriamente dispostas. Os músculos esqueléticos são voluntários e de contração rápida. São eles os músculos comuns geralmente envolvidos na locomoção ou no envolvimento de vísceras, como o bíceps braquial ou o deltóide. O tecido estriado cardíaco está na constituição do coração, a bomba propulsora do sistema circulatório humano. Esse tecido tem contracção rápida, involuntária e rítmica, possuindo células ramificadas que se associam em discos intercalares proporcionando uma forte adesão celular e comunicação/propagação do impulso elétrico. O músculo liso está principalmente presente nas vísceras e contrai-se lenta e involuntariamente. São orgãos internos, como o estômago, o intestino, os pulmões e os vasos sanguíneos. Um aspecto interessante com relação às fibras musculares estriadas, ocorre em ocasião ao estado parcial de contratibilidade passiva, da ordem de milionésimos de segundos alternado entre as fibras musculares. Processo que estabelece uma situação contínua para o tônus muscular (diferente de definição muscular), auxiliando na estabilidade e postura corporal. O tecido muscular, originado do mesoderma (folheto embrionário), constitui os músculos, está relacionado ao mecanismo de locomoção e ao processo de movimentação de substâncias internas do corpo, decorrente à capacidade contrátil das fibras musculares em resposta a estímulos nervosos, utilizando energia fornecida pela degradação da molécula de ATP. As células desse tecido são caracterizadas pelo seu formato alongado, uma especialização é a função de contração e distensão das fibras musculares, formada por numerosos filamentos protéicos de actina (miofilamentos finos) e miosina (miofilamentos grossos). O grau de contração muscular segue a princípio dois fatores: o primeiro relacionado à intensidade do estímulo e o segundo à quantidade de fibras estimuladas. Dessa forma, somente ocorrerá contração quando o estímulo nervoso tiver intensidade suficiente para desencadear em um número significativo de fibras, uma ação de contração mediada por substâncias neurotransmissoras, emitidas nas sinapses neuromusculares (contato neurônio músculo), sinalizando o deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grossos.

Tipos Tecido muscular estriado Ou esquelético é formado por fibras musculares cilíndricas, finas e que podem medir vários centímetros de comprimento. Algumas estruturas celulares das fibras musculares esqueléticas recebem nomes especiais: a membrana plasmática é chamada sarcocema; o citoplasma, sarcoplasma; as mitocôndrias, sarcossomos; e o núcleo, cariossarco,o número de mitocôndrias é muito grande, uma vez que necessita gerar grande quantidade de energia (ATP) para poder contrair-se. As fibras musculares esqueléticas têm contração voluntária, isto é, podem se contrair ou relaxar, dependendo da vontade(consciente). A sua contração é rápida e forte.

Tecido muscular cardíaco O músculo estriado cardíaco é o tipo de tecido muscular que forma a camada muscular do coração, conhecida por miocárdio. Também é chamado tecido muscular estriado esquelético cardíaco. O coração é formado por três tipos principais de músculos:



Ventricular, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.



Atrial, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.



Fibras musculares excitatórias e condutoras, só se contraem de modo mais fraco, pois contêm poucas fibrilas contráteis; ao contrário, apresentam ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um sistema excitatório para o coração.

Características que diferenciam músculo cardíaco e músculo esquelético •

Tanto um como o outro são estriados e possuem filamentos de actina e miosina que utilizam o mecanismo de "catraca".



As fibras musculares cardíacas têm discos (membranas que delimitam a célula) intercalados entre uma fibra e outra, o que não acontece com as fibras musculares esqueléticas. Estes discos têm uma resistência elétrica muito pequena, o que permite que um potencial de ação percorra livremente entre as células musculares cardíacas.



O músculo cardíaco possui contrações involuntárias, sendo controladas pelo sistema nervoso autônomo.

Tecido Muscular liso A musculatura lisa é uma musculatura de contração involuntária e lenta, composta por células fusiformes mononucleadas. O músculo liso se encontra nas paredes de orgãos ocos, tais como os vasos sanguíneos, na bexiga, no útero e no trato gastrointestinal. O músculo liso está presente nestes orgãos pois, por contracções peristálticas controladas automaticamente pelo Sistema Nervoso Autónomo, tem o papel preponderante de impulsionar sangue, urina, esperma, bile... As células do músculo liso podem também reagir a estímulos vindos de células vizinhas ou a hormonios (vasodilatadores ou vasoconstritores). Nestas células, os canais de cálcio induzem contracção. São geralmente organizadas em folha ou em fascículos e são mantidas unidas e em contacto intercitoplasmático por gap junctions (junções de hiato). No estado relaxado tem forma de fuso, têm de 25-50 µm de comprimento e 5 µm de largura.

Tecido Cartilaginoso Caracteristicas: O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares onde absorve choques, facilita os deslizamentos e é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos. A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo composto exclusivamente de células chamadas condrócitos e de uma matriz extracelular altamente especializada. É um tecido avascular, não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio) ou através do líquido sinovial das cavidades articulares. Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros tecidos. O tecido cartilaginoso também é desprovido de vasos linfáticos e de nervos. Dessa forma, a matriz extracelular serve de trajeto para a difusão de substâncias entre os vasos sangüíneos do tecido conjuntivo circundante e os condrócitos. As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas; uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. A matriz extracelular da cartilagem é sólida e firme, embora com alguma flexibilidade, sendo responsável pelas suas propriedades elásticas. As propriedades do tecido cartilaginoso, relacionadas ao seu papel fisiológico, dependem da estrutura da matriz, que é constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanas (proteína + glicosaminoglicanas). Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens se deve às ligações eletrostáticas entre as glicosaminoglicanas das proteoglicanas e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água presas a estas glicosaminoglicanas (água de solvatação) que conferem turgidez à matriz.

Tecido ósseo Características: O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem rígido, encontrado nos ossos do esqueleto dos vertebrados, onde ele é o tecido mais abundante. Suas funções principais são: sustentar o corpo; permitir a realização de movimentos; proteger certos orgãos e realizar a produção de elementos celulares do sangue, as diferentes células envolvidas e

dois componentes da matriz mesenquimal óssea, que obrigatoriamente devem ser avaliados simultâneas em seus dois compartimentos o protéico e inorgânico, tornando necessária e fundamental uma breve revisão do papel do tecido mesenquimatoso durante todo o desenvolvimento embrionário.

Tipos Pode-se dividir o tecido ósseo em dois tipos: esponjoso ou reticulado e compacto ou denso. Tais tipos apresentam o mesmo tipo de célula e de substância intracelular, mudando apenas entre si a disposição de seus elementos e a quantidade de espaços medulares. O tecido ósseo esponjoso e o compacto aparecem juntos na grande maioria dos ossos dos vertebrados.

Tecido ósseo esponjoso Apresenta espaços medulares mais amplos, sendo formado por várias trabéculas, que dão um aspecto poroso ao tecido. O osso esponjoso é o de menor peso, tem forma de grade, com espaços ósseos nos que se encontra a medula óssea. Geralmente, localiza-se na parte interna da diáfise ou corpo dos ossos e nas extremidades ou epífise. O osso está revestido pelo periósteo que é uma membrana com uma particularidade fibrosa que se cola com firmeza a ele. Na sua face interna possui os osteoblastos que participam do crescimento e da restauração do osso. É vascularizada e essa é uma caraterística muito importante, posto que através de seus vasos sangüíneos chegam substâncias nutrícias às células ósseas.

Tecido ósseo compacto Não apresenta quase nenhum espaço medular, possuindo, no entanto, um conjunto de canais que são percorridos por nervos e vasos sangüíneos: canais de Volkmann e canais de Havers. Por serem uma estrutura inervada e irrigada, os ossos têm sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.

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