Operacionalização do Modelo de Auto-Avaliação – Domínio A
1. Análise dos indicadores A.2.2 e A.2.4 No último ano lectivo, por recomendação insistente da RBE em reunião realizada no auditório da DREN (12 de Fevereiro), aplicamos o Modelo, a título experimental, avaliando o Domínio A. Inicialmente, a escolha havia recaído sobre o domínio B – Leitura e Literacia –, mas, tendo em conta o pedido apresentado, procedemos a alguns ajustamentos e, sem prejudicar o trabalho planeado, realizámos, ao longo da segunda parte do ano lectivo, um investimento acrescido no domínio A. Além disso, como se trata de um domínio com o qual as Bibliotecas não estavam muito familiarizadas, abordou-se esta situação como uma oportunidade para lançar/reforçar práticas e proceder a uma monitorização do trabalho realizado, sinalizando aspectos positivos e acções a melhorar. No “Relatório Final de Auto-avaliação”, tendo em conta os resultados obtidos, foi traçado o perfil de desempenho e, de acordo com os vários descritores, procedeu-se à atribuição dos respectivos níveis e à indicação de acções para a melhoria. Na sequência de todo este trabalho, entenderam as diversas partes envolvidas no processo que, no ano em curso, a BE deveria apostar, novamente, neste domínio. E fê-lo, não só porque, tal como no ano passado, continuamos a entender que se trata de um domínio em que ainda não há práticas – e muito menos rotinas – consolidadas e, por isso, pretende-se “analisar em maior profundidade para perspectivar de forma mais segura a melhoria”, mas também porque, sendo o “domínio já anteriormente avaliado” no processo de testagem do modelo, se pretende “verificar possíveis evoluções”1. Estamos, portanto, em condições de, fazendo apelo ao conhecimento e experiência obtidos no último ano lectivo, tentar compreender numa perspectiva mais ampla “como é que a autoavaliação pode ser concretizada para demonstrar a contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão e objectivos da escola”, aprofundar a “familiaridade com o processo de auto-avaliação adoptado pelo Modelo de Auto-avaliação RBE” e capacitar-nos “para a sua aplicação” e conhecer melhor “as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se organizam e podem ser usados”2. Para além disso, trata-se de uma opção assumida ao nível da Escola, resultante do acompanhamento e envolvimento verificados no último ano e da análise e aprovação que o Conselho Pedagógico deliberou, por unanimidade, relativamente ao “Relatório Final de Autoavaliação”. Os vários actores, desde a Direcção ao Conselho Pedagógico, aos Departamentos e aos docentes em geral, já são, portanto, conhecedores do processo em curso e até os próprios alunos já vão ganhando familiaridade com o facto de, regularmente, as actividades da BE serem objecto de avaliação, mostrando-se disponíveis para colaborar. Dir-se-ia que a equipa BE constitui o universo que, tendo em conta as suas responsabilidades, se apresenta menos conhecedor (em profundidade) do Modelo e das dinâmicas que pretende implementar. Esta situação resulta da instabilidade que, por diversos motivos, caracteriza o perfil da equipa e constitui um desafio acrescido para o professor bibliotecário que nem sempre encontra neste grupo uma mais-valia de qualidade reconhecida em termos de competências BE.
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“Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, Rede de Bibliotecas Escolares, 12 de Novembro de 2009, p. 60. 2 Texto da Sessão – “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)”, Plataforma, p. 1. 1
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Garantidos estes pressupostos básicos – escolha do domínio, divulgação do processo e envolvimento das partes –, convém sublinhar que os dados recolhidos no último ano lectivo forneceram uma indicação muito importante ao nível da qualidade do trabalho prestado, isto é, do impacto da acção da e com a BE no sucesso educativo dos alunos, “de modo a que ela responda cada vez mais às necessidades da escola no atingir da sua missão e objectivos”3, e também das acções para a melhoria4. Ora, neste âmbito, no subdomínio “A.2. Promoção da Literacia da Informação” (agora designado “Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital”), o “Relatório Final de Auto-Avaliação” aprovado pelo Conselho Pedagógico e enviado ao Gabinete RBE aponta três acções para melhoria: 1. “Alargar, progressivamente e em função das necessidades detectadas, o públicoalvo (docentes e alunos) das acções de formação de utilizadores e a partilha dos respectivos materiais; 2. Elaborar e implementar, na medida do possível, um plano articulado e progressivo de desenvolvimento das competências de informação; 3. Divulgar em vários suportes os materiais de apoio à adequada rentabilização das TIC no contexto da BE e em articulação com os docentes”. Por outro lado, é consensual entre os actores educativos que uma das fragilidades maiores dos nossos alunos tem a ver com as competências de informação, isto é, com a capacidade de aprender a aprender ao longo da vida, construindo com autonomia o conhecimento que os habilite a serem cidadãos activos, conscientes e responsáveis. Daí a escolha do indicador “A.2.2 Promoção do ensino em contexto de competências de informação da escola/agrupamento” (processo)5. Desde logo, é interessante registar o facto de, em relação à versão de Abril do ano passado, a RBE acrescentar, na versão actual, que as competências de informação são “da escola/agrupamento”. Trata-se de uma observação relevante, tanto mais que, nas “Observações” do “Relatório Final”, consideramos que a definição de um currículo de competências transversais de informação adequado a cada ano/ciclo de escolaridade, bem como o plano de desenvolvimento das competências da literacia poderiam ser objecto de uma elaboração de âmbito nacional”, para, assim, se conseguir uma uniformidade. Perspectiva diferente é a consagrada pela RBE que insiste em enumerar nos “factores críticos de sucesso”6: •
“A BE procede, em ligação com as estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica [em ligação com os órgãos pedagógicos da Escola/Agrupamento], ao levantamento nos currículos das competências de
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Texto da Sessão – Plataforma, p. 3. “Medir os outcomes (impactos) significa ir mais além, no sentido de conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A qualidade não deriva nesta acepção, da biblioteca em si mesma ou do seu peso intrínseco, mas do valor atribuído pelos utilizadores a esse benefício, traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão, etc.” (Texto da Sessão – Plataforma, p. 2). 5 Indicadores ou critérios “apontam para os aspectos nucleares de intervenção da BE inerentes” a um Subdomínio” (Texto da Sessão – Plataforma, p. 7). 6 “Os Indicadores desdobram-se, por sua vez, em diferentes factores críticos, que constituem as actividades ou acções que demonstram sucesso e são valorizadas na avaliação de cada indicador” (Texto da Sessão – Plataforma, p. 7). 4
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informação inerentes a cada departamento curricular/área disciplinar [a cada disciplina/área curricular e nível de estudo] com vista à definição de um currículo de competências transversais adequado a cada ano/ciclo de escolaridade [adequado a cada ano de escolaridade]. •
A BE promove a integração, com as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica [com o apoio dos órgãos de gestão] e dos docentes, de um plano para a literacia da informação no projecto educativo e curricular e nos projectos curriculares das turmas (decorrente do ponto anterior)”7.
Admitimos que ao nível da Escola é que deve ser feito o plano para a literacia da informação, a integrar nos projectos educativo, curricular e curricular de turma. O imperativo da contextualização assim o exige. Mas pedir à BE que, em articulação – seja com os órgãos de gestão e/ou pedagógicos, seja com as estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica –, proceda “ao levantamento nos currículos das competências de informação inerentes a cada departamento curricular/área disciplinar com vista à definição de um currículo de competências transversais adequado a cada ano/ciclo de escolaridade” parece-nos descabido, na medida em que exige um enorme investimento de tempo sem que se vislumbrem ganhos significativos – há muitas áreas de intervenção em que a articulação pode ser ensaiada e aprofundada com uma relação custo/benefício mais vantajosa. De resto, estou mesmo a imaginar um professor bibliotecário de um estabelecimento de ensino com alunos do 1.º ciclo ao 12.º ano de escolaridade, incluindo os mais diversos percursos de formação, nomeadamente, CEFs, PIEF, Cursos Profissionais, EFAs e Unidade de Multideficiência, a despender as suas preciosas energias no referido levantamento por área disciplinar (são dezenas e dezenas!) e na elaboração do tal “currículo de competências transversais adequado a cada ano/ciclo de escolaridade”… Quanto aos outros “factores críticos de sucesso”, entendemos que apontam para tarefas muito importantes que a BE deve desenvolver, de uma forma progressiva e sustentada, em articulação com as estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica e os docentes em geral: •
“A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado por toda a escola/ agrupamento.
•
A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, áreas de projecto, estudo acompanhado/apoio ao estudo e outras actividades, do ensino e treino contextualizado de competências de informação.
•
A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões de pesquisa e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração dos recursos de informação pelos alunos.
•
A equipa da BE participa, em cooperação com os docentes, nas actividades de ensino de competências de informação com turmas/grupos/alunos”8.
Nestes quatro factores não se regista qualquer alteração, à excepção da subtileza de agora não se escrever “os elementos da equipa da BE”, mas “a equipa da BE”, e ainda a lamentável degradação do uso indiscriminada da minúscula. Também não há nada de novo no que diz respeito
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“Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, pp. 14-15. O texto entre parênteses recto diz respeito à anterior versão do Modelo, de Abril de 2008, e serve para ilustrar as “profundas” alterações que o documento sofreu no que diz respeito à operacionalização deste indicador… 8 “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, p. 15. 3
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às “Evidências” ou “Recolha de evidências” e às “Acções para melhoria/Exemplos”9, a não ser a explicitação de que, quando se falava em PE, PCE/A e PCT, se pretende dizer “Referências à BE” no PE, no PC e nos PCTs (ah!, quando se diz “planear antecipadamente com os professores”, também se pode afirmar, como faz a actual versão, “planear antecipadamente com os docentes”). Entendemos ainda que os quatro exemplos de acções para a melhoria são, em termos globais, razoáveis. Aí se fala num aspecto que reputamos como muito importante e que tem a ver com “planear antecipadamente com os docentes o trabalho de pesquisa a realizar na BE” e com “incentivar a formação dos docentes e da equipa da BE na área da literacia da informação”. Mais complexo, pelos razões anteriormente referidas, é tudo quanto tem a ver com a introdução de “uma política orientada para o ensino sistemático e em contexto curricular de competências de informação” e o estabelecimento de “um plano articulado e progressivo (ao longo dos vários anos/ciclos de escolaridade) para o desenvolvimento das competências de informação”10. Gostava aliás, de saber em que escolas é que este trabalho já está em curso… Desenvolvido o trabalho no âmbito deste indicador, impõe-se avaliar os resultados, o impacto alcançado. Daí a escolha do indicador “A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos” (impacto/outcome). A versão actual do Modelo mantém os quatro “factores críticos de sucesso”, a saber: •
“Os alunos utilizam, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade [de acordo com o seu nível de escolaridade], linguagens, suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de comunicação variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais.
•
Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o ano/ciclo de escolaridade que frequentam [com o nível de escolaridade que frequentam], as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de informação: identificam fontes de informação e seleccionam informação, recorrendo, quer a obras de referência e materiais impressos, quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes de informação electrónicas, organizam, sintetizam e comunicam a informação tratada e avaliam os resultados do trabalho realizado.
•
Os alunos demonstram, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade [de acordo com o seu nível de escolaridade], compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias.
•
Os alunos revelam em cada ano e ao longo de cada ciclo de escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas, digitais e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares”11.
Trata-se de um conjunto de acções que, globalmente falando, ilustram as competências desejadas e o seu carácter progressivo ou de desenvolvimento em espiral, ao longo do percurso escolar do aluno. A única novidade tem a ver com a referência às competências digitais que voltam a surgir, como seria de esperar, nos exemplos de acções para melhoria.
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“As evidências mostram que essas actividades/acções foram efectivamente desenvolvidas e sustentam a formulação de juízos de valor sobre os seus resultados. Na última coluna das tabelas (v. Modelo) apresentam-se para cada indicador exemplos de acções para a melhoria, ou seja, propostas de iniciativas variadas a realizar no caso de ser necessário melhorar o desempenho da BE em relação com aquele indicador” (Texto da Sessão – Plataforma, p. 7). 10 “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, pp. 14-15. 11 “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, pp. 16-17. 4
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O primeiro dos cinco exemplos apresentados a este nível é a repetição do que considerámos de execução complexa, quando nos referimos ao indicador A.2.2. Pedir às escolas que, neste momento, tenham uma BE que, para além de tudo o mais e que já é muito, protagonize a introdução de “uma política na escola orientada para o ensino sistemático e em contexto curricular de competências tecnológicas, digitais e de informação”12 é um desafio demasiado ousado que, eventualmente, terá que ser lido à luz do facto de o modelo ser “propositadamente ambicioso (…), de modo a ser estimulante e impedir que as escolas apenas reflictam nele as actividades/acções que comummente já realizam, incentivando ao desenvolvimento de boas práticas e tendo, nesta medida, uma forte componente formativa”13. Os restantes exemplos, por sua vez, remetem para acções que consideramos necessárias e perfeitamente exequíveis no imediato: •
“Incentivar a formação dos docentes e da equipa da BE na área das TIC e da literacia da informação.
•
Adoptar um modelo de pesquisa uniforme para toda a escola.
•
Produzir guiões e outros materiais de apoio à pesquisa e utilização da informação pelos alunos.
•
Reforçar a articulação entre a BE e o trabalho de sala de aula”14.
Concluída a análise que desejámos detalhada dos dois indicadores, um de processo e outro de impacto, vamos, agora, proceder à elaboração de um Plano de Avaliação dos indicadores em causa.
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“Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, p. 16. Texto da Sessão – Plataforma, p. 7. 14 “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, p. 17. 13
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2. Plano de avaliação Em primeiro lugar, vale a pena insistir, mais uma vez, que “a avaliação deve ser encarada como uma componente natural da actividade de gestão da biblioteca, usando os seus resultados para a melhoria contínua, de acordo com um processo cíclico de planeamento, execução e avaliação”15. Por outro lado, importa reforçar a complexidade da avaliação de impactos das BE no sucesso educativo, “por não ser possível isolar, numa miríade de variáveis possíveis, a contribuição da biblioteca, separando-a de outras influências, pelo menos de uma forma directa”16. Por isso é que nos propomos avaliar os resultados da acção da biblioteca aplicada a determinadas actividades, fazendo um estudo tanto quanto possível longitudinal, de modo a que seja dado tempo para que determinados resultados se possam tornar claros, e, considerando as limitações resultantes da dimensão da escola, restringindo a avaliação a um público-alvo objecto de intervenção. Procederemos, portanto, à avaliação das acções desenvolvidas em determinados aspectos e aos resultados obtidos com esse trabalho, tendo como referência os indicadores seleccionados e os respectivos factores críticos de sucesso. Como dissemos anteriormente, neste momento já está garantido o “compromisso institucional dos órgãos de gestão pedagógica e executiva da escola”, bem como a “coresponsabilização de todos os intervenientes” (docentes e alunos envolvidos). Também está garantido o apoio de alguns membros da equipa da BE e efectuada a distribuição de tarefas respeitantes a todo este processo de auto-avaliação. Sendo assim, vamos ao Plano de Avaliação… 1. Problema/Diagnóstico Este aspecto está sinalizado, na sequência do trabalho desenvolvido no último ano lectivo e das opções tomadas, aquando da aprovação do “Relatório Final de Autoavaliação”. Trata-se de dois aspectos com reflexos negativos na qualidade das aprendizagens e na dinâmica de construção do conhecimento por parte dos alunos, com responsabilidade e autonomia: •
Fragilidades ao nível das competências da literacia da informação (processo de pesquisa e tratamento de informação);
•
Falta de métodos de estudo.
2. Identificação do objecto da avaliação Percentagem de docentes que costumam proceder, regularmente, à integração de competências de informação na planificação e tratamento das diferentes unidades de ensino; Percentagem de alunos que utilizam a BE com orientações precisas dos docentes acerca da tarefa a executar e sugestões de bibliografia; Percentagem de alunos/professores a utilizar o guião de pesquisa Big 6;
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Texto da Sessão – Plataforma, p. 3. Texto da Sessão – Plataforma, p. 4. 6
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Na elaboração dos trabalhos em contexto lectivo, nível de aplicação, por parte dos utilizadores que beneficiaram de formação, das diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de informação; Na perspectiva dos professores e dos alunos, qualidade do contributo da BE para o desenvolvimento nos alunos das competências de informação e para o uso autónomo da BE; Avaliação qualitativa por parte dos docentes da sua experiência de trabalho e colaboração com a BE e do contributo dado pela BE para o desenvolvimento nos alunos das competências de biblioteca, tecnológicas e de informação; Avaliação qualitativa por parte dos alunos das aprendizagens que realizam na BE, através do trabalho orientado com o(s) professor(es). 3. Tipo de avaliação de medida a empreender Aplicação de métodos quantitativos de medida que permitam determinar aspectos relacionados com os inputs e os outputs (processos); Aplicação de métodos que permitam uma avaliação qualitativa do impacto (outcomes) do trabalho desenvolvido pela BE nos utilizadores (alunos e professores), isto é, nas suas competências de informação. 4. Métodos e instrumentos a utilizar O professor bibliotecário, em articulação com os DTs e os docentes de EA e de AP, trabalha com diversas turmas, em contexto de sala de aula, as literacias de informação, a formação de utilizadores e ainda metodologias de estudo. Neste trabalho, é disponibilizado um guião de pesquisa de informação baseado nos modelos The Big6 e Modelo Plus, bem como outros materiais de apoio, um powerpoint sobre a elaboração de um trabalho científico e um outro sobre métodos de estudo. Todos os materiais são colocados no link da BE no sítio oficial do Agrupamento. De uma forma activa, os participantes ilustram a qualidade da sua aprendizagem, elaborando, nas mais variadas formas de comunicação, um biobibliografia sobre o patrono da Escola-sede (Diogo Bernardes) e o trabalho/relatório final de AP. Para os docentes, realização de uma acção de formação de 120m, subordinada ao tema “A BE e o professor, parceiros dos alunos”, tendo em vista a promoção das literacias da informação e a adopção, na medida do possível, de um modelo de pesquisa uniforme. 5. Intervenientes
Turmas dos 5.º, 7.º, 9.º e 12.º anos de escolaridade, no contexto do EA e AP;
Docentes dos Departamentos de Ciências Sociais e Humanas e de Matemáticas e Ciências; 7
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(A intervenção do professor bibliotecário, da equipa da BE, da Direcção e do Conselho Pedagógico presumem-se, desde a primeira hora).
6. Calendarização
Acção de formação para docentes – 2.ª quinzena de Janeiro;
Metodologias de estudo (9.º e 12.º anos) – Ao longo de Outubro e de Novembro;
Literacias de informação e elaboração de um trabalho científico (12.º ano) – Novembro/Dezembro;
Literacias de informação e formação de utilizadores (5.º, 7.º e 9.º anos) – Janeiro.
N.B.: Algumas destas actividades já estão em curso. 7. Planificação da recolha e tratamento de dados Os registos de contactos, de reuniões e das percepções resultantes da abordagem informal com os actores envolvidos, assim como os materiais produzidos, serão valorizados ao longo de todo o processo. No final de cada ciclo de sessões, os participantes preenchem um questionário de avaliação do trabalho desenvolvido. No caso dos alunos dos 5.º, 7.º e 9.º anos, os professores responsáveis pelas turmas em causa preenchem as grelhas de observação O1 e O2 e, no final da elaboração da biobibliografia de Diogo Bernardes, preenchem a grelha de análise dos trabalhos escolares dos alunos (O2)17. Quando os discentes do 12.º ano concluírem o trabalho/relatório de AP (Maio), os respectivos professores preenchem uma grelha de avaliação final da proficiência neste âmbito e da evolução registada. Em Maio, 20% dos professores e 10% dos alunos preenchem, respectivamente, o QD1 e o QA118. À medida que estes dados forem recolhidos, são objecto de um tratamento que permitirá fazer uma descrição e uma avaliação da situação. 8. Análise e comunicação da informação Com os dados devidamente tratados, é possível proceder a uma análise quantitativa e qualitativa, discernindo os pontos fortes e os fracos, o grau de satisfação dos intervenientes e a qualidade do impacto nas aprendizagens dos alunos e, portanto, no sucesso educativo. A análise permite ainda estabelecer relações com os standards de desempenho e aferir, comparativamente com o verificado no último ano, até que ponto se está a registar uma evolução favorável ou é necessário redefinir o caminho a seguir e as estratégias e metodologias a adoptar. Neste caso, importa traçar e priorizar acções para a melhoria… Concluído este trabalho, é possível avaliar o desempenho da BE neste subdomínio, identificando o respectivo perfil e “perceber, de acordo com o nível atingido, o que está em jogo para poder
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Estas grelhas, na nossa opinião, apresentam uma notável melhoria em relação à versão de Abril de 2008. Os instrumentos de recolha de evidências encontram-se disponíveis no “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, pp. 77-84.
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melhorar para o nível seguinte”19. É, então, a altura de elaborar um novo plano de acção, pois “a aplicação do modelo de auto-avaliação só faz sentido na medida em que vai permitir estabelecer objectivos e metas a serem alcançados em função da concretização de acções que são definidas e delimitadas no tempo”20. A informação vai sendo transmitida e discutida com os envolvidos, à medida que está disponível, e constitui a matéria-prima para a redacção do “Relatório Final de Auto-avaliação da BE” que é apresentado à Direcção e ao Conselho Pedagógico – que o discute, aprova e emite recomendações – e, posteriormente, é divulgado junto das restantes estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e da comunidade educativa em geral. Um resumo dos resultados integra o relatório de auto-avaliação do Agrupamento e serve de referência na entrevista que, eventualmente, possa acontecer com a Inspecção-Geral de Educação. Assim se consegue o envolvimento e o compromisso da Escola para este desígnio. 9. Limitações, levantamento de necessidades (recursos humanos, financeiros, materiais…), etc.. Modelo é muito exigente; Processo exige um investimento muito grande de tempo. Bem sei que a teoria manda que se “simplifique o trabalho de recolha de evidências, cingindo ao mínimo possível a informação de que comprovadamente se necessita para a demonstração de determinado tópico”21. Mas a verdade é que, para uma visão global e para uma avaliação consistente das competências da informação e da articulação com os docentes no trabalho desenvolvido a este nível, entendemos que não há grande margem de manobra na simplificação dos QD1 e QA1 e das grelhas de observação e de análise. Falta de formação e de estabilidade da equipa da BE; Falta de rotinas; Falta de rigor no preenchimento dos questionários por parte de alguns alunos; Foram seleccionados para a intervenção os alunos do 5.º e do 7.º por serem anos de início de ciclo e os alunos dos 9.º e 12.º anos porque vão fazer exames nacionais. No seu conjunto, este universo representa um terço da Escola. Gradualmente, chegar-se-á a um público mais alargado, mas, neste momento, a equipa da BE não permite outros voos;
Concluindo, em termos conceptuais, o edifício está bem concebido. No entanto, ao nível da operacionalização, é muito exigente. Ou melhor, “é propositadamente ambicioso”.
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Texto da Sessão – Plataforma, p. 7. “A análise será orientada, sobretudo, para uma confrontação dos dados obtidos com os factores críticos de sucesso e com os descritores de desempenho” (“Modelo de autoavaliação da biblioteca escolar”, RBE, p. 68). 20 “Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, RBE, p. 73. 21 Texto da Sessão – Plataforma, p. 9. 9
Operacionalização do Modelo de Auto-Avaliação – Domínio A
É indiscutível que se trata de um instrumento que ajuda a melhorar e a promover a BE. Quanto ao resto, haja equilíbrio e bom senso! “Isto vai, meus amigos, isto vai... O que é preciso é ter sempre presente Que o presente é um tempo que se vai E o futuro é o tempo resistente.” (Ary dos Santos)
3. Bibliografia
“Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar”, Rede de Bibliotecas Escolares, 12 de Novembro de 2009.
Texto da Sessão – “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)”, Plataforma.
“Basic Guide to Program Evaluation”, disponível em http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345, acedido em 18.11.2009.
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