Tabela matriz a utilizar para a realização da 1.ª parte da tarefa, conforme indicações do Guia da Sessão
Conhecimento na área
Domínio
Competências do professor bibliotecário
Aspectos críticos que a Literatura identifica • Profissional capacitado para ajudar os utilizadores a transformar a informação em conhecimento e significado; • Líder pró-activo, inovador, empreendedor e com capacidade de antecipação; • Profissional com postura de investigação e de aprendizagem contínua; • Protagonista activo e cooperativo / cúmplice no desenvolvimento do currículo e na formação de competências de informação que possibilitem o desenvolvimento pessoal e profissional dos utilizadores; • Profissional com atitude flexível, criativa e positiva perante as mudanças (liderança renovável); • Líder transformacional que garanta a diferença através da acção;
Biblioteca escolar
Pontos fortes
- Experiência acumulada do professor bibliotecário; - Formação contínua adquirida; - Atitude positiva do professor bibliotecário face aos desafios da mudança; - Motivação do professor bibliotecário; - Postura dialogante e flexível do professor bibliotecário.
Fraquezas
- “Isolamento” do professor bibliotecário: é o único a exercer o cargo no Concelho que tem um Agrupamento com mais de mil e seiscentos alunos; - Inexistência de uma Biblioteca Pública / Municipal, devidamete organizada e gerida, com quem estabelecer parcerias e potenciar sinergias; - Inexistência de um SABE.
Oportunidades As dificuldades devem ser encaradas como desafios que importa vencer e como oportunidades para se conseguir um salto qualitativo. Com a Portaria n.º 756/2009, estão criadas algumas condições para que se desenvolva um trabalho mais consistente e profissional e para que o professor bibliotecário invista, com especial empenho, no exercício qualificado destas funções, assumindo-se como um líder no contexto escolar.
Ameaças
O ritmo demasiado acelerado de implementação deste novo paradigma constitui um risco. Há demasiadas coisas novas a acontecer ao mesmo tempo, correndo-se o perigo de não serem devidamente assimiladas e interiorizadas. Por outro lado, o voluntarismo também é uma ameaça que nunca dá bons resultados...
Desafios. Acções a implementar - Investir permanentemente na formação e no aperfeiçoamento da profissionalidade; - Explorar espaços / ambientes que favoreçam o intercâmbio de práticas e de experiências; - Potenciar a empatia e a capacidade de mobilização do professor biliotecário, a fim de envolver, na medida do possível, toda a comunidade escolar nos desígnios da BE.
Conhecimento na área
Biblioteca escolar
• Líder com objectivos (visão dos resultados desejados) e estratégia (projecto de acções baseadas em evidências); • Líder com uma visão sustentável que identifique resultados e impactos e afirme, com provas, a importância da BE e do bibliotecário no contexto educativo.
Organização e Gestão da BE
• Organização de acordo com os standards definidos, proporcionando condições de acesso; • Afectação de um professor bibliotecário qualificado e de uma equipa dinâmica; • Implementação de estratégias de gestão e de integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular; • Gestão no sentido da optimização dos processos e dos recursos que produzam melhores resultados e um impacto mais significativo na qualidade da BE e do seu serviço.
- As salas da BE nos 2 Pólos da Escola foram objecto de intervenção recente, pelo que estão organizadas de acordo com os standards definidos; - Adequação dos espaços e dos equipamentos às necessidades da Escola; - Articulação entre o Plano de Actividades da BE e as prioridades e metas consignadas no Projecto Educativo;
- À equipa não tem sido garantida a estabilidade necessária para se forjar uma identidade e uma cultura de pertença; - Ainda não está concluído o tratamento documental automatizado (Bibliobase); - Inexistência de catálogo on-line.
Aproveitar a mobilidade da equipa docente para, todos os anos, ir familiarizando e envolvendo os novos docentes na missão e na dinâmica educati va da BE.
O grande risco tem a ver com a dispersão de energias, tendo em vista a integração dos novos membros da equipa BE, e a dificuldade em criar uma identidade e uma cultura de equipa.
- Reivindicar, na medida do possível, uma equipa docente estável e multidisciplinar; - Concluir o processo de catalogação automatizada do fundo documental; - Colocar o catálogo on-line.
Conhecimento na área
Gestão da Colecção
• Manutenção de uma colecção actualizada e equilibrada de recursos de informação, em diferentes ambientes e suportes, adequada às necessidades dos utilizadores; • Reconhecimento da importância da BE que se traduza na atribuição de financiamentos.
Biblioteca escolar - A BE tem reconhecimento institucional nos diversos documentos estratégicos. - Colecção mais ou menos diversificada e adequada aos utilizadores na maioria das classes; - Organização da informção de acordo com a CDU; - Está em curso a catalogação automatizada do fundo documental; - Boa adesão da comunidade escolar ao empréstimo domiciliário.
A BE como espaço de conhecimento e
• Mudança de paradigma: a BE passou de um espaço com recursos para acesso à informaçãoe ao lazer a um espaço de trabalho e de construção do conhecimento (papel formativo). De centro de recursos/colecções
- Rentabilização da Be por parte dos docentes, no âmbito da actividade lectiva; - Óptima rentabilização da BE
- A colecção vocacionada para o 1.º ciclo é algo deficitária, uma vez que só recentemente passou a ser leccionado na Escola;
- Continuar atrabalhar para, quanto antes, concluir a catalogação e colocar o catálogo on-line; - Investir em materiais para o 1.º ciclo, das áreas das ciências e em materiais não impressos.
- As áreas das ciências necessitam de ser reforçadas; - Escassez de recursos digitais.
- Algumas reservas, da parte de determinados Grupos/docentes, em relação a um trabalho de equipa, abrangente e cooperativo;
- Transformar a sala de aula numa extensão da BE e vice-versa; - Alargar, progressivamente, o
A vontade de querer chegar a todos, num universo tão vasto, corre o risco de ferir seriamente a qualidade do trabalho a desenvolver.
- Investir no acompanhamento / enriquecimento curricular, em articulação com os diversos Departamentos;
Conhecimento na área aprendizagem. Trabalho colaborativo e articulado com Departamentos e docentes
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Formação para a leitura e para as literacias
passou a um centro de conexões; Modelos de ensino condutistas deram lugar a modelos construtivistas, centrados no aluno; Ligação da BE ao currículo e articulação com estruturas pedagógicas e com os docentes; Novos recursos educativos, apoiados no uso das TIC num ambiente cooperativo; Apoio à criação de um ambiente favorável à partilha de conhecimentos.
• A sociedade do conhecimento tem entre os seus paradigmas a formação contínua ou a educação para toda a vida (instituições educativas, empresas e educação informal); • Desenvolvimento de competências de leitura e de um programa de literacia da informação, integrado no desenvolvimento curricular.
Biblioteca escolar na ocupação dos tempos escolares e dos tempos livres; - Articulação e colaboração sistemática com os docentes do 1.º ciclo e do Departamento de Línguas.
- Heterogeneidade e dimensão do públicoalvo da BE, que vai do 1.º ciclo ao 12.º ano, incluindo PIEF, CEF’s, Cursos Profissionais e Educação e Formação de Adultos;
trabalho de articulação e colaboração a todos os Departamentos.
Importa saber seleccionar os grupos prioritários e fazer uma intervenção progressiva e consistente.
- Produzir materiais educativos, em trabalho cooperativo com os Grupos Discip./docentes.
- Escassa produção de materiais educativos.
- Bom serviço da BE na promoção da leitura, em articulação com o Dep. de Línguas e o PNL; - Prática de formação de utilizadores com algumas turmas/professores; - Boa participação da BE, em cooperação com alguns docentes, nas actividades de
- Inexistência de um plano articulado e progressivo para o desenvolvimento das competências de informação; - Escassez de materiais de apoio.
- Seleccionar e avaliar recursos e produzir guias temáticos, em colaboração com os professores;
- Elaborar e implementar, na medida do possível, um plano articulado e progressivo de desenvolvimento das competências de informação.
Se não for muito bem articulado com os Grupos/docentes, este trabalho aparecerá desenquadrado e poderá ser visto como artificial, concorrente, e não como complementar às competências desenvolvidas pelos professores nas diferentes disciplinas.
- Alargar, progressivamente e de uma forma consistente e articulada, a promoção da literacia da informação e a formação de utilizadores; - Produzir materiais de apoio.
Conhecimento na área
Biblioteca escolar ensino de competências de informação.
BE e os novos ambientes digitais
• Mudança para o paradigma tecnológico/digital e integração dos ambientes virtuais de aprendizagem no trabalho de uma BE (alfabetização informacional); • Impacto muito forte das TIC na BE e dificuldade em lidar com esta mudança e em adquirir competências específicas para auxiliar os utilizadores; • Rentabilização das potencialidades do Plano Tecnológico; • A aprendizagem através de sistemas virtuais de ensino à distância (v.g., e-learning) é um processo imparável e desafiante que exige cooperação e interdisciplinaridade.
- A BE presta apoio aos utilizadores na selecção e utilização de recursos electrónicos; - Tanto os docentes como os alunos têm uma percepção positiva do contributo que a BE proporciona para o desenvolvimetno das suas competências tecnológicas e de informação; - Boa articulação com o coordenador das TIC e do Plano Tecnológico; - Os dois Pólos da BE estão bastante bem apetrechados, em termos tecnológicos.
- Investir na promoção da literacia digital, através da formação contínua; - O professor bibliotecário e a equipa BE não têm as competências tecnológicas que seriam desejáveis; - A equipa BE não integra um docente do Grupo 550 ou alguém com reconhecidas competências TIC; - Escassa produção de materiais de apoio à aprendizagem em ambientes virtuais.
Esta é uma área em que é necessário investir fortemente, em termos de formação, de tal modo que saltermos, com qualidade e criatividade, para o novo paradigma. Trata-se, igualmente, de uma área em que é fundamental uma abordagem interdisciplinar, devidamente articulada.
- Incentivar o uso das TIC por parte dos docentes; - Rentabilizar, cada vez mais, as ferramentas web, como instrumento facilitador da aprendizagem; - Produzir materiais educativos e disponibilizá-los online; - Desenvolver colecções digitais; - Investir da divulgação da informação, recorrendo aos serviços da Web 2.0.
Conhecimento na área
Gestão de evidências/ avaliação
• Mudança de uma atitude de defesa para uma cultura de evidência(s) que redunde numa valorização do papel da BE e da imagem do bibliotecário; • Desenvolvimento de estratégias de gestão baseadas na recolha sistemática de evidências; • Importa evidenciar perante a comunidade que a BE é uma estrutura imprescindível ao sucesso educativo (prática baseada em evidências); • Está provada a importância de práticas de avaliação para aferir a a qualidade e a eficácia dos serviços prestados e o seu impacto nas atitudes e nas competências dos utilizadores; • Está provado que a BE contribui para o sucesso educativo e para a afirmação da autonomia e da cidadania dos utilizadores.
Biblioteca escolar
- Já existem algumas rotinas de recolha e tratamento de evidências, tendo em vista uma reflexão avaliativa; - A BE já implementou, no último ano lectivo, o modelo de autoavaliação.
- Importa avaliar a eficácia do trabalho desenvolvido pela BE; - A problemática da avaliação dos serviços e do impacto do trabalho desenvolvido é algo de novo que ainda precisa de fazer um árduo caminho, até ser uma prática habitual.
- Convém reflectir e discernir as práticas de aprendizagem que sejam mais eficazes; - É necessário dotar a BE dos instrumentos e mecanismos que permitam aferir o impacto positivo do seu trabalho, em termos de sucesso educativo.
- Institucionalizar a prática de recolha sistemática de evidências significativas.
Conhecimento na área Gestão da mudança SÍNTESE A BE do séc. XXI tem de assumir a sua liderança no processo de mudança em curso, afirmando, através de evidências e de acções com um impacto significativo, a sua centralidade enquanto estrutura que fomenta ambientais favoráveis a conexões e a interacções potenciadoras da construção do conhecimento (e da sabedoria!) e da formação de cidadãos lúcidos e autónomos.
Biblioteca escolar
Factores de sucesso
Obstáculos a vencer
- Integração institucional e reconhecimento por parte do órgão de gestão do papel e do trabalho desenvolvido pela BE no processo de aprendizagem;
- Dimensão do âmbito da BE: 2 salas em Pólos situados em espaços fisicamente distintos, servindo uma comunidade de mais de mil e 200 alunos, do 1.º ao 12.º, incluindo PIEF, CEF’s, Cursos Profissionais e Educação e Formação de Adultos;
- Organização e gestão da BE de acordo com os standards definidos; - Qualidade das instalações e dos equipamentos; - Existência de uma colecção relativamente diversificada e adequada aos utilizadores; - Algumas rotinas de trabalho colaborativo e articulado com o Departamento de Línguas e os docentes do 1.º ciclo; - Consolidação de práticas sistemáticas de promoção do livro e da leitura; - Motivação para a mudança; - Alguma familiaridade com o modelo de autoavaliação centrado nas evidências.
- Reduzido envolvimento de alguns Departamentos, Grupos Disciplinares e docentes em geral num trabalho cooperativo e articulado; - Domínio rudimentar ao nível das competências TIC; - Limitações de tempo para desenvolver as múltiplas tarefas que são cometidas ao professor bibliotecário; - Inexistência de uma equipa estável e multidisciplinar que permita, ao longo do tempo, consolidar práticas e uma cultura de equipa.
Acções prioritárias
• Consolidar a centralidade da BE no processo pedagógico-didáctico, na dinâmica de aprendizagem e na construção do saber; • Valorizar o papel transformativo da BE: formar para as diferentes literacias, contribuindo, de forma cooperativa e articulada com as estruturas pedagógicas e os docentes, para o desenvolvimento de competências e a construção do conhecimento; • Potenciar sinergias que favoreçam novas práticas docentes; • Aprofundar a literacia da informação (competências informacionais), de forma a desenvolver a autonomia e o espírito de cooperação dos utilizadores; • Avaliar, sistematicamente, o impacto do trabalho da BE (acção baseada em evidências), para demonstrar o poder real do seu contributo.