Sustentabilidade Para O Bras

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  • Pages: 82
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

BRÁS: PROPOSTAS PARA A SUSTENTABILIDADE

1º SEMESTRE 2008

Coordenadora: Cristina Pereira de Araújo

  Disciplinas e Professores  Sustentabilidade SocioAmbiental: Rose Gottardo Controle de Emissão de Resíduos Industriais:Sérgio Forini Sistemas de Gerenciamento de Resíduos: Luciano Legaspe Elementos de Cartografia: Jorge Luiz dos Santos Planejamento da Paisagem Urbana: Luis Brandão da Rocha Alunos  Andressa Ferri Alexandre Catelan Araújo Alves Cássio da Costa Carrenho Diana Eva Rembowski Flávia Avallone Giaconi Geise Pereira Annes Gracemira Oliveira Silva Isabella Oliveira de Souza Isma da Silva Dias Ivan Arouca Garofalo Luciana Arboleda de Campos Luiz Henrique Schroder Luiz Eduardo da Silva Paulo César Gomes da Costa Paulo Margarido Ferreira Reinaldo da Silva Lima Júnior Roberta Barbosa Salatino

“Sem o esforço e a participação de todos, não será possível que cheguemos à nossa meta final, a de criarmos as condições necessárias para que alcancemos a verdadeira sustentabilidade, a de uma Sociedade Sustentável.”

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendêlo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (art. 225, CF/88)

MAPA TOPOGRÁFICO

MAPA VISUAL

HISTÓRIA DO BRÁS O bairro do Brás originou-se no entorno de uma capela construída em uma chácara pertencente a Jose do Brás no século XVIII.  São Paulo nessa época não tinha mais de 30 ( trinta) ruas.  O bairro do Brás era uma região pacata, humilde, rural, com diversas chácaras, sendo a maioria delas pertencentes a famílias ricas da época.  A chegada dos imigrantes italianos colaborou para o desenvolvimento da região, logo surgiram indústrias, madeireiras e hospedarias existentes até hoje.  Na década de 40, com a migração nordestina, o bairro perdeu parte de suas características italianas, cedendo lugar a cultura nordestina.  Com a inauguração da estação do Brás em 1867, novas indústrias e pequenos comércios se 

HISTÓRIA DO BRÁS Na década de 70 com a construção das estações de metro, centenas de casas foram desapropriadas, surgindo grandes galpões, tornando-se assim, um bairro operário conhecendo a decadência e a deterioração urbana.  Hoje, o bairro do Brás é constituído principalmente de indústrias e oficinas de confecções de roupas, há grande presença de coreanos e bolivianos e passou a ser conhecido como um dos principais centros de comércio popular da cidade, destino de milhares de sacoleiros de todo o Brasil.  Outros atrativos da região são suas festas tradicionais como festa de São Vito, Casaluce, escola de samba Colorado do Brás e o Centro Cultural Mazzaropi .  População : 25.158 hab ( 2000) 

 Área 3,5 km

METODOLOGIA  Trabalho dividido em 3 ( três) temas :

Questões Sócioambientais Planejamento de Paisagem Urbana Geração e disposição dos resíduos sólidos urbanos  Verificamos as condições sócioambientais do Brás e sua relação com o meio ambiente através da aplicação de 200 questionários aos moradores, freqüentadores e trabalhadores da região.  Destes questionários, 134 foram respondidos e os resultados serviram de base para a análise conclusiva do nosso trabalho.  Nos aspectos da arborização urbana, foi elaborado um roteiro de campo para conduzir a pesquisa técnica, baseada na adequação das espécies arbóreas introduzidas no bairro, suas condições de saúde, bem como sua relação com a população, com os equipamentos e com as

METODOLOGIA Foram entrevistados 22 catadores de recicláveis e 2 empreendedores deste ramo, nos arredores da Praça da Sé. Essa pesquisa foi realizada nessa região por tratar-se do principal ponto de coleta e fornecimento de matéria prima para as diversas cooperativas e empresas de reciclagem situadas no Brás. Avaliamos os Planos de Gerenciamento de Resíduos (PGR) de 4 (quatro) indústrias instaladas no Brás, a forma e o trajeto da coleta e a destinação final adequada. Todos os dados obtidos foram tabulados, analisados quantitativa e qualitativamente e estão apresentados sob a forma de gráficos e tabelas.

DIAGNÓSTICO VISUAL

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DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO QUESTIONÁRIO SOCIO-AMBIENTAL

Análise Econômico-Socioambiental RSU – Resíduo Sólido Urbano ANÁLISE ECONOMICO-SOCIO-AMBIENTAL DO RSU (Subprefeitura da Sé) Baseado na pesquisa com os catadores da Sé Resíduo Plástico

Papel/papelão

Pessoas

Qtd Numero de Qtd média Numero de Rendimento Rendimento média Rendimento pessoas coletada catadores no médio por médio por coletada médio por mês dependentes por dia (Kg) entorno da Sé (1) mês (R$) (2) Kg (R$) (4) por dia (R$) (2) (2) (2) (Kg) (2)

281

1068

273,85

Rendimento médio mensal por R$ 708,10 catador (2)

832,27

0,10130

Rendimento médio mensal per capita (5)

R$ 186,34

50

237,94

Rendimento médio por Kg (R$) (4)

Qtd média coletada por dia (Kg) (2)

Rendimento médio por mês (R$) (2)

Rendimento médio por Kg (R$) (4)

0,15863

269

180

0,02230

Resultado econômico anualizado (6)

R$ 2.387.713,20

Resultado econômico R$ 198.976,10 mensal gerado (6)

(1) Dados do estudo da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (2) Resultado da pesquisa de campo (3) Volume da dados pouco representativo (4) Rendimento médio mensal / produção média mensal (5) Rendimento médio total mensal / número de pessoas dependentes (6) Rendimento médio X número de catadores da região, considerado apenas o catador

Metal (3)

Análise Econômico-Socioambiental RSU – Resíduo Sólido Urbano

• Quantidade de catadores

:

281

• Quantidade de dependentes

:

1068

• Rendimento médio mensal/catador

: R$

708,10

: R$

186,34

: R$

198.976,10

• Rendimento médio per capita • Resultado econômico mensal • Resultado econômico anual

: R$ 2.387.713,20

Potencial Econômico da Reciclagem RSU Coletado – Subprefeitura da Sé POTENCIAL ECONÔMICO DA RECICLAGEM DE MATERIAIS PRESENTES NO RSU COLETADO Baseado nos dados Limpurb e estudo gravimétrico (Subprefeitura da Sé) Composição de papel / Composição de plástico Composição de plástico Composição de plástico Composição de alumínio Comp.potencial de papelão (2) PET (2) mole (2) duro (2) (2) composto orgânico (2) Média de RSU total coletado por mês (ton) (1) 22.652 Preço médio de mercado (4) Potencial econômico mensal da região da Sé

%

ton

8,6

%

1.948 R$

ton

0,4

%

91

457,50

R$

1.050,00

R$ 891.250,81

R$

95.139,24

Potencial econômico mensal total da região da Sé (5)

R$ 4.593.345,16

ton

11,9

%

2.696 R$

ton

5,2

%

1.178

ton

0,4

%

91

ton (6)

60,1

5.446

800,00

R$

600,00

R$

3.400,00

R$

80,00

R$ 2.156.489,44

R$

706.748,64

R$

308.069,92

R$

435.647,11

Potencial econômico anual total da região da Sé (5)

(1) Dados Limpurb de Janeiro a Abril 2008 para a subprefeitura da Sé (2) Estudo de Caracterização Gravimétrica de 2003, tabela para o distrito da Sé (3) Somatório de todos os tipos de plástico, inclusive PS Expandido (Isopor) (4) Baseado em informações fornecidas pelo CEMPRE para a cidade de São Paulo (5) Somatória de todos os produtos relacionados (6) Cálculo baseado na tabela de conversão média de matéria orgânica em composto

R$ 55.120.141,91

Percentual de viabilidade de reciclagem do RSU da Sé (5)

86,6%

Potencial Econômico da Reciclagem RSU Coletado – Subprefeitura da Sé

• Potencial mensal para papel/papelão

: R$ 891.250,81

• Potencial mensal para plásticos • Potencial mensal para alumínio

: R$ 2.958.377,32 : R$ 308.069,92

• Potencial mensal para composto orgânico

: R$ 435.647,11

• Potencial mensal total • Potencial anual total • Percentual de viabilidade de reciclagem

: R$ 4.593.345,16 : R$ 55.120.141,91 :

Ganhos Ambientais pela Reciclagem RSU Coletado – Subprefeitura da Sé Baseado nos dados Limpurb e estudo gravimétrico Redução do corte de árvores para produção de papel (1) Redução na área cultivada para aprodução de papel (2) Volume de resíduos não destinado a aterros sanitários (3) Volume de adubo orgânico potencialmente produzido (4) Equivalência na utilização de adubos químicos/minerais (5) Percentual equivalente ao volume total de adubo químico/mineral consumido no Brasil (6) Redução média da emissão de gás metano em aterros (7)

1.461 árvores / ano 1,31 há / ano 235.399 ton / ano 65.352 ton / ano 5.446 ton / ano

0,02%

24.505 ton / ano

(1) Cálculo baseado em dados fornecidos pela UNESP (2) Cálculo baseado em dados fornecidos pela EMBRAPA (3) Estudo de Caracterização Gravimétrica de 2003, tabela para o distrito da Sé (4) Cálculo baseado em dados fornecidos pela CEAGESP/CETESB (5) Cálculo baseado em dados fornecidos pelo CEMPRE (6) Cálculo baseado em dados fornecidos pela ANDA (Assoc. Nacional para Difusão de Adubos) (7) Cálculo baseado em dados fornecidos pela ABES (Assoc. Brasileira de Engª. Sanitária e Ambiental)

DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA

DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS Empresa

Resíduo Classe I (Kg)

J. Reminas Nysa S.A. Tork Moinhos Têxtil Alvarenga

320 38 187 84

Classe II (Kg) 1.140 720 1.440 870

Totais

629

4.170

DIAGNÓSTICO TÉCNICO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS Roteiro de Coleta de Resíduos

PLANO DE AÇÃO CURTO PRAZO Identificar as associações locais como o conseg, associação comercial, associação de moradores, Rotary, Lions, universidades, mídia local, escolas locais entre outros para apresentarmos o diagnóstico e propor parcerias de trabalho.    Elaborar o conteúdo informativo para a construção de cartilhas, folders, cartazes e panfletos. Colocar informação na mídia local sobre o trabalho em desenvolvimento.    Divulgar à sociedade a importância econômica, ambiental e social dos catadores.    Realizar palestras com os catadores sobre a importância de seu trabalho e a importância de sua associação em cooperativas de trabalho.

PLANO DE AÇÃO CURTO PRAZO Elaborar, conjuntamente aos parceiros locais, um estudo técnico de condições fitossanitárias e adequação de espécies para a arborização existente.   Informar os parceiros locais sobre a existência do Manual Técnico de Arborização Urbana. www.prefeitura.sp.gov.br/svma   Incentivar os parceiros locais para a aquisição e afixação nas vias públicas de coletores de lixo.   Solicitar ao poder público a recuperação da sinalização vertical e horizontal.   Identificar as indústrias da região e averiguar a existência de seus Planos de Gerenciamento de Resíduos.   Identificar as empresas prestadoras de serviços de coleta que atuem na região e averiguar a existência de

PLANO DE AÇÃO MÉDIO PRAZO Apresentar o material informativo aos parceiros e elaborar conjuntamente o planejamento para sua divulgação e distribuição. Incentivar a realização de palestras junto aos parceiros e à comunidade.   Incentivar a adesão participativa dos catadores em cooperativas de trabalho.   Planejar conjuntamente aos parceiros, ações para a arborização local, considerando o plantio, reposição, manejo e substituição de espécies.   Elaborar planejamento para a recuperação das calçadas, contemplando a legislação local.   Revitalizar praças existentes, envolvendo os parceiros locais e a comunidade.  

PLANO DE AÇÃO LONGO PRAZO Planejar a criação de um Centro de Sustentabilidade. Disseminar a temática ambiental para as outras regiões do entorno.   Estabelecer um processo de redefinição do sistema e modelo de coleta do RSU.   Fomentar o empreendedorismo dos catadores.   Elaborar um planejamento para a melhoria da paisagem urbana que contemple: - a implantação de fiação subterrânea - a recuperação das áreas degradadas - a criação de novas áreas verdes, de lazer e convivência social

“Sem o esforço e a participação de todos, não será possível que cheguemos à nossa meta final, a de criarmos as condições necessárias para que alcancemos a verdadeira sustentabilidade, a de uma Sociedade Sustentável.”

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