Stickman: O exercício chamado stickman é um exercício básico para que o praticante descubra variadas possibilidades de manipular o oponente. O stickman, numa primeira fase do exercício, consiste em visualizar o corpo humano como o desenho de um stickman (como as crianças desenham pessoas). Sendo assim temos ao todo quinze grandes linhas: 7 na parte superior do corpo, 7 na parte inferior e a coluna. Para além de que ainda existem as linhas dos dedos que adicionam mais 30 linhas pequenas (uma para cada osso de cada dedo). As mãos e os pés também contam como linhas (tal como os dedos dos pés mas só se o adversário tiver descalço). LINEAR A pares, como primeiro exercício, um dos dois executa um tsuki ao ar mantendo-se na posição final do ataque (chamado daqui em diante a vítima). O outro (chamado daqui em diante o manipulador) irá manipular qualquer linha do corpo do primeiro, tentando assim desequilibrá-lo usando apenas 3 linhas. O manipulador deve imaginar que o membro que quer manipular está preso por uma linha que prende o membro em cada extremidade, será nessa linha que deve manipular o membro/linha do oponente mas só até sentir resistência (até haver contra-força), pára e manipula outro membro/linha. Para manipular uma linha deve-se pegar com uma mão em cada extremidade da linha que se quer manipular, não usando a força das mãos ou dos braços mas sim o movimento das pernas ou o peso do corpo. Nota: como isto é um exercício de estudo do comportamento do corpo perante forças externas, a vitima ao, por exemplo, ser-lhe puxado o braço até certo ponto deve manter o braço no sitio que o manipulador o deixou (não voltar à posição original). PERPENDICULAR No segundo exercício a vitima faz a mesma coisa que no primeiro e o manipulador tenta mais uma vez desequilibrar a vitima manipulando até
três linhas. No entanto desta vez manipula só perpendicularmente (a 90º) da linha, não só para cima e para baixo mas também para os lados e nas diagonais até sentir resistência. O terceiro exercício consiste em juntar os dois primeiros. Na primeira fase deste exercício o manipulador pode andar livremente à volta da vitima, estudando ângulos e pontos fracos, para que possa descobrir e aprender sem as implicâncias de “fazer uma técnica”. Numa segunda fase do exercício o manipulador aplica o que foi aprendendo na primeira fase enquanto é atacado. Há que frisar de não tentar “fazer uma técnica” mas sim deixar que o que aprendeu na primeira fase saia “por reflexo”. Há que frisar também de não criar vícios em manipular sempre as mesmas linhas. A terceira fase do exercício volta para o principio. A vitima comporta-se como na primeira fase e o manipulador usa as suas próprias linhas para manipular as linhas da vitima. Por exemplo usar a linha da anca para mover a linha da anca do adversário, tanto linear como perpendicularmente. Na quarta fase o manipulador aplica o que aprendeu na fase anterior mas enquanto está a ser atacado. Em qualquer um dos exercícios anteriores pode-se aumentar a dificuldade em proibir a manipulação de algumas linhas, por exemplo dizendo que só se pode manipular as linhas inferiores, só as linhas superiores, só as linhas do tronco (ancas, ombros e coluna) ou uma combinação delas.