Seguranca Higiene E Saude No Trabalho

  • May 2020
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SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

1

zPARA SE CONHECER OS RISCOS QUE O TRABALHO PROVOCA NO INDIVIDUO TEM QUE SE DEFINIR EM 1º LUGAR O QUE É A SAÚDE zA OMS DEFINE-A COMO ”O ESTADO DE BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL INTEGRAL E NÃO MERAMENTE A AUSENCIA DE DOENÇA.” 2

EXISTE UMA FORTE RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E SAÚDE

POSITIVAMENTE

DESENVOLVIMENTO PESSOAL

NEGATIVAMENTE

AFECTAR A INTEGRIDADE DO INDIVIDUO ATRAVÉS DAS MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO

3

O QUE SÃO CONDIÇÕES DE TRABALHO? São o conjunto de circunstâncias que determinam a realização de uma tarefas que podem influir na saúde das pessoas que a executam

RISCO PROFISSIONAL É TODA E QUALQUER SITUAÇÃO DE TRABALHO QUE PODE ROMPER COM O EQUILIBRIO FISICO, MENTAL E SOCIAL DO INDIVIDUO PREVENÇÃO

O QUE É PREVENÇÃO ? z É A MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS NEGATIVOS DO TRABALHO E A CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE TRABALHO QUE ALÉM, DE NÃO PREJUDICAREM FÍSICA, MENTAL OU SOCIALMENTE O TRABALHADOR, PERMITAM O SEU DESENVOLVIMENTO INTEGRAL IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS LABORAIS

PÔR EM PRÁTICA AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO ADEQUADAS 5

PRINCIPAIS ÁREAS DE INTERVENÇÃO

zSEGURANÇA NO TRABALHO zHIGIENE DO TRABALHO zMEDICINA DO TRABALHO zERGONOMIA

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BENEFÍCIOS DA SHST • Aumento da produtividade e moral dos colaboradores da empresa e, consequentemente, dos resultados financeiros da mesma; • Melhoria da qualidade dos produtos e/ou dos serviços prestados; • Redução de custos inerentes às paragens(indirectos), perdas de produção e defeitos; 7

BENEFÍCIOS DA SHST • Redução

dos custos (directos) em indemnizações por lesões e incapacidades; • Redução de custos de substituição dos trabalhadores acidentados ou em situação de doença profissional; • Redução drástica dos custos de formação de novos trabalhadores; • Melhoria da imagem interna e externa da empresa. 8

SEGURANÇA NO TRABALHO zÉ o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições precárias do ambiente, quer instituindo e motivados as pessoas para as práticas preventivas. 9

ACIDENTE DE TRABALHO É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte Lei n.º 100/97 de 13 de Setembro 10

CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES z A VÍTIMA, que fica incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanente para o trabalho; z A FAMÍLIA, que tem seu padrão de vida afectado pela falta dos ganhos normais, correndo o risco de cair na marginalidade; z As EMPRESAS, com a perda de mão-de-obra, de material ,de equipamentos, tempo etc., e, consequentemente, elevação dos custos operacionais; z A SOCIEDADE, com o número crescente de inválidos e dependentes da Segurança Social

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CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES zFerimentos ligeiros zITA (Incapacidade Temporária Absoluta) baixa zITP (Incapacidade Temporária Parcial) zIPP (Incapacidade Permanente Parcial) zIPA (Incapacidade Permanente Absoluta) zMorte 12

Principais formas de acidentes em escritórios e serviços As extensões eléctricas e de telefone espalhadas no pavimento ou colocadas de modo a impedirem a passagem podem originar quedas.

A carga a transportar não deve tapar o campo de visão.

13

Principais formas de acidentes em escritórios e serviços

Uma cadeira não é suporte adequado para alcançar um plano superior. Deve utilizar-se um escadote.

A instalação eléctrica deve ser objecto de inspecções periódicas. Todo o material deve ser substituído logo que não ofereça condições de segurança. 14

Principais formas de acidentes em escritórios e serviços A precipitação origina acidentes, mas as características da escada, a natureza dos revestimento, o estado de conservação e limpeza são, também, factores importantes para a perda de equilíbrio.

As portas e divisórias de vidro devem estar devidamente sinalizadas para evitarem dolorosos embates. 15

Principais formas de acidentes em escritórios e serviços Posturas de trabalho incorrectas e perigosas.

As zonas de passagem devem estar desimpedidas. 16

DOENÇA PROFISSIONAL TAMBÉM É ACIDENTE DO TRABALHO? z Doenças profissionais são aquelas adquiridas em decorrência do exercício do trabalho em si. z Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer incapacidade para o trabalho.

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PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO O QUE É O INCÊNDIO ? Comburente

Combustível

Energia de Activação

Calor para proporcionar energia

Combustível - toda a substancia que pode arder, quer esteja no estado sólido, liquido ou gasoso Comburente – daquilo que o combustível necessita para arder – O2 mais comum

PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – O QUE É O INCÊNDIO ?

zReacção em Cadeia – TETRAEDRO DO FOGO Comburente

Reacção em Cadeia

Combustível

Energia de Activação

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PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO

z DESIGNA-SE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO TODO O CONJUNTO DE MEDIDAS QUE TÊM POR OBJECTIVO REDUZIR, AO MINIMO, AS PROBABILIDADES DE INCÊNDIO

z DESIGNA-SE PROTECÇÃO DE INCÊNDIO AO COMPLEMENTO DA PREVENÇÃO E ABRANGE O CONJUNTO DE MEDIDAS TENDENTES A EVITAR A PROPAGAÇÃO DO FOGO E A REDUZIR AO MINÍMO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

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PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO

1. MEDIDAS DEVEM ESTAR PREVISTAS NA FASE DE PROJECTO DOS EDIFICIOS - MATERIAIS, PROTECÇÃO CONTRA PROPAGAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL DO INCENDIOATRAVÉS EE PAREDES CORTA-FOGO, TECTOS RESISTENTES , DISPOSITIVOS DE EVACUAÇÃO DE FUMNOS

2.

DETECÇÃO E ALARME - MEIOS HUMANOS – RONDAS - SISTEMAS AUTOMÁTICAS DE DETECÇÃO E ALARME 21

PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO 3.

EXTINÇÃO - Eliminação ou dispersão do combustível - Supressão ou redução do Oxigénio (abafamento) - Arrefecimento – baixar as temperaturas para valores inferiores ao da temperatura de combustão - Inibição – alteração da composição química, o que vai impedir a propagação das chamas

Meios: extintores portáteis ou de instalações fixas, springlers. O extintor deve estar sempre em boas condições de funcionamento, sendo absolutamente necessário uma revisão periódica. São escolhidos em função da classe de fogo e do tipo de risco 22

PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO

23

PREVENÇÃO RISCO INCÊNDIO – MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO 4.

EVACUAÇÃO É a acção de abandonar o local onde se declarou o incêndio, Tempo de evacuação - Fase de detecção e alarme + tempo de reacção + evacuação de todas as pessoas

- Plano de Emergência da empresa ou estabelecimento devendo haver pessoas preparadas para orientar uma evacuação ordenada - Número suficiente de trabalhadores instruídos sobre o uso de material de combate a incêndios - Saídas de Emergência devidamente assinaladas 24

SAÚDE NO TRABALHO z A Medicina do Trabalho tem como objectivo a prevenção da ocorrência de alterações na saúde que sejam causadas ou agravadas pelo exercício de uma actividade profissional. Compete também à Medicina do Trabalho, em colaboração com a Enfermagem do Trabalho, conceber e implementar programas de promoção de saúde nos locais de trabalho

25

SAÚDE NO TRABALHO z A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao classificar os danos na saúde provocados pelo trabalho, faz a distinção entre: { Doença ocupacional – situação para a qual existe uma relação bem estabelecida entre a alteração de saúde e um ou mais factores do trabalho que podem ser bem identificados, quantificados e eventualmente controlados; { Doença relacionada com o trabalho – situação onde a relação entre a alteração de saúde e o trabalho é fraca, não é clara e é variável. Neste caso estão incluídas as situações em que as condições de trabalho podem agravar, acelerar ou exacerbar sintomatologias já existentes, prejudicando a capacidade de trabalho. As características pessoais, a envolvente ambiental (exterior) e os factores sócio-culturais constituem um importante factor de risco acrescido para estas doenças, que são cada vez mais frequentes no meio laboral. 26

SAÚDE NO TRABALHO Actividades da Medicina do Trabalho z conhecer os postos de trabalho, estabelecendo, para cada um, os factores de risco a ter em conta, e adequar os exames médicos dos trabalhadores aos factores de risco caracterizados no seu posto de trabalho; z realizar os exames médicos de admissão, periódicos e de regresso ao trabalho, e analisar os exames complementares de diagnóstico necessários à avaliação do estado de saúde do trabalhador, tendo em atenção as características do posto de trabalho; z colaborar na análise dos postos de trabalho, procurando adequar o trabalho ao trabalhador e o trabalhador ao trabalho;

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SAÚDE NO TRABALHO • colaborar na escolha dos meios de protecção individual mais adequados ao trabalhador; • incentivar os trabalhadores a adoptarem boas práticas de trabalho; • coordenar as estratégias de emergência em caso de acidente ou indisposição; • coordenar a formação na área de primeiros socorros e colaborar nas acções de formação na área da segurança, higiene e saúde no local de trabalho; • controlar as condições de higiene e salubridade das instalações sociais; • estabelecer medidas gerais de prevenção

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SAÚDE NO TRABALHO

O exame médico de cada trabalhador é, portanto, fundamental para a prevenção da doença profissional a nível individual, contribuindo para a saúde da população activa e, por reflexo, na saúde de toda a comunidade. A observação clínica do trabalhador é também importante para detectar a presença de um risco «oculto», factor do trabalho cuja presença não foi reconhecida, e portanto permitir identificar uma situação de exposição gravosa. 29

SAÚDE NO TRABALHO z Em todas as actividades profissionais, os exames médicos devem assegurar que o trabalhador está apto para ocupar determinado posto de trabalhos e devem permitir uma vigilância do estado de saúde ao longo da sua vida profissional. Estes exames, além de detectarem precocemente qualquer alteração do estado de saúde, devem contribuir para o tratamento da doença profissional. z Nos exames médicos realizados pela Medicina do Trabalho destacam-se os de admissão, os periódicos e os de regresso ao trabalho, sempre com o objectivo de avaliar a aptidão para o posto de trabalho. 30

SAÚDE NO TRABALHO z Exames Médicos de Admissão Devem constar todas as informações de interesse médico, nomeadamente, o registo dos dados pessoais, demográficos, história clínica familiar e do próprio, análises clínicas de referência, e uma componente importante no contexto da prevenção da doença profissional que é a história ocupacional { descrição dos empregos anteriores, { identificação dos postos de trabalho ocupados e métodos de trabalho utilizados pelo trabalhador; { para cada posto de trabalho, registo dos potenciais riscos e, quando possível, dos dados da avaliação da exposição; { meios de prevenção existentes nos postos de trabalho e sua utilização pelo trabalhador; { aparecimento de sintomatologia (registo no tempo e relação com tarefas executadas); { dados sobre o aparecimento de sintomas análogos ou de doença nos colegas de trabalho; - factores de risco acrescido: hábitos sociais do trabalhador (tabaco, álcool, etc.), outra profissão em tempo parcial e actividades de tempos 31 livres

SAÚDE NO TRABALHO

• Exames Periódicos Os exames médicos periódicos aos trabalhadores são realizados em intervalos de tempo regulares, com intervalos mínimos fixados na legislação. Estes intervalos são de acordo com a natureza e importância dos riscos a que o trabalhador pode estar exposto.

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SAÚDE NO TRABALHO Promoção da Saúde z A Organização Mundial da Saúde (OMS) define, em sentido lato, promoção da saúde como o processo de capacitar as pessoas no sentido de aumentar o controlo e melhorar a sua própria saúde. Esta definição indicia que as acções de promoção da saúde envolvem o conjunto de uma população, como um todo, no contexto da sua vida de todos os dias; não focando, portanto, apenas um indivíduo em risco de uma doença específica. z A promoção da saúde engloba actividades de dimensão social para o desenvolvimento da saúde, que inclui promover estilos de vida saudáveis, e intervenções na comunidade, por exemplo grupo de trabalhadores, de modo a serem criadas condições que permitam uma vivência saudável.

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HIGIENE DO TRABALHO z A Higiene do Trabalho é a área da Saúde Ocupacional que integra um conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção das doenças profissionais. As suas actividades têm como principal objectivo o controlo da contaminação do ar dos locais de trabalho por agentes químicos, biológicos e físicos gerados na actividade laboral. Incide, portanto, principalmente na problemática ar ambiente com o objectivo de não surgirem alterações no estado de saúde dos trabalhadores. Também analisa e controla o impacte provocado, no ambiente exterior, pelas emissões (líquidas e gasosas) e resíduos sólidos da produção 34

HIGIENE DO TRABALHO z Como principais actividades desenvolvidas pela Higiene do Trabalho podem ser destacadas as seguintes: { dar parecer na planificação dos locais de trabalho; { identificar os potenciais factores de risco ambientais (químicos, biológicos e físicos) inerentes a determinada actividade laboral; { eliminar e/ou manter dentro de níveis aceitáveis a exposição dos trabalhadores aos factores ambientais gerados nos locais de trabalho; { propor medidas de prevenção e proceder, periodicamente, ao controlo da eficácia dos sistemas de prevenção implantados; { participar nas acções de informação e formação em segurança, higiene e saúde; { colaborar na identificação das causas das doenças profissionais; - verificar as condições de emissão dos efluentes líquidos e gasosos e de remoção dos resíduos sólidos.

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HIGIENE DO TRABALHO ILUMINAÇÃO z Vivemos de uma forma muito «permanente» confinados em espaços (trabalho, transportes, escolas, divertimentos, etc.), pelo que, muitas vezes, não nos apercebemos da importância real da iluminação na nossa saúde. Curiosamente, de Verão, quando há uma maior claridade dos dias procuramos os espaços abertos que, muitas vezes, são desfrutados sem quaisquer protecções, em particular as visuais. z Uma iluminação correcta num local de trabalho contribui para que as condições do mesmo sejam de modo a não provocar tensões psíquicas e fisiológicas aos trabalhadores, proporcionando dessa forma um aumento da produtividade, motivação, desempenho geral, etc. Caso contrário, além de provocar atrasos na execução das tarefas, poderá induzir stress, dores de cabeça, fadiga física e nervosa, etc., tendo como uma das consequências finais o absentismo 36

HIGIENE DO TRABALHO ILUMINAÇÃO z TIPOS DE ILUMINAÇÃO 1.

Luz Natural – os locais devem dispor de luz natural suficiente, mas como a intensidade varia com o tempo, hora e estações do ano, deve ser complementada com um sistema de iluminação artificial adequado.

2.

Iluminação Artificial – lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Existem também as de vapor de sódio, vapor de mercúrio e halogéneo 37

HIGIENE DO TRABALHO ILUMINAÇÃO z Requisitos para uma boa iluminação 1.

Iluminância - determinada quantidade de luz para o desempenho de qualquer tarefa Para que uma iluminação seja correcta é necessário que a quantidade de luz que chega ao plano de trabalho seja adequada á tarefa, daí que os níveis de iluminância variem consoante o tipo de tarefa a realizar.

38

HIGIENE DO TRABALHO ILUMINAÇÃO z Requisitos para uma boa iluminação 2.

Luminância – brilho que as fontes luminosas e as superfícies iluminadas possuem , isto é, a qualidade da luz. O olho humano precisa de um certo contraste de luminâncias para funcionar eficazmente, daí que um contraste muito grande provoque encadeamento.

39

HIGIENE DO TRABALHO ILUMINAÇÃO

zManutenção Deve ser planificada de acordo com a duração e a perda de rendimento das fontes luminosas Exemplo: envelhecimento de uma lâmpada, filtros e vidros, estado das paredes e tectos.

40

HIGIENE DO TRABALHO – RUÍDO

z O ruído é um som desagradável e indesejável que perturba o ambiente, contribuindo para o mal-estar, provocando situações de risco para a saúde do ser humano. Esta incomodidade depende não só da característica do som, mas também da nossa atitude em cada situação concreta. Mas o som é fundamental para a nossa vivência. É através do som que comunicamos, que ouvimos música, obtemos informações, etc. z O som é transmitido de uma fonte sonora, por vibrações, até ao ouvido humano. 41

HIGIENE DO TRABALHO - RUÍDO z As características do som são: – Intensidade, que define a amplitude das vibrações; – Frequência, que corresponde à velocidade da vibração. z A unidade de medida da intensidade do ruído é o decibel (dB) e a unidade de medida da frequência é o Hertz (Hz). z Existe ruído com maior intensidade nas baixas frequências até ruído com maior intensidade nas altas frequência 42

HIGIENE DO TRABALHO - RUÍDO z Os efeitos do ruído podem afectar o ser humano a nível físico, psíquico e, consequentemente, social. z A exposição diária dos trabalhadores a níveis sonoros superiores a 30 dB, dependendo das características individuais e de outros factores que integram o ambiente de trabalho, pode causar os seguintes efeitos: – Perturbações fisiológicas – Contracção dos vasos sanguíneos, tensão muscular, etc. – Sistema nervoso central – Alterações da memória e do sono. – Psíquicos – Irritabilidade, agravamento da ansiedade e da depressão. – Perturbações da actividade – Gerando a fadiga, que é um dos factores de acidentes de trabalho, contribuem para uma diminuição de rendimento no trabalho, influenciando negativamente a produtividade e a qualidade do produto. z Se as exposições pessoais diárias têm níveis superiores a 85 dB(A), podem provocar um trauma auditivo, provocando a surdez sonotraumática em que existe uma destruição progressiva, permanente e 43 irreversível do nervo coclear, : a surdez profissional

HIGIENE DO TRABALHO - RUÍDO Medidas de Redução Para actuar nas medidas de redução deve ter-se em conta que o ruído, ao encontrar uma superfície, reflecte parte da sua energia e que a frequência tem influência nas medidas a adoptar. Na redução de um ruído podemos actuar a vários níveis: – Na fonte, eliminando ou reduzindo na origem. – Na transmissão, eliminando ou reduzindo na propagação. – Na recepção, utilizando protectores de ouvido e/ou rotação de operadores. z 44

HIGIENE DO TRABALHO - RUÍDO z Algumas medidas de redução na fonte: – Substituir máquinas antigas por outras menos ruidosas; – Actuar a nível de manutenção, no aperto das peças soltas, evitando o choque entre os componentes das máquinas; – Blindagem de partes ruidosas de máquinas, utilizando nas paredes internas material absorvente; – Montar silenciadores nas aberturas de entradas e saídas de ar de refrigeração.

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HIGIENE DO TRABALHO - RUÍDO z Algumas medidas de redução na transmissão: – Tratamento de superfícies, como tectos, paredes e pavimentos com materiais absorventes acústicos; – Afastamento das fontes sonoras das superfícies reflectoras; – Paredes espessas e porosas; – Painéis absorventes no tecto. z Algumas medidas de redução na recepção: – Utilização de protecções individuais; – Organização do trabalho com a rotação dos trabalhadores entre tarefas ruidosas e tarefas não ruidosas.

46

HIGIENE DO TRABALHO - VIBRAÇÕES z As vibrações são efeitos físicos produzidos por certas máquinas, equipamentos e ferramentas vibrantes, que actuam por transmissão de energia mecânica, emitindo oscilações com amplitudes perceptíveis pelos seres humanos. z As vibrações podem provocar alterações no organismo humano, causando desconforto e alterações fisiológicas e afectando o rendimento no trabalho. Caso o tempo de exposição seja prolongado, poderão causar lesões permanentes, que são consideradas doenças profissionais z Uma vibração pode ser caracterizada pela amplitude, normalmente expressa pela aceleração, em m/s, e pela frequência, expressa em Hertz (Hz).

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HIGIENE DO TRABALHO - VIBRAÇÕES As vibrações normalmente existentes no meio industrial podem ter origem diversa: z Vibrações provenientes do modo de funcionamento dos equipamentos (máquinas perfurantes, compressores alternativos, irregularidades do terreno); z Vibrações provenientes do próprio processo de produção (martelo picador, britadeiras); z Vibrações devido à má manutenção de máquinas e ao funcionamento deficiente. Estas vibrações podem ser transmitidas: z A uma parte do corpo, geralmente membros superiores, no trabalho com ferramentas vibrantes ou transmitidas na fabricação; z A todo o corpo humano, como no trabalho na vizinhança de grandes máquinas e vibrações provenientes das máquinas móveis. 48

HIGIENE DO TRABALHO - VIBRAÇÕES O efeito das vibrações depende da frequência destas. Assim: z Vibrações elevadas (superiores a 600 Hz) provocam efeitos neuromusculares; z Vibrações superiores a 150 Hz afectam, principalmente, os dedos; z Vibrações entre 70 e 150 Hz chegam até às mãos; z Vibrações entre 40 e 125 Hz provocam efeitos vasculares; z Vibrações de baixa frequência podem provocar lesões nos ossos. 49

HIGIENE DO TRABALHO - VIBRAÇÕES

z As vibrações transmitidas a todo o corpo humano, por baixas e médias frequências, produzem efeitos, sobretudo, ao nível da coluna vertebral, causando o aparecimento de hérnias, lombalgias, afecções do aparelho digestivo e do sistema cardiovascular, perturbação da visão e inibição de reflexos. z Quando as vibrações são transmitidas a todo o corpo, este não vibra todo da mesma forma, mas cada parte reage de maneira diferente, reagindo mais fortemente quando submetidas a vibrações que se situam na sua própria frequência de ressonância. z A frequência de ressonância é a mais nociva para o corpo humano, pois, quando o corpo entra em ressonância, amplifica a vibração que recebe 50

HIGIENE DO TRABALHO - VIBRAÇÕES z Para eliminar ou reduzir as vibrações, é fundamental conhecer-se o espectro da análise da vibração. No entanto, há certos princípios básicos que devem ser seguidos: z Redução das vibrações na origem Adquirir máquinas e ferramentas que cumpram as normas CE; realizar a manutenção periódica aos equipamentos, substituindo peças gastas, fazendo apertos, alinhamentos, ajustamentos e outras operações aos órgãos mecânicos, de modo a reduzir não só as vibrações como os ruídos; z Diminuir a transmissão das vibrações Fazer a montagem das máquinas e dos equipamentos em sistemas antivibratórios, com a utilização de molas e amortecedores; utilizar materiais para isolamento vibratório (borracha, cortiça, feltros, etc.); z Redução da intensidade das vibrações Aumentar a inércia do sistema com a adição de massas, o que permite reduzir a frequência da vibração. 51

HIGIENE DO TRABALHO- AMBIENTE TÉRMICO

zAmbiente Térmico Em circunstâncias normais de saúde e conforto, corpo humano mantém-se a uma temperatura de cerca de 37º. Em ambientes neutros esse equilíbrio pode realizar-se de forma agradável não gravosas para o organismo – conforto térmico. 52

HIGIENE DO TRABALHO- AMBIENTE TÉRMICO Variáveis que determinam o conforto térmico zTemperatura do ar zHumidade do ar zVelocidade do ar zCalor Radiante zTipo de Actividade zTipo de Vestuário 53

HIGIENE DO TRABALHO- Contaminantes Químicos e Biológicos

z Numa grande parte dos locais de trabalho, em particular em escritórios e serviços, não é vulgar a existência de riscos de doenças profissionais ou de graves intoxicações provocadas por poluentes químicos. No entanto contaminantes existentes nos edifícios, podem provocar alterações de saúde, em especial em indivíduos mais sensíveis

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HIGIENE DO TRABALHO- Contaminantes Químicos e Biológicos

A poluição ambiental de um edifício pode chegar do exterior – fumos de escape, vapores de gasolina, asfalto, etc…- como pode ter origem em inúmeras fontes do interior do edifício – materiais de construção e decoração, produtos de combustão, como os dos bares e cozinha, equipamentos e materiais de consumo, produtos de manutenção e limpeza e a própria ocupação humana.

55

HIGIENE DO TRABALHO- Contaminantes Químicos e Biológicos

56

HIGIENE DO TRABALHO- Contaminantes Químicos e Biológicos

zContaminantes Biológicos Além da perigosidade dos contaminantes químicos, existem seres vivos com um determinado ciclo de vida que ao penetrarem no nosso organismo, dão origem a doenças de tipo infeccioso e parasitário. Estas doenças transmitem-se mais facilmente nos ambientes fechados que no exterior, já que o volume de ar no qual se diluem os micro.organismos é menor e daí o contacto directo maior.

57

HIGIENE DO TRABALHO- QUALIDADE DO AR Os efeitos nocivos, resultantes da má qualidade do ar dos edifícios afectam a maior parte das pessoas. Uma maior incidência de doenças tem sido detectada em ocupantes de determinados edifícios e serviços, conhecidos por EDIFICIOS DOENTES. z HERMÉTICOS EQUIPADOS EM GERAL COM AR CONDICIONADO z MATERIAIS DE FRACA QUALIDADE 58

HIGIENE DO TRABALHO- QUALIDADE DO AR

z Síndroma do Edifício Doente – conjunto dos sintomas que apresentam esses edifícios, sendo as causas, por vezes, difíceis de identificar, em virtude da sua origem multifactorial. z z z z z z

Irritações dos olhos Irritações de nariz e garganta Secura das mucosas Rouquidão Dores de cabeça Erupções cutâneas, etc… 59

HIGIENE DO TRABALHO- QUALIDADE DO AR

zA qualidade do ar no interior de um edifício é função de variáveis como qualidade do ar exterior, sistema de ventilação/climatização de ar, compartimentação do edifício e presença de fontes contaminantes.

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HIGIENE DO TRABALHO- ERGONOMIA z Conjunto dos conhecimentos científicos, relativos ao Homem que são necessários para conceber ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo conforto, segurança e eficácia.

z Estuda a maneira de planificar e desenhar os postos de trabalho, tendo em vista a adaptação destes ao individuo, às características fisiológicas e psicológicas do ser humano.

61

HIGIENE DO TRABALHO- ERGONOMIA

O estudo ergonómico de um posto de trabalho tem que ter em conta: zDimensões do corpo zAptidões intelectuais zResistência muscular zCapacidade de adaptação zCarga física zCarga mental 62

Doenças profissionais mais comuns z z z z z z z z z z z z

Cegueira Problemas ósseos Problemas do foro respiratório Tuberculose Hepatites tóxicas Perturbações psíquicas Cefaleias Vertigens Anemias Conjuntivites Dermatites Stress e fadiga 63

Sinalização Segurança

PROIBIÇÃO

ªProíbe um comportamento susceptível a provocar perigo; ªTem forma circular, pictograma negro sobre fundo branco,

margem e faixa vermelhas. 65

AVISO

ÖAdverte ÖTem

negra

para a existência de um perigo

forma triangular, pictograma negro sobre fundo amarelo e margem

66

OBRIGAÇÃO

ÂPrescreve/Obriga ÂTem

a ter um determinado comportamento;

forma circular e pictograma branco sobre fundo azul. 67

SALVAMENTO OU EMERGÊNCIA

ÎDá

indicações relativas às saídas de emergência ou aos meios de socorro ou salvamento; ÎForma

rectangular ou quadrada e pictograma branco sobre fundo verde68

MATERIAL DE COMBATE A INCÊNDIOS

ªTem

forma rectangular ou quadrada e pictograma branco sobre fundo vermelho. 69

SINAIS DE OBSTÁCULOS E LOCAIS PERIGOSOS

ÖSinalização

dos riscos de choque contra obstáculos ou queda de objectos ou pessoas. 70

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