Acesso venoso periférico 8.1 – Conceito: é a introdução de grandes quantidades de líquidos no organismo por via endovenosa, para nutrir e hidratar o paciente e ou administrar substâncias medicamentosas. Visa : repor o volume e corrigir acidose; conservar equilíbrio ácido-base; hidratar e nutrir o paciente ; administrar soluções hipertônicas ou irritantes para o tecido. 8.1 - Tempo de Permanência (ver conforme CCIH) scalp – 24 horas abocath - 120 horas (conforme CCIH) equipos - 72 horas anotar para ambos : data, hora, responsável A) Cuidados Com Scalp e Abocath: 1) Material Necessário: -
scalp ou abocath; garrote frasco de solução prescrita ( com rótulo e equipo montado); recipiente com algodão embebido de álcool; esparadrapo; cuba-rim ou saco plástico; suporte para soro;
2) Locais de aplicação: É importante localizar uma veia calibrosa observando (acessibilidade, mobilidade reduzida, localização sobre base menos dura, ausência de nervos importantes, estase facil) e distante das articulações nos membros superiores . E contra indicada a administração de fluidoterapia nos membros inferiores. 3) Técnica: -
lavar as mãos; preparar física e psicologicamente o paciente; levar o material até a unidade do paciente; preparar o ambiente; pendurar o frasco no suporte; adaptar o scalp e retirar o ar; cortar as tiras de esparadrapo necessárias; colocar o garrote acima da veia que será puncionada; proteger a cama com uma toalha limpa fazer anti-sepsia do local de baixa para cima ; introduzir a agulha lateralmente à veia que será atingida ; se for utilizado abocath , punciona-se a veia depois adapta-se ao equipo; neste caso, pode-se puncionar nas articulações; atingida a veia , soltar o garrote , abrir o soro e fixar o scalp ou abocath firmemen nte; acertar o gotejamento conforme prescrição e deixar o paciente confortável; remover o material da unidade do paciente, lavalo com água e sabão; colocá-lo em
-
desinfecção; enxaguá-lo; secar e guardá-lo; ao retirar os soros , remover o esparadrapo com benzina e retirar a agulha com movimento rápido, fazendo pressão com algodão para hemostasia; fazer anotação no prontuário e chegar o número do soro na prescrição .
4) Cuidados do Paciente com Fluidoterapia: -
orientar o paciente consciente da importância do auto-cuidado; pacientes sem condições de auto-cuidado , deve-se dar o máximo de atenção, imobilizado o membro e observar ; observar hematoma , soroma, obstrução ou acotovelamento do equipo ; flebite (mais ou menos o tempo da infusão ); controlar o gotejamento; suspender infusão em caso de reação pirôgenicas que se manifestam pôr: febre, calafrios , arrepios, sudorese, cianose - trocar todo o material; nos frascos de plástico não deve ser colocado agulha para respiro; observar se a solução esta limpa.
B) Cuidados Com Abocath: 1) Conceito: punção de uma veia utilizado cateter venoso tipo abocath ( agulha de material flexível com mandril metálico). Visa: manter uma via para grande vasão de líquidos para pacientes com péssimas condições de veia ou seja, punção em articulação; 2) Tempo de Permanência : 120 horas e anotar data , hora , responsável. 3) Material: Bandeja Contendo: soro prescrito, montado e com rótulo; - cateter venoso tipo abocath número 18, 20 e 22 - algodão embebido em álcool - garrote - esparadrapo - suporte para frasco de solução - tala ou algodão - saco de papel ou plástico de lixo - toalha gaze estéril 4) Técnica: • • • • • • • • • •
lavar as mãos ; preparar o material e levar junto ao paciente ; pendurar o soro no suporte e retirar o ar do equipo ; preparar psicologicamente o paciente ; preparar o ambiente preparo da veia: expor a área e garrotear o membro; orientar o paciente para abrir e fechar a mão várias vezes e conservar fechada até nova ordem ; colocar a toalha para proteger a cama ; fazer anti-sepsia ampla com álcool a 70% do local e do dedo com a qual fará a palpação da veia; distender a pele e manter a veia fixa com polegar de uma das mãos
• • • • • • • •
com a outra introduzir o abocath ; aguardar o refluxo de sangue; retirar o mandril; retirar o garrote; adaptar o equipo limpar a área com algodão embebido em álcool a 70% e secar com folha de gaze estéril; cobrir o local de punção com gaze estéril; fixar com esparadrapo da seguinte forma : cortar duas fitas de esparadrapo de aproximadamente 1-5cm ; fixar a primeira sob o abocath e a segunda sobre este e a pele, cobrindo a adaptação e o equipo; controlar gotejamento conforme prescrição ; retirar o material da unidade do paciente, deixa-lo confortável e o ambiente em ordem ; lavar as mãos e fazer anotações de enfermagem;
• • •
8.3) - Cuidados com soroma e flebite /tromboflebite: 1) Soroma: 1.1) 1.2)
Conceito: tumor de soro, causado pelo extravasamento de soro para o espaço extravascular. Cuidados : aplicar compressas quentes, removendo-as frequentemente e observar o local, repetir 3X ao dia ou mais se necessário, a fim de aumentar a absorção hídrica. Enfaixar a área se necessário.
2) Flebite e Tromboflebite: 2.1) Conceito: * Flebite: desenvolvimento de um processo inflamatório na parede das veia ( local de inserção ) , que se encontra a fluidoterapia. * Tromboflebite: formação de coágulos simultâneos no local da inserção venosa. 2.2) Causas : -
contaminação do scalp ou abocath e o líquido administrado durante a preparação e instalação do mesmo tempo prolongado de permanência administração de soluções irritantes e pouco diluídas como pôr exemplo: quimioterápicos, antibióticos e soluções hipertômicas.
2.3) Cuidados : -
aplicar compressas frias imediatamente para aliviar a dor e a inflamação ; a seguir , prosseguir com compressas quentes e úmidas para estimular a circulação e promove a absorção ; utilizar medicação prescrita no local se necessário : Irudoid, Etrat ou Trombofob.
Cuidados traqueostomia 14.2) Troca e /ou fixação do cadarço da cânula endotraqueal:
1) Conceito: é um procedimento que serve para fixar a cânula endotraqueal, evitar a formação de escaras e fissuras e aliviar o desconforto do paciente; 2) Material necessário: -
bandeja auxiliar contendo: material de aspiração traqueal (sondas, gazes e luvas); 50cm de cadarço; uma lâmina de bisturi ou tesoura; uma seringa de 5ml para insuflar cuff S/N; um par de luvas; aspirador mantado;
3) Procedimento; - lavar as mãos ; - explicar o procedimento e finalidade ao paciente; - reunir o material; - colocar o paciente em decúbito dorsal, elevado ; - calçar luvas; - aspirar o tubo endotraqueal e posicioná-lo no centro da bôca; - insuflar o cuff da cânula endotraqueal com auxílio de uma seringa ( medir a pressão do cuff); - fazer rodízio da RLD e RLE de 6 em 6 horas; - iniciar a amarração do cadarço , passando-o pela região occipital, acima das orelhas continuando pela face até metade do lábio superior , onde dá-se uma laçada e em seguida 01 nó ; - passar o cadarço em seguida na parte inferior da cânula endotraqueal ou lado próximo a orelha, amarrando-a pôr baixo e seguir pôr cima , duas ou mais vezes , até que a cânula esteja realmente fixa; - cortar o cadarço que sobre a lâmina ou tesoura; - retirar as luvas; - lavar as mãos; - trocar o cadarço a cada 12 horas ou mais se necessário; - recompor a unidade e recolher o material; - deixar o paciente em ordem; - anotar no prontuário o procedimento feito; 14.3) Traquestomia; 1)Conceito: é a correção da obstrução importante das vias aéreas, facilitando a aspiração de secreções , possibilitando a respiração artificial prolongada e prevenindo infeção . 1) - Material. -
01 bandeja de pequena cirurgia; solução anti-séptica para ser usada na pele; coxins de apoio cervical; luvas esterilizadas; foco de luz; mesa auxiliar; afastadores de traqueias (Farabeuf, tentacânula e pinça hemostática);
-
xilocaína 2% sem adrenalina; materiais descartáveis; campo fenestrado ; aventais máscaras e gorros; frascos com povidine T cânula de traqueostomia numero 7, 8 e 9; cadarço; fios de sutura com agulha ou jogo de agulhas e fios; aspirador funcionando com sonda estéril montado; 01 seringa de 10ml;
2) - Assistência de enfermagem: -
lavar as mãos ; providenciar o material e equipamento necessário à intervenção ; fazer orientação do paciente sobre a intervenção , para tranquilizar , oferecendo atenção e consideração pelo paciente; limpar a área cirúrgica do paciente e posicioná-lo no leito; aspirar as secreções traqueais alta e da orofaringe; observar a respiração, sinais de hipóxia e presença de arritmias dependendo da patologia do paciente; observar sangramento no ato da introdução da cânula; aspirar secreções com técnicas de assepsia cirúrgica; insuflar balão; instituir oxigenioterapia , conforme prescrição; fazer curativo local , com técnica e fixação da cânula; Obs: fique atento às conexões : ventilador – cânula e cânula – paciente e a presença de hemorragia local; Anotar nas observações de enfermagem, data, hora, traqueostomia , tipo e numero da cânula utilizada, ventilador , intercorrência , nome e assinatura.
3) - Manutenção: -
-
remover o curativo e limpar a pele ao redor da traquestomia com solução fisiológica, povidine T e retirar os excessos com solução fisiológica. Seque com gaze e aplique antibiótico tópico, se prescrito; aplicar um novo curativo retirar o cadarço, limpar com solução fisiológico e secar parte superior da cânula; substituir o cadarço pôr um novo; passar o cadarço pela parte anterior da cânula através dos orifícios e amarrar no pescoço ; Obs. Cadarço muito frouxo, faz com que a cânula deslize para cima e para baixo na traquéia. Cadarço muito apertado causa desconforto ao paciente e pode comprimir a veia jugular externa.
ROTINA DOS QUARTOS
-
Manter comadres e papagaios no banheiro identificados com o nome e leito do paciente; As medicações devem ser realizadas nos quartos dos pacientes; Manter lençóis limpos e esticados; Realizar desinfecção terminal quando houver alta; Não deixar agulhas ou outros objetos nos quartos;
-
Manter janelas sempre abertas para arejar o ambiente; Não é permitido deixar objetos ou pertences ( ex: malas de roupas) espalhados pelos quartos; As refeições devem ser realizadas exclusivamente nos quartos com mesa auxiliar