O artigo é uma revisão e um relato panorâmico de 50 anos de experiência em fluoretação do leite e apresenta suas conclusões sobre a aplicabilidade do método. O leite fluoretado foi inicialmente estudado no início de 1950, quase simultaneamente na Suíça, nos EUA e no Japão. Estes resultados favoráveis estimularam o estabelecimento da Fundação Borrow do Leite na Inglaterra, e proporcionou inúmeras pesquisas adicionais, tanto clínica como não clínica, e uma colaboração muito produtiva com a Organização Mundial da Saúde, no início de 1980. Vários estudos foram feitos a partir de programas de fluoretação de leite, destacando-se a importancia do estudo realizado em Asenovgrad – Bulgária. Numerosas publicações em revistas internacionais demonstraram claramente a disponibilidade biológica do flúor no leite. Alguns destes estudos podem ser classificados como pesquisas controladas aleatoriamente, enquanto a maioria dos estudos clínicos foi programa comunitário de prevenção. Os resultados mostram claramente que a ingestão diária adequada do flúor pelo leite é eficaz na prevenção da cárie dentária (porém a aplicação tópica do flúor tem resultados mais significativos). A fluoretação do leite pode ser recomendada como medida preventiva para a cárie dentária onde a concentração de flúor na água potável seja abaixo do recomendado (subótima), em áreas onde nem toda a população tem acesso à água fluoretada, onde a prevalência de cárie em crianças seja significante e onde exista um programa de leite escolar.
MILK – A VEHICLE FOR FLUORIDES: A REVIEW Jolán Bánóczy1 Andrew J. Rugg-Gunn2 Revista de clínica e pesquisa Odontológica, Curitiba, v.2, n.5/6, p. 415-426, jul./dez. 2006