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RESUMO DE CARTOGRAFIA COM EXERCÍCIOS E GABARITO MATERIAL COMPILADO A PARTIR DE CONTEÚDO DO IBGE E DE DIVERSOS VESTIBULARES
NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA ELEMENTOS DE REPRESENTAÇÃO Sendo uma carta ou mapa a representação, numa simples folha de papel, da superfície terrestre, em dimensões reduzidas, é preciso associar os elementos representáveis à símbolos e convenções. As convenções cartográficas abrangem símbolos que, atendendo às exigências da técnica, do desenho e da reprodução fotográfica, representam, de modo mais expressivo, os diversos acidentes do terreno e objetos topográficos em geral. Elas permitem ressaltar esses acidentes do terreno, de maneira proporcional à sua importância, principalmente sob o ponto de vista das aplicações da carta. Outro aspecto importante é que, se o símbolo é indispensável é determinada em qualquer tipo de representação cartográfica, a sua variedade ou a sua quantidade acha-se, sempre, em função da escala do mapa. É necessário observar, com o máximo rigor, as dimensões e a forma característica de cada símbolo, a fim de se manter, sobretudo, a homogeneidade que deve predominar em todos os trabalhos da mesma categoria. Quando a escala da carta permitir, os acidentes topográficos são representados de acordo com a grandeza real e as particularidades de suas naturezas. O símbolo é, ordinariamente, a representação mínima desses acidentes. A não ser o caso das plantas em escala muito grande, em que suas dimensões reais são reduzidas à escala (diminuindo e tornando mais simples a simbologia), à proporção que a escala diminui aumenta a quantidade de símbolos. Então, se uma carta ou mapa é a representação dos aspectos naturais e artificiais da superfície da Terra, toda essa representação só pode ser convencional, isto é, através de pontos, círculos, traços, polígonos, cores, etc. Deve-se considerar também um outro fator, de caráter associativo, ou seja, relacionar os elementos a símbolos que sugiram a aparência do assunto como este é visto pelo observador, no terreno. A posição de uma legenda é escolhida de modo a não causar dúvidas quanto ao objeto a que se refere. Tratando-se de localidades, regiões, construções, obras públicas e objetos congêneres, bem como acidentes orográficos isolados, o nome deve ser lançado, sem cobrir outros detalhes importantes. As inscrições marginais são lançadas paralelamente à borda sul da moldura da folha, exceto as saídas de estradas laterais. A carta ou mapa tem por objetivo a representação de duas dimensões, a primeira referente ao plano e a segunda à altitude. Desta forma, os símbolos e cores convencionais são de duas ordens: planimétricos e altimétricos. 1
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1 - PLANIMETRIA A representação planimétrica pode ser dividida em duas partes, de acordo com os elementos que cobrem a superfície do solo, ou sejam, físicos ou naturais e culturais ou artificiais. Os primeiros correpondem principalmente à hidrografia e vegetação, os segundos decorrem da ocupação humana, sistema viário, construções, limites político ou administrativos etc. 1.1 - HIDROGRAFIA A representação dos elementos hidrográficos é feita, sempre que possível, associando-se esses elementos a símbolos que caracterizem a água, tendo sido o azul a cor escolhida para representar a hidrografia, alagados (mangue, brejo e área sujeita a inundação), etc.
Figura 3.1 - Elementos hidrográficos (Carta topográfica esc. 1:100.000) 1.2 - VEGETAÇÃO Como não poderia deixar de ser, a cor verde é universalmente usada para representar a cobertura vegetal do solo. Na folha 1:50.000 por exemplo, as matas e florestas são representadas pelo verde claro. O cerrado e caatinga, o verde reticulado, e as culturas permanentes e temporárias, outro tipo de simbologia, com toque Figura tivo (Figura 3.2)
Figura 3.2 - Elementos de vegetação (Carta topográfica esc. 1:100.000)
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1.3 - UNIDADES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS O território brasileiro é subdividido em Unidades Político-Administrativas abrangendo os diversos níveis de administração: Federal, Estadual e Municipal. A esta divisão denomina-se Divisão Político- Administrativa - DPA. Essas unidades são criadas através de legislação própria (lei federais, estaduais e municipais), na qual estão discriminadas sua denominação e informações que definem o perímetro da unidade. A Divisão Política-Administrativa é representada nas cartas e mapas por meio de linhas convencionais (limites) correspondente a situação das Unidades da Federação e Municípios no ano da edição do documento cartográfico. Consta no rodapé das cartas topográficas a referida divisão, em representação esquemática.
Nas escalas pequenas, para a representação de áreas político-administrativas, ou áreas com limites físicos (bacias) e operacionais (setores censitários, bairros, etc.), a forma usada para realçar e diferenciar essas divisões é a impressão sob diversas cores. Nos mapas estaduais, por exemplo, divididos em municípios, a utilização de cores auxilia a identificação, a forma e a extensão das áreas municipais. Pode-se utilizar também estreitas
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tarjas, igualmente em cores, a partir da linha limite de cada área, tornando mais leve a apresentação. - Grandes Regiões - Conjunto de Unidades da Federação com a finalidade básica de viabilizar a preparação e a divulgação de dados estatísticos. A última divisão regional, elaborada em 1970 e vigente até o momento atual, é constituída pelas regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste - Unidades da Federação: Estados, Territórios e Distrito Federal. São as Unidades de maior hierarquia dentro da organização político-administrativa no Brasil, criadas através de leis emanadas no Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República. - Municípios: São as unidades de menor hierarquia dentro da organização políticoadministrativa do Brasil, criadas através de leis ordinárias das Assembléias Legislativas de cada Unidade da Federação e sancionadas pelo Governador. No caso dos territórios, a criação dos municípios se dá através de lei da Presidência da República. - Distritos: São as unidades administrativas dos municípios. Têm sua criação norteadas pelas Leis Orgânicas dos Municípios. - Regiões Administrativas; Subdistritos e Zonas: São unidades administrativas municipais, normalmente estabelecidas nas grandes cidades, citadas através de leis ordinárias das Câmaras Municipais e sancionadas pelo Prefeito. - Área Urbana: Área interna ao perímetro urbano de uma cidade ou vila, definida por lei municipal. - Área Rural: Área de um município externa ao perímetro urbano. - Área Urbana Isolada: Área definida per lei municipal e separada da sede municipal ou distrital por área rural ou por um outro limite legal. - Setor Censitário: É a unidade territorial de coleta, formada por área contínua, situada em um único Quadro Urbano ou Rural, com dimensões e número de domicílio ou de estabelecimentos que permitam o levantamento das informações por um único agente credenciado. Seus limites devem respeitar os limites territoriais legalmente definidos e os estabelecidos pelo IBGE para fins estatísticos. A atividade de atualizar a DPA em vigor consiste em transcrevê-la para o mapeamento topográfico e censitário. Para documentar a DPA se constituiu o Arquivo Gráfico Municipal AGM, que é composto pelas cartas, em escala topográfica, onde são lançados/representados os limites segundo as leis de criação ou de alteração das Unidades Político Administrativas.
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Figura 3.3 - Grandes Regiões do Brasil
Figura 3.4 - Divisão Político-Administrativa 1.4 - LOCALIDADES Localidade é conceituada como sendo todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado permanente de habitantes. Classificação e definição de tipos de Localidades: 1 - Capital Federal - Localidade onde se situa a sede do Governo Federal com os seus poderes executivo, legislativo e judiciário. 5
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2 - Capital - Localidade onde se situa a sede do Governo de Unidade Política da Federação, excluído o Distrito Federal. 3 - Cidade - Localidade com o mesmo nome do Município a que pertence (sede municipal) e onde está sediada a respectiva prefeitura, excluídos os municípios das capitais. 4 - Vila - Localidade com o mesmo nome do Distrito a que pertence (sede distrital) e onde está sediada a autoridade distrital, excluídos os distritos das sedes municipais. 5 - Aglomerado Rural - Localidade situada em área não definida legalmente como urbana e caracterizada por um conjunto de edificações permanentes e adjacentes, formando área continuamente construída, com arruamentos reconhecíveis e dispostos ao longo de uma via de comunicação. - Aglomerado Rural de extensão urbana - Localidade que tem as características definidoras de Aglomerado Rural e está localizada a menos de 1 Km de distância da área urbana de uma Cidade ou Vila. Constitui simples extensão da área urbana legalmente definida. 5.2 - Aglomerado Rural isolado - Localidade que tem as características definidoras de Aglomerado Rural e está localizada a uma distância igual ou superior a 1 Km da área urbana de uma Cidade, Vila ou de um Aglomerado Rural já definido como de extensão urbana. 5.2.1 - Povoado - Localidade que tem a característica definidora de Aglomerado Rural Isolado e possui pelo menos 1 (um) estabelecimento comercial de bens de consumo frequente e 2 (dois) dos seguintes serviços ou equipamentos: 1 (um) estabelecimento de ensino de 1º grau em funcionamento regular, 1 (um) posto de saúde com atendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo. Corresponde a um aglomerado sem caráter privado ou empresarial ou que não está vinculado a um único proprietário do solo, cujos moradores exercem atividades econômicas quer primárias, terciárias ou, mesmo secundárias, na própria localidade ou fora dela. - Núcleo - Localidade que tem a característica definidora de Aglomerado Rural Isolado e possui caráter privado ou empresarial, estando vinculado a um único proprietário do solo (empresas agrícolas, indústrias, usinas, etc.). 5.2.3 - Lugarejo - Localidade sem caráter privado ou empresarial que possui característica definidora de Aglomerado Rural Isolado e não dispõe, no todo ou em parte, dos serviços ou equipamentos enunciados para povoado. 6 -Propriedade Rural - Todo lugar em que se encontre a sede de propriedade rural, excluídas as já classificadas como Núcleo. 7 - Local - Todo lugar que não se enquadre em nenhum dos tipos referidos anteriormente e que possua nome pelo qual seja conhecido. 8 - Aldeia - Localidade habitada por indígenas. São representadas, conforme a quantidade de habitantes em nº absolutos pelo seguinte esquema: 6
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Figura 3.5 - Localidades (Carta topográfica esc. 1:250.000) Variando de acordo com a área, o centro urbano é representado pela forma generalizada dos quarteirões, que compõem a área urbanizada construída. A área edificada, que é representada na carta topográfica pela cor rosa, dá lugar, fora da área edificada, a pequenos símbolos quadrados em preto, representando o casario. Na realidade, um símbolo tanto pode representar uma casa como um grupo de casas, conforme a escala. Na carta topográfica, dentro da área edificada, é representado todo edifício de notável significação local como prefeitura, escolas, igrejas, hospitais, etc., independentemente da escala. Conforme a escala, representa-se a área edificada por simbologia correspondente. Outras construções como barragem, ponte, aeroporto, farol, etc., têm símbolos especiais quase sempre associativo.
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Figura 3.6 (a, b, c, d) - Uma mesma localidade representada em várias escalas 1.5 - ÁREAS ESPECIAIS Área especial é a área legalmente definida subordinada a um órgão público ou privado, responsável pela sua manutenção, onde se objetiva a conservação ou preservação da fauna, flora ou de monumentos culturais, a preservação do meio ambiente e das comunidades indígenas.
Principais tipos de Áreas Especiais: - Parques Nacional, Estadual e Municipal - Reservas Ecológicas e Biológicas - Estações Ecológicas - Reservas Florestais ou Reservas de Recursos - Áreas de Relevante Interesse Ecológico - Áreas de Proteção Ambiental
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- Áreas de Preservação Permanente - Monumentos Naturais e Culturais - Áreas, Colônias, Reservas, Parques e Terras Indígenas 1.6 - SISTEMA VIÁRIO No caso particular das rodovias, sua representação em carta não traduz sua largura real uma vez que a mesma rodovia deverá ser representada em todas as cartas topográficas desde a escala 1:250.000 até 1:25.000 com a utilização de uma convenção. Assim sendo, a rodovia será representada por símbolos que traduzem o seu tipo, independente de sua largura física. As rodovias são representadas por traços e/ou cores e são classificadas de acordo com o tráfego e a pavimentação. Essa classificação é fornecida pelo DNER e DERs, seguindo o Plano Nacional de Viação (PNV). Uma ferrovia é definida como sendo qualquer tipo de estrada permanente, provida de trilhos, destinada ao transporte de passageiros ou carga. Devem ser representadas tantas informações ferroviárias quanto o permita a escala do mapa, devendo ser classificadas todas as linhas férreas principais. São representadas na cor preta e a distinção entre elas é feita quanto à bitola. São representados ainda, os caminhos e trilhas. As rodovias e ferrovias são classificadas da seguinte forma:
Figura 3.7 - Vias de Circulação (Carta topográfica esc. 1:100.000) 1.7 - LINHAS DE COMUNICAÇÃO E OUTROS ELEMENTOS PLANIMÉTRICOS As linhas de comunicação resumem-se à linha telegráfica ou telefônica e às linhas de energia elétrica (de alta ou baixa tensão). 9
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No rodapé das cartas topográficas constam ainda outros elementos:
Figura 3.8 - Linhas de comunicação (Carta topográfica esc. 1:100.000)
e
outros
elementos
planimétricos
1.8 - LINHAS DE LIMITE Em uma carta topográfica é de grande necessidade a representação das divisas interestaduais e intermunicipais, uma vez que são cartas de grande utilidade principalmente para uso rural. Na carta em 1:25.000 é possível a representação de divisas distritais, o que não acontece nas demais escalas topográficas. Numa carta geográfica, a CIM, por exemplo, só há possibilidade do traçado dos limites internacionais e interestaduais. Conforme as áreas, são representadas certas unidades de expressão administrativa, cultural, etc., como reservas indígenas, parque nacionais e outros.
Figura 3.9 - Linhas de Limites (Carta topográfica esc. 1:250.000) 2 - ALTIMETRIA 2.1 - ASPECTO DO RELEVO A cor da representação da altimetria do terreno na carta é, em geral, o sépia. A própria simbologia que representa o modelado terrestre (as curvas de nível) é impressa nessa cor. Os
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areais representados por meio de um pontilhado irregular também é impresso, em geral, na cor sépia. À medida que a escala diminui, acontece o mesmo com os detalhes, mas a correspondente simbologia tende a ser tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM), o relevo, além das curvas de nível, é representado por cores hipsométricas, as quais caracterizam as diversas faixas de altitudes. Também os oceanos além das cotas e curvas batimétricas, têm a sua profundidade representada por faixas de cores batimétricas.
Figura 3.10 - Escala de cores Hipsométrica e Batimétrica (CIM) A representação das montanhas sempre constituiu um sério problema cartográfico, ao contrário da relativa facilidade do delineamento dos detalhes horizontais do terreno. O relevo de uma determinada área pode ser representado das seguintes maneiras: curvas de nível, perfis topográficos, relevo sombreado, cores hipsométricas, etc. As cartas topográficas apresentam pontos de controle vertical e pontos de controle vertical e horizontal, cota comprovada e cota não comprovada, entre outros.
Figura 3.11 - Elementos altimétricos (Carta topográfica esc. 1:100.000) Ponto Trigonométrico - Vértice de Figura cuja posição é determinada com o levantamento geodésico.
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Referência de nível - Ponto de controle vertical, estabelecido num marco de caráter permanente, cuja altitude foi determinada em relação a um DATUM vertical . É em geral constituído com o nome, o nº da RN, a altitude e o nome do órgão responsável. Ponto Astronômico - O que tem determinadas as latitudes, longitudes e o azimute de uma direção e que poderá ser de 1ª, 2ª ou 3ª ordens. Ponto Barométrico - Tem a altitude determinada através do uso de altímetro. Cota não-comprovada - Determinada por métodos de levantamento terrestre não comprovados. É igualmente uma altitude determinada por leitura fotogramétrica repetida. Cota comprovada - Altitude estabelecida no campo, através de nivelamento geométrico de precisão, ou qualquer método que assegure a precisão obtida. 2.2 - CURVAS DE NÍVEL O método, por excelência, para representar o relevo terrestre, é o das curvas de nível, permitindo ao usuário, ter um valor aproximado da altitude em qualquer parte da carta. A curva de nível constitui uma linha imaginária do terreno, em que todos os pontos de referida linha têm a mesma altitude, acima ou abaixo de uma determinada superfície da referência, geralmente o nível médio do mar. Com a finalidade de ter a leitura facilitada, adota-se o sistema de apresentar dentro de um mesmo intervalo altimétrico, determinadas curvas, mediante um traço mais grosso. Tais curvas são chamadas "mestras", assim como as outras, denominam-se "intermediárias". Existem ainda as curvas "auxiliares".
Figura 3.12 - Curvas de Nível 2.2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: a) As curvas de nível tendem a ser quase que paralelas entre si. b) Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação. c) Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma. 12
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d) As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros. e) Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice apontando para a nascente.
2.2.2 - FORMAS TOPOGRÁFICAS A natureza da topografia do terreno determina as formas das curvas de nível. Assim, estas devem expressar com toda fidelidade o tipo do terreno à ser representado. As curvas de nível vão indicar se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou se o mesmo é liso, íngreme ou de declive suave.
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VISTA OBLÍQUA As curvas de nível com espaços pequenos entre si indicam uma pendente escarpada.
VISTA DA CARTA As curvas de nível com espaços largos entre si indicam um declive suave.
VISTA DE PERFIL As curvas de nível com espaço igual entre si indicam um declive uniforme.
Figura 3.13
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VISTA OBLÍQUA Uma pendente escarpada até o cume e mais suave até a base é uma pendente côncava
VISTA DA CARTA Obs.: Note que as curvas de nível estão mais juntas na parte abrupta do declive e mais separadas na parte suave.
VISTA DE PERFIL
Figura 3.14 – Formação côncava
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VISTA OBLÍQUA Uma pendente suave até a base é uma pendente convexa.
VISTA DA CARTA As curvas de nível estão mais separadas na parte suave, e mais juntas na parte mais inclinada do declive.
VISTA DE PERFIL
Figura 3.15 – Formação convexa 2.2.3 - REDE DE DRENAGEM A rede de drenagem controla a forma geral da topografia do terreno e serve de base para o traçado das curvas de nível. Desse modo, antes de se efetuar o traçado dessas curvas, deve-se desenhar todo o sistema de drenagem da região, para que possa representar as mesmas. - Rio: Curso d’água natural que desagua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as águas superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das águas. Seus cursos estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o ponto mais baixo (foz ou jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um lago ou de outro rio do qual é afluente. 16
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De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos d’água recebem diferentes nomes genéricos: ribeirão, lajeado, córrego, sanga, arroio, igarapé, etc. - Talvegue: Canal de maior profundidade ao longo de um curso d’água. - Vale: Forma topográfica constituída e drenada por um curso d’água principal e suas vertentes. - Bacia Hidrográfica: "Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes". É resultante da reunião de dois ou mais vales, formando uma depressão no terreno, rodeada geralmente por elevações. Uma bacia se limita com outra pelo divisor de águas. Cabe ressaltar que esses limites não são fixos, deslocando-se em consequência das mutações sofridas pelo relevo. - Divisor de Águas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos mais elevados do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as águas de um e outro curso d’água. É definido pela linha de cumeeira que separa as bacias. - Lago: Depressão do relevo coberta de água, geralmente alimentada por cursos d’água e mananciais que variam em número, extensão e profundidade. - Morro: Elevação natural do terreno com altura de até 300 m aproximadamente. - Montanha: Grande elevação natural do terreno, com altura superior a 300 m, constituída por uma ou mais elevações. - Serra: Cadeia de montanhas. Muitas vezes possui um nome geral para todo o conjunto e nomes locais para alguns trechos. - Encosta ou vertente: Declividade apresentada pelo morro, montanha ou serra. - Pico: Ponto mais elevado de um morro, montanha ou serra. 2.3 - EQUIDISTÂNCIA Na representação cartográfica, sistematicamente, a equidistância entre uma determinada curva e outra tem que ser constante. Equidistância é o espaçamento, ou seja, a distância vertical entre as curvas de nível. Essa equidistância varia de acordo com a escala da carta com o relevo e com a precisão do levantamento. Só deve haver numa mesma escala, duas alterações quanto à equidistância. A primeira é quando, numa área predominantemente plana, por exemplo a Amazônia, precisa-se ressaltar pequenas altitudes, que ali são de grande importância. Estas são as curvas auxiliares. No segundo caso, quando o detalhe é muito escarpado, deixa-se de representar uma curva ou outra porque além de sobrecarregar a área dificulta a leitura.
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Imprescindível na representação altimétrica em curvas de nível é a colocação dos valores quantitativos das curvas mestras. ESCALA
EQUIDISTÂNCIA
CURVAS MESTRAS
1: 25.000
10 m
50 m
1: 50.000
20 m
100 m
1: 100.000
50 m
250 m
1: 250.000
100 m
500 m
1: 1.000.000
100 m
500 m
OBS: 1) A curva mestra é a quinta (5ª) curva dentro da equidistância normal. 2) Equidistância não significa a distância de uma curva em relação à outra, e sim a altitude entre elas, ou seja, o desnível entre as curvas.
Figura 3.16 - Identificação das Curvas mestras 2.4 - CORES HIPSOMÉTRICAS Nos mapas em escalas pequenas, além das curvas de nível, adotam-se para facilitar o conhecimento geral do relevo, faixas de determinadas altitudes em diferentes cores, como o verde, amarelo, laranja, sépia, rosa e branco. Para as cores batimétricas usa-se o azul, cujas tonalidades crescem no sentido da profundidade (Figura 3.10). 2.5 - RELEVO SOMBREADO
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O sombreado executado diretamente em função das curvas de nível é uma modalidade de representação do relevo. É executada, geralmente, à pistola e nanquim e é constituida de sombras contínuas sobre certas vertentes dando a impressão de saliências iluminadas e reentrâncias não iluminadas. Para executar-se o relevo sombreado, imagina-se uma fonte luminosa a noroeste, fazendo um ângulo de 45º com o plano da carta, de forma que as sombras sobre as vertentes fiquem voltadas para sudeste.
Figura 3.17 - Representação do Relevo Sombreado 2.6 - PERFIL TOPOGRÁFICO Perfil é a representação cartográfica de uma seção vertical da superfície terrestre. Inicialmente precisa-se conhecer as altitudes de um determinado nº de pontos e a distância entre eles. O primeiro passo, para o desenho de um perfil é traçar uma linha de corte, na direção onde se deseja representa-lo. Em seguida, marcam-se todas as interseções das curvas de nível com a linha básica, as cotas de altitude, os rios, picos e outros pontos definidos. (fig 3.18)
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2.6.1 - ESCALAS Tanto a escala horizontal como a vertical serão escolhidas em função do uso que se fará do perfil e da possibilidade de representa-lo (tamanho do papel disponível). A escala vertical deverá ser muito maior que a horizontal, do contrário, as variações ao longo do perfil dificilmente serão perceptíveis, por outro lado, sendo a escala vertical muito grande o relevo ficaria demasiadamente exagerado, descaracterizando-o. A relação entre as escalas horizontal e vertical é conhecida como exagero vertical. Para uma boa representação do perfil, pode-se adotar para a escala vertical um nº 5 a 10 vezes maior que a escala horizontal. Assim, se H = 50.000 e V = 10.000, o exagero vertical será igual a 5. 2.6.2 - DESENHO Em um papel milimetrado traça-se uma linha básica e transfere-se com precisão os sinais para essa linha. Levantam-se perpendiculares no princípio e no fim dessa linha e determina-se uma escala vertical. Quer seguindo-se as linhas vertical do milimetrado quer levantando-se perpendiculares dos sinais da linha-base, marca-se a posição de cada ponto correspondente na escala vertical. Em seguida, todos os pontos serão unidos com uma linha, evitando-se traços retos. Alguns cuidados devem ser tomados na representação do perfil: - Iniciar e terminar com altitude exata. - Distinguir entre subida e descida quando existir duas curvas de igual valor. - Desenhar cuidadosamente o contorno dos picos, se achatados ou pontiagudos.
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Figura 3.18 - Perfil topográfico
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PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações. Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las. Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que é o mapa, são: a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas. b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados. c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados. Projeção de Mercator Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
Projeções de Mercator ou Cilíndrica Equatorial.
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Projeção de Peters Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos, como podemos observar no mapa a seguir.
Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, resultando na representação das massas continentais, um significativo achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no sentido Norte-Sul, na faixa compreendida entre os paralelos 60o Norte e Sul, e acima destes até os pólos, a impressão de alongamento da Terra Projeção ortográfica Ela nos apresenta um hemisfério como se o víssemos a grande distância. Os paralelos mantêm seu paralelismo e os meridianos passam pelos pólos, como ocorre na esfera. As terras próximas ao Equador aparecem com forma e áreas corretas, mas os pólos apresentam maior deformação.
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Projeção cônica Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.
Projeção de Mollweide Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.
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Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.
Projeção de Holzel Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos.
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Projeção Azimutal Equidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção.
Projeção Azimutal Equidistante Polar
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Projeção equidistante que tem os pólos em sua porção central. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas. BIBLIOGRAFIA ANDERSON, PAUL S. - Fundamentos para Fotointerpretação - SBC - 1982 ANDRADE, DINARTE F. P. NUNES - Fotogrametria Básica IME - 1988 ANDRADE, LUÍS ANTONIO DE - Proposta Metodológica para a Confecção de CartaImagem de Satélite Artigo da Quadricon Com. e Rep. LTDA Apostila Introdução á Geodésia - Fundação IBGE - 1997 BANKER, MUCIO PIRAGIBE RIBEIRO DE - Cartografia Noções Básicas DHN - 1965. Brasil em números, Rio de Janeiro, V.3, p.1 - 1994. BERALDO, PRIMO/SOARES, SERGIO MONTEIRO -GPS -Introdução e Aplicações Práticas - Brasília 1995. Cartografia e Aerolevantamento-Legislação - COCAR - 1981 COELHO, ARNALDO GUIDO DE SOUZA, Uso Potencial dos sensores Remotos - Revista Brasileira de Cartografia n° 10. Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos (Coletânea das Normas Vigentes), Fundação IBGE - 1996 GARCIA, GILBERTO J. - Sensoriamento Remoto, Princípios e Interpretação de Imagens, Ed. Nobel - 1982. Imagens ERTS... Suas possibilidades, Fundação IBGE - 1974. LIMA, MARIO IVAN CARDOSO DE - Manuais Técnicos em Geociências no 3 Introdução à Interpretação Radargeológica, IBGE - 1995. Manual da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM - Fundação IBGE - 1993 Manual de Compilação de Cartas na esc. 1:250.000 ( minuta), Fundação IBGE, 1996 Manual Técnico de Noções Básicas de Cartografia - Fundação IBGE - 1989 Manual Técnico T 34-700 Convenções Cartográficas - Ministério do Exército - 1975 Manuais Técnicos em Geocîencias no 2 - Manual de Normas, Especificações e procedimentos Técnicos para a Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo, Fundação IBGE - 1993. Manuais Técnicos em Geocîencias no 3 - Introdução a Interpretação Radargeológica, Fundação IBGE - 1995. Manuais Técnicos em Geociências no 5, Manual de Geomorfologia, Fundação IBGE - 1995 Manual do Instruendo - Arquivo Gráfico Municipal, Fundação IBGE - 1995 Manual Técnico - Restituição Fotogramétrica Ministério do Exército - 1976 Notas de Noções Básicas de Cartografia - SBC - 1986
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EXERCÍCIOS (UNEMAT/MT) Questão 1: Através de uma conferência realizada nos E. U. A. em 1884, ficou estabelecido um sistema mundial de fusos horários. Sobre o assunto, é correto afirmar. A - O meridiano situado a 90º do meridiano de Greenwich denomina-se Linha Internacional da Data e corresponde ao fuso que faz mudança da data. B - Existem 12 fusos horários situados a oeste de Greenwich e 12 fusos horários a leste de Greenwich. C - Pelo Brasil passam quatro fusos horários, sendo dois oceânicos e dois continentais, todos adiantados em relação ao fuso de Londres. D - A partir do meridiano de Greenwich, a cada 15º de latitude oeste aumenta 1 hora e para leste diminuirá 1 hora. E - O 1º fuso horário brasileiro equivale ao 4º fuso horário a oeste do meridiano de Greenwich, com 60º de longitude oeste. (UNEMAT/MT) Questão 2:
Fonte: MELHEM, Adas. Panorama Geografico do Brasil. São Paulo, 1988. Observe o mapa a partir da sua escala numérica, e da indicação dos principais paralelos do globo e do meridiano de Greenwich, bem como do entendimento que você possui sobre os fusos horários, e analise as seguintes afirmações. I. Pode-se dizer que o Brasil possui terras em três dos quatro Hemisférios do globo: Ocidental, Setentrional e Meridional, enquanto que o país representado em negrito possui terras apenas nos Hemisférios Setentrional e Oriental. II. Considerando que o extremo nordeste do Brasil, em linha reta, está distante no mapa em 2 cm do extremo sudoeste do país, em negrito, pode-se afirmar que a distância real, em linha reta, entre esses dois pontos, é de 3710 Km. III. Um brasileiro que deseja conhecer as famosas pirâmides existentes no país, em negrito, ao seguir viagem, deverá adiantar o seu relógio, uma vez que, dado ao movimento de rotação da Terra, as horas adiantam sempre em 1 hora a cada fuso de 15º que atinge em direção a leste. IV. O Brasil possui terras nas Zonas Geotérmicas Tropical e Temperada do sul, enquanto que o país representado, em negrito, possui terras nas Zonas Tropical e Temperada do Norte.
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Assinale a alternativa CORRETA. A - Somente I, II e III. B - Somente III e IV. C - Somente I e II. D - Todas estão corretas. E - Somente I, III e IV. (UESC/BA) Questão 3:
A partir da análise do mapa e dos conhecimentos sobre linguagem cartográfica, coordenadas geográficas, fusos horários e zonas térmicas, identifique as afirmativas verdadeiras. I. A projeção utilizada no mapa é a azimutal, por ser a ideal para representar grandes espaços sem deformações. II. A escala adotada no mapa é numérica e grande, o que possibilita a representação de toda superfície do planeta. III. A África é o continente mais tórrido da Terra, a maior parte do seu território fica na zona intertropical, e as chuvas são irregularmente distribuídas, com exceção da parte central, que apresenta elevados índices pluviométricos. IV. Os Estados Unidos estão localizados, totalmente, no Hemisfério Norte e em médias latitudes, a oeste da GMT. V. O Brasil está inteiramente situado nos hemisférios Sul e Ocidental, o que determina a ocorrência de climas quentes e úmidos em todo seu território. A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é a A - I e III. B - II e V. C - III e IV. D - I, II e IV. E - II, III e V. (FRB/BA) Questão 4: O conceito da Cartografia, hoje aceito, sem maiores contestações, foi estabelecido em 1966 pela Associação Cartográfica Internacional (ACI), e, posteriormente, ratificado pela UNESCO, no mesmo ano: “A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização.” 30
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NOÇÕES básicas de Cartografia. Disponível em:
.Acesso em: 16/09/2007. Sobre a cartografia e a sua importância na atualidade, é correto afirmar: A - A Terra, devido ao seu formato, pode ser representada em folha de papel (mapa) sem apresentar distorções. B - A curva de nível constitui uma linha imaginária do terreno, em que todos os pontos de referida linha têm a mesma altitude. C - Os meridianos são círculos máximos que, em consequência, cortam a Terra em duas partes iguais de polo a polo, sendo o Equador seu ponto de origem. D - A projeção de Mercator, a mais utilizada, é aquela que contempla os países de uma forma mais aproximada da realidade. E - A projeção de Peters, entrou em desuso, porque, entre todas as projeções, é a que apresenta mais distorções nas áreas representadas. (UEMS) Questão 5: Num mapa geográfico de escala não referida, a menor distância entre duas cidades é representada por 5cm. Sabendo-se que a distância real entre ambas é de 250Km, em linha reta, é correto concluir que o mapa foi desenhado na escala: A - 1 : 50 B - 1 : 250.000 C - 1 : 500.000 D - 1 : 2.500.000 E - 1 : 5.000.000 (UEMS) Questão 6: Sobre a cartografia é incorreto afirmar que: A - o bom uso da linguagem cartográfica compreende a capacidade de entendimento dos símbolos utilizados na representação dos fenômenos geográficos. B - a indicação da escala utilizada é indispensável para a leitura adequada de produtos cartográficos. C - o traçado de curvas de nível, ou isoípsas, é um dos recursos cartográficos utilizados para representar o relevo terrestre. D - na projeção cartográfica de Mercator, a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário. E - quanto menor a escala de uma representação cartográfica, menores serão os detalhes de cada fenômeno representado. (UFSCAR/SP) Questão 7:
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Durante os anos 1970, esse mapa era visto como uma reação simbólica dos países subdesenvolvidos – o Sul geoeconômico – contra a cartografia tradicional, em especial a projeção de Mercator, que mostra o norte “acima” do sul e a Europa no centro. Mas essa ideia logo foi abandonada por falta de consistência. Analises as seguintes afirmativas sobre essa questão: I. A projeção de Peters mostra a proporção exata de cada área sem distorcer os seus formatos. II. O impacto político–ideológico de se colocar o sul “acima” do norte é diminuído ou anulado pelo fato de que a imensa maioria dos países está no hemisfério norte, sendo o sul mais oceânico. III. Tanto faz colocar o norte ou o sul na parte de cima do mapa, pois a posição mais correta para analisar um mapa é na horizontal, estando ele sobre uma mesa. IV. A Projeção de Peters é melhor para a navegação do que a de Mercator. As afirmativas corretas são: A - I e II. B - II e III. C - III e IV. D - I e IV. E - II e IV. (UFAM) Questão 8: Nos dias atuais, os produtos cartográficos como os mapas podem ter suas informações constantemente atualizadas. Existem aparelhos como o GPS, Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global, que permitem a localização do homem, dos fenômenos geográficos e das distâncias em qualquer ponto do mundo. Estes instrumentos são direcionados por: A - satélites B - submarinos C - sismógrafos D - curvímetros E - clinômetros (URCA/CE) Questão 9: Examine as afirmações que se seguem sobre as projeções cartográficas, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F). ( ) A projeção azimutal é acima de tudo uma projeção geopolítica. Ela expressa, como nenhuma outra, a visão do planeta sob a perspectiva do Estado. ( ) No planisfério de Mercator, as terras da pequena Europa ficam ―valorizadas, enquanto as terras africanas e sul-americanas têm suas dimensões subestimadas. ( ) O planisfério de Mercator é uma projeção cilíndrica de área igual, usada como padrão nos livros e Atlas do mundo todo. ( ) O planisfério de Peters, resulta de uma operação política e ideológica do terceiro mundo, destinada a concorrer com a imagem tradicional e dominante do mundo. Assinale a alternativa que expressa correta e respectivamente, o preenchimento dos parênteses, de cima para baixo. A - V-F-V-F B - V-V-V-F C - F-F-V-V D - F-V-V-F E - V-V-F-V (UECE) Questão 10: Em se tratando de questões de natureza cartográfica, assinale o correto.
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A - A realização de mapeamentos temáticos muito detalhados requer a utilização de produtos de sensoriamento remoto de alta resolução e com grandes escalas. B - Escalas como 1:1.000.000 e 1:500.000 são muito adequadas para a cartografia de detalhe, especialmente de áreas urbanas. C - O relevo, os solos e a vegetação são cartograficamente representados, nesta ordem, nos mapas geológicos, geomorfológicos e biogeográficos. D - Em um mapa, construído na escala 1:250.000, uma distância linear de 7,5 cm corresponde a uma distância real de 18,75 km lineares. (UFC) Questão 11: Em se tratando de questões de natureza cartográfica, assinale o correto. A - A realização de mapeamentos temáticos muito detalhados requer a utilização de produtos de sensoriamento remoto de alta resolução e com grandes escalas. B - Escalas como 1:1.000.000 e 1:500.000 são muito adequadas para a cartografia de detalhe, especialmente de áreas urbanas. C - O relevo, os solos e a vegetação são cartograficamente representados, nesta ordem, nos mapas geológicos, geomorfológicos e biogeográficos. D - Em um mapa, construído na escala 1:250.000, uma distância linear de 7,5 cm corresponde a uma distância real de 18,75 km lineares. (UFC) Questão 12: Escolha a alternativa que estabelece a relação correta entre escala gráfica, escala numérica e o tipo de uso cartográfico adequado. Considere cada intervalo da escala gráfica igual a 1cm.
A-
B-
C-
D-
E-
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(UNIMONTES/MG) Questão 13: Observe a figura.
Fonte: MOREIRA; SENE, 2004. A partir da projeção dos meridianos e paralelos geográficos, a forma cartográfica representada na figura é construída em A - um cilindro tangente à superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o cilindro num plano. B - uma esfera tangente à superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o globo num plano. C - um cone tangente à superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o cone num plano. D - qualquer ponto da superfície de referência por um pedaço de papel num plano. (UFG/GO) Questão 14: Para atingir o objetivo de ler e interpretar mapas, o leitor necessita de identificar e analisar os elementos de representação cartográfica. Dentre eles, a escala cumpre um papel importante, visto que é a partir dela que se tem: A - a localização de um fenômeno na superfície terrestre. B - a apresentação da superfície esférica no plano. C - os diferentes fusos horários no globo. D - a identificação dos diferentes hemisférios terrestres. E - o nível de detalhe das informações apresentadas. (UFRRJ/RJ) Questão 15: Leia a reportagem abaixo: Chávez vai atrasar horário da Venezuela em 30 minutos “O presidente venezuelano Hugo Chávez vai atrasar os relógios do país em 30 minutos para que a população tenha uma melhor distribuição do sol durante o dia. Desde que assumiu o governo, o líder de Estado já mudou o nome oficial da Venezuela e fez alterações na bandeira nacional.
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Segundo a agência Reuters, o novo horário passa a vigorar em setembro e fará com que a Venezuela faça parte de um fuso horário diferente, quatro horas e meia depois em relação à hora de Greenwich (GMT). Atualmente, o país está em fuso quatro horas depois de Greenwich. O Ministro da Ciência e Tecnologia venezuelano, Hector Navarro, afirmou hoje que a medida vai ajudar as crianças da periferia, que precisam acordar muito cedo para ir à escola, e que a luminosidade natural será melhor aproveitada (sic) nas residências, o que deve reduzir os gastos com energia elétrica. Navarro também falou que o governo deve anunciar em breve outras medidas que visam a promover ‘um melhor uso do tempo’.” Terra / Fábrica Web, 24 de Agosto, 2007. Disponível em: http://www.diariodanoticia.com.br/noticia.php?id=1792. Acesso em 05/09/07.
A partir das informações apresentadas na notícia acima e por meio da observação do mapa a seguir, pode-se concluir que, em relação ao horário de Brasília, o território venezuelano passará a ter: A - uma hora e meia a mais. B - uma hora e meia a menos. C - meia hora a mais. D - meia hora a menos. E - o mesmo horário. (UFAM) Questão 16: Leia as afirmativas que seguem e assinale a correta: A - A escala numérica é representada por uma linha reta dividida em partes iguais. B - A escala 1:50.000 é maior que a escala de 1:250.000. C - Na escala de 1:500.000, a área representada foi reduzida 50 mil vezes. D - As escalas podem ser numéricas ou geográficas. E - Na escala de 1:100.000, 1 cm no mapa vale 100 km no terreno.
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(UEA/AM) Questão 17: O mapa é uma redução do espaço real. Para garantir fidelidade às dimensões do espaço mapeado, é utilizada uma relação constante entre a distância real e a distância representada no mapa – a escala. A distância em linha reta, no mapa, entre Manaus e Tabatinga é de 12 cm. Sabendo-se que a escala é de 1:10.000.000, a distância real entre as duas cidades é de: A - 12km. B - 120km. C - 1.200km. D - 12.000km. E - 120.000km. (UNEMAT/MT) Questão 18: Sobre a Cartografia, instrumento de leitura e representação da realidade evidenciada no espaço geográfico considere as seguintes proposições. I – A rede de paralelos e meridianos sobre o qual desenhamos um mapa constitui o que chamamos de projeção cartográfica, responsáveis por manter a distância, a forma e os ângulos da área representada. II – Na construção de um mapa, escala e legenda funcionam como elementos acessórios, necessários, portanto, apenas nos mapas gerais, cujas informações abordam conteúdos variados como aspectos físico e sócio-econômicos. III – A aerofotogrametria, o sensoriamento remoto e o geoprocessamento são exemplos de recursos utilizados pela cartografia, e foram amplamente utilizados pela famosa Escola de Sagres na época das grandes navegações. IV– Em um mapa cuja escala é de 1:100000, a realidade do espaço representado foi reduzida 100 mil vezes, dessa forma, 1 cm no mapa equivale a 1 km na realidade. Analisando as proposições acima, pode-se afirmar que estão CORRETAS: A - I e II B - I e III C - II e IV D - Apenas a III E - I e IV (UNEMAT/MT) Questão 19: Um investidor da bolsa de valores residente na cidade de Tóquio (Japão), localizada no fuso horário de 135 E, lembrou, às 23:00 horas daquela cidade, que precisaria comprar soja no horário de pico do pregão da Bolsa de São Paulo, localizada no fuso de 45 W, pois, de acordo com as informações da meteorologia as condições de tempo que seguiria no Brasil, contribuiriam para a diminuição da oferta do produto e, conseqüentemente, elevaria sensivelmente os preços. Considerando os mecanismos geográficos dos diferentes fusos horários no planeta Terra, daria tempo para o investidor proceder a referida transação econômica? A - em função do movimento de Revolução da Terra, com giro de sul para norte registrava-se naquele mesmo instante 17 horas em São Paulo, portanto, tempo hábil para o investidor proceder tal operação financeira. B - em função do movimento de Rotação da Terra, com giro observado de leste para oeste, naquele mesmo instante registrava-se 11 horas em São Paulo, portanto, tempo hábil para o investidor proceder tal operação financeira. C - em função dos movimentos de Translação e Rotação da Terra acontecerem concomitantemente, e possuírem a mesma característica quanto ao ângulo dos seus movimentos, já se fazia noite nas duas cidades mencionadas.
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D - em função do movimento de Rotação da Terra, com giro de oeste para leste, naquele mesmo instante registrava-se 11 horas em São Paulo, portanto, tempo hábil para o investidor proceder a operação financeira. E - em função do movimento de Translação da Terra, com giro de norte para sul, registrava-se naquele mesmo instante 17 horas, portanto tempo hábil para o investidor proceder a operação financeira. (UEMS) Questão 20: Qual a distância real em linha reta entre a cidade A e a cidade B, sabendo-se que em um mapa de escala 1:1 500 000 essas duas cidades ficam a 3 cm uma da outra? A - 150 km B - 15 km C - 450 km D - 4500 km E - 45 km GABARITO: questão 1: B - questão 2: E - questão 3: C - questão 4: B - questão 5: E questão 6: D - questão 7: B - questão 8: A - questão 9: E - questão 10: A - questão 11: A questão 12: B - questão 13: A - questão 14: E - questão 15: B - questão 16: B - questão 17: C questão 18: E - questão 19: D - questão 20: E
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