Regras E Erros Na Observ Esfreg Mo.pdf

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FMUC FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

CHUC CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA

V CURSO INTERNACIONAL DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

COMO OBSERVAR UM ESFREGAÇO DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA REGRAS A CUMPRIR, ENSINAMENTOS A RETIRAR

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

MEDULA ÓSSEA - é um órgão: - ESTROMA: células adiposas, fibroblastos, células endoteliais de vasos, fibras (reticulina), etc; - PARÊNQUIMA: componente hematopoiético.

Matriz Extra-Celular: Colagénio, Laminina, Fibronectina, Glicosaminoglicanos, Glicoproteínas (FC) etc Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA BIÓPSIA ESTROMA e PARÊNQUIMA Sinusoide (Megacarócitos, Eritroblastos)

Trabéculas (série granulócítica) Megacariócitos

NORMOCELULAR

NORMOCELULAR

AVALIAÇÃO: celularidade, arquitectura medular, modelo de distribuição, imunocitoquímicas Maria de Fátima Martins

ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA MEDULOGRAMA/MIELOGRAMA: Punção aspirativa da medula óssea TIPOS DE ESFREGAÇOS: ESMAGAMENTO, PASSEIO, ARRASTAMENTO

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

REGRAS DE OBSERVAÇÃO Amostra com fragmentos! Sinusoides

Amostra com fragmentos!

ESTROMA e PARÊNQUIMA PRIMEIRO ERRO: NÃO COLHER MO! SEGUNDO ERRO: COLHER E PERMANECER DEMASIADO TEMPO SEM REALIZAR ESFREGAÇOS Maria de Fátima Martins

HEMO + POIEIEN (sangue) (fazer) MEDULA ÓSSEA “STEM CELL,” C. TRONCOLAR, C. MÃE, C. ESTAMINAL - Célula indiferenciada; - Potencialidade de se diferenciar pelo menos num tipo celular. CÉLULA ESTAMINAL - DOM DA COMUNICAÇÃO! Denominação surgiu na primeira metade do século XX. ANOS 60 (1961) - ratinho irradiado, se infundido com medula óssea de dador reconstituição “ad integrum” Definiram CÉLULA ESTAMINAL “STEM CELL” - pequeno número de células na Medula Óssea com capacidade de dar células iguais a si próprias e de se diferenciarem. Intestino, Pele, Sistema Nervoso, Músculo, Pâncreas, etc também CÉLULAS ESTAMINAIS! MORULA, BOTÃO EMBRIONÁRIO, EMBRIÃO - CÉLULAS ESTAMINAIS!! Maria de Fátima Martins

HEMATOPOIESE NORMAL “STEM CELL” HEMATOPOIÉTICA CÉLULA MÃE HEMATOPOIÉTICA CÉLULA MÃE LINFOMIELOIDE

CÉLULA PROGENITORA/GERMINAL MIELOIDE CÉLULA PROGENITORA LINFOIDE CÉLULA GERMINAL LINFOIDE

CÉLULA NK

Madura “virgem” CÉLULA DENDRÍTICA LINFOIDE

(Adaptado de Kierszenbaum et al)

Maria de Fátima Martins

HIERARQUIA DAS “STEM CELLS”

Elementos não Identificáveis na Medula Óssea

Elementos Identificáveis na Medula Óssea (Adaptado de Hoffbrand et al)

Maria de Fátima Martins

HEMATOPOIESE

Elementos não Identificáveis na Medula Óssea

Elementos Identificáveis na Medula Óssea

(Adaptado de Kierszenbaum et al)

Maria de Fátima Martins

HEMATOPOIESE COLÓNIAS E “STEM CELLS”

COLÓNIAS MISTAS CFU-GEMM

COLÓNIAS GRANULÓCITOS/ /MACRÓFAGOS ) CFU-GM (Woessner et al

Maria de Fátima Martins

Elementos não Identificáveis na Medula Óssea

Elementos Identificáveis na Medula Óssea MONÓCITOS e MACRÓFAGOS

PRECURSOR DE CÉLULAS MONOCÍTICAS

ERITRÓCITOS

PARÊNQUIMA

PRECURSOR DE CÉLULAS ERITROIDES

PRECURSOR DE CÉLULAS MIELOIDES CÉLULA MÃE HEMATOPOIÉTICA CÉLULA MÃE LINFOMIELOIDE

NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS, BASÓFILOS

CÉLULA PROGENITORA/GERMINAL MIELOIDE

“STEM CELL” HEMATOPOIÉTICA CÉL PROGENITORA PLURIPOTENTE

PLAQUETAS PRECURSOR DE PLAQUETAS

LINFÓCITOS B

PRECURSOR DE CÉLULAS B

LINFÓCITOS T CÉL PROGENITORA/GERMINAL LINFOIDE

PRECURSOR DE CÉLULAS T

LINFÓCITOS NATURAL-KILLER PRECURSOR DE CÉLULAS NK

Maria de Fátima Martins

CÉLULA IMATURA IDENTIFICADA MICROSCÓPICAMENTE: BLASTOS

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA

- HISTÓRIA CLÍNICA: idade, sexo, sinais e sintomais mais importantes; - DADOS HEMATIMÉTRICOS: último hemograma; - ESFREGAÇO DE SANGUE PERIFÉRICO (SP). - realizado na altura da colheita após picada de dedo); - deve acompanhar sempre esfregaço de M.O.

TERCEIRO ERRO: NÃO TER UM DESTES DADOS OU MESMO AUSÊNCIA DE TODOS!

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA REGRAS DE OBSERVAÇÃO

- REGRA

1: Verificar dados clínicos, hematimétricos e observar o esfregaço SP;

- REGRA

2: Observar pelo menos 2 a 3 esfregaços de MO; QUARTO ERRO: NÃO OBSERVAR MAIS DE UM ESFREGAÇO!

- REGRA

3: Observar com objectiva de 10x para: - estudar a celularidade; - estudar fragmentos e verificar a percentagem de células (parênquima) e gordura (estroma). Deve ser proporcional à idade; 50 anos--50% de tecido adiposo. Fragmentos: Normocelulares; Hipercelulares ou Hipocelulares; - verificar o número de megacariócitos (1 Megac./100 células medulares); - pesquisar infiltrados anormais. Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA REGRAS DE OBSERVAÇÃO - REGRA 4: Aumentar para objectiva 20x mas também com 40x ou 50x e - “passear-se” pela preparação; - estudar a linha megacariócitica (diferenciação, ploidia, granularidade etc); - estudar as características morfológicas das células das outras linhas; - pesquisa de células não hematopoiéticas; - escolher o local de contagem diferencial. QUINTO ERRO: TER PRESSA! SEXTO ERRO: NÃO ESCOLHER O LOCAL CORRECTO PARA ESTUDO E CONTAGEM!

- REGRA 5: Aumentar para objectiva de 100x e: - estudar as características morfológicas mais específicas (detalhes); - iniciar a contagem diferencial. - REGRA 6: Contagem diferencial em 500 células (esfregaços corados por MGG/Wright); SÉTIMO ERRO: CONTAR POUCAS CÉLULAS! Maria de Fátima Martins

Elementos não Identificáveis na Medula Óssea

Elementos Identificáveis na Medula Óssea MONÓCITOS e MACRÓFAGOS

PRECURSOR DE CÉLULAS MONOCÍTICAS

ERITRÓCITOS

PARÊNQUIMA

PRECURSOR DE CÉLULAS ERITROIDES

PRECURSOR DE CÉLULAS MIELOIDES CÉLULA MÃE HEMATOPOIÉTICA CÉLULA MÃE LINFOMIELOIDE

NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS, BASÓFILOS

CÉLULA PROGENITORA/GERMINAL MIELOIDE

“STEM CELL” HEMATOPOIÉTICA CÉL PROGENITORA PLURIPOTENTE

PLAQUETAS PRECURSOR DE PLAQUETAS

LINFÓCITOS B

PRECURSOR DE CÉLULAS B

LINFÓCITOS T CÉL PROGENITORA/GERMINAL LINFOIDE

PRECURSOR DE CÉLULAS T

LINFÓCITOS NATURAL-KILLER PRECURSOR DE CÉLULAS NK

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA - REGRA 7: I. Contar linha mielóide - 60 a 65% das células da medula : - granulócitos: mieloblastos, promielócitos, mielócitos, metamielócitos, bastões, neutrófilos, eosinófilos e basófilos; - monócitos: monoblastos, promonócitos e monócitos. II. Contar linha eritróide - 30 a 35% das células da medula: - proeritroblastos, eritroblastos basófilos, eritroblastos policromatófilos e eritroblastos ortocromáticos (acidófilos). III. Contar linha linfóide - até cerca 10% das células da medula : - linfócitos e plasmócitos. - REGRA 8: Relação mieloide/eritroide deve ser aproximadamente (1/3 eritroide e 2/3 mieloide ou 1/4 eritroide e 3/4 mieloide).

- REGRA

de 3:1

9: Por vezes necessidade de estudar o ferro medular. Avaliar os depósitos de hemossiderina presentes no sistema fagocítico- mononuclear e nos eritroblastos principalmente no ortocromático (eritrão). Coloração de Perls. Por vezes necessidade de realizar outras citoquímicas: peroxidades e esterases). Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

RELATÓRIO DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA REGRAS

Maria de Fátima Martins

RELATÓRIO DE ESFREGAÇOS DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA RELATÓRIO DE PUNÇÃO: - Descrição do local de punção e das características do osso e da punção. Se fragmentos visíveis; RELATÓRIO MICROSCÓPICO DE MEDULOGRAMA : - Descrição de fragmentos (normo, celularidade aumentada, hipercelulares ou hipocelulares); - Descrição dos megacariócitos (número e características morfológicas); - Presença ou não das três linhas e caracterizá-las descrevendo os aspectos mais importantes; - Relação mieloide/eritroide. - Caso haja algum elemento predominante deve ser referido, por vezes mesmo no início do relatório. - Resultados de citoquímicas caso se verifiquem. - AO LER-SE O RELATÓRIO DEVE FICAR-SE COM UMA VISÃO CLARA DOS ESFREGAÇOS DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA - Contagem diferencial. Maria de Fátima Martins

EXEMPLOS DE RELATÓRIOS DE ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

Exemplo de Relatório: Amostra com fragmentos de celularidade aumentada para a idade, com zonas hipercelulares. Representação das três linhas hematopoiéticas. Megacariócitos presentes com diferentes ploidias. Linha eritróide com diferenciação normoblástica. Linha mieloide hipergranular e vacuolizada. Relação M/E de 2,0. Em média 29% de plasmócitos maioritariamente atípicos o que é indicativo de mieloma múltiplo. Observados diversos agrupamentos de células onde foi possível identificar de 10 a 20 plasmócitos. Mielócitos: 7% Metamielócitos: 8% Neutrófilos em bastão: 6% Neutrófilos segmentados: 17% Linfócitos: 9% Monócitos 3% Plasmócitos: 29% Eritroblastos policromatófilos: 9% Eritroblastos ortocromáticos: 12%. Maria de Fátima Martins

OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇOS DE MEDULA ÓSSEA

Maria de Fátima Martins

FMUC FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

CHUC CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA

V CURSO INTERNACIONAL DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Associação de Microscopia e Embrio-Anatomo-Histologia

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