Quimeras portelenses Serginho Corrêa
Ouça o que eu quero dizer Nos primeiros acordes da minha canção: Portela, contigo seguirei Cantando as coisas do meu coração. Foi um encontro que deu certo Quando vi bem de perto A Velha Guarda de branco e azul Embalando Madureira com seus versos. Naquele momento eu tive certeza Que um samba pra ter beleza Não precisa ser paisagem de zona sul Basta ouvir a voz do subúrbio Que balança nos trilhos de Oswaldo Cruz. Quando o branco das nuvens Se mistura no azul do céu Sei que naquele instante Os poetas do passado Estão cantando pra mim. Sinto-me criança outra vez Ouvido uma ópera de ninar E a brisa que passa em meu rosto Me adormece e faz sonhar. E nesse delírio poético Abre-se o palco celestial Onde Candeia convida o saudoso Natal Pra cantar com a Clara Outro sucesso do carnaval. Vem Manacéa, Argemiro e Mijinha Jair do Cavaquinho, Alvaiade e Casquinha Malandro Alcides vê a lua E faz um samba pra ela E ouve os aplausos de Paulo da Portela