Puberdade Precoce

  • October 2019
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PUBERDADE PRECOCE; DEPRESSÃO PÓS-PARTO COMPORTAMENTOS ALTERADOS DURANTE A GRAVIDEZ. Conhecer as alterações fisiológicas que ocorrem na mulher durante a gravidez e no ciclo menstrual; como essas alterações podem causar mudanças de comportamento. Eles são os grandes chefões do corpo humano. Muitas vontades, desejos, medos e humores dependem se as taxas de hormônios estão altas, baixas ou estabilizadas. Na mulher, a variação brusca dessas substâncias, mais especificamente dos hormônios sexuais, pode ter efeitos drásticos no organismo, como a depressão pósparto. Apesar de seus efeitos controversos, essas reações são vitais para o funcionamento do corpo humano. Estrógeno e progesterona são os principais hormônios sexuais femininos e, assim como os androgênios e a testosterona (hormônios masculinos), controlam o processo reprodutivo do organismo humano, desde as transformações típicas da fase da puberdade até a produção de espermatozóides e leite materno. Durante a puberdade feminina, o estrógeno entra em ação e faz com que as células se proliferem em diferentes partes do corpo, provocando o aumento do útero, o desenvolvimento da vulva, o crescimento de pêlos pubianos e o desenvolvimento das mamas, coxas e quadris. Ele também determina quando ocorre a ovulação e ajuda no espessamento do útero para receber o óvulo fecundado. A progesterona ajuda o estrógeno na transformação da mucosa uterina, além de preparar a mama para a secreção do leite e inibir contrações do útero no período da gravidez. TRANSFORMAÇÕES RADICAIS Vários fatores interferem na fisiologia do corpo da mulher durante a gestação e a maioria deles são conseqüências diretas ou indiretas dos hormônios produzidos durante esse período. Os órgãos reprodutivos e as glândulas mamárias são transformados para assegurar o desenvolvimento do feto e a nutrição do bebê após o nascimento e as funções metabólicas são aumentadas para suprir o feto em crescimento com nutrição suficiente. A partir da 15º semana de gravidez, a quantidade de estrógeno e progesterora produzidos pela placenta são maiores do que a produzida no corpo lúteo, no ovário. Na hora do parto, entra em ação outro hormônio a ocitocina, feita pela neuro-hipófise. A ocitocina tem como função acelerar as contrações uterinas e as contrações da musculatura lisa das glândulas mamárias, ajudando o bebê na sucção do leite materno. Os hormônios sexuais e os hormônios do córtex supra-renal adicionais produzidos durante a gravidez fazem com que a gestante ganhe cerca de 1 litro de líquidos na corrente sangüínea, sendo 0,5 litro de plasma e 0,5 litro de hemácias.

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O aumento do volume sangüíneo facilita sua circulação em direção ao coração, condição abruptamente modificada após o parto. As mudanças após o parto ocorrem em curtíssimo período de tempo. A alteração do corpo, a diminuição da oxigenação dos tecidos e dos fluídos corpóreos podem levar a processos depressivos, já que a variação hormonal pode desencadear reações no sistema nervoso. As representações de maternidade, o ambiente social em que vive a mãe e os elementos do inconsciente também podem levar ao quadro de depressão. Depois do parto, o corpo da mulher passa por uma revolução hormonal meteórica. O organismo que mudou ao longo de meses volta ao normal de repente. O resultado é uma descompensação dos hormônios. É nesse momento que a depressão aparece, principalmente nas mulheres que já possuem casos na família. Há também as explicações psicológicas. Sabe-se, por exemplo, que mulheres que têm complicações durante o parto são mais suscetíveis. Daí em diante, a doença é um mistério. É impossível prever, por exemplo, quanto tempo ela pode durar. DRAUZIO VARELA; Na década de 1940, foi demonstrado que estrogênios e progesterona, os hormônios sexuais femininos, modulam respostas como agressão e sexualidade em cachorros, gatos e ratos. Mais tarde, ficou claro que esses hormônios sexuais, juntamente com a prolactina, mensageiro essencial à produção de leite, são fundamentais para a adoção do comportamento materno. Nos últimos vinte anos, além desses hormônios, foram descritos mediadores químicos que também exercem influência no comportamento materno através de ação direta sobre o sistema nervoso central. É o caso das endorfinas, produzidas pela hipófise e pelo hipotálamo para combater os efeitos nocivos da dor, mediadores liberados em quantidades crescentes à medida que a gestação se aproxima do final, com o objetivo de reduzir o sofrimento causado pelas dores do parto e de contribuir para a instalação do comportamento maternal. No momento do parto, a hipófise e o hipotálamo secretam, ainda, ocitocina, hormônio que estimula as contrações uterinas e a liberação do leite. A ocitocina, também produzida na fase de amamentação em resposta à sucção do leite através do mamilo, estimula o hipocampo, área cerebral envolvida no processamento da memória e do aprendizado. O mais interessante é que uma vez disparado pelos hormônios e mediadores citados, o comportamento materno diminui sua dependência deles: a simples presença do filho se torna suficiente para mantê-lo. Exames do cérebro de ratas em época de aleitamento mostram que ocorre ativação de uma área cerebral conhecida como núcleo acumbens, na qual se integram neurônios encarregados das sensações de reforço e de recompensa, mecanismos semelhantes aos envolvidos na dependência de drogas. Curiosamente, ratas tornadas dependentes de cocaína, quando colocadas diante do dilema da escolha entre a droga e os filhotes recémnascidos, dão preferência a estes.

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Uma área do hipotálamo feminino denominada mPOA guarda relação importante com o comportamento materno. Em ratos, a injeção de morfina nessa região desestrutura a ligação mãe-filho. Mas, outras áreas cerebrais estão envolvidas nesse relacionamento: a amígdala e o córtex cingulado, estações para onde confluem os circuitos de neurônios que transmitem sinais relacionados com as emoções e o medo. A ativação dessas áreas em animais de laboratório tem profundo impacto no comportamento materno. A ação dos hormônios e dos mediadores citados tem a finalidade de reduzir o medo e a ansiedade e de proporcionar maior habilidade de orientação espacial (característica que não é o forte feminino), para dar coragem às fêmeas para abandonar o ninho, achar alimentos com mais facilidade e encontrar rapidamente o caminho de volta para proteger os filhotes com unhas e dentes, como só as mães sabem fazer. É muito provável que o desafio de engravidar e de garantir a sobrevivência da prole induza alterações persistentes no cérebro materno, capazes de interferir com as emoções, memória, aprendizado e de explicar a facilidade com a qual as mulheres executam múltiplas tarefas simultâneas. TPM? Assim como no pós-parto, os hormônios sexuais têm alguma influência no comportamento feminino durante o ciclo mestrual. A síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) já foi diagnosticada em pelo menos 50% de brasileiras, segundo dados da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trata-se de uma série de sintomas que acontecem dias antes da menstruação, como depressão, irritação, mau humor e aumento da sensibilidade emocional. A menstruação é um processo cíclico controlado por hormônios sexuais. Entretanto, a TPM é polêmica. Ela não é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, mas a medicina não ignora sua existência, apesar de não saber quais são suas causas. Alguns médicos arriscam que os sintomas sejam por falta de vitamina ou de cálcio. Outros consideram a TPM apenas um sintoma psicológico. Para Wladimir Taborda, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, a TPM tem um fundamento hormonal. Não que um hormônio, ou sua ausência, provoquem a síndrome. A relação é indireta, já que a menstruação é provocada por uma série de variações hormonais a TPM está relacionada a ela. Tais transformações provocam mudanças físicas, que variam de mulher para mulher. Inchaços, enxaquecas, alterações de humor ou de sono são alguns exemplos. "O combate à TPM é, portanto, sintomático", afirma o médico. Os hormônios sexuais femininos têm como principal função controlar o ciclo menstrual, que dura, em média, 28 dias. Menstruação é a eliminação, pela vagina, dos resíduos da mucosa uterina. Além do estrógeno e da progesterona, existem dois outros hormônios que participam do ciclo: o folículo estimulante (FSH) e o luteinizante (LH), produzidos pela hipófise tanto nas meninas quanto nos meninos a partir da puberdade.

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O FSH estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e o LH, a formação do corpo lúteo. O útero espera pelo óvulo... O estrógeno e a progesterona, produzidos no ovário a partir do 7º e do 14º dias, respectivamente, atuam no útero aumentando a espessura da mucosa uterina, preparando-o para receber o óvulo fecundado. Quando as taxas desses hormônios caem ocorre a menstruação, por volta do 28º dia. Durante a menstruação, a hipófise produz o FSH, que estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos, produtores do estrógeno. Por sua vez, quando a taxa de estrógeno alcança um certo nível, a hipófise passa a produzir também LH. Juntos, o FSH e o LH induzem a ovulação que acontece por volta do 14º dia. O LH também induz a formação do corpo lúteo, que passa a produzir progesterona em grande quantidade. Esses hormônios juntos inibem a hipófise, diminuindo a taxa de FSH e LH, o que reduz o corpo lúteo, que pára de produzir estrógeno e progesterona. É quando ocorre a menstruação. Coincidência ou não, a TPM aparece em algumas estatísticas interessantes: 60% das mulheres brasileiras que cometem crimes violentos estão no período pré-menstrual e 49% desses delitos são praticados até quatro dias antes da menstruação. Além disso, mais de 40% dos acidentes de trânsito e de trabalho envolvendo mulheres acontecem também na semana pré-menstrual. Não são apenas as características físicas que sofrem influência dos hormônios sexuais (estrógeno e testosterona). Sabe-se que eles podem influenciar também o comportamento. Tanto nos homens como nas mulheres, esses hormônios são responsáveis pelo aparecimento dos impulsos sexuais. A testosterona não é um hormônio exclusivamente masculino, assim como o estrógeno não é exclusivamente feminino: estão presentes nos dois sexos e é a quantidade que faz a diferença. O homem tem mais testosterona do que a mulher, enquanto a mulher tem mais estrógeno que o homem. Além das transformações físicas e comportamentais, nota-se nos adoles-centes um crescimento muito acelerado, que provoca assombro e comentários: “Nossa, como ele cresceu! Outro dia era um menino e já é um homem”.O crescimento também é estimulado pela ação de hormônios, neste caso, pelos hormônios de crescimento. Eles já circulam pelo organismo durante a infância, mas a hipófise passa a produzi-los em maior quantidade na puberdade. A testosterona também dá sua mãozinha no crescimento: ajuda no alongamento e na calcificação dos ossos. Durante toda a infância da menina, o aparelho genital não manifesta nenhuma de suas funções específicas. Só na adolescência é que irão surgir alterações cíclicas do aparelho genital, com profundos reflexos sobre todo o

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organismo, seja nas funções físicas (somáticas, de soma = corpo), seja no comportamento psíquico. Todas essas alterações estão relacionadas com a função reprodutora. O óvulo que amadurece e é liberado pelo ovário, todos os meses, representa a "esperança" biológica de o organismo vir a gerar outro ser vivo semelhante. Correspondentemente, a menstruação representa a "frustração" orgânica de não haver ocorrido gravidez. Durante a adolescência, o aparelho genital "desperta". Com a primeira menstruação, tecnicamente denominada menarca, a menina passa a ser moça, o que geralmente ocorre por volta dos 11-13 anos, no Brasil. A partir daí, em condições normais, o ciclo menstrual se repetirá em períodos de aproximadamente quatro semanas, em média. Mas há mulheres que menstruam em períodos de 25 dias e outras em períodos de até 35 dias. O ritmo da menstruação pode variar, numa mesma mulher, ao longo do período de fecundidade. Alterações climáticas, fatores emocionais ou doenças poderão determinar essas variações, geralmente temporárias. PUBERDADE A puberdade marca o início da maturidade sexual. A palavra se origina do verbo latino pubere, que significa "cobrir-se de pêlos". Na puberdade desenvolvem-se outros caracteres sexuais secundários. As glândulas internas sofrem alterações profundas de estrutura, conformação e funções. Ao mesmo tempo, processam-se alterações de natureza psíquica, relacionadas direta e indiretamente ao interesse sexual que desperta. A puberdade não é uma data. É todo um período de vários anos, que corresponde ao tempo requerido para a metamorfose parcial da menina em mulher. Em função desse processo gradual de transformação, os limites inicial e final da puberdade são inevitavelmente imprecisos. Mas o fenômeno dominante de todo o complicado processo é a primeira menstruação, ou seja, a menarca. O fato de o fluxo menstrual repetir-se regularmente faz com que se fale em regras, como sinônimo de menstruação. A puberdade toda abrange um período pré-puberal, que no Brasil começa geralmente aos 9 anos e termina com a primeira menstruação. Começa então o período puberal, que vai até os 15-16 anos, quando a mulher atinge a maturidade sexual em toda sua plenitude. A puberdade caracteriza-se, em seu início, por uma fase de crescimento, sobretudo em estatura. Segue-se o

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início do desenvolvimento: os seios começam a evidenciar-se. A bacia, ou pélvis, também começa a diferenciar-se: os quadris estreitos da menina, iguais aos do menino, tornam-se mais largos, de mulher. Paralelamente, características secundárias tornam-se mais e mais acentuadas e diferenciadas, na maciez da pele, na distribuição dos pêlos, no timbre da voz etc. Pouco depois de começarem a crescer os pêlos pubianos e axilares, sobrevem a menarca, seguida da conclusão do processo de transformações físicas e psíquicas. A maioria dessas alterações no organismo da mocinha resultam da ação do estrógeno, um dos hormônios fundamentais da mulher. É com o advento da puberdade que os ovários, até então em repouso, iniciam a produção de estrógeno, que é lançado no sangue e distribuído pela circulação para todo o corpo. A menarca, em si, não indica que a mocinha tenha alcançado a capacidade reprodutora. A esterilidade fisiológica da puberdade poderá prolongar-se por vários anos, após a primeira menstruação. Já aos nove anos, podem-se observar certas alterações nos ovários. Dos 12 aos 15 anos, eles aumentam sensivelmente de volume juntamente com as trompas, que passam a apresentar contrações semelhantes às do intestino, embora menos freqüentes. O útero, por sua vez, cresce tanto, proporcionalmente, que chega a duplicar o pêso em relação ao que apresentava na infância. Paralela é maturação ovariana, ocorre intensa proliferação e diferenciação das células da vagina. A vulva, até então exposta, torna-se encoberta pelos grandes e pequenos lábios vulvares. Desenvolvem-se também o clitóris e as glândulas lubrificantes chamadas glândulas de Bartholin. As mamas desenvolvem-se em parte, mas as modificações não chegam a alcançar as glândulas que segregarão leite, o que só acontece após o parto. Atrasos e adiantamentos da menstruação, na puberdade, não deverão suscitar maiores preocupações: são perfeitamente normais e exprimem apenas a crise da transição. HIPOTÁLAMO & CIA. Todas as alterações cíclicas do aparelho genital feminino são reguladas pela hipófise, glândula situada no meio da base do cérebro, numa cavidade chamada "sela turca" (por causa da conformação que lembra a de uma sela de cavalaria turca). A protuberância da hipófise voltada para a frente, o lobo anterior, segrega vários hormônios. Dois deles destinam-se especificamente a regular as atividades do aparelho genital do homem e da mulher. Esses

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hormônios são iguais em ambos as sexos. Na mulher, porém, a liberação é periódica, ao passo que no homem é continua. Um dos dois hormônios - o folículo-estimulante ou FSH (sigla americana) estimula o amadurecimento do folículo, como o nome diz. Outro estimula a transformação da polpa do folículo em corpo amarelo: é o hormônio luteinizante, assim chamado porque o corpo amarelo também é conhecido como corpo lúteo. Em medicina, o hormônio luteinizante é conhecido também como LH, sigla americana igualmente internacionalizada. Na mulher ocorre ainda a produção de um terceiro hormônio: a prolactina, fator básico da produção de leite após o parto. Fora da gravidez, a prolactina mantém o corpo lúteo em secreção durante o ciclo menstrual. O lobo anterior da hipófise fabrica e armazena tanto o FSH (hormônio folículo-estimulante), quanto o LH (hormônio luteinizante) e a prolactina. Mas só os libera quando recebe ordem de um misterioso órgão situado no cérebro, o hipotálamo. O hipotálamo não é propriamente uma glândula, embora secrete hormônios. É uma formação neuro-endócrina, que regula a ação da hipófise mediante ordens ou "choques" nervosos e através da ação química de substâncias por ele lançadas no sangue. O hipotálamo está para a hipófise assim como o gatilho está para um revólver carregado. Os centros do hipotálamo, por sua vez, estão subordinados a centros superiores do encéfalo (cérebro). Isso explica porque uma emoção sofrida pela mulher pode provocar algumas desordens de todo o mecanismo do ciclo menstrual. A mais conhecida das manifestações desse tipo é a suspensão menstrual, que pode durar até meses. Mas nesse caso a suspensão - chamada amenorréia hipotalâmica não traz nenhum prejuízo à saúde e portanto não deve determinar preocupação maior. HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS Sensíveis modificações ocorrem no organismo e no comportamento psicológico da mulher, em função da atividade hormonal. Quando, por influência do hipotálamo, a hipófise libera o hormônio folículo-estimulante (FSH), esse hormônio vai estimular a maturação do folículo primário ovariano, isto é, um dos milhares de folículos de que a mulher é dotada, desde o nascimento. O folículo amadurece (quando então passa a chamar-se folículo de Graaf). Dentro dele está imerso o óvulo. O folículo de Graaf acaba por romper-se e liberar o óvulo, quando começa a formação do corpo lúteo a partir do que resta do folículo. Três ou quatro dias depois completa-se o corpo lúteo, que adquire então seu aspecto característico e acelera sua atividade secretora, com produção maciça de progesterona, além de

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continuar a secretar o estrógeno. No oitavo dia, a secreção atinge seu nível máximo. Mas, se não ocorre a gravidez, inicia-se logo depois a regressão do folículo, que começa a encolher-se a partir do oitavo ou décimo dia. O endométrio, forro do útero, divide-se em duas camadas distintas: a basal (de base) é uma estrutura permanente, sobre ela assenta-se uma camada funcional, que sofre alterações cíclicas e que se descama inteiramente durante a menstruação. No primeiro dia do ciclo feminino, que é o primeiro dia da hemorragia mensal, a camada funcional se apresenta fragmentada, num processo gradual que acabará por deixar a camada basal inteiramente nua, após os três dias que geralmente dura a menstruação. Nas trompas, o estrógeno promove a proliferação de células de revestimento interno (tecido epitelial). Começam a verificar-se também lentas ondulações rítmicas das trompas. Esses movimentos, na fase de ovulação, irão cooperar na passagem do óvulo, em sua viagem rumo ao útero. A camada funcional do endométrio começa a formar-se novamente, a partir do fim da menstruação. Do sétimo dia em diante, volta a ganhar espessura, gradualmente, encharcada de sangue trazido por numerosos vasos sangüíneos microscópicos. Quando se descamar, na próxima menstruação, a camada funcional do endométrio levará consigo o sangue dos vasos que a irrigam. Quatorze dias antes do início da mesntruação, chega o momento da ovulação, quando cessa a ação independente do estrógeno e entra em cena outro hormônio proveniente dos ovários: a progesterona. A progesterona geralmente não tem efeitos proliferativos, mas apenas secretores. Isso significa que a camada funcional já não cresce (porque suas células não se multiplicam mas apenas secretam muco, de função ligada a possível gravidez). No colo do útero, aumenta a secreção cervical (de cervix, isto é, pescoço ou colo), já presente no início do ciclo, mas que culmina nessa fase. A função desse muco é prover um meio líquido que facilite a penetração de espermatozóides, visto que eles avançam em movimento natatório. A partir do 26.° dia, começam a ocorrer diminutas hemorragias nos interstícios da camada funcional do útero e, simultaneamente, começam a morrer algumas células. Dois ou três dias depois, generaliza-se a necrose da camada e toda a mucosa se desprende, fragmentada. Recomeça a menstruação, com novo ciclo.

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MENOPAUSA Depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos, se houver ocorrido muitos períodos de gravidez, sobrevém o declínio sexual da mulher, o climatério. A menopausa, ou interrupção permanente da menstruação, não o climatério em si, mas apenas uma manifestação dessa crise. Afora esse sinal, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas. Os ovários apresentam crescente irregularidade, até a parada total da ovulação (os folículos amadurecem, mas não se rompem e portanto não liberam óvulos). Com a redução das secreções ovarianas, que são justamente a função de obstar a secreção de FSH e LH, a hipófise dispara; disso resultam perturbações totais, em circulo vicioso, particularmente com efeitos sobre o comportamento psicológico. Mas a menopausa é um fenômeno transitório. O organismo acaba por ajustar-se às novas condições, depois de alguns meses de crises. E começa então, para a mulher, o mais produtivo dos períodos de sua vida, em termos de atividade intelectual, criadora e objetiva, livre de perturbações emocionais que freqüentemente lhe distorcem o julgamento. Sob esse aspecto, o climatério é altamente positivo na vida feminina. QUANDO É CEDO DEMAIS Pesquisadores identificam uma origem genética para a puberdade precoce, doença que atinge meninas antes dos 8 anos de idade A puberdade precoce, um distúrbio predominantemente feminino, ocorre quando a criança apresenta os primeiros sinais de maturação sexual antes dos 8 anos de idade. No caso das meninas, o corpo ganha formas arredondadas, os quadris se alargam, os seios se avolumam e os pêlos pubianos começam a crescer. Um ano depois, em média, ocorre a menarca. Descrita como doença no início do século XX, a puberdade precoce ainda não foi completamente decifrada pelos médicos, embora seja evidente que ela está associada a um desequilíbrio hormonal. Um passo importante para a compreensão do problema foi dado recentemente por pesquisadores da Universidade de São Paulo. Em parceria com a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, eles constataram que a mutação em um determinado gene induz ao desenvolvimento sexual prematuro. É a primeira vez que se estabelece uma relação entre herança genética e puberdade precoce. "Até então, a influência da genética não passava de uma suspeita, com base no histórico familiar das pacientes", diz a endocrinologista Ana Claudia Latronico, coordenadora do

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estudo. "O próximo passo é investigar se há outros genes ligados à doença, o que no futuro pode resultar no desenvolvimento de remédios mais específicos." A descoberta foi publicada na revista científica The New England Journal of Medicine. As transformações fisiológicas ocorridas na transição da infância para a adolescência resultam de uma cascata de reações químicas. Tudo começa com o aumento na produção do hormônio GnRH. Sintetizado na região cerebral do hipotálamo, ele funciona como um maestro do processo de puberdade. Nas meninas, o GnRH está envolvido na fabricação do hormônio estrógeno pelos ovários, que detona o início da puberdade. O problema surge quando os níveis de GnRH sobem antes de a criança completar 8 anos. Os médicos só conseguiam explicar a alta hormonal fora de hora em 10% dos casos – aqueles em que o paciente é vítima de outras doenças, como a meningite. Agora, com o estudo dos pesquisadores brasileiros e americanos, acredita-se que uma modificação no gene GPR54 talvez seja uma das principais causas da maioria dos quadros de puberdade precoce. Encontrado nos neurônios do hipotálamo, esse gene participa da regulação dos níveis do hormônio GnRH. A puberdade precoce pode ser interrompida. Administrados em doses mensais ou trimestrais, sob a forma de implante cutâneo ou injeção, medicamentos bloqueiam a ação do hormônio GnRH. Entre os principais efeitos colaterais, estão alergias cutâneas, oscilações de humor e sangramentos leves nos primeiros meses de terapia. "A precisão na identificação dos primeiros sintomas é crucial para o sucesso dos remédios", diz o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Quanto antes o tratamento for iniciado, maior é a probabilidade de a puberdade precoce ser revertida. É uma corrida contra o relógio. Quando vem a primeira menstruação, é sinal de que 70% do ciclo de transição para a adolescência foi concluído – ou seja, não há muito o que fazer. A antecipação da menarca tem conseqüências pesadas. Ao longo do processo natural da puberdade, o organismo passa por um grande estirão ósseo. Nos três anos de duração dessa fase da vida, as crianças crescem em média 30 centímetros. O desequilíbrio hormonal típico da puberdade precoce prejudica o desenvolvimento dos ossos e faz com que o crescimento seja menor. "Sem tratamento, uma criança com a doença raramente ultrapassa 1,50 metro de altura", diz a médica Ana Claudia. A puberdade precoce impinge ainda à sua vítima um tormento

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psicológico, principalmente quando ela é uma menina. De uma hora para outra, a garota se vê às voltas com um corpo de mulher, ao mesmo tempo em que só quer brincar de boneca, visto que o amadurecimento psíquico não acompanha a prematuridade das transformações físicas. Freqüentemente, os médicos são procurados por mães aflitas por conter a puberdade das filhas pequenas. Na maioria das vezes, porém, o distúrbio não requer nenhuma intervenção. No último século, a idade da primeira menstruação caiu consideravelmente. Atualmente, a menarca ocorre por volta de 12 anos. Isso significa que os primeiros sinais da puberdade começam a surgir de dois a três anos antes, o que se enquadra no padrão de normalidade. Há pelo menos duas explicações para esse adiantamento. A primeira é o fato de que as crianças hoje estão mais gordas. As células adiposas servem de combustível para a fabricação do hormônio GnRH. Há ainda a hipótese de que a exposição ao erotismo – na TV, na internet etc. – tenha o mesmo impacto sobre o cérebro das meninas. VEJA Edição 2060 14 de maio de 2008 • O Ciclo da Vida e seus Hormônios: da gestação à velhice Há duas fases no desenvolvimento humano em que passamos por intensos períodos de crescimento. A primeira é desde a gestação até o 1º ano de vida dos meninos, e 2º ano de vida das meninas. A segunda é com o início da puberdade, até os 20 anos de idade. Isso não quer dizer que de 2 à 11 anos, não cresçamos, mas sim que neste período, a taxa do crescimento mensal diminui muito, em relação à verificada nos anos anteriores. Após os 20 anos de idade, em situações normais, o crescimento deve cessar. Analisemos o que promove estes acontecimentos: Um dos muitos hormônios que o hipotálamo produz, é o GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), que ao se conectar a receptores específicos da Hipófise, estimulará a Hipófise Anterior a produzir um novo hormônio, chamado GH (Grow Hormone – Hormônio do Crescimento). Este hormônio, lançado na corrente sangüínea, será captado por todo tipo de célula do organismo. Sua função na célula é basicamente duas: Aumentar o volume e o número das células. Estes dois fenômenos só são possíveis graças à ação do GH, no interior da célula. Uma de suas ações principais é aumentar a síntese protéica, pelo fato de permitir que mais aminoácidos entrem na célula. Como os aminoácidos são as “matérias-prima” para a formação de proteínas – sob o comando de determinados genes específicos do DNA – um aumento no número de aminoácidos irá capacitar a célula à produzir uma maior quantidade de proteínas, aumentando consequentemente o seu funcionamento. Mas pra realizar esta tarefa, as células também precisam de energia. Justamente, outra

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das funções do GH é transferir a energia das células adiposas (células de gordura), para as demais. Por isso que dizem que o adolescente: “estica e afina”, pois enquanto estamos crescendo demasiadamente, nossa gordura está sendo degradada. Por isso também que adolescentes têm tanta fome, e porque recém-nascido parece relógio (tem necessidade de mamar de 3 em 3 horas). Por isso também, tumores em recémnascidos são tão perigosos, pois TODAS as células vão estar se reproduzido rápida e frequentemente, inclusive as eventuais células cancerígenas. Também nesse período, são produzidas grandes quantidades de hormônios sexuais. Estes hormônios são sintetizados devido à ativação do eixo HHG (Hipotálamo-HipófiseGônada). O Hipotálamo começa produzindo GnRH (o mesmo precursor do GH), que estimula a Hipófise a sintetizar GnHs (Gonadotrofinas), que irá – através da corrente sanguínea – estimular a síntese dos hormônios sexuais: estrógeno (que na verdade é uma CLASSE de 3 hormônios diferentes: estriol; estradiol e estrona); progesterona e testosterona, nas gônadas (óvulos – nas mulheres – e testículos – nos homens). Ao fim dos 2 anos, este eixo fica inativo, pela ação de uma substância chamada Neuropeptídeo Y (NPY), que exerce tanto um bloqueio da função HHG, como também estimula o comportamento alimentar.Entre os 2 e 11 anos, a produção de GH continua, mas não é tão maciça quanto outrora. Neste período, as células se multiplicam numa velocidade mais lenta. Então, o NPY impede que a adolescência se inicie cedo demais, e isto tem uma lógica evolutiva! É na adolescência que ambos os sexos alcançarão a maturidade sexual. Gestar uma criança (no caso das fêmeas) ou copular com um grande número de parceiras (no caso dos machos) são comportamentos que exigem grande quantidade de energia. Se a função da adolescência é desenvolver o comportamento sexual, para que os genes possam ser transmitidos; é lógico que este processo não pode ser iniciado antes que haja condições físicas para isso, ou seja, antes de amadurecer o ser precisa estar bem alimentado. Por esta razão, o NPY inibe o eixo HHG e estimula o comportamento de busca por alimentos que, aliado à queda na síntese de GH – e também dos hormônios tireoidianos, que regulam o metabolismo – a criança desta fase tende a acumular uma quantidade maior de gordura, do que um adulto que comesse a mesma quantidade, pelo fato de esta gordura ingerida não ser tão maciçamente gasta e, por conseguinte, ser estocada. Cada célula adiposa produz uma proteína chamada Leptina. Por uma questão lógicomatemática, quanto mais células gordurosas, mais leptina será produzida. Chegará um ponto em que a quantidade de leptina será suficientemente grande, para exercer um feedback no hipotálamo, no sentido de informar que é necessário desbloquear o eixo HHG, afinal, o nível de gordura do corpo já é suficientemente alto, logo, o ser já está em condição de realizar sua função natural: reproduzir. Agora, então, os hormônios sexuais podem ser novamente sintetizados.

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Quando o eixo HHG é reativado, inicia-se aquilo que conhecemos como adolescência, cuja principal característica será estimular cada sexo a responder adequadamente ao sexo oposto, através da sensibilidade aos feromônios. Em outras palavras, homens e mulheres exalam feromônios diferentes. Quando um homem (por exemplo) percebe no ar o feromônio feminino, ele descobre que aquela é realmente uma mulher e que possui o óvulo, que precisa ser fecundado pelo seu espermatozóide, para gerar um novo ser e propagar seu código genético. É claro que olhando superficialmente, acha-se um tanto ridícula a idéia de que reconhecemos as diferenças sexuais pelo cheiro que os indivíduos emanam. Mas esta é uma herança extremamente remota da espécie (não só humana) e, nos humanos atuais, ocorrem em nível inconsciente. A ação desses feromônios pode explicar por que, apesar de todas as inevitáveis desavenças e decepções com relação ao(a) parceiro(a), dadas as proporções, é por ele(a) que nosso coração continua a bater mais forte. Dois feromônios humanos têm sido bastante estudados. Um deles é o AND (4,16androstadieno-3-ona), derivado dos hormônios sexuais masculinos, encontrado no suor e na pele e pêlos das axilas dos homens. O outro feromônio é o EST (1,2,3(10), 16estratetraeno-3-ol) um derivado do estrogênio secretado pelas mulheres. O ADN tornará o homem sexualmente mais atraente à mulher. O EST tornará a mulher, sexualmente mais atraente ao homem. Devido ao dimorfismo (duas formas) cerebral, existem estruturas cerebrais responsáveis por detectar estes feromônios, diferentes, entre homens e mulheres. A primeira estrutura que detecta o feromônio presente no ar é o chamado órgão vomeronasal, situado estrategicamente no interior do nariz. Este órgão vomeronasal detecta os feromônios e envia a sensação ao epitélio olfativo. Este caminho é chamado de: Via Vomeronasal, e os machos (inclusive o homem) possuem mais neurônios do que as mulheres, nesta via que processa os sinais trazidos pelos feromônios. Tanto em machos como fêmeas, os feromônios será captados e processados na via vomeronasal. O que irá diferenciar o comportamento sexual entre os sexos, será o tamanho diferente dessas estruturas, provocado pelo dimorfismo sexual. Os hormônios, que voltam a ser produzidos quando o bloqueio Hipotálamo-HipófiseGônadas é quebrado, tornam algumas estruturas cerebrais dimórficas, capazes não só de responder aos próprios hormônios sexuais, mas também de comandar sua liberação perante o simples estímulo olfativo ou visual do objeto desejado, e reagir com todo o repertório de comportamentos de aproximação, conquista e consumação sexual. Todas as estruturas do órgão vomeronasal estão comprovadamente relacionadas ao comportamento sexual. A ablação do órgão vomeronasal realizada em animais de laboratório, virgens, tornou-os indiferentes ao sexo oposto e incapazes de acasalar. Em

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algumas cirurgias plásticas que envolvem o nariz humano, este órgão é retirado. A conseqüência dessa remoção, infelizmente, nunca foram bem estudadas, mas se for análogo aos animais laboratoriais, estes indivíduos tendem a diminuir drasticamente seu desejo sexual, pois, sem o órgão que capta os feromônios, que são os responsáveis por identificar o sexo das pessoas, é como se este indivíduo não soubesse quem é quem. Porém, se este indivíduo já for sexualmente ativo, a remoção do órgão vomeronasal não representa tanto problema. Já a ablação do epitélio olfatório dos animais de laboratório, demonstrou que o processamento ocorrido nesta região não é tão fundamental para a determinação do comportamento sexual, como a captação feita pelo órgão vomeronasal. A próxima estrutura na via vomeronasal é o bulbo olfatório acessório, que recebe diretamente os sinais do órgão vomeronasal, e também possui mais neurônios nos machos do que nas fêmeas. O núcleo póstero-dorsal da amígdala medial (pdMED) e o núcleo intersticial da estria terminal (BST) possuem mais neurônios nos machos, e esse dimorfismo depende dos hormônios sexuais masculinos – ou seja, somente se instala na adolescência. Caso os testículos forem removidos precocemente (antes da adolescência), o tamanho aumentado do BST masculino não é alcançado, pois sem testículo não há produção de andrógenos, que o concederiam um tamanho maior do que o da mulher. Já o volume do pdMED tanto é alcançado, quanto mantido, pela quantidade elevada de androgênios, de maneira que, mesmo se seu volume maior do que o da mulher for alcançado, caso haja alguma baixa drástica na concentração de andrógenos no corpo do homem, esta estrutura pode encolher e ficar do tamanho do da mulher, um processo de involução bastante acelerado, pois dura cerca de apenas quatro semanas. Quando a mPOA recebe uma estimulação, que pode ser pelos feromônios que chegam até ela após percorrer toda a via vomeronasal, sua atividade neuronal fica bastante evidenciada e aumenta gradualmente até a ejaculação. Após isso, os neurônios dessa área entram em uma espécie de “período de latência” que corresponde ao período refratário (que corresponde aos instantes após a ejaculação, onde uma nova ereção é inviável). Logo, podemos constatar que os neurônios da mPOA estão relacionados diretamente ao ato sexual em si, e esta região foi estimulada devido a captação dos feromônios lá pelo órgão vomeronasal, no início da via. A disfunção da mPOA pode estar por trás do declínio “normal” na atividade e motivação sexual em animais idosos (inclusive humanos). Isso porque, com a velhice, o cérebro vai sofrendo um processo natural de desmielinização, o que acarretará numa diminuição na freqüência das sinapses, inclusive na mPOA. Com a atividade neuronal diminuída nessa região, conseguir uma ereção torna-se mais trabalhoso. A primeira ação dos hormônios sexuais ocorre ainda na vida intra-uterina. É o pico de testosterona no feto que determina a masculinização do cérebro e faz com que todas

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as estruturas da via vomeronasal produzam aromatase, a enzima que tornará possível, na adolescência, a ação da própria testosterona no cérebro. Na adolescência, a testosterona induz ao aumento do tamanho de várias vias no cérebro masculino, inclusive o pdMED e o BST. Tanto a testosterona, quanto o estrogênio produzem sobre os neurônios da via vomeronasal a sensibilização, que é a condição necessária para o interesse sexual. O nível normal de testosterona encontrado no sangue de um adolescente faz com que as estruturas da via vomeronasal passem a produzir mais aromatase, o que os tornam ainda mais sensíveis à testosterona. Ao mesmo tempo, a própria ativação da via por feromônios leva à liberação rápida de GnRH pelo hipotálamo, e assim secreta-se ainda mais testosterona. Por isso ocorre a produção rápida de grandes quantidades de testosterona em resposta à fêmea. Porém, quando há uma situação de estresse associada, o desempenho sexual pode ser prejudicado. Isso porque o cortisol que é liberado pela adrenal mediante uma situação estressante, irá competir receptores com a testosterona (pois os dois hormônios têm uma forma molecular similar), isso atrapalhará a ação da testosterona que, tendo um competidor inesperado, não agirá da maneira como deveria e isso pode comprometer o comportamento sexual do macho, inclusive não permitindo que ele tenha uma ereção. TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL A Baixa concentração de Serotonina na Fenda Sináptica é a causa da Agressividade. Essa baixa concentração acontece devido a fatores estressantes. A Testosterona, a Adrenalina, a Noradrenalina e a Dopamina se elevam, durante a agressividade, preparando nosso organismo, ou para a luta, ou para a fuga. A Vasopressina vai dilatar nossos vasos sanguíneos, para mandar mais sangue (energia) para os músculos. A TPM é uma alteração hormonal, que ocorre dias antes da menstruação (e acaba após a menstruação), onde a mulher demonstra uma série de sintomas, tanto físicos, como psicológicos. Os principais hormônios envolvidos na TPM são: Estrógeno e Progesterona. Estes dois hormônios são formados da seguinte forma: • A Hipófise lança na corrente sanguínea, dois hormônios: LH (Hormônio Luteinizante) e FSH (Hormônio Folículo Estimulante). • Estes dois hormônios “caminham” até os ovários da mulher (via corrente sanguínea). • Estando lá, estes hormônios estimulam a produção da Progesterona e do Estrógeno.

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• No momento da menstruação, estes dois hormônios sofrem uma queda muito brusca, passando de concentrações estáveis, para quase nada. Esta queda é uma das origens da TPM, cujos sintomas mais comuns são: A relação entre a Agressividade e a TPM, é porque em ambos os casos, o nível de Serotonina na fenda sináptica está baixo. Isso leva ao comportam. MENOPAUSA E CLIMATÉRIO ; O que é? A menopausa é a última menstruação da mulher. O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários. A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa. A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa. A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura. A diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausal. O que se sente? Os sintomas mais freqüentes são: Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia. Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral, caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência urinária, além da sensação de micção iminente.

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Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral. Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal. Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio. O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom colesterol. Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a osteoporose. É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda óssea mais rápida. O QUE É MENOPAUSA? O QUE É CLIMATÉRIO? As palavra menopausa e climatério têm sentidos diferentes, embora sejam utilizadas como sinônimos com freqüência. A rigor, menopausa é o momento da vida da mulher em que ocorre o último ciclo menstrual. Climatério é o período que abrange toda a fase em que os hormônios produzidos pelos ovários(estrogênio e progesterona) vão progressivamente deixando de ser fabricados, incluindo-se, portanto, a transição entre as fases reprodutiva e nãoreprodutiva da vida da mulher. Assim, a menopausa é um evento que acontece durante o climatério. Nem a menopausa nem o climatério são doenças, mas ocorrências naturais ao longo da vida das mulheres. Durante o climatério, a diminuição desses hormônios faz com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem completamente. Nessa fase de transição, ocorrem alterações físicas e psíquicas importantes, que prejudicam a qualidade de vida da mulher. Ao contrário do que muita gente pensa, essas alterações podem e devem ser tratadas. QUANDO COMEÇA O CLIMATÉRIO? Na maioria das mulheres, a menopausa ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade, em média aos 50 anos. Por outro lado, os primeiros sinais do climatério, que são os ciclos menstruais irregulares, podem ocorrer vários anos antes da menopausa, ou seja, antes da última menstruação. Atualmente, a expectativa de vida das mulheres se localiza na

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faixa dos 75 anos. Como a menopausa ocorre por volta dos 50 anos, as mulheres de hoje vivem em um estado de carência hormonal durante cerca de 25 anos, ou seja, um terço de suas vidas.

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