Projeto2

  • October 2019
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  • Words: 2,200
  • Pages: 12
PROJETO

DE

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

AVALIAÇÃO FORMATIVA ELETRÔNICAS

DE

APRENDIZAGEM

ESTUDANTE:

DE

LEONARDO BARICHELLO

ORIENTADOR:

MARCELO FIRER

UNICAMP, OUTUBRO

Resumo

UNIDADES

DE

DE

2004

MATEMÁTICA

Nesse

projeto,

pretendemos

chegar

a

uma

série

de

diretrizes básicas para confecção de Unidades Eletrônicas de Aprendizagem Unidades

de



Matemática

através

desenvolvidas

com

da

experimentação

alunos

e

discussão

das dos

resultados obtidos nessas experiências. Introdução Durante Matemática

o em

desenvolvidas

projeto Forma

algumas

“Unidades de

Páginas

Unidades

de

Aprendizagem

Eletrônicas”1

Eletrônicas

de

de

foram

Aprendizagem

(UEA)2 e realizadas algumas experiências com elas em ambiente escolar. Sobre a confecção das Unidades, podemos salientar duas preocupações principais: A primeira diz respeito aos princípios pedagógicos que nortearam o nosso trabalho e que foram escolhidos a partir do nosso objetivo principal de produzir Unidades autônomas de aprendizagem,

são

eles:

gradatividade

e

relevância

e

verossimilhança dos exemplos e problemas. O

segundo

diz

respeito

à

preocupação

de

explorar

os

recursos oferecidos pela mídia em questão de forma a otimizar o alcance dos nossos objetivos sem transformar as unidades em uma exibição impensada de tecnologia. Três das questões que mais nos preocuparam nesse sentido foram: a elaboração de ferramentas dinâmicas, a utilização de links e a forma como corrigimos as questões.

1

2

Projeto desenvolvido pelo aluno Leonardo Barichello sob orientação do professor Marcelo Firer durante o período de setembro de 2003 a agosto de 2004, IMECC – Unicamp. Agência Financiadora: Fapesp, nº proc. 03/05820-04. As Unidades prontas podem ser acessadas em www.ime.unicamp.br/~leob

No que diz respeito às experiências, apesar de pouco numerosas, foram extremamente produtivas por nos fornecerem indícios primários sobre pontos que podem ser aprimorados nas Unidades e sobre questões envolvendo a relação do aluno com a mídia3, incluindo fatores importantes que influenciam a forma como

os

alunos

familiaridade natureza

se

com

relacionam

com

as

UEAs,

computadores

que

determina

tais

como

a

claramente

a

de navegação na UEA.

Essas experiências também serviram para indicar que

a

forma que utilizamos para construir as unidades é coerente com as nossas intenções e, portanto, vale a pena investir nesse formato para elaborar, em um projeto maior, todo o conteúdo do ensino fundamental nesse formato. Além dos méritos pedagógicos das Unidades, vale a pena salientar

que

esse

formato

conta

com

algumas

vantagens

inerentes a ele como a facilidade de divulgação via Internet, possibilidade de personalizar as unidades e o apelo atual de inserção

dos

computadores

em

sala

de

aula

de

forma

construtiva e natural4. Neste

primeiro

momento,

dedicado

primordialmente

a

elaboração da primeira versão das atividades, não pudemos realizar a avaliação das unidades de forma mais sólida, seja num

sentido

atividades

e

formativo, tirar

que

conclusões

nos

permitisse

mais

claras

e

aprimorar

as

passíveis

de

generalização, seja no sentido somativo, que nos levaria a uma validação destas.

3

Quanto tratarmos das Unidades, entenda por mídia mais do que o próprio computador, ou seja, o formato de página da Internet utilizado nelas. 4 Vide AONDE Parâmetros Curriculares Nacionais.

Objetivos O objetivo geral desse projeto é obter subsídios que permitam desenvolver um amplo acervo de UEAs que abranjam todo o conteúdo do ensino fundamental e médio. Pretendemos desenvolver

diretrizes

que

contemplem

uma

proposta

de

estrutura geral de páginas, em termos de organização e modos de aproveitamento dos recursos da mídia, e uma formulação dos princípios pedagógicos adotados, que repense e re-avalie os princípios elaborados na etapa anterior. Para tanto, pretendemos focar duas questões principais: 1. Entender melhor o relacionamento dos alunos com a mídia em questão. 2.

Compreender

e

explorar

melhor

os

princípios

pedagógicos adotados até agora. Esses dois objetivos podem ser esmiuçados em aspectos mais específicos, que serão abordados de maneira mais direta e objetiva durante todo o nosso trabalho: 1.

Relação

Aluno-Mídia:

compreender

a

relação

que

o

aluno estabelece com a mídia, incluindo a relação do aluno

com

os

seguintes

elementos

e

recursos

específicos: a.

Ferramentas elaboradas dinâmicas tabelas

Dinâmicas: utilizam

como

que

algumas

plotadores

efetuam

as de

cálculos

unidades ferramentas gráficos

e

específicos.

Devemos buscar o ponto de equilíbrio entre

a utilidade efetiva das ferramentas, pois o uso

indiscriminado

Além

disto,

torna-as

devemos

enfadonhas.

modificar

as

ferramentas para que possam ser acionadas apenas através ou do mouse ou do teclado, verificando

se

isto

as

torna

mais

amigáveis. Será ainda feito um levantamento de

ferramentas

existentes,

de

uso

livre,

que possam ser incorporadas as UEAs. b.

Links: utilizamos links nas UEAs para ligar diferentes

unidades

relacionadas,

para

pontuais

que

estejam

fornecer

(glossário)

ou

para

informações facilitar

a

navegação dentro da própria unidade. Porém, a forma como os alunos os utilizam, e mais ainda,

os

motivos

utilizam,

pelos

quais

não

os

ainda não estão claros e merecem

melhor tratamento. c.

Correção

de

desenvolver

Exercícios:

um

sistema

de

optamos

por

correção

que

corrige a questão sem fornecer a resposta, mas já detectamos que esse mecanismo é em parte insuficiente, pois pode desestimular os alunos após uma seqüência de respostas erradas intenção

para é

uma

mesma

encontrar

questão. um

A

nossa

mecanismo

que

equilibre a função de orientar o aluno e permitir

que

obtenha

em

algum

momento

a

resposta que deseja. d.

Navegabilidade:

nas

UEA’s

ocorre

essencialmente dois tipos de navegação, a

horizontal e vertical5. A navegação vertical está ligada ao ato de rolar a página (ou clicar

no

botão

que

acessa

a

página

seguinte) e segue uma ordem semelhante à dos

livros

didáticos,

traduzindo

alguma

estrutura lógica que pareceu razoável aos autores. Em certo sentido, esta representa uma idéia de se “avançar no conteúdo”, ou “retroceder inclusive estejam

no

conteúdo”,

acessar

possibilitando

pré-requisitos

solidificados.



a

que

não

navegação

horizontal, feita exclusivamente através de links, possibilita que o aluno se aprofunde no estudo dos conteúdos ou busque expandir os

horizontes

necessário

a

partir

discutir

destes. o

Também

modo

de

é se

operacionalizar links a páginas externas. 2.

Efetividade anterior

dos

do

princípios

projeto

pedagógicos:

foram

Em

abordados

etapa

diversos

princípios pedagógicos que nortearam a elaboração das UEAs,

tratando

de

questões

como

dificuldade

de

exercícios, gradatividade e coerência do conteúdo e inteligibilidade e relevância de exemplos e textos explicativos.

Pretendemos

avaliar

de

maneira

sistemática estes princípios e reformulá-los de modo detalhado e exemplificado. 3.

Motivação:

Foi

notável

a

motivação

dos

alunos

participantes nas primeiras experiências. Pretendemos 5

A classificação e explicação mais detalhada dos tipos de navegação em uma página da Internet podem ser vistas em [Donati].

avaliar de uma maneira mais ampla os elementos que influenciam na motivação do aluno e de que forma o fazem.

Podemos

destacar

duas

questões

fundamentais

que pretendemos responder dentro desse quesito: a.

Será que a motivação do aluno em trabalhar com

o

computador

se



exclusivamente

devido à novidade no formato das UEAs? Em caso

positivo,

por

quanto

tempo

esta

sensação pode perdurar? b.

De que forma a extensão das unidades, de seus blocos de texto e exercícios estimulam o aluno a ler ou resolver cada um deles?

Apesar de fugir do nosso escopo, avaliaremos também a questão do design, principalmente através da opinião direta dos alunos a respeito do que pode ser melhorado no visual das Unidades

e

da

consideração

de

orientações

gerais

sobre

o

desenvolvimento de interfaces humano-computador ([Rocha]). Ao final do nosso trabalho, pretendemos ter um conjunto de diretrizes que envolvam todo o processo de confecção de uma

Unidade

e

que

possa

ser

utilizado

na

orientação

do

trabalho de uma equipe. Um subproduto deste processo será um pequeno manual para orientar o trabalho de futura desenvolvedores de conteúdo.

equipe de

Metodologia Implantaremos

um

sistema

estruturado

de

avaliação

formativa que nos forneça as informações desejadas de forma contínua durante o processo de experimentação das Unidades por alunos. Do mesmo modo que em sala de aula, em que a avaliação formativa é normalmente empregada quando se deseja levantar informações sobre o andamento de um curso para permitir que professor

e

alunos

trabalho

mais

redirecionem

efetivo,

seus

buscaremos

prestando atenção nos indivíduos,

esforços avaliar

e o

tornar

o

processo,

na forma como os alunos

estão utilizando as UEAs e sobre o aprendizado resultante dessa forma de utilização. Uma diferença importante diz respeito ao objetivo final de nosso trabalho, embora não tanto ao método: enquanto a avaliação formativa em sala de aula faz antes de tudo um retrato de momento, nós buscaremos estruturara estes diversos momentos

em

alguma

forma

um

pouco

mais

genérica

buscando

produzir um conjunto de diretrizes para situações futuras, que apóiem a elaboração de um material didático permanente, as UEAs. Trabalharemos cada,

que

com

grupos

trabalharão

pequenos,

semanalmente

de com

quatro o

alunos

material

desenvolvido, sendo acompanhados pelo bolsista que terá a dupla função de orientar o trabalho e observar/registrar. Os grupos

serão

divididos

de

acordo

com

dois

aspectos

que

constatamos serem importantes no modo de se relacionarem com as UEAs: o grau de familiaridade com computadores e Internet e a facilidade com a qual lidam com conteúdos matemáticos. Apesar de trabalharmos com universo pequeno, sem qualquer

preocupação

estatística,

procuraremos

balancear

a

distribuição de gêneros e classe sócio-econômica. Seguindo estes critérios formaremos quatro grupos entre seis e oito alunos, totalizando um universo de 24 a 32 alunos de 5ª e/ou 6ª

série

do

específico

ensino

de

cada

fundamental, escola

e

do

dependendo período

do

do ano

currículo que

será

realizada a experiência. Além disso, escolheremos também alunos que não tenham visto em sala de aula o conteúdo a ser ministrado, pois um dos objetivos das UEAs é servir como elemento a ser inserido nas aulas programáticas como material complementar. Buscaremos realizar o trabalho em local neutro, dentro da universidade. Os

alunos

se

reuniriam

toda

semana

em

uma

sala

de

computadores a ser definida em encontros com 1:30 hora de duração, e trabalharão com as quatro UEAs já desenvolvidas ou até esgotar o prazo de 8 encontros. Instrumentos de Coleta de Dados6 O

primeiro

mecanismo

de

obtenção

de

informações

nas

experiências seria o que Haydt chama de “anedotário” a ser preenchido informações

durante sobre

as

próprias

reuniões

o

comportamento

de

e cada

contendo aluno

separadamente. Além deste, contaríamos com uma espécie de “ficha de andamento” que se prestaria a acompanhar a ordem e forma com que cada grupo desenvolve a Unidade, indicando os links acessados, exercícios resolvidos, tempo gasto em cada parte, etc... Parte deste processo será automatizada através

6

Um conjunto com vários mecanismos de coleta de dados para avaliação formativa e algumas observações sobre sua utilização podem ser encontradas em [Haydt].

de

arquivos

de

registro

(“log

file”),

parte

através

de

observação. Outro instrumento será questionários a serem respondidos pelos participantes a cada reunião, inclusive com questões específicas sobre o trecho trabalhado naquele encontro. Como salientado em [Haydt] e já verificado nas primeiras experiências, os alunos não acostumados sentem dificuldade em se expressar em questões avaliativas muito amplas que exigem uma auto-avaliação ou reflexão acerca do material utilizado, portanto, procuraremos orientar os alunos de modo a tornar esses questionários o mais proveitosos possível e utilizar questões mais objetivas do que “Você gostou?” ou “Você tem alguma sugestão para melhorar a atividade?”. Além destes, contaríamos com entrevistas individuais e em grupo, discutindo e apreciando as unidades e o trabalho desenvolvido de forma mais ampla e profunda do que será feito nos outros mecanismos. Incorporação das Conclusões À

medida

que

uma

dupla

de

alunos

finaliza

uma

UEA

incorporaremos, na medida do possível, as alterações que se mostrarem mais importantes já na próxima UEA a ser trabalhada por essa dupla. Não necessariamente utilizaremos essa alteração em todos as

duplas

de

alunos,

pelo

contrário,

poderemos

induzir

diferenças entre duplas de alunos da mesma categoria para verificar diferenças de comportamento. Ao final das experiências produziremos uma versão final das

Unidades

incluindo

todas

as

conclusões

feitas durante o período de experimentação.

e

observações

Pela forma como trabalharemos e pelos mecanismos a serem utilizados no decorrer no projeto podemos classifica-lo na linha de “pesquisa-ação” (action research)7. Cronograma Podemos

dividir

a

execução

do

nosso

projeto

em

três

etapas distintas: 1.

Preparação e Planejamento:essa fase deve durar até

um

mês

após

o

início

Utilizaremos

esse

período

do

ano

para

letivo.

discutir

os

pontos importantes de cada Unidade e criar os questionários

de

avaliação

para

cada

fase

da

experimentação e também para montar e estruturar o grupo de alunos. 2.

Experimentação: início

das

Essa

fase

férias

essencialmente,

de

deve

julho

do

e

até

coleta

e

Haverá

nesse

período

momentos

editar

as

de

discussão modo

de

onde

a

o

consistirá,

acompanhamento

experiências,

Unidades

durar

das dados.

deveremos

incorporar

as

conclusões tiradas até o momento. 3.

Finalização:

Nessa

fase,

criamos

uma

versão

final de todas as Unidades incorporando todas as conclusões

tiradas

durante

a

fase

anterior

e

elaboraremos o manual de diretrizes básicas para elaboração dessas Unidades de forma maciça. 7

Uma explicação mais detalhada sobre o que é Action Research pode ser encontrada no site http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/areol/areolhome.html ou mais especificamente em [Dick].

Bibliografia [Dick]

DICK,

B.

A

begginer`sguide

to

action

research.

http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/guide.html (2000) DICK, overview.

B.

The

Snyder

evaluation

process:

an

http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/snyder-

b.html (1997) GAMA, Zacarias J. Avaliação Formativa: ensaio de uma

arqueologia.

in

Estudos

em

Avaliação

Educacional,

n.

29/2004. [DONATI]

DONATI,

Luisa

P.

&

CARVALHO,

Hélio

&

PRADO,

Gilberto. Sites na web: considerações sobre o design gráfico e a estrutura de navegação. [HAYDT]

HAYDT, REGINA C. Avaliação do Processo de Ensino-

Aprendizagem. Editora Ática, 1992 – São Paulo. [ROCHA]

ROCHA, Heloísa V. da & BARANAUSKAS, Maria C. C.

Design e Avaliação de interfaces humano-computador. IME/USP, 2000 – São Paulo.

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