Projecto Escola Amiga Instituição: Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Anunciada – Jardim-de-infância “Gotinha de água”
Grupo: Ana nº1 / Bruna nº5 / Fábio nº8 / Vânia nº23
Escola Secundária de Bocage Curso de Técnicos de Apoio à Infância Turma I do 10º ano Disciplina: TPIE Professor/a: Rosa Duarte
Título do trabalho Projecto Escola Amiga: Infantário “Gotinha de Água”
21 De Maio de 2009 Ano lectivo 2008/2009
Grupo: Ana nº1 / Bruna nº5 / Fábio nº8 / Vânia nº23
Índice Introdução............................................................................................................................2 A: A instituição....................................................................................................................3 A1 – Breve Descrição da Instituição...............................................................................3 A2 – Caracterização do Espaço.......................................................................................3 A3 – Caracterização do grupo sala..................................................................................4 B – Ambiente de aprendizagem...........................................................................................4 1 – Descrição das actividades da manhã e da tarde.........................................................4 2 – Análise das actividades..............................................................................................9 C – Interacção Adulto Criança...........................................................................................11 Criação de um clima de apoio básico de interacções positivas......................................11 D – Rotina Diária...............................................................................................................13 E: Avaliação.......................................................................................................................16 Conclusão...........................................................................................................................17
1
Introdução O seguinte trabalho foi realizado no âmbito do Projecto Escola Amiga para a disciplina de Psicologia. Tem como objectivo dar a conhecer pormenorizadamente a instituição visitada durante o projecto, as suas caracteristicas, modo de funcionamento, ambiente, rotinas e modos de interacção. A partir de vários aspectos explicaremos detalhadamente todos os processos observados no dia da visita.
2
A: A instituição A1 – Breve Descrição da Instituição A instituição é uma IPSS (Instituição Pública de Solidariedade Social), constituída por Creche, Jardim-de-infância, Atl, Apoio à Terceira Idade.
A2 – Caracterização do Espaço O Espaço da instituição é constituído por um espaço exterior e interior. Quanto ao espaço interior está dividido por creche e Jardim-de-infância. Em relação ao Jardim-de-Infância consta três salas e na Creche mais três. Em relação às Infra-estruturas existe uma copa, Gabinete de coordenação, Sala de reuniões e Vestuário de Funcionários. Já no espaço exterior podemos observar um escorrega e alguns Jogos no chão.
3
A3 – Caracterização do grupo sala O grupo foi dividio em duas partes, ficando duas pessoas na sala da tartarugas e outras duas na sala dos passarinhos. A que iremos falar aqui corresponde à caracterização da sala das Tartarugas. A sala era constituida de forma heterogenea com crianças entre os 2 e os 5 anos. O responsável
máximo
e
educador
Davide Inácio era apoiado pelas auxiliares de infância Elsa ou Isaura. Era dividida em 7 partes distintas consoante as actividades ai praticadas sendo elas as seguintes: “Armário Jogos”; “Acolhimento”; Garagem das Construções”; “Casinha das Bonecas”; “Informática”; “Artes Plásticas”; “Biblioteca”. Possuia ainda o espaço do almoço e da sesta.
B – Ambiente de aprendizagem 1 – Descrição das actividades da manhã e da tarde •
O tema
•
A preparação
•
O desenvolvimento/Construção
•
O Apoio/conselhos prestados
•
A Aplicação/Utilização
4
Período da manhã Na parte da manhã as crianças presentes realizaram algumas actividades como, pintura ou construção
de
puzzles.
Nesta
altura
as
actividades de pintura eram baseadas num tema específico pelo que nos foi dado a perceber. Primeiramente,
o
educador
realizava
jogos
estimulantes com as crianças de forma a obter uma resposta. Fazia perguntas de forma criativa de modo a obter as respostas desejadas. O recurso á interacção através da música foi evidente. O objectivo do jogo era adivinhar de onde vinha o leite que as crianças bebem regularmente. O educador cantava assim uma música intitulada "Vaca Leiteira", sendo acompanhado pelas crianças, que seguiam os seus gestos. De notar aqui o factor da imitação, repetindo os gestos do educador. Dando continuidade ao jogo, o educador dividiu então as crianças por duas actividades distintas. Partindo de um desenho de uma Vaca, um grupo pintava com recurso a canetas de pintar e lápis de cor o focinho e a cauda da vaca. Já o outro grupo, utilizava uma técnica de pintura bastante distinta. Com a ajuda de uma batata embebida em Tinta preta, as crianças faziam as manchas da Vaca. À medida que iam acabando as crianças dividiam-se por outras actividades. O educador dava a hipótese de escolher entre as várias áreas de brincadeira como a biblioteca, a casinha das bonecas, o armário dos jogos, a garagem das construções ou a Informática tendo em conta que acabaram de sair da zona de artes plásticas. Foi visível ainda que o educador explicava às crianças que não poderiam escolher uma área onde estivessem estado no dia anterior. A seguir às actividades lúdicas interiores, o educador mandou arrumar todos os jogos e brinquedos, orientando depois as crianças de modo a fazerem
5
um comboio à porta. Aqui notava-se que as crianças tinham já bem marcadas as regras de uma rotina diária. Á medida que recebiam o chapéu para se protegerem do sol, iam formando um comboio à porta da sala, agarrando-se aos bibes uns dos outros de forma a irem brincar para o exterior. No exterior as crianças brincavam com carrinhos, bolas entre outros brinquedos de grandes dimensões ou utilizavam o equipamento do espaço exterior neste caso um escorrega. Muita actividade, correria e interacção faziase notar na hora do recreio, enquanto brincavam sob o olhar atento de educadores e auxiliares. Chegada a hora do almoço as crianças dirigiam-se para a porta de acesso ao interior através do mesmo processo. O educador dizia para formar um comboio e as crianças como que sabendo a sua obrigação aquela hora formavam o comboio muito rapidamente e de forma organizada. Dois pontos muito importantes nesta fase. Em primeiro lugar a forma como o Educador reunia as crianças, chamando pelo nome da sala. Neste caso, como era a sala das tartarugas, o educador gritava esse mesmo nome. Outro ponto importante passa pela forma como se gere o espaço de forma a estar organizado. Da mesma forma que as salas não vêem todas ao mesmo tempo para o recreio dando um espaço de 5 a 10 minutos, de modo a dar tempo que as crianças se ponham cá fora, o regresso ao interior é realizado da mesma forma, entrando uma sala de cada vez. Á medida que entravam o educador indicava o caminho da casa de banho para que as crianças fossem lavar as mãos ou fazer "xixi". À medida que iam regressando, bebiam água, notando-se que cada um possuía uma garrafa sabendo exactamente qual a sua garrafa ou pelo nome já escrito ou por alguma marca. Sentavam-se de seguida nas mesas que estavam já prontas para o almoço. Aqui foi bem visível o trabalho por vezes invisível de um auxiliar de
6
infância ou de acção educativa, visto que enquanto as crianças brincavam lá fora, alguns auxiliares tomavam conta da hora do almoço. Durante a hora do almoço existem alguns pontos essenciais. As crianças comiam, contudo distraiam-se como muita facilidade, por vezes até por estarmos presentes, outras vezes mesmo com brincadeiras. Existe assim um persistente trabalho,
tanto
de
educadores
como
de
auxiliares
que
interagiam
constantemente com as crianças de modo a que estas se focassem no essencial, a hora de almoço. O clima vivido à hora de almoço era de muita cumplicidade, visto que as crianças têm sempre algo para contar umas às outras e por vezes até aos educadores. O educador da sala dava a comida a uma menina que necessitava de apoio especial, através de uma interacção mais cuidada e lenta. A auxiliar virava a sua atenção para uma criança que inventava tudo e mais alguma coisa para não comer, insistindo para que esta almoçasse referindo várias vezes que ainda não tinha comido quase nada e que se não comesse, era posto na sala dos “bebés”. Notava-se que a criança ouvia duas coisas distintas, ou seja apenas o que lhe interessava. Quando a auxiliar dizia para comer, a criança continuava a "brincar" com a comida, comendo muito devagar e quase que sem apetite. Mas quando a educadora dizia que iria ser posto na sala dos “bebés”, a criança começava a comer muito mais depressa dizendo que não queria ir e chorando. Á medida que o almoço ia acabando as crianças iam dividindo-se. Os mais pequenos, iam fazer a sesta. Os colchões estavam já colocados em ordem pelo Educador, e as crianças iam-se deitando. Os maiores sentavam-se num banco de grandes dimensões, e brincavam entre si e connosco até todos acabarem de almoçar. A menina que necessitava de cuidados especiais estava já por esta altura em repouso, visto que já durante o almoço foi visível o seu cansaço. Finalizado o almoço as auxiliares limpavam a sala e o educador preparava a mesma para a hora do descanso, fechando as cortinas que faltavam. As crianças pequenas ficavam então a dormir sempre com um olhar atento por parte das auxiliares, mas sem qualquer barulho de modo a não haver
7
distracções. As restantes escolheram ir brincar para o exterior, sendo a outra opção a visualização de um vídeo. A parte da manhã chegava então ao fim enquanto nós aproveitávamos a hora da sesta para a pausa de almoço. Período da Tarde Quando chegámos da parte da tarde, as crianças estavam já acordadas. É de notar que em termos de diversificação de actividades, este período é menos extenso. Por seu turno, em termos de actividade intensa, as crianças brincavam muito no recreio durante o período da tarde. Desta forma as crianças ganham um cansaço extra chegando a casa prontas para descansarem em vez de estarem permanentemente activas. Como já foi referido as crianças já estavam acordadas à nossa chegada. Nesta altura o educador e a auxiliar da sala, davam o lanche às crianças num ambiente de trabalho e descontracção. Foi durante este período que o educador se disponibilizou a ajudar-nos em algumas
questões
essenciais
para
o
preenchimento
das
fichas
de
caracterização da instituição e para o futuro relatório. Á medida que nos respondia ia interagindo com as crianças incentivando-as a comerem recorrendo muitas vezes a frases estimulantes como "Muito bem" ou "Isso mesmo". No caso da criança com necessidades especiais, o lanche era dado pelo educador e pela auxiliar. À medida que acabavam de lanchar as crianças iam sentar-se no banco enquanto nós interagíamos com elas. As crianças brincavam entre si num ambiente de descontracção e de ansiedade pela espera de ir para o recreio. Quando todos acabaram de lanchar, formaram um comboio organizado por nós e seguiram-nos até ao exterior. No exterior, as crianças rapidamente se dispersaram por várias brincadeiras. Existem aqui alguns pontos-chave. Para começar esta é a ultima actividade do dia, porque enquanto brincam os pais vão aparecendo para ir buscá-las. No recreio as actividades das crianças são imensas. Brincar no escorrega, fazer rodas, jogar à apanhada, jogar á bola, brincar ás escondidas, cair, rebolar no chão são tudo actividades que fazem parte das suas brincadeiras.
8
2 – Análise das actividades Jogos colectivos/Desporto •
Viver em grupo
•
Linguagem
•
Descoberta do mundo
•
Criatividade
•
Desenvolvimento dos sentidos
Os
jogos
colectivos
realizados passam muito pela hora do recreio. É no espaço exterior que as
crianças
actividades
exploram colectivas,
mais de
as uma
forma mais autónoma, visto que são eles que vão ao encontro das brincadeiras, em vez de serem os educadores
ou
auxiliares
a
imporem. No dia da actividade, apenas se pode observar uma actividade colectiva, dentro da sala. O educador fazia a chamada colectivamente, seguindo-se uma actividade de aprendizagem com questões e música. Pensamos que esta actividade pode ser considerada como um jogo colectivo, visto que todos inteagiam com o educador. As crianças aprendiam a escutar com atenção e a ouvir. O corpo é uma parte essencial nesta actividade, visto era através da imitação de gestos com várias partes do corpo que seguiam as indicações e os jogos do educador. Contudo era no espaço exterior que mais interagiam colectivamente. Jogos de corrida, fazer rodas, jogar à bola, à apanhada, às escondidadas, no escorrega ou nas barras, demonstravam o conhecimento das suas capacidades e do seu proprio corpo. Só ia para as barras, quem conseguia, porque tinham a noção de que se podiam aleijar. Os jogos não tinham regras especificas. As actividades passavam mais pelo
9
convivio das crianças do que pela implementação de regras. Contudo notava-se que as crianças sabiam ao que jogavam tentando fazer as suas próprias regras, como por exemplo no futebol ou nas escondidas com comentário do género: “Tu vais à baliza” ou “Tens de fechar os olhos”. Com estes jogos as crianças aprendem a viver em grupo uns com os outros através de duas regras essenciais. Aprendem a comunicar, expressando aquilo que pensam e aprendem a conviver com outras pessoas,neste caso os amigos do infantário. De notar tambem que é no intervalo que muitas salas se encontravam, daí o convivio ser ainda maior do que no espaço interior. A noção de espaço estava bem implementada visto que sabiam onde e quando brincar. Quando se avisava para fazer comboio à porta, sabia que iam para o exterior, demonstrando alegria e ansiedade. Quando regressavam para dentro, a agitação acalmava, ainda que aos poucos, mas sabendo perfeitamente que a hora do recreio tinha acabado. As linguagens utilizadas eram muitas. Ora falavam exprimindo-se bastante bem, ora comunicavam com simples gestos como um abanar de cabeça ou um sorriso. A criança que necessitava de cuidados especiais, tinha mais dificuldade em exprimir-se, contudo tanto educador como auxiliares não tinham grandes problemas em perceber a criança. No infantário descobrem o mundo dia após dia devido ás diferentes conversas e actividades. No dia do projecto, o tema era o leite e de onde ele vinha, sugerindo ideias mais cientificas e ambientais. Notámos tembém que a reciclagem é um processo adaptado no infantário, como que preparando a criança para as questões ambientais. A criatividade foi bastante visivel. Através da musica e dos desenhos efectuados, as crianças exprimiam-se de uma forma diferente. Gestos, movimento e cor eram realizados através da propria acção. As actividades sugeriam não só o desenvolvimento das suas capacidades criativas, como também a capacidade de reagir perante situações diversas. A musica incentivava a uma maior exposição principalmente para as crianças mais timidas, enquanto que a pintura fazia com que tivessem que pensar e decidir
10
como fazer, começando aqui a fazê-lo já de uma forma autónoma, mas sempre com o apoio de educador e auxiliar. Os sentidos estão sempre activos. Conversam muito e são muito observadoras. Contudo existiam algumas crianças por vezes mais desatentas, sendo preciso chamar á atenção. Os mais envergonhados falam pouco, mas dizem muito com o olhar. Nas actividades escutavam atentamente o educador e viam o que fazia. Mais uma vez, a imitação era notória. Na hora do almoço era sempre possivel ouvir expressões do género: “Cheira muito bem” ou “Está bom”, mostrando um claro desenvolvimento dos sentidos.
C – Interacção Adulto Criança Criação de um clima de apoio básico de interacções positivas •
Estratégias de Interacção.
•
Situações especificas de interacção
•
Situações de encorajamento/desencorajamento
•
Tipo de abordagem de resolução de problemas face ao conflito
As estrategias de interacção com as crianças é um ponto fundamental em qualquer infantário e o nosso, onde realizamos o projecto, não é excepção. Aqui existem duas bases fundamentais: A interacção com as crianças que apresentam um desenvolvimento regular e a interacção com as crianças necessitadas de cuidados especificos, como o caso de uma menina chamada Joana. Vamos ao primeiro caso. Com a maioria das crianças, a interacção é realizada através da fala, do encorajamento, da disciplina e de estimulos. Notouse que as crianças falavam e escutavam o educador com muita atenção. Qualquer problema havia sempre a preocupação de falar com o educador. Às vezes nem passava muito por problemas, era mais uma confirmação da acção, como que dando um incentivo para se continuar a agir mas sabendo que de 11
forma correcta. Um bom exemplo é quando a criança estava a desenhar e perguntava se estava a fazer bem, ao que o educador respondia que sim ou não, tendo em conta que se fosse não, interagia com a criança de forma a demonstrar como era. É aqui que entra o encorajamento. Foi perceptivel bastantes manobras de encorajamento durante alturas distintas do dia. Durante as actividades, ensinando e apoiando as crianças. Durante o almoço, incentivando-as a comer. Contudo a interacção também podia ser realizada através da negação. Se uma criança não queria comer, então poderia ser dado um estimulo negativo de modo a que a sua vontade mudasse, se assim se pode dizer. Um bom exemplo observável, foi quando uma criança estava a fazer “birra” para comer e a auxiliar disse que se ela não comesse iria ser posta na sala dos bebés. A criança chorava, dizia que não queria, começando então a comer. A interacção também era visivel através da disciplina já imposta por uma rotina evidente e de que falaremos mais à frente. As crianças obedeciam de imediato às ordens dadas pelo educador. Quando acabavam de brincar arrumavam os objectos de imediato. Se na hora da sesta não se podia fazer barulho, não faziam, sabendo à partida que neste campo é sempre dificil uma criança não se distrair com algumas coisas, fazendo sempre ruídos. Contudo os ruídos produzidos, eram muito poucos e quando falavam, notava-se a preocupação em falarem baixinho. Outro bom exemplo, era quando as crianças voltavam para dentro das salas depois do recreio. O Educador apenas gritava o nome da sala, neste caso, das tartarugas e depressa todas as crianças corriam para a porta exterior a formarem um comboio. Os estimulos, como já se sabe é uma base importante na interacção diária com as crianças. Os estimulos aqui passavam muito pelo apoio dos educadores e auxiliares. Receber uma palavra de incentivo era sem dúvida um incentivo bastante procurado pelas crianças, observável pelas várias perguntas que faziam, como que esperando a resposta positiva. Assim, perguntas como “Estou a fazer bem?” ou “É assim”, eram bastante recorrentes. No caso da menina com necessidades especiais, a preocupação era a mesma, mas alguns processos eram diferentes. A interacção era mais cuidada e
12
nunca realizada de forma tão autónoma, visto que a menina precisava de um constante apoio. Na hora da refeição este apoio foi bastante visível. A comida era dada “à boca” visto que a menina ainda não conseguia comer sozinha. Andava sempre com ajuda, pois também tinha dificuldades na mobilidade. De notar que todos os comportamentos desta menina, correspondiam a uma criança de 2 anos, enquanto que a menina já tinha 4 anos. Daí as suas necessidades basearem-se muito no constante apoio de auxiliares e educadores. Perante os problemas existentes a resolução de conflitos era baseado em exemplos ou perguntas de demonstração, se assim se podem chamar, como por exemplo “Estás a ver como é”, “É assim que se faz” ou “Tu já sabes fazer isso. Como é que é?”, “Isso não é assim que se faz. Vai la fazer bem”.
D – Rotina Diária •
O que é que se passa agora?
•
O que é que fazemos a seguir?
•
Quando é que temos tempo para?
•
Quando é que vamos para o recreio?
Em relação à rotina Diária da Sala observamos que as rotinas estavam bem delineadas, primeiro em relação à mensagem que os educadores sempre tentavam passara. Começando pela parte da manhã, quando se juntaram no chamado momento do “Acolhimento”, em que o educador pede a um dos alunos, de notar que ele tinham algum tipo de problema, que faça a chamada. Realiza isto dizendo o nome de cada um e pedindo que o menino o imite, a criança por sua
vez
o
repete
animadamente,
e
as
outras
crianças
respondem
entusiasmadas. Após esta altura, o grupo continuando no seu todo, realiza outro tipo de actividade, em que o educador usa uma foto de uma vaca, para passar a mensagem de aquela figura é uma vaca, que tem umas mamas de onde sai o leite, que posteriormente vai para um pacote e depois eles bebem. Ensina ainda
13
que
comem
relva.
Toda
esta
actividade é feita com perguntas por parte do educador e resposta por parte
das
crianças,
ou seja,
o
educador de uma maneira animada insere em cada criança uma nova aprendizagem. momento,
Dentro
algumas
mostraram-se
das
deste crianças
irrequietas,
o
educador de forma astuta, chama-os à razão levantando o seu tom de voz, aí foi evidente o respeito que eles tinham perante uma voz mais altiva, é de notar que foi algo que aprenderam a respeitar o educador. Por sua vez o educador também entoou uma música da “Vaca Leiteira”, de forma às crianças entronizarem melhor o que tinham apreendido. É de destacar o facto de o educador recorrer ao corpo para complementar a música, fazendo gestos de acordo com cada frase da música. O grupo de crianças por sua vez, acompanhavam-no, entoando e imitando os seus gestos. Seguidamente dividiram-se em dois grupos, com o mesmo objectivo, o de pintar uma vaca. No entanto, o que mudava eram os materiais, enquanto uns utilizavam lápis, outros uma batata, humedecida em tinta pintavam as manchas da mesma. Foi visível que nesta actividade as crianças trocavam impressões entre elas, visto estarem mais à vontade. Após acabada a actividade, foram divididas por outras partes, livres à escolha, no entanto se no dia anterior já tinham estado na mesma nesse tinham de diversificar. Neste campo podemos observar que as crianças já tinham muito autonomia, construindo as suas próprias brincadeiras e divertindo-se me pequenos grupos. E apesar do ambiente calmo, e nada de discussões umas com as outras, o olhar atento do educador sempre perseguia cada grupo. Passado algum tempo, o educador ordena-se que voltassem a colocar tudo no lugar, e as crianças obedientes, sem recusar tão pouco arrumaram depressa tudo. Talvez isto um pouco rápido, porque a seguir seguia-se o momento tão esperado, “o recreio”, no pátio, onde
14
poderiam brincar livremente. Mas antes do mesmo, mais uma regra que o educador já introduziu neles, antes de ir para o exterior teriam de colocar o seu chapéu e formar uma fila indiana, agarrando-se às batas uns dos outros. Após esta regra, dirigiram-se para o pátio e a partir dai brincaram livremente. Foi evidente que ai as crianças brincavam mais com grupos distintos, ou seja, já com a grande ideia de brincar com as crianças que eram as supostas amigas. É de notar que se visualizou um pouco que as brincadeiras dos rapazes são um pouco distintas das raparigas, no entanto, houveram ainda mistura de sexos nas brincadeiras. Todo este divertimento era acompanhado por o olhar atento do educador e auxiliar. Por volta das 11:30 voltaram todos para as suas devidas salas para iniciarem o almoço. Antes de começarem a comer, foram lavar as mãos, valorizando assim a importância da higiene. Verifiquei que algumas das crianças eram bastantes lentas, e algumas até inventando dores de cabeça, costas para não
comerem…
educadores
Mas
astutos,
os
acabam
sempre por dar a volta fazendo todas as crianças comerem tudo. Passando às crianças o quanto é fundamental alimentarem-se. Após a hora de almoço, inicia-se a fase da cesta, voltam a ir lavar as mãos e
fazer
o
“xixi”,
quanto
aos
educadores lembravam aos mais esquecidos. Depois dirigiram-se para as caminhas, excepto os mais crescidos que nessa fase podiam ver um filme ou ir brincar para o recreio. Uma hora mais tarde acordaram e à medida que o faziam dirigiam-se à mesa para lanchar. É de destacar a interacção entre o educador e as crianças, estimulando as crianças com um “muito bem”, mais uma vez a tentar entronizar o hábito da alimentação. Após o lanche foram dirigindo-se para à entrada da
15
instituição, para esperar uns pelos outros. Entretanto voltaram ao momento de lazer o recreio, até os pais chegarem.
E: Avaliação •
Trabalho de Equipa
•
Registos Ilustrativos diários
•
O Planeamento Diário
•
A avaliação da criança
•
O envolvimento das famílias
Ao longo do dia podemos observar o desempenho dos educadores. Começando por falar que apercebemo-nos que a aula era planejada, dado que em todas as actividades eram feitas de modo ordenado, sem hesitações, nem pausas para combinarem entre sim qual seria a seguinte actividade. O modo como trabalhavam juntos e a relação estabelecida entre o educador e a auxiliar também era de elogiar, era visível a cumplicidade e o trabalho de equipa, de facto trabalhavam juntos, partilhando tarefas e ao mesmo tempo que transmitiam conhecimentos às crianças divertiam-se. Podemos verificar que eles davam uma atenção especial a uma criança com problemas, como era de esperar, estando sempre um de olho fixo nela ou a acompanha-la, no entanto, não a metiam de parte em relação ao outros alunos e faziam com ela as actividades exactamente como faziam com o restante grupo. Mais um facto é o envolvimento das famílias com os educadores e o grupo de crianças, presenciamos um exemplo disso quando à mãe de uma das crianças a pedido do educador, deu uma explicação acerca de um assunto que estava a ser tratado com as crianças. Mais um dos pontos positivos foi o facto de exporem os trabalhos das crianças realizados em aula, que foi o caso das vacas que pintaram que foram fixadas a um placar.
16
Conclusão Com a conclusão do projecto escola amiga concluímos dois pontos essenciais. Em primeiro lugar, podemos dizer que foi um projecto fundamental para a nossa progressão e evolução no curso. Que melhor maneira de aprender o funcionamento de um jardim de infância, do que visitar o próprio local? Foi realmente um projecto onde pudemos aprender muito com base naquilo que observávamos. Outro ponto fundamental foi observar o comportamento das crianças, educadores e auxiliares bem como a sua interacção. Tudo é aprendido na base da acção tendo sempre em conta diversas e variadas estratégias como actividades, imitação, estimulação entre outros.
17