Piramide Nasal Resumo 4 Ano

  • June 2020
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PIRÂMIDE NASAL A pirâmide nasal é formada externamente pelo osso nasal, cartilagem lateral do nariz e cartilagem alar maior. (slide 1) O osso nasal é o local de maior incidência de fraturas nasais, seguidos da cartilagem lateral do nariz e septo nasal. FOSSAS NASAIS (slide 2) As fossas nasais constituem o início da respiração comunicando-se com o exterior através das narinas e com o rinofaringe através das coanas. Separadas por um septo osteocartilaginoso- (septo nasal), formado pela cartilagem quadrangular, vómer, lamina perpendicular do etmóide e ramo medial da cartilagem alar maior. (slide 3) As fossas nasais são constituídas por quatro paredes. a) Inferior ou soalho corresponde a abóbada palatina. b) Superior formada pelo osso frontal, lâmina crivada do etmóide e parede anterior do esfenóide. c) Interna- septo nasal. d) Externa a mais importante formada pela justa posição de vários ossos (maxilar, palatino, etmóide e cornetos)- parede turbinada. (slide 4) Os cornetos nasais em número de 3 ou 4 pares são saliências osteo mucosas que se inserem na parede lateral da fossa nasal. (slide 5) Possuem uma extremidade anterior chamada cabeça, uma posterior cauda e uma intermediária chamada corpo. (slide 6) Os cornetos limitam com a própria parede externa da fossa nasal formando os meatos. (inferior, médio e superior) No meato inferior desemboca o canal lacrimonasal. O meato médio, o mais complexo comunica-se por canais e orifícios com cavidades para nasais anteriores (frontal, maxilar e etmóide anterior). No meato superior vem a comunicação dos seios posteriores (etmóide posterior e esfenóide).

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FISIOLOGIA NASO- SINUSAL As fossas nasais são forradas por uma mucosa chamada mucosa nasal constituída por uma camada epitelial de estrutura histológica cilíndrica ciliada vibrátil, (slide 7) com abundante vascularização que constituem no seu inferior verdadeiros lagos venosos eréteis a nível de cornetos principalmente corneto inferior. Esse epitélio pode sofrer modificações metaplásicas por várias influências (infeções, idade, reações alérgicas, substâncias irritantes) Transformando-se em epitélio estratificado ciliar, cubóide, estratificado epidermóide etc, principalmente sobre a cabeça do corneto inferior e porção anterior do septo. Logo abaixo do epitélio encontramos a membrana básica, de natureza colagênica, servindo de união entre a camada epitelial e a camada subepitelial chamada cório ou túnica própria. Esta se estende até o osso e é constituída de tecido fibroelástico, logo abaixo da membrana básica uma camada glandular rica em glândulas caliciformes (produtoras de muco) e infiltrações linfocitárias, a seguir uma camada profunda periosteal que contém vasos mais calibrosos ao nível das bordas livres e das caudas dos cornetos inferior e médio. (slide 8) As funções básicas do nariz são: respiratória, condicionamento do ar, filtração, olfação, fonação e reflexos nasais. a) Função respiratória: É a mais importante do nariz. Durante inspiração a corrente de ar que entra através da narina é direcionada para cima, medialmente à concha média e, depois para baixo e para trás, em direção, à coana descrevendo uma curva parabólica. A corrente principal passa junto ao septo do nariz, fazendo com que o ar seco, frio e contaminado não penetre nos recessos meatais. A corrente aérea expiratória segue a mesma rota mas com sentido contrario ao da corrente aérea inspiratória. Durante a expiração um maior fluxo de ar passa pela zona olfatória do que na inspiração. (slide 9) A direção da corrente de ar inspirada pode variar, principalmente pela conformação do ângulo nasolabial, calibre das coanas contorno, do dorso, conchas nasais extremidades livres das cartilagens laterais inferiores e válvula nasal.

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O ar seco e frio provoca vasodilatação da mucosa e congestão das conchas, enquanto o ar quente e úmido provoca vasoconstrição. O ciclo nasal tem duração de duas a quatro horas. O ciclo nasal parece ser predominantemente vascular e regulado por um centro vegetativo, possivelmente localizado no hipotálamo b) Condicionamento do ar: O nariz é o condicionador de ar do corpo. Ele aquece e umidifica o ar que vai para os pulmões. Durante a inspiração o ar é aquecido, quase se igualando à temperatura corporal, antes de chegar à laringe. Por esta função as cavidades do nariz necessitam de 70 a 100 calorias de energia por dia. A ausência de umidade, mesmo por pouco tempo, resulta na parada do movimento ciliar e na degeneração dos cílios. O ar inspirado é umidificado em 90% antes de chegar aos pulmões. A vascularização da mucosa nasal é controlada por inervação parassinpática através do nervo vidiano, e por inervação simpática perivascular, oriunda do simpático cervical. c) Filtração: O ar inspirado é purificado por cinco mecanismos: Colisão das partículas, carga eletrostática, vibrissas, cílios e muco nasal. O ar contém grande quantidade de partículas suspensas, parte delas é depositada nas vias respiratórias. A corrente de ar sofre duas alterações nas cavidades do nariz: Ao nível da válvula nasal e na rinofaringe. 85 à 90% das partículas de 5 à 6 micra são removidas dessas duas áreas. As vibrissas do vestíbulo do nariz têm como maior função a filtração do ar, elas removem do ar ambiente partículas maiores de 15 micra. O movimento ciliar consta de uma fase rápida movimentando o forro mucoso em direção à rinofaringe e uma fase lenta de retorno. Uma diminuição na ação ciliar ou na produção do muco pré dispõem à penetração de bactérias na membrana da mucosa nasal. d) Olfação: O sentido do olfato é complexo e até agora o menos compreendido, porque: (a) A área olfativa está localizada por cima da concha superior, (b) O olfato é um fenômeno subjetivo dificultando sua pesquisa, (c) É rudimentar no homem comparado com outros animais como o cão, o gato, o abutre que têm o epitélio olfativo nas conchas etmoidais.

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As principais alterações do olfato são: (a)Anosmia, cuja principal causa são as infecções virais, desvio septais, tumores nasais, polipose nasal e grande hipertrofia de conchas, (b) Parosmia, é uma perversão do olfato em que as pessoas percebem odores que não existem. O mecanismo não é conhecido; Imagina-se que decorra da degeneração de algumas fibras do nervo olfatório. e) Fonação: A voz é produzida por vibrações das cordas vocais. Contudo, a qualidade, o timbre, dependem da ressonância desses sons através da boca, da faringe e do nariz. Se existe obstrução nasal, pode surgir fala nasal. f) Reflexos nasais: Os reflexos nasais são reações neurais para estimulação da mucosa nasal. São mediados por uma via eferente através do nervo trigêmeo e por outra aferente representada pelo nervo vago. Os principais reflexos são representados por: (1) Reflexo respiratório, (2) Reflexo vaso motor, (3) Reflexo cardíaco. - Os reflexos respiratórios produzidos pela estimulação nasal, como laringoespasmo, broncoconstrição, espirros e apnéia em expiração podem ser considerados reflexos protetores. - O reflexo vaso motor pode produzir grandes variações na pressão sangüínea. Isto resulta na vasoconstrição no leito vascular provocada pela liberação de catecolaminas. - Reflexo cardíaco – O rendimento cardíaco é normalmente reduzido durante a estimulação nasal e quase sempre resulta em bradicardia. Os reflexos cardiopulmonares podem ser provocados por diferentes estímulo, como tabaco, clorofórmio, benzeno e amônia.

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SEIOS PARANASAIS (Slide 10) Os seios paranasais são câmaras do crânio formadas em quatro pares e preenchidas com ar. Várias teorias propõem que os seios existem para dar leveza ao crânio, proteger o cérebro durante um trauma de cabeça e proporcionar ressonância à voz.(Slide 11) Os seios maxilares desenvolvem-se antes. No terceiro mês de gestação eles aparecem como bolsas de tamanho e formato de uma ervilha que surge externamente de dentro das narinas; os seios etmoidais começam a se formar no quinto mês no útero. Os seios frontal e esfenoidal que se desenvolvem a partir dos seios etmoidais, não começam a crescer antes de a criança ter + ou – três anos. Os seios da face desenvolvem-se durante a infância e início da fase adulta. Os seios D e E pneumatizam-se de forma diferente e são geralmente assimétricos; ocasionalmente não chegam sequer a desenvolver. A maior variação é observada nos seios esfenoidal e frontal. As aberturas permanentes dos seios são chamadas óstios naturais. Como as aberturas ósseas são pequenas, até um edema mucosal menor pode obstruir completamente as aberturas. Localizados nas maçãs do rosto, os seios maxilares são os maiores. O óstio natural de cada seio maxilar está acima da base do seio coberto por um retalho ósseo (processo uncinado do osso etmóide). Aos 12 anos o assoalho do seio maxilar encontra-se, em média três mm abaixo do assoalho da cavidade do nariz, tornando-se acessível através do meato inferior.(Slide 12) O seio maxilar apresenta surtos de crescimento aos 2,5 anos, aos 7,5 anos, aos 10, 12, e 14 anos, relacionados aos períodos de erupções dentais. Dos 15 aos 20 anos, somente o crescimento adicional ocorre nos seios paranasais. Após esse período apenas o seio maxilar pode sofrer acentuadas alterações morfológicas, relacionadas às perdas dos dentes permanentes da maxila. Os seios etmoidais, localizados entre os olhos e o corneto médio formam um labirinto de pequenas células aéreas que parecem bolhas de sabão conectadas umas às outras por passagens muito estreitas.

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Um osso fino como papel (lamina papirácea) separa os seios etmoidais do conteúdo da cavidade do olho. As células aéreas posteriores são geralmente maiores que as células aéreas anteriores. (Slides 13, 14) O muco das células aéreas anteriores escoa através do meato médio; o muco das células aéreas posteriores transita primeiro para o meato superior e então escoa para o recesso esfenoetmoidal juntamente com o muco provenientes dos seios esfenoidais.(Slide 15) Os seios frontais, cavidades triangulares da testa, esvaziam-se através de um canal estreito (duto nasofrontal) (Slide 16) para o meato médio. Os seios esfenoidais (Slide 17) estão localizados atrás dos seios etmoidais no centro do crânio e abaixo da célula túrcica que sustenta a glândula pituitária. As artérias carótidas passam ao longo da face inferior lateral dos seios esfenoidais geralmente rodeando um canal ósseo. O nervo ótico também se localiza nessa região, na face lateral superior do seio esfenoidal.

MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS (Slide 5) 1) Desvio do septo nasal: As malformações do septo nasal qualquer que seja sua modalidade anatômica (desvio, crista, esporão) freqüentemente determinam insuficiência respiratória nasal cuja solução geralmente é de indicação cirúrgica. A localização mais comum das chamadas cristas do septo ao nível da linha de articulação condrovomeriana onde se encontra a zona de crescimento da cartilagem. Os rinologistas ressaltam a influência nociva da respiração bucal de suplência sobre o desenvolvimento normal do septo. Os desvios propriamente ditos óstios cartilagíneos em que o septo se desvia total ou parcialmente para o lado de uma das fossas nasais em formato de C ou S. Do lado oposto do desvio do septo há hipertrofia do corneto inferior. Outras vezes constituem os esporões, saliências mais circunscritas e acuminadas, que em geral se localizam no extremo posterior da articulação condrovomeriana. Além disso

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podemos observar malformações conjugadas. A correção é feita com septoplastia. 2) Atresia coanal: A atresia coanal pode ser uni ou bilateral. A incidência é de 1 para cada 8 mil nascimentos. A placa atrésica contém osso em cerca de 90% dos casos. O diagnóstico é geralmente realizado no berçário por ocasião da aspiração das vias aéreas altas e pelo quadro de desconforto respiratório. Nos casos de atresia coanal bilateral, é comum a ocorrência de insuficiência respiratória aguda, que por vezes pode ser fatal às primeiras horas de vida. A avaliação diagnóstica baseia-se na história clínica, confirmada por exame endoscópico e pela tomografia computadorizada. O tratamento da atresia coanal é sempre cirúrgico. Salienta-se que a atresia coanal não é uma emergência cirúrgica, apesar do reflexo inato da respiração nasal. Habitualmente aguarda-se cerca de seis meses e durante esse período o controle é realizado com a utilização de “chupeta” ortodôntica com orifício nas duas extremidades. No cuidado imediato do recém-nascido o uso da cânula de Guedel e a alimentação por sondagem gástrica podem ser necessários.(Slide 18) 3) Meningoencefalocele: É um defeito do desenvolvimento e consiste em tecido neural ectópico conectado ao cérebro. A meningoencefalocele intranasal apresenta-se medialmente no teto da cavidade do nariz, aderida ao septo. A tomografia computadorizada permite uma definição das estruturas ósseas do teto da cavidade do nariz e permite a visualização detalhada do tecido mole nessa região. 4) Glioma nasal: Como a encefalocele é um tecido neural ectópico, porém sem conexão intracraniana. Na sua forma típica, costuma apresentar como um tumor róseo, endurecido e não pulsátil. Não se altera com o choro da criança e não parece estar aderido ao dorso do nariz. As apresentações nasosinusais são freqüentemente confundidas com pólipos nasais apesar de um pouco mais densas, mais aumentadas e menos translúcidas. Geralmente causam obstrução nasal, podendo ocorrer rinoliquorréia. Na maioria dos pacientes os sintomas aparecem na primeira década. Tto cirúrgico. 7

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