Gestão Estratégica Do Risco De Crédito A Partir Da Empresa Credpartner - Marcelino Curimenha

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA

MARCELINO MENDES CURIMENHA

GESTÃO ESTRATÉGICA DO RISCO DE CRÉDITO A PARTIR DA EMPRESA CREDPARTNER

Canoas/RS 2018 / 02

MARCELINO MENDES CURIMENHA

GESTÃO ESTRATÉGICA DO RISCO DE CRÉDITO A PARTIR DA EMPRESA CREDPARTNER

Projeto Tecnológico apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em GESTÃO FINANCEIRA pela Universidade Luterana do Brasil.

Orientadores Prof. Sandro Wollenhaupt Tutora Alana da Fonseca Jorge

Canoas 2018 / 02

AGRADECIMENTO Quando uma trajetória acadêmica termina seu ciclo, lembra-se as incertezas e as dificuldades que acontecem durante o percurso, todavia celebra-se também os momentos gratificantes como o aprendizado e o apoio recebido das excelentes pessoas que direita e indiretamente contribuíram para concretização do estudo.

Meu sonho se realiza sempre a partir da perspectiva divina e acredito que cheguei até aqui porque assim Deus permitiu, me fornecendo todos recursos físico, emocional e intelectual para prossecução desse curso. Soli Deo Gloria!

A Núria de Fatima Assis, minha companheira, amiga e confidente que pode contar com ela em todos momentos, dando todo suporte necessário.

A todos (as) professores (as) que forneceram todo suporte e experiencia agradável para ter um estudo mais produtivo e puderam reunir um conhecimento que contribuiu para minha maturação acadêmica e profissional.

RESUMO

Este trabalho teve como foco principal estudar como a CredPartner, consultoria especializada no ramo do risco de crédito, busca oferecer um conjunto de soluções mediante as ferramentas de gestão estratégica com intuito de tornar a gestão do Departamento de Crédito mais produtiva, focando no resultado dos clientes. Desta forma, objetivou-se problematizar os instrumentos e conjuntos de práticas de gestão de riscos, além de focalizar no processo de redução e proteção dos riscos de crédito. E, por conseguinte, buscou percorrer toda arquitetura da empresa voltada a solucionar tais riscos e eventuais danos que as empresas enfrentam. Para isso, o presente estudo se desenvolveu a partir da análise documental, na medida que descreve o gerenciamento estratégico da CredPartner. Completa-se que essa empresa concentra sua cultura de gestão por etapas, na tentativa de organizar um sistema de operações eficaz, começando com um diagnóstico estrutural, treinamento e especialização na tomada de decisão, na oferta de seguro de crédito, entre outros. Palavras-chave: CredPartner. Risco. Crédito. Gestão.

ABSCTRACT

The main focus of this work was to study how CredPartner, a specialist consultancy in the field of credit risk, seeks to offer a set of solutions through the tools of strategic management in order to make the management of the Credit Department more productive, focusing on the result of the clientes. In this way, the objective was to problematize the instruments and sets of risk management practices, besides focusing on the process of reduction and protection of credit risks. And, therefore, sought to cover all the architecture of the company aimed at solving such risks and possible damages that companies face. For this, the present study was developed from the documentary analysis, insofar as it describes the strategic management of CredPartner. It is concluded that this company concentrates its management culture in stages, in an attempt to organize an effective operations system, starting with a structural diagnosis, training and specialization in decision-making, offering credit insurance, among others. Keywords: CredPartner. Risk. Credit. Management.

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Etapas de Gestão do Risco de Crédito --------------------------------------------01 Quadro 2 - Especificação Metodológica ---------------------------------------------------------02 Quadro 3 - SWOT da Empresa CredPartner ----------------------------------------------------03

LISTA DE ABREVIATURAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ------------------------------------------01 ACIRNE - Associação Empresarial de Rio Negrinho -----------------------------------------02 AEP - Associação Empresarial de Portugal -----------------------------------------------------03 APL - Arranjo Produtivo Local ----------------------------------------------------------------------04 BCB - Banco Central do Brasil ----------------------------------------------------------------------05 BTG – Banking and Trading Group ----------------------------------------------------------------06 CCB - China Construction Bank --------------------------------------------------------------------07 SDF - Sindicatos dos Bancários de Brasília -----------------------------------------------------08 SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ----------------09 ULBRA – Universidade Luterana do Brasil ------------------------------------------------------10

SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 1.1. Tema ............................................................................................................ 10 1.2. Problema ...................................................................................................... 10 1.3. Justificativa ................................................................................................... 10 1.4. Objetivo Geral .............................................................................................. 11 1.5. Objetivo Específico....................................................................................... 11 1.6. Procedimento de Pesquisa .......................................................................... 12

2.

DIAGNÓSTICO DA EMPRESA ......................................................................... 14 2.1. Característica e Função ............................................................................... 14 2.2. Fundação, Localização e Parceria ............................................................... 14 2.3. Foco Principal .............................................................................................. 14

3.

REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 16 3.1. Terminologia e Definição de Crédito ............................................................ 16 3.2. História da Criação de Crédito ..................................................................... 19 3.3. Política de Crédito ........................................................................................ 22 3.4. Os “Cs” do Crédito ....................................................................................... 24 3.5. Risco do Crédito ........................................................................................... 27

4.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ............................................................... 29 4.1. Viabilidade do Projeto - Em Busca de Solução ............................................ 29 4.2. Cronograma de Ação ................................................................................... 32 4.3. Aplicação do método .................................................................................... 32 4.4. Resultados obtidos (Matriz SWOT) .............................................................. 33

5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 37

9

1. INTRODUÇÃO O estudo em questão pretende analisar como a CredPartner, empresa de consultoria especializada em gestão estratégica de risco do crédito busca superar os desafios para uma gestão de crédito bem-sucedida, e quais caminhos a empresa desenvolve para uma gestão de risco de crédito consistente. A partir dessas inquietações, o projeto tecnológico vale-se da pesquisa qualitativa, consubstanciada através da análise documental, e dessa forma, busca captar e articular as informações de gerenciamento estratégico, delimitando os processos de trabalho da CredPartner.

Este primeiro capítulo trata da parte introdutória que percorre desde a temática geral do projeto tecnológico, e, em seguida, apresenta o problema central do estudo, no qual conduz toda dinâmica dissertativa posterior. Além disso, a parte da justificativa traz embasamento das razões que direcionaram as escolhas desse tópico. Outrossim, os objetivos, tanto geral como específico, são as etapas que delimitam as metas a serem atingidas.

O segundo capitulo desenha, de forma resumida, a vida da empresa, sua principal característica, função, fundação, localização, parceria e o foco principal. Isto posto, se desenvolvem os conceitos que fundamentam toda engenharia teórica a respeito do risco de crédito. A costura textual começa tecendo a terminologia e a definição de crédito, percorrendo o seu surgimento histórico, a concepção dos “Cs” e da política de crédito. Ainda na mesma linha teórica, o estudo prossegue, finalizando nesse tópico a conceituação do risco de crédito.

O terceiro capítulo cuida em trazer as respostas da questões levantadas na etapa introdutória, sanando-as por intermédio da gestão estratégica operada pela CredPartner e na utilização do cronograma de ação, aplicação do método e também pela matriz SWOT. Em suma, o trabalho já concluso retoma a discussão com as breves considerações finais. E, de forma sumária, apresenta tudo que foi produzido, os resultados e os benefícios.

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1.1.

Tema

Risco e Crédito: vinculada a disciplina de Mercados Financeiros. 1.2.

Problema

Diferentes empresas buscam as melhores ferramentas de gestão estratégica de proteção e redução do risco de crédito, resultado dos inúmeros fatores, tais como: a probabilidade de ocorrência de perdas que surgem quando o cliente não cumpre com a sua parte do contrato pré-estabelecido a respeito das suas obrigações financeiras, quando acontece à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação do cliente, à redução de ganhos ou remunerações. Além disso, outro fator que pode ser pontuado é o surgimento das perdas das vantagens firmadas na renegociação e aos custos de recuperação. Para isso, existe uma necessidade de se utilizar das melhores técnicas e de boas práticas de gerenciamento estratégico dos riscos de crédito.

Logo, uma das questões que se levanta é como a CredPartner, consultoria especializada na gestão estratégica do risco de crédito, estabelece uma gestão crédito alinhado na contribuição das melhores avaliações dos riscos de crédito? De que forma a CredPartner desenvolve uma cultura interna de gestão do risco de crédito? E, como busca melhorar e produzir uma padronização dos critérios de tomadas de decisão de crédito? Para isso, o presente estudo se encarrega em analisar e nomear as ferramentas que a empresa CredPartner se utiliza a fim de organizar e estruturar determinados conhecimentos especializado, aproveitando-se das coletas de informações, na conceituação teórica de gestão estratégica, na identificação de riscos de créditos, na ponderação dos custos-benefícios e nas etapas que instrumentalizam as resoluções desses problemas.

1.3.

Justificativa

Um dos motivos que orientou a escolha dessa temática foi o interesse profissional de trabalhar como futuro gestor financeiro e se especializar no campo de risco e crédito. Para isso, surgiu a necessidade de adquirir um conhecimento aprofundado a fim de se capacitar e obter recursos cognitivos sobre as estratégias contra os riscos e proteção de crédito. Outrossim, o reconhecimento de que o mercado

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financeiro demanda, vertiginosamente, gestores que estejam habilitados e com competências técnicas adequadas para a atividade de gestão do risco de crédito, com forte conhecimento a respeito do negócio da empresa, dos seus clientes, e alinhada com as metas de resultados, foram outros motivos de se esmerar nesse projeto tecnológico. Logo, adquirir uma formação mais acurada, é preciso.

Finalmente, outra preocupação genérica que emerge como justificativa para o direcionamento dessa temática é a percepção que o próprio contexto no qual o mercado financeiro de oferta de crédito se insere é volátil, competitivo, dinâmico, lucrativo e, no entanto, minado de riscos, de redução e perda do capital utilizável da empresa. Portanto, existe uma forte necessidade de aprender os múltiplos mecanismos teórico e prático que viabilizam a disponibilização de ferramentas de proteção do risco de crédito e recuperação de créditos.

1.4.

Objetivo Geral

Analisar as principais definições a respeito da gestão estratégica do risco de crédito, suas estruturas e preocupações atuais.

Explicitar como acontece e que elemento intensifica a continuidade do risco de crédito, no intuito de propor diferentes mecanismos esquematizados pela CredPartner.

Descrever a perspectiva e proposta estratégica de gerenciamento da CredPartner visando solucionar a redução do risco e a proteção do crédito.

Diagnosticar a composição da empresa CredPartner, seu modelo operacional e sua proposta de gestão estratégica para o mercado financeiro de crédito servindo como alternativa para empresas de crédito. 1.5.

Objetivo Específico

Avaliar as medidas e ações de gestão estratégica praticada pela CredPartner objetivando a redução do risco de crédito e a lucratividade empresarial desse setor.

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Identificar as propostas estratégicas que a CredPartner apresenta na possibilidade de desenvolver uma cultura empresarial de gerenciamento de crédito.

Descrever a ferramenta que visa solucionar o problema de inadimplência, o processo da tomada de decisão no intuito de evitar os riscos e aumentar a lucratividade empresarial.

1.6.

Procedimento de Pesquisa

O projeto em vigor se fundamenta a partir do método de pesquisa qualitativa e análise documental, nesse caso, das informações obtidas por diferentes fontes, na tentativa de compreender o processo e dinâmica dos caminhos utilizados no dia a dia da empresa CredPartner. Entende-se por pesquisa qualitativa os estudos que “se caracterizam como aqueles que buscam compreender um fenômeno em seu ambiente natural, onde esses ocorrem e do qual faz parte” (KRIPKA, p. 57, 2015). Para tanto, o investigador é o instrumento principal por captar as informações, interessando-se mais pelo processo do que pelo produto. Outrossim, esse método, como frisou Gerhardt e Silveira (2009, p. 31) “não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização”. Além disso, os autores ainda afirmam que essa ferramenta objetiva produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações. Por conseguinte, Gerhardt e Silveira (2009, p. 32) ao articular sobre o mesmo método de trabalho, salientam que as características da pesquisa qualitativa são: Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.

Em vista disso, é nessa diretriz que o estudo pretende dar prosseguimento, focado no processo, ao invés do produto, para resoluções dos problemas. Isso se

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instrumentalizará através da análise documental que também é um dos recursos da pesquisa qualitativa. Para isso, será necessário articular os diferentes aspectos estratégicos estruturados pela CredPartner por meio dos documentos produzidos pela própria empresa. Vale salientar que a concepção sobre documento é a mesma definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essa Instituição, de cunho científico, compreende documentos como: Qualquer suporte que contenha informação registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, registros audiovisuais e sonoros, imagens, sem modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação (2002, p. 2).

Logo, esses documentos podem fornecer recursos conteudistas que permitem mapear tanto a estrutura da empresa assim como os problemas e desafios que mais enfrentam, permeando os múltiplos saberes e técnicas relacionados aos riscos de créditos e as tomadas de decisões a base desses mecanismos. Em seguida, os tópicos, temáticas ou capítulos que conduziram o desenvolvimento do estudo serão aquelas que mais adquiriram primazia pela empresa.

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2. DIAGNÓSTICO DA EMPRESA 2.1.

Característica e Função

De acordo com os dados fornecidos pelo site da empresa, a CredPartner é uma consultoria especializada em gestão estratégica do risco de crédito. Além disso, ela oferece um completo conjunto de soluções para tornar a gestão do departamento de crédito mais produtiva e focada no resultado dos clientes. Uma das características da empresa é seu interesse pela formação de especialistas no campo de gestão do risco de crédito. A mesma, contém um setor de treinamento e capacitação a fim de aplicar novas técnicas e tendências do mercado financeiro.

Portanto, a CredPartner é organizada por profissionais que tendem a priorizar a qualificação e experiencia em áreas de crédito. Outra coisa que vale ressaltar, baseada nas informações encontradas nas plataformas digitais da própria empresa, ela é uma firma estruturada por equipes que procuram estar sempre presente e disposta a oferecer atenção personalizada, com atuação pautada na transparência, seriedade e foco em resultados. 2.2.

Fundação, Localização e Parceria

Fundada em 2007, a CredPartner está localizada na avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.601 - Jardim Paulistano - São Paulo-SP. Essa consultoria é parte do Grupo CredRisk, cujo destaque é pontuado como uma das primeiras empresas no Brasil especializadas na corretagem de seguro de crédito.

2.3.

Foco Principal

Os consultores da CredPartner, a fim de reduzir o risco de crédito, o nível de inadimplência e, consequentemente, participar do processo de criação de valor aos sócios/acionistas dos clientes, trabalham na identificação de oportunidades de ganho de produtividade, desenvolvimento técnico dos profissionais das áreas de crédito e contas a receber, além das avaliações econômico-financeira, para aconselhar, organizar e otimizar a atividade de crédito da empresa.

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Em suma, a CredPartner também busca valorizar diferentes ferramentas sobre seguros de créditos cujos aspectos serão mais desenvolvidos posteriormente. É uma empresa que conta com um espaço de respostas mais aprimoradas sobre as questões realizadas frequentemente. Outrossim, ela possui outra plataforma de blog, objetivando publicar notícias e artigos a respeito do mercado de créditos salientando as estratégias e gestão dos riscos de créditos.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo será desenvolvido o estudo de arte a respeito dos conceituados organismos teóricos e práticos de crédito, gestão estratégica, riscos e os diferentes elementos que compõe a temática do mercado financeiro relacionado a oferta de crédito e suas implicâncias tanto na empresa assim como no tomador de crédito.

Objetiva-se a partir desse capítulo percorrer os desdobramentos dos conceitos e construtos dos riscos e créditos, a revisão da bibliografia, a definição de diferentes termos que potencializam melhor entendimento dos conceitos articulado nesse trabalhado dissertativo de cunho científico. Além disso, também será apresentado a seleção de pequenas obras e trabalhos sobre o tema de risco e crédito, notadamente: artigos, teses, dissertação, informações em sites de empresas especializadas etc.

Logo, o referencial teórico se estrutura começando a percorrer as definições das diferentes terminologias de crédito, por conseguinte, avança em fazer um mapeamento histórico da criação de crédito, depois se ocupa, resumidamente, na compreensão das políticas de crédito, defini os “Cs” de crédito, e, por fim, analisa as causas do surgimento dos riscos de crédito. 3.1.

Terminologia e Definição de Crédito

Na Crítica da Razão Pura, escrito por Kant em 1787, o pensador alemão diz algo óbvio, mas interessante e que pode servir de pontapé inicial para enveredar na orientação do estudo da arte - conceitual e teórica - concernente a gestão estratégica do risco de crédito. O filósofo afirma que, “[...] já se sabe que todo corpo abandonado no ar sem sustentação cai ao impulso da gravidade” (KANT, 2001, p. 9). Dessa “pedra filosofal”, parta-se primeiro da própria terminologia linguística do crédito para determinar tanto a origem como a sua significação. Conforme pondera Paulo Figueira (2001, p. 13) a palavra crédito “tem origem no latim "credere" que significa acreditar, crer, confiar. Ao emprestar ou financiar um cliente, o credor terá a expectativa de que o valor cedido seja restituído dentro das condições pactuadas, principalmente quanto ao prazo e a remuneração”. Nota-se que o processo de crédito é resultado da inter-relação de duas partes a base de interesses

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mútuos, cada um movido por certa necessidade, notadamente: prazer a ser suprida; crescimento de lucro por meio de juros; recurso para investimento em determinado empreendimento; pagamento de certa dívida emergencial ou a compra de produtos ou serviços.

David Bezerra (2011) separa melhor essas necessidades, entre pessoas físicas e empresariais (pessoas jurídicas). Segundo o professor de gestão financeira, as linhas de crédito podem atender, em cada uma delas, a três necessidades básicas:

Pessoas Físicas:

i.

Empréstimos emergenciais Esses empréstimos destinam-se a atender à necessidade imediata do cliente,

para cobrir eventuais desequilíbrios orçamentários ou mesmo financiamentos de compras. Os empréstimos emergenciais são operações de curtíssimo prazo (prazo inferior a um mês), com a amortização concentrada na data de vencimento.

ii.

Financiamentos de compras Esses financiamentos permitem ao cliente adquirir produtos e serviços para

consumo e bem-estar, tais como alimentos, vestuário e bens eletrodomésticos. Os financiamentos de compras são operações de curto prazo (prazo inferior a 12 meses), com a forma de amortização parcelada ou concentrada na data de vencimento. iii.

Investimentos Os investimentos permitem ao cliente adquirir bens de maior valor para integrar

seu patrimônio ou mesmo desempenhar suas atividades profissionais, tais como: imóveis, veículos, máquinas e equipamentos. Os investimentos são operações de longo prazo (prazo superior a 12 meses), com a forma de amortização parcelada.

Empresas:

i.

Fluxo de caixa.

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Os empréstimos para fluxo de caixa destinam-se a cobrir eventuais desequilíbrios entre recebimentos e pagamentos, ocorridos por poucos dias.

ii.

Investimentos. Normalmente, tais empréstimos proporcionam ao cliente investimentos

relacionados à ampliação ou construção de novas instalações, e a aquisição de bens (máquinas, equipamentos e veículos).

iii.

Capital de giro. Destina-se para clientes que pagam antes de receber e precisam de recursos

para bancar essa diferença. Os produtos bancários destinados ao capital de giro podem financiar desde o começo do ciclo operacional (compra de matéria primas, mercadorias, mão-de-obra e demais itens operacionais), até a fase final (período posterior às vendas, no qual ainda não ocorreu o recebimento) (BEZERRA, 2011, p.4).

A partir desse pressuposto, convoca-se Kappel para tecer a definição de crédito como “a disposição de alguém ceder parte de seu patrimônio a outra pessoa, com a perspectiva de que esse valor volte integralmente a sua posse depois de um determinado tempo” (KAPPEL, 2016, p. 203). Noutra perspectiva, Carlos Arai (2015) argumenta que crédito pode ser também compreendido como a disposição de alguém fornecer algo “que pode ser um bem ou um valor em dinheiro, para outra pessoa, que se compromete a pagar determinada quantia no tempo combinado entre ambas as partes” (ARAI, 2015, p. 59). Para uma instituição bancária, Lima e Medeiros (2010, p. 3) assinalam que crédito bancário é um: Mecanismo facilitador da produção e do consumo que são concedidos a pessoas físicas e jurídicas que impulsiona a economia com a geração de emprego e renda, e que possibilita uma troca de disponibilidade entre as partes, para que ambas tenham suas necessidades atendidas.

O Banco Central do Brasil (BCB), por exemplo, acrescenta ainda que crédito pode servir para antecipar o “consumo de algo que só poderia adquirir no futuro, e também para atender despesas emergenciais devido a eventos inesperados, tais como problemas de saúde, acidentes, ou outros imprevistos” (BCB, sd, p.3). Segundo o professor Davi Bezerra (2011, p. 2), o crédito é para os bancos comerciais uma das

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"pontas" do negócio básico, servindo como intermediador financeiro. O papel do banco comercial é captar “dinheiro com clientes que tem recursos disponíveis e os repassa aos tomadores de recursos. Seu lucro é obtido com a diferença entre o que ele recebe do tomador e quanto ele paga do aplicador/investidor”.

Do ponto de vista da administração financeira, Figueira (2001) salienta que o crédito “é um instrumento de política financeira utilizado pelas empresas comerciais ou industriais na comercialização de seus produtos, ou pelas instituições financeiras na concessão de empréstimos, financiamento ou garantias” (FIGUEIRA, 2001, p. 13). Embora atualmente as empresas tomaram o monopólio das ofertas de créditos, o surgimento de crédito remonta um longo período da história da humanidade.

3.2.

História da Criação de Crédito

O ser humano na sua convivência com o outro viu-se diante das diferentes carências de recursos limitados e em prol da sobrevivência efetivou acordos com o seu próximo. Essa ação se mostrou útil e preciso. Logo, a criação de crédito aconteceu através da permuta como troca de mercadorias e entrega de favores na expetativa de gratificações, serviços ou juros. Todavia, o processo foi lento e demorado. O exemplo disso é que historicamente, na idade média, o credito era proibido por lei, considerado que havia usura da parte do credor, as estratégias de cobranças não eram das melhores e os juros eram muito altos e inapropriados.

Foi no período da revolução industrial que o crédito surgiu como resultado de uma estabilidade financeira se instalando com a emergência da classe operária. Esse grupo social recebia salários relativamente altos e usufruíam de ótimas condições de vida, o que permitiu a obtenção de diferentes bens. É a partir dessa esfera das previsibilidades dos rendimentos do seu laboral que se criou as possíveis condições dentro do mercado financeiro para vulgarização e democratização da concessão de crédito diante de um público alvo cujo crescimento econômico não poderia ser ignorado.

E, além disso, revelou-se que a cada momento, a classe operária fornecia segurança monetária. Isso abriu, de certa forma, o espaço de garantia aos credores

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daquela época. No site do Como Fazer (online, p. 3), aponta-se que o contexto da revolução industrial é caraterizado por fenómenos que se desenvolveram de modo interdependente, por intermédio da “industrialização e produção de novos bens de consumo, a geração de riqueza e o incremento de atividades associadas, como a concessão de crédito”.

Foi em 1964 com o surgimento do Banco Central do Brasil, esse como principal órgão responsável pelo controle e normatização deste mercado, juntamente com o Conselho Monetário Nacional, cujo papel consiste "na formulação da política de moeda de crédito, objetivando atender aos interesses econômicos e sociais do país" (FURLANI, 2013, p. 8) e com a organização do Sistema Financeiro Nacional, que começou uma nova fase de operação de crédito no Brasil. Os Sindicatos dos Bancários de Brasília (SDF) assinalam que esse efeito teve um impacto positivo para a sociedade brasileira. A SDF pontua que: A partir de 1967 houve uma intensificação de financiamentos tanto na produção como no consumo. Com o crédito obtido, o consumidor utilizará o bem imediatamente, assumindo um compromisso de pagamento em parcelas futuras. Uma taxa de juro, em conjunto com impostos sobre operações financeiras, é embutida no crédito, sendo estes os principais encargos do consumidor. Os bens normalmente financiados são veículos, equipamentos profissionais, materiais de construção, vestuário, eletrônicos, eletrodomésticos, além de outros bens não perecíveis (SDF, 2014, online).

Com isso, a SDF também demonstra que o crédito ganhou bastante importância no desenvolvimento econômico, sendo essencial para “o financiamento do consumo das famílias e do investimento dos setores produtivos, possibilitando um aperfeiçoamento em aspectos tecnológicos, de estrutura e a geração de empregos, ocasionando a melhoria de vida de diversas pessoas e do país como um todo” (SDF, 2014, online). No período entre 1992 a 2001, ocorreu outro crescimento do crédito de forma sustentada e sua tendência, a partir dessa fase, era sinal de evolução positiva, (FIGUEIRA, 2001). Esses acontecimentos, resultado da valorização de ofertas de crédito, tiveram um impacto relevante na vida socioeconômico da população. Figueira pondera que: Os brasileiros nunca tiveram tanta facilidade para contrair empréstimos como nesse período. Crescem as ofertas para financiamento de veículos, empréstimos pessoais, cartões de crédito, financiamentos para micro e pequenas empresas e descontos de recebíveis. O aquecimento da economia

21 está se dando via expansão de crédito e não por aumento de salários (FIFUEIRA, 2001, p. 1).

É notável que o Banco Central do Brasil tem um papel muito valioso para no engendramento e aceleramento do desenvolvimento da economia brasileira por meio da gestão de crédito. Diferentes elementos são salientados por Figueira em relação as estratégias tomadas por esse setor bancário. Conforme Figueira, o “Banco Central vem atuando para que a expansão do crédito ocorra. Para tanto, promoveu a redução do compulsório sobre depósitos à vista e a extinção do recolhimento sobre os depósitos a prazo, bem como diminuiu o IOF para pessoas físicas” (FIGUEIRA, 2001, p.2). Outro fator destacado pelo economista é que além do Banco Central buscar as estratégias mais efetivas para enriquecer a qualidade na gestão de crédito, também vem implementando medidas de caráter regulatórios, tais como: A criação da Central de Risco de Crédito, a exigência de reservas de capital próprio para cobertura de risco cambial e das oscilações dos juros nas operações prefixadas, a limitação da alavancagem financeira do capital próprio em função dos ativos ponderados pelo risco, e o novo sistema de provisionamento de perdas de acordo com o risco da operação e do cliente (FIGUEIRA, 2001, p. 3).

Além do Banco Central, diferentes estudos no campo de mercado de crédito têm pesquisado as tendências, formas e diferentes olhares para dinamizar a gestão do risco de crédito por intermédio de uma vasta gama de saberes. Dito isso, cabe introduzir essas conceituações sobre o processo de desenvolvimento da gestão de crédito, assim como aqueles cuidados devem ser tomados, além de levar em conta outras análises dos especialistas, na medida que buscam constantemente os modos como as empresas procuram as melhores estratégias na gestão dos riscos de créditos. Segundo a pontuação de Kappel (2016), as análises de créditos vão muito além das formalidades, pois deve-se considerar os riscos de créditos ligados a qualquer proposta de financiamento. Com isso, o autor se utiliza do economista Schirickel para fundamentar seu argumento, dizendo que: Conforme Schirickel (1999), o processo de análise de crédito é bastante complexo e envolve uma série de fatores como, conhecimento sobre o que está sendo decidido, método para tomar a decisão, assim como a utilização de instrumentos e técnicas que auxiliem o especialista da área de crédito. Para uma análise eficiente é importante considerar todos os questionamentos em torno da decisão de conceder ou não crédito ao perfil do credor, na medida que a situação exige reflexão e averiguação, pois crédito e risco caminham juntos (KAPPEL, 2016, p. 4).

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A complexidade desse mercado de crédito, além de volátil e dinâmico, exige certa especificidade. Uma análise “criteriosa com o objetivo de conhecer efetivamente o cliente e principalmente as suas reais condições de pagamento do crédito” (KAPPEL, 2016, p.4). Na sua dissertação sobre riscos bancários, Marmitt (2003, p. 75) salienta que “independentemente do tipo de garantia oferecida, os emprestadores de recursos somente irão conceder créditos quando acreditam que o propenso devedor tem vontade de liquidar seus compromissos”.

Nessa etapa surge certo cuidado das instituições financeiras, já que os problemas do risco de crédito estão diante das suas portas e qualquer tomada de decisão equivocada pode provar a redução ou crise financeira e o pronunciamento ou sinalização de falência empresarial. O argumento de Figueira (2001) concernente a atuação das instituições financeiras esclarece esse episódio e convoca-os a procurar as melhores ferramentas de gestão de risco de créditos. Com o mercado de crédito em momento favorável, mas dado que os níveis de inadimplência ainda estão em patamares elevados, as instituições financeiras têm valorizado como nunca a gestão de risco de crédito, buscando novas ferramentas para avaliação do cliente. As técnicas de avaliação de risco e de comportamento de crédito aplicadas de forma eficiente são instrumentos valiosos para os bancos ampliarem ativos em crédito (FIGUEIRA, 2001, p. 2).

Todavia, antes de diagnosticar a vida financeira do cliente são necessários alguns pressupostos cognitivos que podem contribuir na tomada de decisão. Por exemplo, é preciso conhecer como se estrutura o crédito, ou seja, ter em conta o que significa política de crédito, as concessões e classificações de créditos e análise dos riscos de créditos.

3.3.

Política de Crédito

O professor de Mercado Financeiro da Universidade Luterana do Brasil, Lauro Marmitt (s.d p. 8) define política como “grandes linhas de orientação que norteiam o processo decisório e buscam a equalização dos esforços que devem ser desenvolvidos nos vários níveis hierárquicos de uma Instituição”. Esse conceito não difere daquilo que é visto como política de crédito. Em seu estudo sobre política de crédito e cobrança, Géssica Boneti (2017, p. 4) argumenta que esse tipo de orientação

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se caracteriza “pelos métodos adotados pela empresa para concessão de credito a seus clientes, com objetivo de orientar na tomada de decisões pelo analista financeiro”. Em outras palavras, são ferramentas que “visam a disseminação e uniformização dos métodos de planejamento, organização e execução dos serviços” (FIGUEIRA, 2001, p. 15). Por ser uma orientação de suma importância, tal função, segundo Silva (1997, p. 104) deve estar “reservada aos escalões hierárquicos mais altos (Conselho de Administração, Diretor Presidente, Diretor Financeiro, etc) dentro das organizações”. A empresa estabelece os espaços de atuações do setor administrativo, prescrevendo, segundo Figueira (2001, p. 16), a política de crédito, sem deixar de contemplar, entre outros fatores, a:

i.

Definição de critérios de gestão de riscos, sob a ótica risco e retorno, incluindo priorização de clientes, composição (concentrações máximas admitida em cada classe de cliente quanto ao porte, ramo e risco) e acompanhamento da carteira, área de atuação e segmentação de mercado.

ii.

Definição das metodologias de análise de risco e cálculo de limite de crédito a serem utilizadas pela empresa.

O que se nota nesses fatores são aquilo que Bonetti (2017, p. 4) denomina como as “características mercadológicas e financeiras que têm efeito direto na organização”. Além disso, o autor se utiliza de Assaf Neto (2002), professor-doutor no curso de economia da Universidade de São Paulo, para demonstrar que o estabelecimento de uma política geral de crédito envolve o estudo de quatro elementos principais, que são:

i.

Padrões de Crédito: representam as condições mínimas para que seja concedido o crédito. Geralmente, é feito por meio do agrupamento dos clientes conforme o grau de risco oferecido e é calculado um custo de perda relacionado a cada categoria de cliente;

24

ii.

Prazo de Crédito: é o período em que a empresa financiará seu cliente. Normalmente, é expresso em número de dias e varia conforme a política adotada pela concorrência, os riscos do mercado consumidor, a natureza do produto, a política interna da empresa, entre outros.

iii.

Concessão de Desconto: refere-se à redução no preço de venda no momento de sua realização à vista ou a prazos bem curtos. O desconto também é considerado um instrumento de política de crédito, pois influencia as vendas, os investimentos e as despesas gerais de crédito.

iv.

Política de Cobrança: abrange os métodos utilizados pela empresa para receber o crédito, na data do vencimento, variando conforme as necessidades de cada empresa.

Essas superestruturas evidenciam que a política de crédito visa a especificação, implantação e monitoramento de informações gerenciais, interação com áreas chaves, visando assegurar a boa execução de cada etapa. Outrossim, segundo a empresa multinacional brasileira CGG, especializada em agronegócio, afirma que sua política de crédito objetiva, além de outras coisas, “a parametrização das regras de crédito nos sistemas internos, modelagem estatística e elaboração de estudos e modelos específicos para redução de risco/aumento de rentabilidade dos principais segmentos de negócio” (CGG, online, p. 4). Agindo desse jeito, a empresa acredita que estará se prevenindo das fraudes e por meio das “ferramentas analíticas e tecnológicas, do monitoramento sobre o comportamento (risco) das regiões de atuação, acompanhamento de tendências do mercado e ações repressivas (âmbito estratégico e jurídico)” (CGG, online). Com isso, espera-se que esse tipo de gestão permita a detecção das ocorrências que envolvem os negócios da CGG. 3.4.

Os “Cs” do Crédito

Além da política de créditos, existem as classificações de crédito, que podem ser vistos como metodologias objetivas e subjetivas. Para Figueira (2001, p.16), os “Cs” do crédito constituem-se, na prática, um roteiro de análise que têm por objetivo

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garantir que nenhum aspecto relevante na análise de risco do cliente seja esquecido. Ao sustentar seu argumento, Figueira se apodera da fala de Baraldi, ao afirmar que: Analisando o potencial do devedor sob a ótica dos "C" do crédito, estar-se-á tendo uma base primária para decisão de concessão de crédito, que compreende a avaliação de seu caráter, sua capacidade, seu capital, suas condições, seu colateral e seu conglomerado (BARALDI, 1990, p.5 apud FIGUEIRA, 2001).

É partir desses elementos que se define todo processo de concessão de crédito. É necessário que o gestor, empresário, comerciante tenha conhecimento para melhor avaliar o estado financeiro de quem solicita crédito em sua firma. Como Baraldi frisou e dentro das normativas do mercado de crédito, “utiliza-se uma técnica que se destaca por fornecer uma estrutura para análise aprofundada de crédito, de modo que cabe ao analista a decisão de conceder ou não o crédito” (BONETTI, 2007, p. 5). Essas técnicas são denominadas como os “Cs” do crédito, notadamente: caráter, capacidade, capital, colateral, condições e coletivo. Para fins desse estudo, aproveitar-se-á o estudo desenvolvido pela SEBRAE1 (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). A razão de tal escolha é porque este artigo articula o assunto de forma precisa e clara a respeito das classificações dos “Cs” do crédito. Portanto, os Cs de créditos são: i.

Caráter: segundo o site da SEBRAE, o conceito de caráter está atrelado “à índole do tomador do empréstimo e sua predisposição em pagar o financiamento contraído”.

Além disso, a SEBRAE aponta que “de forma

objetiva e com base nesses registros, as instituições financeiras podem verificar

se

o

proponente

correspondeu

às

expectativas

previstas

anteriormente, se, como e quando efetuou o pagamento das obrigações pactuadas”

Também consultam se o cliente está inscrito em órgãos de

restrição ao crédito (Serasa, SPC, Cadin), cartórios ou se existe ações judiciais contra a empresa e/ou sócios.

1

Como o artigo está online e vinculado ao site da SEBRAE sem data e página, apenas coloquei, no final, a mesma informação na referência bibliográfica, com o título “os Cs do crédito: entenda o que são os Cs do crédito, veja como as instituições fazem esta classificação”.

26

ii.

Capacidade: a SEBRAE aponta que essa técnica consiste na capacidade do requerente de ressarcir o crédito pleiteado, tendo em vista o quanto a empresa suporta de endividamento. De acordo com essa Instituição de apoio a microempresas, lembra-se que no processo da capacidade são analisadas as demonstrações financeiras, com particular ênfase na liquidez, nos fluxos e projeções de caixa. Além disso, segundo a mesma, as empresas que não registram contabilmente todo o seu faturamento perdem a possibilidade de comprovar, fidedignamente aos agentes financeiros, as receitas auferidas, restringindo a análise da capacidade de pagamento do negócio.

iii.

Capital: aqui, a SEBRAE afirma que o capital é uma forma de representar a potencialidade financeira do proponente do crédito, refletida por sua posição patrimonial. A análise da dívida do requerente, os índices de liquidez, as taxas de lucratividade são frequentemente utilizadas para avaliar seu capital. Outro fator principal é que caso não se realize corretamente a contabilização de seus ativos e passivos, o patrimônio das micro e pequenas empresas pode ser reduzido, o que diminui a predisposição da concessão de crédito pelos agentes financeiros.

iv.

Colateral: o colateral, segundo a SEBRAE, se define no somatório de ativos que o proponente tem disponíveis para oferecer em garantia ao empréstimo. Assim, quanto maior for o montante e qualidade dos ativos disponibilizados, maior se torna a possibilidade de a instituição financeira reaver os recursos emprestados, caso o proponente do crédito não honre suas obrigações. Em vista disso, o SEBRAE pondera que todas as formas de garantia, sejam elas pessoais ou reais, devem ser levadas em consideração na análise deste item.

v.

Condições: esse elemento pode ser compreendido, segundo o SEBRAE, reconhecendo que dentro do atual e imprevisível cenário econômico empresarial são diversas as variáveis que afetam as empresas, também em relação a transações de crédito. O analista, na fala do SEBRAE, deve ter noção das condições econômicas e empresariais gerais, assim como circunstâncias especiais, devem ser consideradas ao se avaliar as especificidades do crédito.

27

vi.

Coletivo: por último e não menos importante, se refere a técnica do coletivo. Para o SEBRAE, nesse processo, considera-se, para efeito da análise de risco do empreendimento, o seu grau de inserção e integração em um coletivo de empresas do tipo cadeia ou aglomeração produtiva, organizado ou não como Arranjo Produtivo Local (APL). As instituições financeiras já começam a perceber essas empresas com menor diferencial de risco, alterando seus parâmetros de avaliação, reduzindo as exigências, simplificando processos e consequentemente os custos direitos e indiretos de acesso.

Esses aspectos são recursos anteriores a concessão de créditos e devem ser sempre considerados como instrumento de suma importância. Todavia, se exige do analista uma visão mais holística – do monitoramento posterior a concessão. Conforme Bonetti (2017, p. 5) articula em seu estudo sobre política de crédito e cobrança de empresa, demanda-se do analista de crédito certo rigor ou cuidado na análise da “carteira de clientes e as contas a receber da empresa, cabendo a ele, informar a empresa e os vendedores a restrição e/ou o problema que o setor financeiro está tendo com determinado cliente, bloqueando assim vendas futuras a prazo”.

3.5.

Risco do Crédito

De certa forma já tem se articulado o conceito do risco de crédito desde o início desse trabalho, mas cabe aqui analisar alguns detalhes peremptório na forma que tais riscos se estruturam. Conforme a conceituação de Mar (2007), risco do crédito é a “probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior”. Diferentes autores destacam os riscos de maneira variada. Por exemplo, Fernandes (2016, p. 21) aponta dois tipos, notadamente “o risco de crédito específico, associado à ocorrência de não pagamento de um determinado agente e o risco de crédito sistemático, associado às alterações ocorridas nos níveis gerais de incumprimento na economia”. De modo geral, os riscos de créditos podem

28

ser também classificados em seis modalidades segundo argumenta Figueiredo (2001). O autor inúmera tais modalidades como:

i.

Risco de inadimplência: risco do não pagamento, por parte do tomador, em uma operação de crédito.

ii.

Risco de degradação de garantia: risco de perda das garantias oferecidas por um tomador em função de desvalorização do bem no mercado.

iii.

Risco de concentração de crédito: possibilidade de perdas em função da concentração de empréstimos em poucos setores da economia, classes de ativos ou de empréstimos elevados para um único cliente.

iv.

Risco de degradação de crédito: perda pela diminuição da qualidade creditícia do tomador de crédito, emissor de um título ou contraparte de uma transação, ocasionando uma diminuição no valor de suas obrigações.

v.

Risco soberano: risco de perdas envolvendo transações internacionais, quando o tomador de um empréstimo não pode honrar seu compromisso por restrições do país sede (FIGUEIREDO, 2001).

Fernandes (2016, p. 20) destaca que boa parte desses instrumentos visam, como objeto principal, identificar o possível risco de default. A autor menciona Fitch (2000), e afirma que o termo default significa fracasso em cumprir uma obrigação contratual, como o pagamento de um empréstimo pelo devedor ou pagamento de juros aos detentores de títulos.

29

4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 4.1.

Viabilidade do Projeto - Em Busca de Solução

Para responder os problemas que resultam nos riscos de crédito, a CredPartner estabeleceu, dentro do seu universo operacional, ferramentas de gestão estratégicas, visando oportunizar o alinhamento das empresas ofertadoras de crédito, reduzindo “o risco de crédito, o nível de inadimplência e, consequentemente, participar do processo de criação de valor aos sócios/acionistas dos clientes”. Abaixo, segue uma amostra do processo estratégico que a CredPartner estruturou para análise e resolução do risco de crédito.

Fonte: imagem obtida no site da CredPartner De forma descritiva, será explicitada o caminho que é percorrido para atingir esses problemas com mais detalhes. A CredPartner buscou alinhar a sua empresa a

30

operar mediante duas frentes: serviços e soluções, que vão se consubstanciando a partir da:

Consultoria (Diagnóstico e Estruturação) Os serviços de Consultoria para áreas de Crédito da CredPartner, objetivam proporcionar o correto diagnóstico da estrutura operacional e da política de crédito, bem como planejar a implementação das ações que possibilitem estruturar a melhor estratégia e dinâmica para a obtenção dos melhores resultados. Os clientes que adquirem esse serviço esperam que alguns benefícios capilares surgem, tais como: melhor avaliação dos riscos de crédito; maior garantia em recebíveis e lucro; maior eficiência; maior capital disponível; equilíbrio na análise econômico-financeira dos clientes, etc.

Treinamento Devido a competitividade e as exigências do próprio mercado, dinâmico, mutante e flexível, a CredPartner conta com o Departamento de Treinamento como resposta, formando especialistas no mercado de crédito. Outrossim, esses treinamentos também visam a atualização de novas técnicas, reciclagem ou manutenção, tanto de analistas e supervisores de créditos, vitalizando e oportunizando conhecimentos sobre a importância da gestão de riscos de créditos para profissionais. Umas das importâncias desse treinamento são as troca de experiências entre os participantes; estudos de casos baseados em situações reais; conteúdo focado no processo prático de gerenciamento do risco de crédito; instrutores com grande experiência na avaliação e gestão de risco de crédito; programas de treinamentos intercompany, com conteúdo flexível, conforme o interesse da empresa; desenvolvimento de conhecimentos que permitem a reavaliação e otimização de processos organizacionais da área de crédito, e sua aplicação imediata, entre outros (CREDPARTNER, ONLINE).

Recrutamento e Seleção

31

Um dos lemas da CredPartner é que uma empresa precisa “ter profissionais experientes, com boa capacidade técnica e de comunicação, com forte conhecimento a respeito do negócio da empresa, dos seus clientes, alinhado com as metas de resultados” (CREDPARTNER, ONLINE). Para isso, possui um amplo banco de dados no qual mantém diferentes profissionais no setor de mercado de crédito e oferece serviços de recrutamentos e seleção de analistas, supervisores e gerentes de créditos, “além da expertise necessária para indicar candidatos com o melhor perfil para cada tipo de necessidade ou empresa” (CREDPARTNER, ONLINE). Análise de Clientes e Fornecedores

Essa etapa consiste na avaliação acurada a respeito da situação econômicofinanceira de empresas, clientes, no intuito de mensurar tanto a capacidade de pagamento assim como o risco que os parceiros de negócios representam. Aqui vale ressaltar que se observa piamente a disponibilidade para participação nos comitês de crédito dos clientes. Na parte da avaliação de fornecedor, a CredPartner busca avaliar o risco de concessão de adiantamento de pagamentos na compra de matérias primas ou prestação de serviços; identificação de necessidade contratação de fornecedores alternativos ou de substituição de fornecedores; acompanhamento do desempenho econômico-financeiro dos principais fornecedores; Identificação de potenciais oportunidades de renegociação de contratos de compra para a melhora de custos entre outros (CREDPARTNER, ONLINE). No tocante a avaliação do Cliente, a análise acontece na análise técnica da capacidade de pagamento do cliente; na determinação de limites de crédito adequados; na participação no processo de definição de estratégias de vendas, considerando o grau de risco que cada cliente representa, entre outros. Sistema de Decisão de Crédito Boa parte desse trabalho consiste em perscrutar com mais detalhes o perfil e características de cada cliente. As informações minuciosas e profundas são relevantes para tomadas de decisões reduzindo, nesse caso, o risco de inadimplência. A CredPartner destaca qualidades como “agilidade e equilíbrio da

32

tomada de decisão de crédito, fatores que influenciam na lealdade do cliente em relação aos produtos e serviços do seu fornecedor.

Seguro de Crédito

A CredPartner conta com o Grupo CredRisk Seguros, fundada em 2007, focando exclusivamente no serviço de Seguro de Crédito e de Garantias. Busca oferecer à qualquer empresa um programa de seguro de crédito disponível no mercado brasileiro e internacional. O seguro de crédito pretende permitir que a empresa cresça, protegendo contra os riscos de inadimplência de seus clientes, com o objetivo de adicionar valores e intensificar as operações comerciais dos clientes no Brasil.

4.2.

Cronograma de Ação

Cabe aqui retomar, de forma resumida, o processo de operação da empresa a fim de compreender as diferentes etapas trilhadas para viabilizar a solução da proteção e redução do risco de crédito. Quadro 1 – Etapas de Gestão do Risco de Crédito Operação Estratégica 1ª Fase 2ª Fase Análise das Informações dos Clientes

3ª Fase

4ª Fase

Administração do Risco de Crédito Acompanhamento da Carteira do Cliente Gerenciamento de Conta a Receber Fonte: informações baseadas na gestão da CredPartner.

4.3.

Aplicação do método

Fazendo um relatório do projeto tecnológico, presumisse que o estudo em questão buscou instrumentalizar-se a base do procedimento metódico da análise documental, reverberando-se tanto através da construção da produção teórica que

33

teve a intencionalidade de trazer à tona as principais temáticas a respeito de risco e crédito e procurou sustentar a analise do projeto da seguinte forma: Quadro 2 – Especificação Metodológica Primeiro Passo

Segundo Passo Através dos dados fornecidos pela

Fundamentação teórica consubstanciado Empresas

e

das

Informações

pela análise documental operando com disponibilizados por meio eletrônicos, levantamento de dados e de autores, foram recolhidas, reunidas e separadas discutindo

temáticas

sobre o assunto.

mais

relevantes as principais estratégias operacionais que a CredPartner estabeleceu para responder os problemas relativo a proteção e redução dos riscos de crédito.

Fonte: organizado pelo autor

4.4.

Resultados obtidos (Matriz SWOT)

Em português, a sigla SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) significa: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, batizado no contexto lusófono com a terminologia de “FOFA”. É um instrumento de análise de negócio e planejamento, simples e valioso. Conforme pontua o Sebrae (s.d, online), o uso dessa ferramenta visa alcançar os seguintes objetivos principais: ter uma visão interna e externa do negócio (SEBRAE, s.d, online); identificar os elementos-chave para a gestão da empresa (SEBRAE, s.d, online); estabelecer prioridades de atuação e de decisões a serem tomadas; (SEBRAE, s.d, online); ter um “diagnóstico” da saúde da empresa: os pontos positivos, os potenciais competitivos nos quais se pode investir para aumentar o crescimento e os principais pontos críticos e de falha; (SEBRAE, s.d, online); e por último, definir posturas objetivando resolver ou minimizar os riscos e problemas levantados. Abaixo, segue a matriz da empresa CredPartner. Quadro 3 – SWOT da Empresa CredPartner MATRIZ Fatores Internos (controláveis) Fatores Externos (incontroláveis) SWOT Forças: Oportunidades:

34

Pontos Fortes

Profissionais qualificados e Avaliações econômico-financeiras, experientes em áreas de para aconselhar, organizar e otimizar a crédito, oferta de serviço atividade de crédito da empresa. personalizada.

Fraquezas:

Pontos Fracos

Ameaças:

Não se aplica, já que os Instabilidade econômica documentos analisados e as informações obtidos não Inflação apontam nenhuma dificuldade que a mesma tem enfrentado. Competitividade No entanto, de forma genérica, se nomeia a dificuldade de acesso a informação de dados, a falta de integração de informação e automação.

Fonte: organizado pelo autor, dados obtidos pela CredPartner, por meio eletrônico.

35

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho, longe de fechar a discussão a respeito da gestão estratégica dos riscos de crédito, se focou por intermédio de um contexto específico e delimitado, na empresa CredPartner, intencionando compreender como ela atua e busca apresentar diferentes propostas operacionais e direcionamento para que as empresas do ramo de oferta de crédito, além de obterem consultoria personalizada, possam realizar treinamento e especialização, absorvendo um entendimento profundo das múltiplas características de cada cliente, e dessa forma contribuir na qualidade da tomada de decisão e redução do risco de inadimplência.

Logo, o estudo em questão, se estruturou, desde sua parte introdutória, em tematizar a respeito do risco e crédito, inserido dentro do mercado financeiro, e buscou entender como a CredPartner organiza um conhecimento especializado sobre gestão estratégica do risco de crédito, apresentando ferramentas e soluções para redução e proteção do risco de crédito. Foi ressaltado também que a escolha que justificou esse estudo, resultou do interesse pessoal de profissionalizar-se nesse ramo, para isso, foi preciso reunir recursos de gerenciamento estratégico servindo como instrumento de qualidade para o futuro mercado de trabalho que o discente pretende atuar.

Para efetivação desse estudo, o método de estudo se estabeleceu através da pesquisa qualitativa, especificamente da análise documental. Por conseguinte, ao tomar esse caminho, primeiro, foi realizado um diagnóstico descritivo que visou mapear a organização e funcionamento da empresa. E, no segundo momento, conceituou-se as principais teorias que fundamentaram a noção de risco e crédito, tanto do ponto de vista histórico, analítico e descritivo.

Um dos resultados relevantes desse estudo é o aprendizado das diferentes formas de gestão e estratégias que a CredPartner apresenta como caminho necessário para solucionar os problemas de inadimplência. Para isso, a CredPartner propôs o desenvolvimento duma cultura gestão de crédito, possibilitado por meio duma consultoria no qual se realiza o diagnóstico e estruturação de política de crédito, a implementação de diferentes ações como a análise econômico-financeiro dos clientes e fornecedores. O espaço de treinamento visa a formação, a manutenção e

36

atualização de especialistas na área de gestão de crédito, seguida pela parte de selecionamento e recrutamento dos mesmos, caso seja de seu interesse. Outrossim, a CredPartner buscou alinhar algumas estratégias que podem ser aplicadas aos gestores e empresários, como seguro de crédito e o sistema de tomada de decisão. Esse último tende a contribuir para decidir se um tomador de crédito tem a potencialidade, em termos de risco no descumprimento do contrato e captação de cliente, de reunir condições necessárias para cumprir com seus compromissos. Isso só é possível através duma a tomada de decisão de qualidade e efetuada de forma equilibrada.

37

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