Capítulos 2 E 3 - Manual De Produção Científica_v3.pdf

  • Uploaded by: Yuri Padilha
  • 0
  • 0
  • April 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Capítulos 2 E 3 - Manual De Produção Científica_v3.pdf as PDF for free.

More details

  • Words: 17,399
  • Pages: 17
38

KOLLER, DE PAULA C O U T O & HOHENDORFF (O RGS.)

para ~ revis.ta cie nrffica (pp. 19 -34). Sao Paulo: Associacao Brnsileira lie Editores Cientificos d e Ps ll'Olo~la c Inst i.w ro d.e Psicologta da Univer sidnde de Sao Paulo . Recupcrado d e http:/ / www.puhlll..lre mpsicologla.blogs pot.coml. -~rzesn iil.k . P. (20 12). A ~l~esla() do livre acesso aos nrti gos pu blicados em period icos den ~lfjl'OS. [:111 Aba lo (Brasilia), 25(87), 77 -112. Rccupcrado de hUp:/ / ema beno.inep .gov.br/

indcx.php/crna beno/articie/viewFile/2620/ 184 7. Wa r~. ~1. & Mabc. M. (2012). The srrn report: An overview of sciemifir a nd scho larly jou rnal

publishing (3a.eJ.). Oxford/ Ux: International Association of Scientific, Technical a nd Medi . 1 Publis hers. Recuperado de h ttp :/ / ww,v.s tm-assoc.org/20 12_ 12_ 11_STM_ Repon_ 2012.pd l Ziel~ nski , C. T. (996). Lost Science in the Americas. In: Editoracao cientfflca (VI Enco r um

N'Il·lo.na l: Caxambu -MG, novem bro de 199 6- copias de tra nspa rencias). Rio de Ja neiro/Rl: Associacao Brasilcir a de Editcrcs Cientificos.

PIOdll<;aO de revis6es de liter atura faz parte do cotidia no de rodos os aca .II mk-ox e pesquisadores. Consra ntcrnentc. estamos elabo rando revisoes pa-

sl'\,fi o de introducao de trabal hos acade rnicos e projetos de pcsquisa. Na da s vezes , pensamos na publicacfio de artigos sorncntc no final de 1111 '\01 pesq uisa, quando ja verificamos os SCliS resultados. Porem , voce ja pa 11111 p.lfil pensar que a sua revisao de Iiteratura pode ser transforrnada em lim ull >:o'/ Nfio? Espero que ao final da leitura oeste capitulo voce comeee a pen I I

I

III 11111 ill

I! II

i sso !

() ohjctivo aqui e apresentar a voces. lcitores, a que e urn artigo de revitic ' litcratura (ARL) e abordar uma serie de dicas para facilitar sua escriI 1 1'.1101 tal . sera utilizado como exemplo urn ARL sa bre violencia se xua l con " I uu-uinos no Brasil (Hohendorff, Habigzang, & Koller, 2012) . De amemiio, IIb,l Clw' escrever lim ARL e lim desafio; nao e facil , mas e recompensador. II III do conhecimento adquirido acerca do conteudo do artigo, aprende-se 111111111 r OIH sua escrita. E esse apn-ndizado no s acornpanhara na producao de 11111110\ outros Il'XIOS, tornando os mais atrativos ao s nossos leitores. AII!c's ch- uulo, e,lIOS IC'itoll 'S, P( 'I~Ulllt·m ·Sl': a que e urn ARL? Caso voce !lIn 11 '1111 ,1 fhc·)t.ulo .1 11111,1 1('\po\lol . Iltjlli , 'SI.IO algumas. A Ameri can PSydlO I, II .1 A"Olloilltlll (AI'A, :lOI ") Illdu ol qUl ' (' \\, ' lipo tit' arli~o t:.lraelt'li/;l 'C' III

40

KOLLER. DE PAULA COUTO & H OH EN D ORFF (ORGS ,)

41

M AN U AL DE PRODUc;AO CIENTIFICA

por aval iacoes criticas d e ma teria ls qu e j a fo ra m publicados. co ns idera ndo 0 progrcsso d as pesquisa s na tern ati ca abo rdada. Nesse se n rido, os ARLs sao re xtos nos qu a is os a utores defi nem e esc la recern urn deterrni nado proble ma, sumarizam es tudos pr e vios e informam aos leitores 0 es ta do e m qu e se enco ntra detcrm lnada area d e in vesti gacao , Tambern id en tifica relacoes, co nt rad icoes, lacu nas e inconsiste ncias na literarura, a lern de indicar suges toes pa ra a rcso lucao de problemas. Tra ta-se de u rn d esa fio , nao e mes mo?! E urn pro . cesso sernclha nre ao de orga n izar nossa mesa d e t rabal ho. No in icio, te rnos a sensacao de q ue e impossivel arruma r aque le arnonroado de papers e objetos. Porern, basta que iniciemos essa organizacao para percehermos que ela facilitarri muito 0 nosso cotid iano, 0 mes rno va le para a producao de u rn ARL: 0 inicio pode ser di ficil, mas 0 seu res u ltado se ra grat ifican re. Enrao, varnos e m frcnte com nossa arrumacao ! A APA (20 12) co nside ra q ue os ARLs e nglobam, tambem, artigos de metanrilisc e de re visa o siste ma tica, se ndo esse e ntend imento co m partilhado por cd itorcs d e imporranr es periodiccs internaciona is (Bern, 1995 ; Eise nbe rg, 2000). Pore m, ha a co ns ideracao de q ue a rt igos de met an a lise c de re visao sis tcrna tirn sao d istintos de ARL (Pett icrew & Robe rt s, 20 06). A met an rilisc e a re visao siste ma t ica podern se r en tc n d idas co mo met odos d e pesqu isa. Q ua ndo se rea liza u ma rnct a nali sc , d ife rc ntes a na lises esta us ticas sno ut ilizad as pa ra exa m inar u m co nj u nto de d ad os e m pi ricos ad vindos de es t udos j a p ub licados. A revisfio s istc mriurn (ve r Capi tu lo 3), pot sua VCZ, cquiva lo a urn le vantarn enro de es tudos jri puhlicados a partir d e um tema espcci fico co rn 0 intuito de bu scar rcs pos tas a d cr cnuinadas questoes (Pett icrew & Roberts, 2006) . Para ta l, necessri rio rer urn problema de pes qu isa cla ro , d efinir lima es tra reg ia de busca d os es tud os. es ta be lece r crire rios de inclusfio c excl usao dos an igos , ale m de reali zar lim a a na lise criterios;1 ace rca da 'i ua lida de da Iiteralura se lecio na da (Sa m pa io & Mancini , 2007) . Por exem plo, tomando como base 0 es tlid o do tratam ento psicologico para cr ia nc;as e ado lesce mes vfti mas d e vio lencia, poderiamos pr oduzir 11111 ARL no qu a l seria m a p resentadas as alm rdage ns te rapeuticas lItili zada s, os p rincipai s res u lta dos dos tr at a me n tos e os metod os ut ilizad os nesses es t udos , tecendo um a ana lise c ritica d esse mat e rial. Caso reali zassemos u ma revis, 0 s iste ma t ica, p recisa rfamos d efinir as bases d e da dos nas qua is reali zariamos ,I bu sca pelos es t udos, os descri tores e a sua ab!ange nc ia ( p. ex., po r ' lOO, 1<".,,1 d e pu blica, ao , id ioma , e tc.). Nosso foco es ta ria e m a prese nta r as d ad os sa bllsca: qu amos artigos fora m e ncon tr ados, 0 11<1t' l' co mo os t's tu dos ror
QUADRO 2.1

mreeencas entre artigos de revisao d e literatura, ff'visao sistematica e rnetanalise Hrvisao dr lit eratura

Revisao sistematica

A....ll.a~6es cnncas do material ja public.ado

t-letodc de pesquisa similar a survey. no qual os parncipanres sao os estudos

Obrcuva organizar,

Objetiva sumarizar pesquisas prevras para responder quesrces. testar hrpoteses ou

ullegrar e avahar esrudos I

elcvantes sobre

rh-terminado lema

_-

......

Obienva examinar estatrsncamenre res ultados de estudos previos

Agora qu e ja sa bernos 0 qu e diferencia urn ARL dos a rt igos d e rne tan a lic' dl' re visao siste ma t ica, varnos as dicas acerca de sua escri ta. Antes, cabe rln- ruar q ue urn ARL nao 0 mesmo qu e a revisao de literat ura que pro dll/.ida e m proj etos de pesqu isa e demais tr abalho s aca de micos. Re visors de IltI 'l illu ra para proj ero s d e pesquisa , di ssertacoes e teses cos tu ma rn se r d cmat.u l.unc nre longas , realizadas com 0 intuito de mo str ar ao leitor qu e a litera111101 vx iste n te sob re 0 topico d e int er esse foi re visada e m sua totalidad e. IS50 plldc rcs ultar em urn texto co m muitas sccoes (Bern, 1995) nas qua is todo e qll,dqu c r est udo e se u resultado e d escrit o dct nlh ada me nt e. Ent ao , a primci · I I d k a e: nao co nfu nda revisoes d e literatura co m ARL. Transformc sua reI ,In dc literatura e m urn a rt igo; a rr isq uc-se! Dcpois d isso , passe a es creve r 11 .1\ rl'v isoes de Iiteratura no es t ilo de an igos. Elas ficarao mais bern escritas, 1lIllIilllllo -sc ntra tivas aos le itores, possivelmemc memb ros de sua banca , pa1111 '1istas O tl avaliadores de agencias de fomento ficarao m llito sa t isfe itos e m Invcs t ido se ll tempo n a leitu ra d e u rn te xt o de q uali d ad e . Dut ra (lica impo rtante e esta r ciente d e q uc, pro v<J velme nte, voce ter..i 11 11.1 dificlIlda de e m pr odllzir seu pri meiro ARL. Isso e na t u ral , pois como totlo novo lrahal ho, sua exeCUC;ao req uer pr aliea . 0 im po n ante e nao desa ni· II I II Tt'n ha l'm mente q ue a ca d a te xlo prodll zid o voce estara a primorando 11,1 ha hilidadt,s e, co m 0 passar do tl'm po , eserever u rn anigo pa recera me· 1111 (1I Iki l, AI 111 disso, p ro('u lt' It 'l (' t'St'l('Vt'r l11u ito . A partir da leit u ra do que 11111 10\ nl' l lIl\t, l~ ("l' It'VI'lfIIH, von' It 'I :' Itlt'ia s pa ra prodllzir sellS pr opri os le xIII 1 11/1·\ Il I.lk H. KII III' I, ;l OOI}), V II, I II II' 1ll .1I \ l,lIl1ilial izatl o ('om AHU;ja pllhli· , Iti O , 111,11' 1.1t II 1'1 .1 Il'(h)tll II 1'111""1'1 10 ,ll IIK" .

"I


t-tetodo de pe squ isa no qual sao investigados 0 agruparrenrc de resultados de diversos estud os par meio de anahses estansncas

reunir evidencias

e

e

Me t a nal ise

e

42

M ANUAL DE PRODU<;AO C IEN T 1F lCA

KOLLER. DE PA U LA COUTO & H OH EN D O RFF (ORGS .)

Com 0 int uito de faei litar 0 processo de producao de urn ARL, a segu ir sera aprescntada uma especie de rote iro passo a passo com dicas. Aten te para o faro de que nao sao normas para a producao do seu ARL, mas apenas uma sistcmatizacfio das pri ncipais eta pas e dicas.

ETAPAS DE ELABORA~O DE UM ARTIGO DE REVISAo DE L1TERATURA A producao cicntifica inicia com a definicao e delimitacao de urn tema de pesquisa. a mesmo ocorre na producao de urn ARL. Enrao, antes de iniciar a producao do seu ARL, pare par alg um tempo e refli ta sabre qual se ra, especifica mente, a sell foco. Muitos de nos ternos a tendencia de escolher ternas demasiadame nte a mp los. Utilize a tecnica da pirarnide invert ida para Ihe a uxiliar. Essa tec nica co ns iste em de lirn ita r a te rna de se ll artigo gradauvarne nte, Por cxernplo. caso urn pes quisado r te nha interesse em esrudar depressao, iniciara SClI cone inve rti do com esse rerna e tc nta ra dcl irnita- lo ao max imo. Neste processo, aconselhavel formular qu cstoes: pe rgunre a si mcsmo(a) sa bre que m voce qu er escrever (p. ex., hom cn s, rnulh ercs, cria ncas, ad ultos, ido sos, ctc.), so bre qu al conrex to/regtao/cs rado/ pats voce qu er esc reve r, e se ha a lgu ma con dicfio agregada (p. ex ., se u (oco de es tudo possu i a lguma co nd icfio Oll vies que 0 dc limit am?) . Apos responde -los, voce te rri urn rema com urn fo co es pcc ifico. facilitando a busca pelo mat erial de co ns ulta e a esc rita do se ll AHI.. Veja na Figura 2 .1 co mo ficaria 0 cone invertido nesse cas u:

e

Tema de interesse Violencia sexual Quem? Violencia sexual COntra meninos O nde? Violencia sexual contra meninos no Brasil

Ha alguma cond i~o agregada? Violimcia sexual int rafam ll l.l r con tra men inos no Brol\11

v

F IG U 'tA flu ' m plo d ... . -.. . .. 1

2.' COlllO dl·fum

dc ·ltlllll ," 0 It 'Ull t l

11111 A H I 111 I III 1. , .1, If ' Ill. I Ct.1 1111 .11 111.1

43

Apos a definicao e a de lirnitacao do te rna de seu artigo, e ho ra de rea !ibUSCQ e organizQfQo de materials para a revisao de liter atu ra . A prime iI I t.uefa nessa etapa e id ent ificar as pal avras-cha ve relarionadas ao seu lema nrher, 200 1). Apos a idcrnificacao dos descritorcs. consulte as principais baI " de dados. Para uma descricao completa sabre dcscritores e consulta a ba. de dad os, veja 0 Capitulo 3. Voce deve estar se perguntando 0 porque da definicao de descri tores e I,,,s,,,, em bases de dados, ja que estarnos falando de urn ARL e nao de urn "lI~O de revisao sistematica (ARS). Lembre-se de que a busca de anigos em 1"\t'S de dados e 0 "pontape" inicial de qualquer trabalho cie ntifico e nao se.11 ;1

III

diferente em urn ARL. A questao

e que, ao produzir urn ARS, as aurores

(('ssitam descrever detalhadamentc essa erapa de busca por a rtigos em batil' dados, pais esse e 0 metoda de pesqu isa c mpregado no artigo. Nesse undo, 11m ARS se asserne lha mil ito a 11 m anigo crnpirico (ver Capitulo 4), plll'i possui as secoes de metoda e resu ltados. 0 qu e nao ocorre com urn ARL. lmhora sejam uti lizados descr ito res e bases de dados, 0 co nte udo de urn ARL 1110 dcscreve rri 0 processo de busca pe las pub licacoes co nsu ltadas. Ao reu nir mat er ial pa ra a prod ucao de urn ARL, e aconselhavel ta mbern 1 1/ 1' 1 lima busca por o utras publicacocs, tais co mo Iivros, reses e dissertacoes. I I mhre-se, nu cma mo, qu e as revistas cie ntificas cos tumam ex igir q ue grande 1'111 1' lias re ferencias ut ilizad as em a rtigos sub metidos seja de art igos ja publiI ldos . Assim, pr ivilegie a utili zacao de a rt igos e m detrime nt o de livros e deIlIdl S ma terials. Outra es trareg ia de busca e acessa r a plata forma Lau es (Iat II cnpq.b r) e fazer lima busca de curric u los a parti r de det errninad o tem a , I utlr.mdo as publ icacoes do s autores sobre a tc rna tica de inter esse . Ao realizar a busca de materiais para sua rcvisao de literatura, leia atent 1II 1l'I111..' 0 tit ulo e 0 res umo dos ma te ria is e nco ntrados. Nao esqueca de verifiII \1' a fonte dos mate ria is qu e voce es ta co nsu lta ndo e confiavel, bern como a III ljllalidade e releva ncia. Salve ape nas aq lleles mat eriais que possliem a lguIII I li~a<;5o com 0 seu te ma de interesse. erie pas tas em SP ll compllta do r, dividi I I Cllllforme os di fere ntes aspectos de se u tema . Em seg uida, rea lize a leitllra I. I.llhilda de cada material, e pro d uza urn resu mo co m suas proprias pa lavras, I I 1111.1 os I"esumos que poss uem re la<;ao en tre si e aqueles que, apesar de abor1 11 1'111 lIllla mes ma qu estao, apresenta m visoes /resu ltados co nt raditorios. A hust'a de mat e riais pa ra sua revisao de literatura tambem fani com 111 1 \!IWe l fiq ll<.' rna is familia rizado com 0 tema que escol he u, Assim, e hora de '11111/1(1/ (I rotciro dc $CU ARL (Echer, 2001). A elabora<;ao do ro teiro reque r 1 01 11 .1'11\0 j~ q ue, ao co ntnhio dos anigos cmpiricos (ver Capitu lo 4). os ARL II In 1'0 .. ~u e'lII 1II1l fOl lll:ltO Ph ·t ·stal w!t ·dd o . Ti.· nha em mente que 0 3rtigo de111111.11 11 111.1 histo r i.l (·Clt· h·Il Ie·... 011 \1·j. l. ('0 111 infcio. meio e fim. E possivel II 11111.1 10 . 1 p.1I 111 tit' 1II0ti ei o 11'01 11 II • pOlllos de vista do terna ahordado

III

_"'L.__

II',"'11

It

c

t

I.

I hU II I.IIIJ o I J 'I

1111' I ' 1' 1I1t'

ti t' d ll lolt'\

dil t·lt ·l1lt·S ti ll o ht'

44

MANUAL DE PRODU<;AO CIENTi FICA

KOLLE R. DE PAULA COUTO & H OH EN D O RFF (ORGS.)

dece ndo a uma orde m cro nol6g ica (Eche r, 2001) de pu blicacocs o u do comeudo abordado. A Figura 2. 2 ap rese nta urn roreiro do ARL sob re violencia sexual co ntra rne ninos no Brasil.

I III SI' comu nicar em seus rextos. Trara-se de urna Iinguagem pa utada pela I ""I... e objctividade. Ames de iniciar a producao do ARL, e necessari o defi nil qual c a me nsagem q ue seu artigo ira tra nsmitir. Guie sua escrita a pa rtir II 1"lmcnsagem e busque transmiti-la aos leitores da forma mais clara e ob I IIV" possivel . Bern (1995) alerta para 0 fato de que a maioria dos ARLs se II utvriza par ser urn amontoado de citacoes scm que haja uma clara menI "Ill, urn fio condutor que perpasse todo 0 conteudo abordado. 05 au tores I 11111 ARL devem transmitir uma clear take home meS$age ("mensagem clara 'I.' kvar para casa": Bem, 1995) .1550 nada mais e do que 0(5) autor(es) se I It rnnar 'I respeito do conteudo abordado no ARL. Porern, nfio basta esereI uossa opiniao c...": 0 posicionamento dos autores deve ter respaldo na IiI I 11111 a, ou seja, nao basta apenas cxpor uma opiniao sem de mo nstrar que a IIII uuura existente certifica esse ponto de vista . l.e ia 0 trecho a seg uir e te nte I, nuficar a me nsagem.

Paragrafo Inrrodutonc

Prime iro . 0 tem a do

artigo

e apresentado Dados epidemiolOgicos

Perceba que h.i uma ordem cronol6gica do conteudc : a violencia se xual precise ocorrer (dados epidemiol6gicos ) para que possamos saber com quem ocorre (cara cte risticas) e 0 que ela acar reta (conseq ue ncias)

45

Ccracterisncas

Consequenctas

t IIIll.IIIVas mdfcam que uma em cada quaere meninas e um Abordagem das conclus6es gerais

,

I

Discu ssac

FIGURA 2 .2

Exemplo de roteiro para urn artigo de r evisao de Iit eratura.

PRIMEIRO. 0 TEMA DO ARTIGO

1111 ,Idasets meninos expertmentou alguma forma de violencia _II ,1 namlancia ou adotescencia (Sanderson, 2005). De accrdo " III ".,Ie dado, meninas sao mats vitirnizadas do que os meninos, I • Ill, tal diterenca nao e gra nde 0 suficiente para jusnflcar a II til 1,1 de estudos sobre a po pulacao masculina no Brasil. Nota ' IllI' a tematica da violenc ia sexu al masculine atnda carece , m.nor visibilidade socia l a fim de q ue vitimas, pr ofissio nais c I..d.«le em ge ral possa m per cebe -la como um problema de lui I't'lblica (Ho lmes, O ffen. & Waller 1997).

Baseados na escassez de literatura sabre 0 te rna. os autores buscaram. ao longo do texto. e nfatizar f ideia de que e necessebo mvestlr nessa t ematica .

EAPRESENTADO

c

Pcrceba qu e ha lima ord em cro nolog ica do conteudo: a violencia sex ua l preci sa oco rre r (da dos epide miol6gicos) pa ra que possamos saber com qu em ocru re (caracte risticas) e 0 qu e ela aca rre ta (co nseq ue ncias) , De posse do rote iro, chegou a tao es perada hora: a e.scrita do seu Ail l Simultanearnen te, inicie 0 processo de esco lha pe la rev ista a qu al 0 se u AlII sera subrnetido. Ap6s essa esco lha, busque por ARLs ja publ icad os por c".' revista e a na lise-os, IS50 auxi lia ra na escrita do se ll a nigo. Aie nre tam bem p.1 ra as normas da rev ista (nume ro ma ximo de pagin as e de refcr en cias) que ill fluen cia rao d irctame nte na producao de se u a rtigo. l' n -orupe -se COI11 s ua 101 I11'Ha~·50 geral sornente ao final da cserita. Durant e a eserita. c imp On al1ll' l'sta l 01 It ' II I 0 till 11 II d.l hIlK lI, IX('1Tl CiI' lI l l fica. Entl'ndl' -sl' po r lingllagt'm dt' ll tlfir; 1 4) lIIod o 1 111110 II pl·... qllb.u lo lt·" dl

Allies de esc reve r, pa re e pense em qual a mcnsagern q ue voce quer mirir aos leitores. Apos definir isso, inicie a escrita de seu ARL. Nao se qlll' " , de q ue a ling uage m cientifica prima pela clareza e objetividade. Sell II I dr-vc, cruao, obedecer a esses pri ncipios. I,"never de forma clara e objetiva consisre em escrever de forma simp les dlll' l,l, Evite palavras desnecessarias, bern como a urilizacao de diferentes 1II011l1ll0S para indicar urn mesmo fenornenc/contcudo. Utilize frases cu rtas ohWIIVIIS. 0 mesrno vale para os paragrafos - cada urn deve abordar uma II II I' ronclui -Ia. scm haver necessidade de retoma-la nova men te em outra I 1111 tlo It'XIn, pois isso torna a leitu ra rnacante. Bern (1995) enfatiza que urn HI 11,111 (( 11111 IOlllanrc comj7CJ,lihlmck.lii, mas uma pequena historia com uma

I I III

I III I!lV,1

I

IInpll's

t' Iil1l'al.

Vt'ja

0

('xt'mplo

a sl'~lIir:

46

M AN U A L DE PRO D U <;AO C IENT1 FlCA

KOLLER. DE PAU LA COU TO & H OH EN D O RFF (O RG S.)

o

local de ocorrencia da violencia sexual foi abordado em estudo com see men s. com

idades entre sere e 13 anos . viti desta vrolenoa. Os locais nos quais eta orreu foram : a casa da vitirna (tres cases escola (urn case). sexual (urn caso). e casa do autor da violen insauncao que

0

me

frequentava (urn caso

- Kristensen . 19 . Alem disso . uma revisac sistematica da . eratura indicou que entre 54% e 89% das tuacoes de violencta sexual Ioram extrafa tares e. destes. e % e 40% U tili ze sempre

0

mesmo termc - isso tornara 0 se u te xto claro. A unliza cao de

dite re ntes sinOnimos

Atente para 0 tamanhodo paragrafc e das

frases - de vem se r curtos e o bjetivos. apres entando uma ideia e ccnclofodo-a.

I) acordo com Kristen en ( 1996) . as repercuss6es do abuso sexual I" It INn atingir tarnbem a fam 'tima. Sentimentos ante a revelacao ,I J abuse . como panko. rarva. depressao. c deociadcs nos estuI, de Kristensen ( 1996) e Pires Filho (2007) . alem e uanto I:'lC ualidade do menino. diflculdades de estabelecer heutes ao fi .1"1\.'00. e medo que este se tome urn abusador podem Sl:.'!:J"'lll'~n: los pelos famihares. confonne sahentou Almeida et aI ). Diante I complexidade do abuse sexual e da ans ieda oblhzada. autores aluoAl'aujo (2002) e Pires Filho (2007) lembram que frequeme que I IlIk" de vitimas deststam do atendimemo.

A enfase esta nos

aurcres e nao no ccnteu do.

e

fora cometidos seas desconbecidas as Viti ntre 46% e 93% Ioram de epi unico. 17 a 53% fcram cases cronicos e

dferenca

I

ndoos

tiveram a duracac entre menos de seis meses

II names sao I IC ados ao final

a 48 meses (Ho lmes & Slap. 1998 ).

para a mes ma palavra

nacao. 0 text o

pode confundi r os

1ll,11S

leitores.

Evita r a lisa de ja rgoes - termi nologia s cspecfficas de lima dete rminada d iscipi ina - tambem pot en ciali za a clareza e a objet ivida de de seu ARL. Estc ge m lmc ntc possui urna aud iencia ma ior qu e o utros tip os de art igos, pais pro picia ao s lcit ores urna visao arnp la so bre urn ass unto. Co mo nao e inco m um qu e lcitores de outras areas de co nheci me nto co nsulte m ARL, 0 usa de ja rgoes pod e dificulr a r 0 e ntc nd ime nto do se u co nte udo. A Psicologia possui va rios jar goes - cit and o ap en as a lguns : co m plexo de Ed ipo , co ntinge ncias, rende ncia nt ua liza nte - e, pa r vezes , sua util izacao e necessari a. Qu ando n:io e possivcl evita r se u uso, faca-o co m ca utela, defin indo 0 ter mo ut ilizado cit' forma clam e co ncisa e, prefere ncialmente, exem pJificando-o (Bern, 1995). Voce deve tama r cu ida do ta mbem com a for ma como fa z as citac;oes du mnte 0 texro. Priorize a ideia , e nao os autores. Assim, os sob re no mes do s all tores devem aparecer e ntre parenteses, pais a enfase deve es tar no co nte udo (Bern , 1995). Dessa for ma , seu texlO ficara rnais alralivo e claro aos le ilor"s Em vez de le r a sobrenome dos au tores no carpo do tex to, os leitores pref(1 rem s.lber a que eles ll"m a di zer sobre 0 co nteudo abordado e m se u ARJ.. As sim, coloque as sobrenomes aD fina l da frase, e mre parcn cescs. Co mpa re (I dois trechos a seguir:

47

I



objetivo e ssa nte .

As repercussces do abuse sexual podem atingir tambem a familia da vitima . Sennmentos ante a revelacao do abuse. como panico. raiva. ressao. c oro rstensen. 1996 ; Pires Pilho. 2(07). alem de dUvi xualidade do menino. dificuldades de estabetecer limites ao filho abu este se torne um abusador podem ser expenenciados pelos familiar erda et aI.. 2(09). Dian te cia complexidade do abuso sexual e da ansieda uada. toma-se frequente que familias de vitimas de sistam do atendimen (Araujo. 2002; Pires Filho. 2(07) .

() sobrenome dos auto res deve consta r no carpo do texto so me nte qua rtohjetiva enfa tiza- los devido a sua rc leva nc ia, OU seja, cha mar ate ncao 1'" 0 tlt'll' fmina do autor, Por cxe rn plo, ncst e ca pitulo, po r vezes, a citac ao de II "' ( 1995) foi feita no corpo do texto, Opto u-sc par clta -lo dessa forma por 11IL I ti ll rcleva ncia desse a uto r e, especifica mc ntc, dessa publicacao co m di , " ," ·s sobre producao de ARL. o utro cuida do refe re nte as citacocs di z respeiro a sua qua nrida de, uma qlll' artigos de ARL tendem a ter ffiuitas cilac;oes . Aconse lha-se, q ue lite~ 1111 1II!'. men us importa ntes seja m o mitidas (Bem . 1995) . A escolha pe los a rti1 lllliis relcvantes pod e ser feita po r meio de: a) amHise do numero de vezes ltll 1IIIItigo foi cita do; b) peri6dico no q ual 0 art igo foi publicado; c) auto ria I I II I1 ~O (Le., autores destacados na area) . E posslvel tambem solicitar ajuI I 111 1. 1 [olegas rnais experientes. Alem disso, varias revistas cientificas vern 11I 1l)(indo 0 nllmero de refe rencias que podem ser utilizadas na produc;ao I 1111I.1 11 igo. Esse c ma is urn motivo pa ra ava liar 0 que inc1uir em seu ARL, I 11I111I.llHlo Iitc ra tura s rna is relevam es. h i ,I'

+

48

para as q ua is a inda nao h
Au escrever se ll ARL, te nha em mente 0 chamado "efeito do mino", isto

1111

e, sell texto deve fluir de for ma que cada no va ideia abordada seja conectada a ideia anterior; Evite 0 uso de rnetacomentririos (Bern, 1995), au seja, [rases que an tecipa rn 0 co n teudo do a rt igo . Lernbre-se qu e ve scr invisive l ao lcit or, Veja 0 exem plo a seg uir :

Apes a abordagem das caracterisncas da vialencia sexual contra menmos. eo relevante que as consequencias dessa forma de viotencia seram con hectdas. Dessa forma, serac apresen tadas as principals consequencias que os estudcs da area indicarn como comuns em meninos vitimas.

I Agora veja a transi <;ao entre os coo te udos sem 0 usa de metaccmentarios. Esre paragrafo conecta 0 ccnteudc

que estava se ndo abordado anteriormente no ARL (cara et e risticas da viotenda sexual - du ~o, freq cencia. idade das vitimas ) com 0 co ote udc q ue seria abordado post er ic rmente as co nseq ue nclas da viole ncia sexual para as vftimas.

0

49

MANUAL DE PRO D U <;A O C IE NTIF ICA

KOL LE R, DE PAULA COUTO & H OH EN D O RFF (ORGS,)

processo de escrita de-

tmbora os estudos nacio nais abcrdem. aparentemente. a violencta xual contra crtances e adclescentes independentemente do sexo .t I vitimas. ao se reahzar uma analise do publico participante das 1'1 sqursas. cons tata-se a predorntnancia de vitimas do sexc fe minino . I>ill'rentes aspectos, tais como mecanismos e fatores relacionados a vrole-ncia sexual (Dre ze tt et al.. 200 I); exoloracao sexual (Cerqueiravantcs. Rezen de & Correa, 20 10); sinto mas psico patclcgiccs (Halti 1.1ng. Cunha, & Kolle r. 20 I0); contexte judicial (Dcbke. Santos, & I) II'Aglio, 2010) e tratarnento de viumas (Lucama. Valerio. Bariso n. Miyazaki. 2009; Habigzang et al.. 2009; Padilha & Gomide. 2004 ) .ibcrdadcs nestes estudos. Por outro lade. 0 numero de estudos Ill' ronars publicados que abo rdam, especificamente. vitimas do sexo 1111 cuhno e escasso. Ao se re alizar um levanta me nto br e ve nac 'I'hlmat ico de estudos bra sileiros so bre 0 rema e m bases de dados Ill/ toners (BVS Psi e Scielo. Pe ncdicos Capes). pe r ex emplo. apenas lillI.' pubhcacao (Almeida. Pe nse . & Costa. 2009) foi encontrada.

Este paragrafo ant ecipa 0 ccnteudc que sera abordado. Isso pode ser ccnside radc co mo urn metacomenrari o .

Fatores como a duracao. freq ue ncta e as condicces nas qua is a violencia sexual ocorreu (com au sem a pre sence de arneacas elou viotencra). alem da idade da vitirna e do npo de re laciona me nto com os autores. sao indicados como me diadores do impacto desta violencia para 0 desenvolvimento (Araujo. 2002: Furniss. '993; Kristensen. 1996: Sanderson. 2005).

A partir deste trecho voce consegue definir o temadoARU Qual sua justificativa?

Apos de finir e esc larece r 0 problema de se ll ARL, e necessa ria su rna riza r previos. Busque rnosrr ar ao s leit ores 0 es ta do e rn qu e se e nco ntra 0 I IlIlu'rimento sobre determi na do tc rna , Tentc respo nde r aos segui ntes q uesIlUlI,lInenlos: 0 que ja foi pesquisado? Quais os rnetodos utilizados? Onde os Illdos foram feitos? Sumarizar estudos previos evita que seu ARL se tran sI, II lilt ' e rn um a "co lcha d e ret alh os", na qua l ha lim a rnoruoa do d e citacoes III IIl1l il a nnlise d o mat eri al abo rd ado. Discllt a as ideias, d ad os e co ncllls6es qlll'''i I'lIl adas no lexto . I' I'0SSlvcl afirmar que a esc rita de urn ARL deve co mp ree nder d ois pro liS : dt'scrcver c ava liar. Somemc descrever os ma rcri a is co nsll itados e intl lIl Il'nlt', rambc rn necessario avalia-los a partir de seus metodos e res llltaI" A" leaHzar essa aval ia~iio, voce, fut uro a uto r de urn ARL, pod e (e deve) I. "1 II II l it a n;lIise nit ica . Porem, lemb re -se d e qu e essa a na lise cri tica diri giII 11 11 I a!.;) llu), e nao ao autor - At verbum not ad hominem (Bern, 1995). NespH il 1'''iSO, na o l'sq uc<;a d e qu e se u tcxto precisa tran smitir um a ideia clara, ji ll tll'V" "it'l I) fio eond tJ(or do artiKo. Vej a 0 cxemp lo : I lidos

E necessario le mbra r da definicao de ARL enquanto se esra escrevendo u rn. Nesse ripo de a rtigo, os a uro res defi nem e esclarecem urn probl ema cs pccifico , su ma riza m es rudos previos e infor ma m ao s leit ores 0 es ta d o em (j Ut sc enco ntra d et erminad a area d e investiga<;ao. Ale m di sso, bu scam identifiGII rela<;oes, co ntrad i<;oes, lacu nas e inconsistencias na lireratura e indica r sugcs toes para a resolu~iio de problemas identificados (APA, 20 12) . Definir e esclarecer dererminado problema co ns isre em descreve r de f(lI rna clara e obje tiva 0 tema q ue sera aborda do no ARL. Gera lme nte essa de" ni<;ao feira no inicio do texto com 0 objetivo de sit ua r 0 leit or acerca do qlll se ra abord ad o no rcstante d o arti go. E aconsclhavel j us rifica r a cscolha 1>4'10 tem a aborda do. Lembre-se d c , ao csc revc r lItll AHI., lItilizar ni tcrio dt' rde vfmcia ta mb e m para a cscolha de se ll te ma. AhOldt' It'mas pOllen t'xp lnl;Hlo

e

e

e

°

I

50

M ANU AL DE PRODU<;AO CIE NTI FICA

KOLLE R. DE PAULA COUTO & H OHEN D ORFF (ORGS.)

Enecessaria descrever qrn- ha em cornurn entre elas, 0 que diverge e indicar aspectos ai nda nao III\'c'''iliXados. Analise 0 exernplo a seg uir e busque identificar se ha e como 1III IC'ita a identificacao de relacoes . contradicoes, lacunas e inco nsisrenc ias:

II , ronjunta das publicacoes que compoem urn ARL.

A analise de 21 I flchas de ncnficacao de atendimenrcs imediatos as vitimas de violencia sexual. realizados no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (sao Paulo), en tre abnl de 2003 e marco de 2004. indicou que a maiona das vinmas (190 cases) era do sexc fem ini no . enquanto 21 cases envolveram meninos ou homens (Campos. Schor. Anjos. Laurentiz, Santos, & Peres. 2005). Os dados documentais 0 cases de

Perceba 0 amontoado

violencia infanta -juvenil ncnficados no Conselho Tutelar e no rama Sentineta. no municipio de ltajai (Santa Catarina), no perfodc ent re I

de citacces. formando a chamada "cokha

e 2003. evidenclaram que 287 (84 .40%) das noriflcacoe s se referia a abuses sexuais perperrados contra meninas~.:,e~n;~;;';';:1ij~~?t.. con tra meninos (Machado, Lue ne berg, Regis, & Nune 5 . or . d I 2 522 pro tocolos de atendime rnero a consu ta a. e um progra ma estad ual (Bahia) de denuncta e ass istencia r un a de viole ncia sexual fo ram e ncontrados 22 cases nos u viole ncia sex ual foi identiflcada au reve lada no contexte es . no periodo entre dez embro de 200 I oria dos cases (86.36%) Ioi do sexo fermmoo e agosto de 2004. A (Inoue & Risturn. 2008).

de retalhos''. Neste trecho somente Ioi realizada a descrtcao dos estudcs. sem

Veja que nesse trecno h3 uma. sfntese do s estudos, tomando o texto mars interessante, pois foi Ieita uma avahacao do material consultado.

Ao mencionar essa

lacuna- falta de estudos com populac;6es nao c1inicas -. os aut ores continuam abordando a sua cleartake home message de que e necessario investigar melhor a tematica.

51

I

avalia-los.

o rneio de coleta de dados predominante foi a analise documental. realuada par meio da consulta a expedientes judiciais. proruuanos. protocolos e fichas de atendimento. Somente um estudc utilizou um instrurrento de triagem para verjflcar a ocorrencia de violence sex ual. Assim. evideocia-se a maier investiga«;ao de dados epidemiclogicos em pop ulacoes cbnicas. au se ja. em locais de atendi mento as vitimas . tais como arnbulato nos. ce ntres de referenda. co nselbcs tutela res. programas pubhcos de ate ndime nto e hc spitais. enquanto que 0 estudo de popula coe s nao c1inicas foi realizado somente e m uma pesquisa reahzada e m esco las publicas (Polanczyc e t aI., 2003). Inde pe nden tem ente do meio de co leta de dados. todos os estudos reportaram indice s mais elevados de ocorre ncia de violencia sexual contra 0 sexo feminino. Porem. as maiores diferenc;as foram percebidas em est udos que utlltzaram pa pulac;6es c1inicas, enquanto que 0 estudo com pa pulac;aonao c1inica (Polanczyc e t al., 200 3) reportau a me nor diferenc;a en tre os sexos, sendo 59, 3% feminine e 40 ,7% masculino .

A parti r da sumarizac;aodos estlidos previos, e nalu ral qu e os a Ulores (II I ARL tenham urn amplo conhecime nlo sohre as puhlk:u';(J('s ,do lerna ahOldd do. Dianle disso , C{} mom enlo de idc nlifka l" rt'la\'()I·s. I'Cllltradi\,cl\'s, l acu n a"i I ' int.'o nsistcllt.'ias nessas publira<.; oes. Ess:I id( 'l1 li li ("Il ~'I(l I~ h 'il ,l iI p;lIli1
f u.bora os estudos sobre co nseque ncias da vlclencia sexual mascu lina indrquem similaridades, tats

.""'0 a presenca de ansiedade, problemas legais. probl emas de autoimagem e d uvidas quant a a tllnnta<;ao sex ual (Ho lmes & Slap. 1998 ; Kriste nse n. 1996 ; Pinto Junior. 2005). questoes met e It••16~icas limita m a generaliz acac dos seus re sultad os. Por ex em plo. alguns estudos recorrer arn it I" nencia dfmca de proflssionais que trabalhavam com vitimas de vtolencla sex ual (Pires Hlho. 1001 , Tremblay & Turcotte. 2005). nao te ndo acesso direto as vitimas. enquanto o ut ros tive ram ,"l.lto dtrerc (Almeida e t at., 2009; Collings. 1995; Dube et al.. 200 5; Kristensen: 199 6: Lisak. 1'1'14 . Steever et al.. 200 I: Ullman & Filipas, 2005; Weiss. 20 I 0). Nos escudos com prcfissionars. I n\llltado e hmuado a percepcao destes sobre 0 que se us pacien tes vivenciaram. De ntre 1111 les que recorreram as vitimas. a dfferenca de Idades en tre os participames e percepnvet. 'I uldo desde a infancia e adclescencta (Almeida et al., 2009 ; Collings, 199 5; Kristensen. 1996; I lI,to Junior. 2(05); adolescencia e idade aduha (Steever et al.. 200 I: Weiss. 20 I 0); e somente 111110\ (Oube et al.. 2005; Lisak. 1994; Ullman & Filipas, 2005). Alem dissc. diferentes tecmcas I II coleta de dados foram unhzadas. tars como revrsac sistematica da literatura (Holmes & Slap. I' IA . Pfeiffer & Safvagni. 2005); analise documental (Weiss. 20 10 ): estudo de caso (Almeida et I 2(09) ; entrevrstas e qoesnonarics [Debe et al.. 2005 ; Kriste nse n. 1996: Lisak. 1994 ; Pinto IUIiIOI . 2005; Ullman & Filipas . 2005); e instrumentos para venficar sintomatologia (Collings. I"~ ,~ . Steever et al.. 200 I). Me sm o que a literatura indique ccnsequencias comuns a me ninos e I. "Ill ns que sofreram violencta sexual, cada case e pec uliar e sofre mtluencia de diversas variaveis. I ., I vtudos indicam renden ctas e estac Iimitados a questoes metodol6gicas. Assim",e necessanc ., 1".lf para a individuahdade de cada caso. "to. I

I\ 'rccham, caros leitores, que inicialmente e feita um a relaC;ao ace rca das "l luencias da violencia sexua l cont ra me ninos nos estudos revisados. Em ,".1". h:\ lima problematiza~iia sabre lacunas metodal6gicas (p. ex" dife· nil' Il'(.'nicas de cole ta de dados e fontes - profissionais e vitimas) que in1111111/;1111 a gcneralizac;ao dos resultados dos estlldos revisados. Apos suma riza r os estudos e indicar relac;6es, contradic;6es, lacunas e in,n ...It'l1 ri as, deve-se informar aos leitores do ARL 0 "estado da arte", ou seI t 11'1 11(' j;i se sabc sobre 0 tema, quais as evo luc;6es conq uistadas a part ir das I 11'1I"i,IS (.' 0 que ain da e necessa rio inves tiga r, Isto cost uma ser feito no final Itt UI., pois s(.' assc meJha a uma conclusao. Em seg uida, e necessario suge rir lilt I III'S p'lI":l fl'solver 0 problema t1bordado no texto : 0 que a inda e necessaIll! lu'..qlli "i;u '? 1)(' qut.' forma ? POl' qut.' isso C necessario? Essas per guntas sao lltl I 1Il' " S;1 c'lilpa <1:1 l' snil:l dt.' Sl' \1 AHI.. III

52

KOLLER. DE PAULA COUTO & HOHE NDORFF (O RGS )

MAN UA L DE PRODU<;AO C1ENTiFICA

Agora chegou 0 me me nto d e revisal' e [onna tar sell ARL. Deixe-o de la -

Em suma, este ensaio teor icc indica a necessidade de incr em en t o de est udos nacion ais sabre a

violenc ia sex ual contra 0 publico masculino . Sornente um artigo especifico sa bre a te matica Iot encontrado em bases de dados brasileiras (Almeida e t 031.. 2009) . Alem disso. demais pubhcacces (p. ex .. dtssertacac e livros) tambem sao em numero reduzido . Aspectos como a vergonha e a difkuldade de meninos e homens em relatar a ocorrencia de violencia sexual. bern como as drficuldades relacionadas it propria denuncta. podem ccn tribuir para este panorama. Alem drsso. rneninos e homens podem nao perceber as sttuacces de vioteocia sexual como tal ou considera-las como comportamentos de nuctacao sexual e, asstm. nao efetuarem a ncnficacao. Sendo os cases em meninos e homens menos nor lficados e, assim, mantidcs em segredo. 0 acesso a e ssa po pulacao para a co nd ucao de pesqui sas pode se r difl cuh ado .

N ote que 0 primeiro trecho abordou prioritariamente o ..estado da arte", enquanrc no segundo dire<;:6es sabre 0 tema abo rdado foram indicad as.

Mesmo. aparentemerue . em rnenor nurnero. os cases de viotencia sexual rnascuhna ocorrem e necessitam de atencao. Ao se estudar e divulgar dados acerca da vinmizacao sexual mascclina. pcde-se iniciar um movimento de mudanca cultural de subncnncacac destes casas no Brasil. Est udo s futures podem con tribuir para a desrmstiflcacao da violencia sexual mascu lina evidenciada pela escassez de est udo s nacionais sabre 0 assunto . Pesquisas sobre a dinamica da sttuacac de violencia sexual, carac te ris tica s das vitimas e auro res. alem de suas possfvets ccnsequencias a curto e lange prazo s, fo rnec e rao info r macces e dados que podem ser utitiz ado s em estrategias prevennvas e terapeuncas. Est ud os tnternadonats. par exemplo. indicam a pre senca de duvtdas quanrc it orientacao sexual (Lisak . 1994; Trem blay & Turcotte, 2005 : Weiss , 2010) e a tendencia a cornpcrtamentos externalizantes (Maniglio, 2009; U llman & Flhpas. 2005 ) como co osequencias frequentes da violencia sexual mascuhna . 0 estudo de meninos e homens brasileiros pode evidenciar peculiarid ades devido a fatores am bie ntais e cultura is, alem de agregar novos co nheciment os aos ja existentes.

I

Ja estamos chegando ao fina l da produ~ao d e urn ARL. Chegou, entao, " hora de fina lizar sua escrita . Tome mu ito cu idado nessa e ta pa! Ha a tendcnl'i,1 de us aUlOres (e eu me incl uo aq ui) finali zarem se us textos sugerindo novas pesquisas. A nao SC I' qll e 0 tem a abo rdad o e m seu ARL sej a pOlleo pesquisado , nao fa~a isso ! Bern ( 1995) afir ma qu e isso e ma, ante e , quand o fo r feita, d,'v,' se r no inicio d o texto. Fina lize se u ARL co m co nclusoes ge ra is o u ret omando.1 ideia pri ncipa l do texta - a clear take home message. Veja 0 exemplo a seg lli,

Por se t ratar de uma sit ua<;:ao co m plexa. tod os aqueles qu e po\$ut' m co.ntato co m mC/llIl O\ e ho mens, ou seja, pais, pr ofessores e profi ssional s de vt'm \t'1 (",111ot / .,\ de Idt'lltlficar $1I1.l l\ sintomas dccor re ntes da vio lencia s.cKual para pr o(f·t!c 'l .1I)!" 1'111 ,1I11I1,h, UlI l'1lI0\ I1l'( c·\ $,) no.. () ;UlIncnto de publicac;6es sob re 0 t CI1M, bem COIllO.1 I Ih lt ,H" III C 'll' l lllll." j., cI pi OIl\\IOtlol l\ r. .1 dlvu lgac;.lonanljd lapoe:h'ln serlK'ni-fI(O\ p,lf.l01~CI'I I '''1 1l1'ro,. 1.,, 1 1111 1..'" cIt 'i11.1 IMt.1 1 11 11,1

53

dll pur a lgum tempo - 0 su ficiente par a q ue voce nfio le mbre mai s det alh a-

111I1H'nte se u conreudo - e, depois disso, rel eia-o . A leitura e releit ura de sell II 100 auxiliara a veri ficar a sua cla reza ; mas isso nao basta . l.e ia seu ARL em ,,' .,IIi' (Trzesnia k & Koller, 2009), prestando atencao em cada palavra uti liItlol t' na formacao das frases. Esse urn born momenta para excl uir palavras !II ru-ccssa rias e revisa l' 0 tamanho de paragrafos c [rases. A med ida que rc I .\ seu art igo , va a no ta ndo as citacoes feitas ao lon go do texto par a a prod uI 10 lIa lista d e refc re ncias. Aproveite pa ra forma ta r 0 texto d e aco rdo co m as 1I111111<1 S da revista. l.embre-se de qu e os ed itores n50 j ulga m ape nas 0 con telido de seu ar tigo, mas tam bern sua aprese macao. Urn anigo fora d as normas II u-visra sera rejcitado mesmo antes de sell conteudo ser lido. Apos isso, provavelmen te voce estara convicto de que seu ARL est a pronIII (f' multo born!) para ser subrnetido it ap rec iacao de urna boa revisra cientiI ii I Nao que ro desa ni ma- lo, mas esse a inda nao e 0 rnornen to de encarninha1" n n-vistn escolhida. Ouundo escrevcmos lim ARL. ficamos su b me rsos em se ll conteudo e em 1111 "'0 esti lo de escri ta . Pol' ma is qu e voce es creva be rn, se mpre ha algo a me IIIHloIl . algo que, devido it fam iliaridade entre voce e seu ARL, possa tel' pas It I,. dcspercebido. Entao, quando voce concluir que 0 seu texto esta suficien, lIll'l1h' hom, passe para a proxima etapa: enrregue a um(a) coiega sincero(a) IIIIt Itt' suu opiniiio. Preferencialmeme, essa pessoa deve estar familiarizada 1111 .Il'scrita cientffica. Entrcg ue se u ARL e prepare-se para reccher criticas e II 1·...! I ll' S. que certa me me virao. Lembre-se d e q ue 0 intu ito dessas crfticas e II I SIOl'S code con tr ibuir pa ra 0 a pr imo ra me n to do se u ARl. (J~cher. 2001). 1111 , l'a so seu(ua) co lega nao emenda a lgo em sell texto a u Ihe di ga que ('Ie III I 1....1mdhorar, nao discuta, lembre que se trata de urn favor q ue est a sendo I ItO .1 von.... alem de uma comribui<;aa ao seu trabalho. Como afirmou Bern I I /' } '. ). Ulna boa escrita eq uivale a dar u ma boa au la. a se u texto deve SCI' 11 11_ 11'1I1 l' para que os leito res entendam tema aborda do, sc m serem neces111 1 t'x plka<;oes ndicio na is. Ap()s a a precia<;ao de se u ARL por lIm (a) co lcga, revise -o nova men te e III !jill' illl'orporar as sugestoes feitas, be rn como tor nar 0 texto ma is cla ro ob~ I II Iluln l'sclnrecer dt'lvidas que su rg iram. Pronto ! Agora sim, chegou 0 mo• 1110 lI(' ('lI (umilll1Clr sell ARL para a r evista escolhida . Revise , mais uma vez , '''IIIl,II,U;:!O e 0 enca mi nhe. M illin provavel mcntc se u ARL n50 se ra aceito nessa primeira submisIII I .." l' 11 01 mal , l1ao sc d esespcre! Fique mu ito feliz se voce for co nvidado I II oll hllll·!t·r Sl't1 " HI.. I.cia os pan·ct'I...·s atc nta mc ntc. lembran d o qu e os reI "II S, IO "I' IIS ro!ahol"i1d lllt' s 11(' SSt ' IH Ol't'SSO dl' prodll<;ao c puhlica<;fl o d o Iii 0 Nuo illll'llllt'h' ,1\ l'IlIil ·.ls 010 " ( ' 11 AH I. ( '0 1110 nltkas pessoa is. Ana lise I II lI 't 1010 IIlCllt ·, u l. 1 I ' lilt 01 p llll ,I 10 t'lI AH I. Helll ( 1995) S ll~l'I\' qu e a

e

°

- -

54

KOLLER. DE PAULA C O U T O & HOHENDORFF (ORGS. )

revisao e reorganizacao de urn ARL, apo s a analise dos parecerista s, nao deve ser fcita a partir da tela do computador. Deve-se imprimir 0 texto, recorta-lo e reorgani zar suas secoes , escreve r cornentarios e, ap os, edita-lo e m se ll computa do r, De pois d isso, faca a ressubmissao. Se apos isso se ll a rtigo ainda nao for publi cad o, n50 de sista, Melhore-o e aprenda co m cada erro co rnetido. Minha dica e lernb rar que a te mesmo 0 melhor ed ito r da melh or revista cientifica cc rta rne nte ja te ve dificuldade e m escrever e em ter algum a rtigo ace ito. 0 que de fez? Com certeza cont inuou escrevendo, insistindo e. acima de tudo, aprendend o. Agora, eabe a ele nos e nsina r para que urn dia eheg ue mos on de de chcgo u. Esse e 0 ciclo da ciencia: estudar, a prender, erra r, a prender mais , errar, a pre ndc r rnais ainda, e nsina r. Sigamos cvo lu indo !

REFERENCIAS American psychologica l Association (20 12). Mallilal de publico(ao da APA (6. ed). Porto Aleg re: Pen se . Be rn, D. J . ( 1995).Writing a review a rticle for Psychol ogical Bull e tin . Psyc1lO/o~ical Bul/etin,

118,1 72·) 77.

Feher, I. C. (2001) . A rcvisao de Iiteratura na roustr ucao do tr aha lho cic m ifico. Revi.~lu Cell/dw de EII! cr m(lgc11I . 22, 5-20. Ein senbcrg . N. (2000). Writin g a literature review. In H. J. Ste rnbe rg (Ed). Guide to publishill~ ill pSyd lO/O,I!,Y jo u n lU/s (pp. 17-34). Cambrid ge: Cambrid ge Unive rsity Press.

Hchcndorff J . V. ,llabigzan g, L. E. & Koller. S. II. (201 2). Violencia sexual contrt eninos: Dados epidc rniologicos. ca racterlsticas e (OnSe~lllcndas . ./ ~ico~()gja USP, 23, 3.95-4 1~. tticrew, M. , & Robert s. H. (2006). Sy.~ leflla l IC rev rews III (li l ' .\ (J( W / .\(I('II(t'.\: A practical gUi e. Oxford

Blackwell Publishin g. Sampaio. R. F. & Mancini , M. C. (2007). Estudos de rcvisfio sistema tica: Urn gu ia para slnll's l' criteriosa de evidencia cie nrffica. Revi.'i ta Bra.'i i1eim dt' Fisisnerap ia. 11, 8 3-89 . Trzesn iak. P. & Koller, S. II. (2009 ). A red acao cientifica apresentada por ed iro res. In A. A Z. P. Sabndi ni, M. I. C. Sa mpaio. & S. H. Koller (Eds .). Publicar em Psicclogia: Urn enfoll/l' para a revtsru cientifica (pp. 19-33 ). Sao Paulo: Associacao Brasileir a de Editores Cientlflcu de Psicologia/ lnsl itulO de Psicologia da Universidade de Sao Paulo.

contcrnporanea de urna revisao de pesquisas feita de maneira sistema'" gill no final da decada de 1970 a partir do eoneeito de meta nalise. 0 II l!llll foi criado par Gene Glass (1976), lim pcsqui sador da area da psicologia , Ill' dt'lini a meranali se como "a analise esta us tica de lima gra nde colecao de Ilh ,It!()S de estudos individuals com a finalidade de integrar esse s resultados" til 'l. Gluss demonstrou seu rnetodo em rcvis5es sabre a influencia do tarna "),,, d,1S iurrnas no proeesso edueativo (Glass & Smith , 1979 ; Smith & Glass, 111111) (' sobre a eficacia de psicoterapia (Smith, Glass, & Miller, 1980). Apesar I I II 111)0 meranalise ser frequentement e utilizado como sinonimo de revisao I II Ill. rica, quando a revisao inclui uma metanalise, atualmente os do is terlit. 1'0'\SUl'111 sentidos distintos (Sousa & Ribeiro, 2009) . Metancilise refere -se I plllll'dil1lt'nto estatistico de tratamento de dados de diver sos estudos com 11111 1 II VO de ngrupa-Ios. e nquanto revisiio sistemcitica se refere ao processo de 11111 ICI, ,IV,IIi; u;ao cru ica e sintetica de resultados de rmiltiplos estudos, podenI till 11.11) invluir lima metnnrilise (Cordeiro, Oliveira, Rent eria , Guimaracs, & l!lpU th' Fsrudo de Hl'vis;jo Sislt'l11:'ltira do Hio de Janeiro, 2007) . Idl'LI

""

MANUAL DE PRODU<;A O C 1EN T i FICA

57

KOLLER , D E PAULA COU T O & HOHENDORFF (O RGS_)

56

Cad a e ta pa se ra mais bern detalhada na s secoes segu in tes .

a

lnicialmente [imitada clinica medica , a re visfio sistematica foi adotad a por outros campos, como cnfermagem, sa ud e mental, fisioterapia e terapia oCllpacional. 0 desenvolvimento desse metoda de revi sfio da literatu ra na a re a da sa ud c cle veu-se , es pe cia lme nte , Funda <;ao Coch ra ne. lnst iru id a em 19 92 , no Reino Unido, a funda~ao ajudou a di sseminar es rud os empregando a rcvi siio siste mat ica na area da sa u de e 0 metoda como referenda para as pe squisas da medicine ba seada e m evidencias (Alderson & Higgins, 2004 ) . Atua lmc n te , voce pod e Cilco ntr a r re viso es siste mat icas em di verso s ca m pos d o conhecim ento, incluindo a p sicologia, a valiando e sin te t iza ndu e videncias de lima ampla ga ma d e qu est 6 es de pesquisa e inc1uindo praticamente todos os tip os d e estudo. para alern das pesquisas de oflcacia (Lop es & Fra-

I ' ,111

III

e xd usao ; 6 . ex t ra<;5 o do s dados dos arti go s se ll'd o na tlo,>; 7.
d e il1l:lu s:lll

II II seque ncial.

dl'lim ita c;ao da questao a se r pesquisad a e u rn pa sso fundamental para co· ~,lI' um a re visfio siste ma t ica. Se voc e bu scar, par cxe m plo, a rcl acao de nill 'S c beb es, a pesquisa tera um numero tao g ra nd e d e re sultados qu e invia 1111I / ar (\ qualquer rentativa de siste ma tizac:ao. Para qu e voce faca urna bu sca II l.-v.uue e stntc t ica . e {mportante ter clara qual a rel acao e nt re os conceitos llt l ' "l' esta bu scando investi gar. 0 problema de pesquisa de re visfio pode se r It I omposto e m algu mas part es qu e visa rn a fa cilitar a bu sca e a organi zac;ao h. I es ulta dos e nco nt rad os. Petticre w e Roberts (2006) sug e rira m es t ra to gias tlllad or as para esse pr ocesso de desmembramento d a qu esrao d e estudo, Itt Ind pa lme nte no cas o d e estudos sob re a valiacao de eficac ia : definicao de I" II t· " po pul a~ao de interesse (p. ex., cria ncas, adolescent es , adu ltos jovens , Ii ) , de qual a interven <;5.o qu e se pr etende a valiar ( p. e x., psicoterapia in II ulunl. psicoterapia de cas al, curses. e tc .); com 0 que a inrervencao esta odo co mpa rad a (p. e x., outro tipo d e tntervencao , de curso, etc.) : quais os I h'l'h os a se re m in vestigados, tanto po sirivo s quanta ne gati vos ; qual 0 conto c'lll qu e a inrervencao foi d esenvol vida (p. ex., laboratories, ambientes Illll,IiS, e tc.). Ah~m de revisoes sistematicas sobre ef icacia d e intervenc;5.o, I H'II\ o utras pergunta s qu e voce pod e faz er e qu e podem se r re spondidas

11 11

e

crih~ri()s

e feito co m ca ra te r pedag6 gico . Voce

III L1MITAl;Ao DA QUESTAo A SER PESQUISADA

colli , 2004) . A rovisfio siste ma t ica urn metoda que permite ma ximi zar a potencial d e uma busca , encontrando 0 maior nurnero po ssiv cl de re sultados de u ma mancira organizada . 0 se u resultadn nao e urna sim ples rela<;ao cro nol6 gica au uma e xpos i<;ao linear e d escritiva de urna temati ca , poi s a revi sao siste matic a devc se constituir e m urn trabalho refl e xiva , critico e com p ree ns ivo a respeit o do material analisado (Fernand ez-Rio s & Buel a-Casal , 2009) . Se ria pos sivel sim ples me nte cons u lta r livro s-te xto ou base s elet r6 n icas d e dados que permitem qu e milhares de arti go s sejam pesquisados e m urn periodo de te rn pa relati vilm ente cu rto . No e nta n to, essa forma tr adicional d e re visfio arga ni za 0 material de ac ordo co m a persp ecti va dos autores . Ao fa zer uma revisii o assim . corrernos a risco d e qu e a bu sca fiqu e c nv ies ad a, ja qu e, co mo autores, ternos a te nde nc ia d e sllpe rvala riza r ostu dos que est ejam d e acordo cam nos sas hip6t cs es iniciais e ignorar es tlld os que apontem para outras pe rspect i vas. Nesse se n tid o, a re visao siste ma tica e urn metodo qu e minimiza esse vies , o obj etivo do ca pi tu lo e aju da-Ios na esc rita de uma revisao siste ma t icll de qualidade . Ele nca mos oita e ta pa s ba sicas qu e podem se rvir co mo urn guin durant e todo 0 pr oce sso de con stru~ao desse trabalho: d elimita<;ao da qu estao a ser pe squisada; escolha das fontes d e d ad os; elei <;ao das palavras-chave para a busca; busca e armazenamento dos resultados; 5. se le<;ao de arti go s pe lo resumo , de acordo co m

d e uma re visao siste ma tica, isso

I" tt't'b era que ess as e ta pas, por ve ze s, se relacionam e n iio ocorrern de rna-

a

1. 2. 3. 4.

Eimportan-

'I "" voce le mb re que, embora seja po ssivel se fal a r em e ta pa s para a reali -

I

I

,'I

e

'I \111111

rc visao siste ma tica (Ta bela 3.1) .

Au dcfinir clara mente a questao a se r pesquisada , voce deve bu scar pOl' I I II'S .iii cx iste ntes qu e in vesti guem 0 mesmo tema, pai s e urn de sperdkio I I I \11 sos

t

c de tempo reproduzir uma re visao siste ma t ica recente ja exi sten! 1'llIhr l'-sc , cOl1 t udo , qu e 0 fato de ja exi stir uma revi sao sob re 0 as sun to Intt'II'SSl' n50 c lim ina a necessidade d e iniciar urn novo trabalho. Revis6es 1I11 lllitiad c, porem de satuali zadas, ou revi so es com problemas metodo l6gi IIII I fIlSl'l'OS podcm justifi car a realizac;ao de urn novo cs t ud o sa bre 0 tema, II I Illd o lcspondcr as lacunas da s rcvi sf}cs ant eriores . Uma ve z circunscrita pll 1.10 a Sl'r p('sqllisada , von'; polit' sq~lI il para os pa sso s qu e co m p6c m a I

III

pl oluiallll 'llll' di ta ,

58 L'

KOLLER . DE PAULA CO U TO & HOHENDORFF (O RGS .)

M ANUAL D E PR O D U <;A O C IEN T i FICA

59

TABELA 3.1 QUADRO 3.1

Perguntas possiveis para uma revtsac sistematica

, H r s e specia liza das em revisoes sistematicas Modele

Exemplo

Eficacia

Qua o eficaz

II.• r

e a rerapa cognitivo-comportamental

para criancas e adolescentes abusados sexualmente com transtornc de estresse pos-traumatico? (Passare la, Mendes. & t-tan, 20 I0) Triagem e diagn6stico

Como ocorre 0 acolhimento a usuaries dos services pubhcos! (Carvalho et al., 2008)

Fatores de risco e10u prcrecao

Como 0 genera se relactcna com as expectativas do usa de alcool? (Fachini & Furtado. 2012)

lnteracao entre

Qual

Inrerv encao e desfechos

problema das superlctacoes hospitalares? (Bittencourt & Hortale, 2009 )

Prevalencia

Qual a prevalencia de maus-tratos na terceira idade? (Espindcl a & Blay. 2007)

Processo de

int~6es

ou influenctas e eventos

0

impaeto de intervencces para solucionar

0

Qual a inffuencia paterna no desenvolvimento infantil? (C ia. William,. & Aiello. 2005 )

na vida das pessoas

I,r ,me Database of Systematic Review

'It

IIAMI It

I

Quais sao as instrurnentos utilizados para avahacao do tabagismo? (Santos, Silveira. Oliveira. & Caiafa. 20 I I)

Custo-be neflcic

Q ual a importancia da co branca de honcrar ios para a pranca psicoterapeunca? (Gross & Teodoro, 2(09)

Fonte : Baseada e m Pemcrew e Roberts (2006).

ESCOLHA DAS FONTES DE DADOS Existe m di ve rsas fames qu e pod em se r co nsulradas pa ra co mpor urn proy III de revisao, As ba ses cletronicas de dados costumarn ser a primeira op cno, I. que congrega m urn a mplo volume de mat erial soh rc iopicox espcc fficos c' pH dem se r facilm ente co nsulta das. Voce pode f:t i",('1 l ' ~la hu scn.tanto (' 111 ha s(', dl da dos es pccializadas (Q uad ro 3. 1) qu.uuo 11.1' ( 1IIlY ( IU'I ClI1,l i... ( <) 11;1(110 'i 'I Observe qu e algumas
Tratamentos de saude e intervencces sodais

Tratamentos de saude e mtervencces sodars

- - - - - - - --If--- - - - ---'- lntervcncccs educacionais .uc h Evidence in Education Library

II , C l m pbell Collabo ra tion

lnte rve ncoe s socials e pcht icas pubhcas

I II I Vidence for Policy and Pra ct ice 11,1,., manon and Co-ordinating Centre

Saude . socials e poliricas publtcas

11"1 C ent re) I II [o.mna Briggs Instttute

Saude

l x-pendendo da questao de pesquisa e dos cri terios de inclusao, a grey , IIl/n' pode ser ta rnbem uma boa fonte de referencias para 0 seu estudo. a

Xn'y literature refere-se as pro d ucoes cicn tificas que nao sao veic uladas lI \1'i ns usuais de publicacao, Eta inclui informati vos publ icad os'por o rgaI I' I II'S governa mc ntais, nao gove rna me nta is, ma te riais prod uzid os por gr uill pcsquisas e disponibi lizados apenas em wcbsi tes, teses e d issertacoes, t il uutros. Perceba que uma fonte interessante de con sulta de resume s da III ,10 academica brasileira encontra-se no proprio repositorio de teses e , II ,I<; O CS da CAPES (www.capes.gov.br) . 1)111 ra cs trateg ia int er essante que voce pod e ado tar e a busca nas refe" ' I I tins arri gos j ri se lecio na dos para rcv isfio. Se essa estra teg ia for ado taI , II drvc cs tar descrita na secao do me todo. Epo uco provavel que urn ar, qllf' invcstiga assed io moral no trabal ho , por exemplo, nao utilize como I II lit i,1 diversos es tudos classicos sobre 0 ass u nto que podem ter ficado de , , l id sua rcv isao. Atente que essa nao deve se r a unica es tra tegia de bu sca HII 111.1 , visto qu e voce co rre 0 risco de nao co nte mplar um a ga ma de o utras 11,lIltl;uh's de es tudos nfi o cirados naquele artigo es pecffico. p.uu r da esrolha d as fonr es d(' dados, pa rre-se para a bu sca dos art igos I IOllolt!OS ;\ qill' sian d t> ppsqlli sa , A lh·finic;. 0 de pa lavras-chave adeq ua das ' II I I' l ' n l.l o III1l.l l'I.lp .1 IlIlId.IIIll'1I1.11 p .lI .1 St' clu -gar a urn nurne ro sig nificaI II Pl t " "III.III VO tit' 1 ('~l1ll.11lo 11110

Metodologias

Caracteristica

----------1~--------

60

.

[

MANUA L DE PRO D U c;:A o C IEN T iF ICA

KOLLE R. DE PAULA COUTO & H OH EN D O RFF (O RG S.)

61

IIIU;Ao CAS PALAVRAS·CHAVE PARA A BUSCA QUADRO J.2

p.rl .rvra s-chave sintetizarn os conceitos o u as variaveis princip ai s in vesti Idll'i l'l11 de term ina do es tudo, Perce ba qu e pa ra se leciona r os artigos pa ra a i 010 sistematica , as pa lavras-chave precisam ser scnsivcis 0 suficien te paI II I'S'ia r adequadamcnte 0 fenorneno, indicando um ruimero represe ntative I IIllhalhos. Porern nao podem ser se nsive is dernais, retorna ndo muitos re,dl." los, inviabiliza ndo 0 p rojero de revisao. Uma ma ne ira de de fin ir as pa lavras-chave pr ocura -las e m th e.m urus II b.mco de terminologias. 0 objetivo pr inc ipa l da ut ilizacao d e urn ba nco I It uninologias a realizacao de uma bu sca rapida e bern-suced ida de puI lit I ~Ol 'S academicas. A unificacao de term inologias favorece 0 dialogo enII I romunidade cie n nfica, i1 rned id a que in ibe a prol iferacao de diferentes lilt l'iIOS para rctra tar 1II11 rnesrno fen o rnen o , Co m esse intuito , 0 Tesa uro de I "II'" em Psicolog ia (Thesa urus of Psychologica l Term s) , da APA, caracterizaI lIllW 0 instrumemo rna is reconhecido da area para busca e atribuicao de I II IV101s -ch av c . E uma ferramema adotada por bibliotecas, autores e edito" pcriodicos, 0 Tesauro foi dese nvolvido a pa rt ir da cornpilacao dos ter 1111 llIods re presentatives da litcrat ur a . 'Ale m do Tesa uro da APA. voce pode ,"11 .11 II MeSH (Medi cal Subject Headings), que urn vocabulario de tc rrni IllY-l oiS especiflco para indcxacoes na base de dados PubMed . Nesse caso, II "I Vt' u-rminologias da Iiteratura biornedica. No Bra sil, a terminologia em I ".01, 'Xi" desenvolvida pela Biblioteca Virtual em Saude (BVS-Psi) inspi ra -se I I I tl ll sl ru ca o do Tesau ro d a A PA e se cha ma Tcrmi nologia em Psicdlogia . Da 111.1 forma que as terrn ino log ias anteriores, a fe rra men ta dese nvo lvida pe nv Psi propoe a indicacao de palavras-chave, sc nd o constarucmente a tuaIdol pur meio de novos descritores. I' mbora csses bancos de termi nologias sejam fomes im po rt a nt es de busI ti l p.rlnvr as-ch ave , voce nao deve ro ma -lo s co mo crite rios de finitivos. Urn IIlplo {, a pesquisa de Costa, Bande ira e Nard i (20 13) , que buscava instru11 10 que ava liarn ho mo fo b ia e co nstru tos correla lOS . Essa revisao sistema, to, ro nd uzida no PubMed, PsyclNFO, ERIC e JSTOR em maio de 2011, I • 11,,10 artigos revisados po r pares em peri6dicos indexados a partir de ,1/ I tl.ula a cx iste ncia de lim a rev isa o qu e incluiu a rt igos pub licados ate es 01 ", Ilesd" 198 2, a America n Psycho logica l Associatio n sugcrc 0 uso do 111111 1"I,wlt',o; toward homosexuality no lugar d e Homophobia. No entanto, 11111 dlVt' l !-Oos l'onstru tos referi ndo-se ao mesmo fe nomeno foram encomraIII Iall'lalu ra, 0PIOU -SC po r utili zar todos. Uma busca inicial foi rea lizada I II I 11I 1I1u llI ;l 1 il pn.'St' I1\·a Ol l a
Bases d e dados eletrenlcas Ba se

Caracterist ica

EBSCO

Base de dados multidisciplinar. Estac dispcnfveis referenciais com

resumes e textcs completes. ERI C

Base de dados sa bre educacac e te mas relacio nados. Indexa artigcs. resume s de congresses. teses. dtssertacces. monografias, dentre outros materials. Acesso graunto.

Gale

Base de dados multidisciplinar. Contern textos ccmpletos.

JSTOR

Base de dados multidisciplinar dividida em cclecces especificas (humani dades, ciencias socials . matematica e estaustkas).

PsyclNFO

Base de dados em psicologia, ed ucacao. psiquia tria e ciencias soc lais. Editada pela American Psychological Association (APA).

PubMed/MedUne

Foco em hteratura biomedica e ciencias da vida. Cootem textos completes. Acesso gratuito.

SAGE

Foco nas areas de cfencias humanas e ciencias sociais apbcadas. Conrern tex tos com pletos.

Science Direct

Base de dados multidisciplinar que contern textos completes.

SCOPUS

Base de dados multidisciplinar de resumes e de fonres de ln fcrrnacac de nivel academico. Indexa pencdkos e patentes. alem de ou tros documentos .

Web of Science

Base de dados mutndisciphna r que indexa apenas os penodicos mais citados em seus res pectfvos campos. Atua tamb e m como indice de

e

e

e

cnacces. Banco de tese s da CAPES

Base multidiscip linar que reune tese s e disse rtacces brasueiras. Acesso gratuuo.

BVS

Bibhot eca virtua l em Sauce. Pe rmu e re ahzar uma busca mtegrada nas bases de dad os da BIREM E. Contem refere ncias co m re sum os . Acesso gratuuo .

LILACS

Base de dados da Literatura Latmo-Americana e do Canbe em Cieocias da Saude. Reure pubbcacoes a partir de 1982. Acesso gratuito .

PePSIC

Base de dados de penodicos cientificos em Psicolog ia e areas afins. Possui artigos com tex to completo . Acesso gratuito.

SciELO

Bibliot eca e letronica q ue integra peri6d icos cientificos do Brasil e America Latina e Caribe. Euma base multidisciplinar que con tem textos co mplet os. Acesso gratuito.

Google Scholar

Ferramenta ampla de busca . PosSlbillt.l a pesqUlS.... de m.1ten;us variados. como res umos de co ngrcnos trab.tl lK)5 cOlllplctos Ace sso gra tuito .

Pe ri6dicos CAPES

Bibliot ec a ....irtU.11 q uo IntrrnaClon.,1 Ac,-o;\o

n ' l"J1111

'1'.10

111 \1'01 111111 1' ,1 f

1"

Odll\. IO (il

nl lht d

1.1111'1. I"

"---

I'"

62

MANUAL DE PRODU<;AO C IEN T i FIC A

KOLLER, DE PAULA C O U T O & H OH EN D O RFF ( O RGS.)

moncgat ivis11l OR Qnt ihom oscx ua lism OR antihornosexu ality OR heterosexisni OR heterollormativity OR homoph obic OR hom osexphobia OR attitudes toward homosexuality) AND (m easurem ent OR test OR scale OR invcnlO1y OR ussesx mcnt) . Perceba, par meio de sse ex emplo, que nem se mpre a palavra-chave in dicada para definir determinado fenorneno traduz a gama de construtos que vern se ndo utili zados pelo s pesquisadores da area .

BUSCA EARMAZENAM ENTO DOS RESULTADOS A busca cxc mplificada arue rio rrne ntc utili za lima string, Oll seja, urn conj un to de de scritores com al guns operadores bool eanos: AND, OR, parenreses. () objetivo de compor uma string para cxecutar a sua pesquisa por literatura dl' inter esse e unificar a s proc edimentos de busca em divc rsa s ba ses e restring h ou ampliar 0 qu e se deseja bu scar. Cada base de dados utili zara operado r« es pecfficos ; assirn, nao se es q ueca de con sultar as instrucoes de cada base, .1 fim de co mpo r a st rin g corretarnente . Diferentcmente de uma revisao convencional , 0 processo de busca 11 ,1 revisao siste matica dev e obedecer alguns proc edirnentos cuidadosos. Em plI meiro lugar, a string utilizada deve se r do cum entada, bern como 0 nurne ro tI, arti gos incluidos e excluidos. A utilizaciio de figura s facilita a ilustracao do p ro cesso (Figura 3. 1). Em seg u ndo lugar, e irnportante que a bu sca seja reali zada por pelo 1111' no s dais juizes no mcsmo inter vale de tempo, a fim de minimizar 0 vies 111 1 processo de bu sca . Como novo s artigos sa o acresc enrados nas bases a cnd.i momenta, a delimitacao temporal em qu e a re visfio ocorreu (p. ex. , 20 0H 2012) e im prescindivel, exp licita ndo os mo tivos para rcs tr icoes de data .It publlcacao no s artigos bu scados. Alern di sso , de ve-se definir a data em qlll a bu sca pelos artigo s foi rea lizada nas ba ses de dados (I'. ex ., dezemb ro .It 2012) . Posteriormente, 0 resultado da se lecao feita por esses juizes sera cutn parade, a fim de se chegar a urn consen so. Caso 0 consenso nao seja ulca nc» do , estrateg ias devern ser e nco ntradas . Essas estrategias van desd e urna novn busca por um terceiro juiz ate uma d iscu ssao entre jufzes a re speito do s rcs ul tados encontrados a fim de urn novo consenso. Embora nao seja imprescindivel a sua uti lizacao, alguns pro gramas I" ram desenvolvidos para facilitar a sisternatizacao do s resultados das husrn e m projetos de revisao e a posterior analise dos resumos. a EndNot e C l ll ll do softwares rna is utilizados para 0 gerenciamento de rcfere ncia s para an igo\ I demais textos acadernicos, a lern de possibil it il r nresso gr:llu11O polo pou ill dll Periodicos Capes. Ell' possui a lgumas utilidade» prillt'ipais : hl1 SC:! (' illlpO ll d <;50 onlinc c em q ualq uer idio m3 ('Ill hast's ci t ' d.Il I".., t 'lllllCl PllhMl·d t ' Sr i!': 111 ()rxa ni 7.:J~·:l() cit' r('(pr r ncbs, illlagl' lIs ,' 1I11110S 111'0 " tI" 111l 11liv lI .. 11.1 l dhl lo l l" I

63

t'ub Med

N = 14

l'sycinfo N = 22

Scopus N =6

Referenctas potencialmente relevantes N = 355



IJ or Science

Removidos Duplos N

N "" 12

= 247

Busca nos resumes \ ,1 ELO N 301

N

= 108 Removidos Nac atenderam os criterios de mclusao N = 77

Banco de dados final N = 31 I II ,,. eA 3 . •

ult «to da busca de Costa, Peroni , Bandeira e Nardi (20 12).

I Hu )ot1 .una

e procur a de art igos au torn at ica me nre a part ir das referenc ias. EndNo te pcrmite 0 acrescimo de urn componen11l11 'II'ssante qu e facilita trabalhos colaborativo s entre cole ga s: 0 EndNote " I"_sa fcrrarn enta permite transferir e co mpa rt ilha r materia is entre difeIll. pt' ssoas e computadores, via web. Alern do EndNo te, 0 Refworks e urna I II 1IIII 'IlIa que auxilia na bu sca, no gerenciamento e no co mpart ilha mento I 1I 1\1I'1 .,os tipo s de arquivos, como citacoes e refer encias, Possibilita imporI II II 11'1 Ilt'ia s de arquivos e de ba se de dad os. Como e urn programa di spoI • 1 ""lilll', scu accsso pode se r rea lizado em qualquer lugar, desde que os I 1j1l 1'" H!OH..'S reali zcm 0 login na area de acesso . Ao contrario do EndNote, 0 11111' k, IIi tl possihilita acess o gratuito via Periodicos Capes. Para ace ssa -lo, 1'( qlli ... IHIOIt'S de verfio cornprar uma lice nca . I Illl' vil :'lVt'1 que a busca rcromc resu ltados irrele vantes, nao importa 0 III III 1" '111 su("t 'd ido von'\ tl'l1ha sido ro m 0 processo de eleicao de palavrasII I I " .... uu , 0 II:!hillho dc S(' II ','i\ O do s u-sultndos rctornndos de acordo co m ,11., 111 III ' illl'lll.... l11 t ' t'xl'hl."lIo Cllll srlt lli 11 pllhillltl pa sse ). If III IIl 'ssas possibilidades, 0

64

KOLLER. DE PAULA C O U TO

s

MANUAL DE PRODU<;AO Cl EN T IFICA

HOHENDO RFF (ORGS.)

SELEc;:Ao DE ARTIGqS PELO RESUMO,pE _ ACORDO COM CRITERIOS DE INCLUSAO E EXCLUSAO Os artigos pot cncialmente rel cvantes se lecio nad os na bu sca dev em se r classi ficadas a partir d e criterios de inclusao e exclusao, A fim de minimizar os vic ses , essa etapa tarnbcm d eve se r realizada por dais ju izes indepcnden tes qur unalisarao os resumes dos artigos armazenados previameme . Pcrccba que voce pode adoiar d iverso s criterios de inclusao c exclusao CII 111 0 filtro para os art igos selecionados. Criterios metodolog icos, como delinc.i menta ut ilizado (p. cx., cxperimentos, Icvan tamentos, estudos de caso); tipo (II instrumento uti lizado (p. ex., cntrcvistas, grupos [Denis, tcsta gcm , erc.) : an alis ODS dados (p. ex ., an a lise de conteudo. fenomenologia , testes estatisticos, etc ) caracterizam-sc C0 l110 aspectos fundamentals para se lecao d os es tudos. OUUlI crit eri os d e inclu sao c exc lusa o que pod ern ser levados em co nsideracao sao I idioma d e publi cacao, a reali zacao da pesqui sa em d et errninado contexto 011 cultu ra, etc. Na pesqui sa d e Cos ta , Peroni, Bandeira e Na rd i (2 0 12 ), par exe m plo, forarn idcntificad os es tud os ace rca do precon ceito co ntra o rie ntacao sex ual no contexte brasileir o. Os criterios d e inclusao ad orados foram 0 es t ud o ser CIll pirico , abord ar prcdominanterncnte a rem a preconceit o cont ra o rieruacao !ldj het ero sse xual (ou co nstru to correlate co mo homofobia, heierossexismo, atuu de s negativas em re lacao homossexualidade, entre outros) e ter como foco d invesrigacao a pop ulacao brasilcira . Dados esses criterios de inclu sao, 77 :11 11 gos da busca inidal foram removido s (ver Figura 3. 1). Perce ba q ue, apos a erapa de sclecao dos ar tigos , os es tud os qu e CO ll i poem 0 ba nco final devern scr exp lorados de maneira pormcnorizada. Nt'S\ 1 nov a fase , vista a scguir, voc e nc cessit a a tribuir um olhar mai s atento e cu ul» doso na extracao c na analise do s dados dos estudos se lecio nad os.

a

EXTRAC;:AO DOS DADOS DOS ARTIGOS SELECIONADOS Ate esse momento, 0 trabalho foi reali zado com os resumos se nd a analis:H lo em sof rwarcs para ge re nciame nt o d e referencias bibliograficas. Para gara rllll a qualidade no processo d e extra ~iio d e dados, imponante que voce lot' 011 ze os textos completos do s ani gos qu e comp6em 0 banco final. Caso hajd .Ii ficuldade em acessar 0 texto completo de algum anigo, essa informa~ii() d. constar de maneira clara na se<;ao do metodo e es se artigo cleve ser dt' ix.ld. de fora dos resultados finais . 0 tra balh o de extra~flo dt' da tlos tam hclII til ser realizado par do is j uizes, husca ndo () COI1SellSO, ;1 filll 'lI t- rcdllzi r vitO • Urn proced imcnto int eressant e a SCI' a llo t ado I". pi illlt'irn lllt'llIt', illSl'1if I III lima planilha os da dos ma is KCrai,'i lIos ; 1I 1i~os , Sl'X lllldn , dX lIlIlil \ t '; lIC'~ O l l ol

e

65

no me do estudo, referen cial teorico, obj etivos, localizacao tempod ol uu erv encao, conrexro, instrumentos, descricao d os participantes, prin 11'11 achados . e nt re outros. Esse procedimento au xilia na visualizacao rna is I II litis arti gos, possihilitando organiza -los e cornpara-los. A cntego rizacao inicial colabora para a avaliacao cririca dos estudos, uu I Vc'Z qu e , com a dccornposicao do s arrigos e m ca rcgo rias, conseguimos I 1I ,1I1 /,ar possiveis limitacoes metodol6gicas significativas. Alern disso, nem hi us aspectos prc sentes no s estudos se prestarn a serem extraidos a parti r I •• 111t'xorias dcfinidas. Nesse se n tido , c importa nre que voce leve em co nI II H'xistre , durant e 0 processo de cxtracao de dados, pontos altos e ba ixos I • «lacstudo qu e po ssam ajudar na ava lia cao dos arrigos, em conjunto com 1111 11 crir erios descritos a seg uir, Co mo pontes baixos, podemos citar lim ita uu-rod ologica s. a na lises cs tatisticas inadequadas, problemas com amos• III , etc. Como pontos altos, pod emos considerar achados rele vantes que 11.1 .1111 ao objetivo da revisao, d elin carnentos fanes e tratamento ad equado .t.ulos. I I j JlIlO :

II

VlllIAc;:Ao DOS ARTIGOS ,II ,I ~' :-Io dos artigos visa a consratar se eles sao ou nao pertinentes para 1llIllth-r i1 pergunta de pesquisa, Nesse ponto, voce se pergunta com rnais 1111 01 : Os participantes dos est udos revi sados represenrarn a populacao que I'll 10 ('sllIdar? Os es tu dos aprese ntam alguma limi racfio que podc com pro• I. I 01 uu erpretacao do seu resultado fina l? I Jlll a possibilidade e avaliar os es tudos a partir do delincarnento uti lizado, •• .'mplo, dando maior enfase ao s resultados que aprescru cm delineamen• pl'r uncnra is e quase-expcrirncntais. Ja para d elineamentos qualitativos, podl' utiliz ar a es trategia d e rneta ssintese, que envolve a a nalise da teoria , Ill. lodos e dns resultados de estudos qualitativos, levando a uma sintese do II 1llll'llll l'studado. Outra possibilidade e utili zar como crit eri a de ava lia<;c1o u I II W 1.11 It'c'Jrico, cla ssificando os es tudos de acord o com a qu alidade da uti I III tillS rOllstrutos adotados. Outros crit erios pod em se r evocados no casa I 11111,1 lI'visao d e inslrumentos. Por exemplo, na revisao de Costa , Bandeira e • III 'II I :!) foram lItilizadas as no~6es de validade e fidedi gnidade do Stan• I I'"~ h/fl«fI;()fI"[ "nd Psychological Testing (American Educational Research II I 111011 , AlIll'rican Psychological A'isociation & Nat ional Council on Measu ~ "" ,,' fll F,dlll'",ion IAERA, AI'A, & NCMEj , 1999). Nesse caso, rea lizaram-se 11'11 III l.l ~ 110." ('stlillos st' lt'd o llados .lvnlialldo -se os dados de acordo com criiii •• 01110 ' I'OII!t't'u ltl, va lid adl', l ' s lIlI ll ll.l intl' rna p fidcdignidadc . I

,

66

KOLLER, DE PAULA C O U T O & HOHENDORFF (ORGS.)

MANUAL DE PRO DU c;:Ao C IE N T IFIC A

a ca rninho natural de lima revisao sistem at ica e remover artigo s d uran te esse processo pur nao apresentarern dados a sere rn extraido s, au par n50 serem bem -a valiados a partir do s criterios que foram es ta be lecidos pe los pes

Q U A D RO J.J

A¥.,Il,ll:;:ao de s instrumen tos revi sados

qui sadores. Dessa forma , nao se preocupe se per ceber que isso es ta aco ntc cendo com se ll trabalho. No e nta nto, dependendo do objetivo da sua rev isfi u, mesmo artigos aparentcment e problernaricos pod em se r mantidos. Algumas revisoes podem ter por objeti vo mo strar a qualidad e da producao acadernica em determinada area , ind icando problemas metodol6gicos. Nesse caso, estu do s qu e nao atendam sa tisfa toria me nte os criterios de ava liacao devem sc: mantidos, pai s reflet em exa ta mente a qualidade do campo.

i.,~ao

umento

of Attitudes toward

Q ualid ade a

Pros

Contras

10

Mu ita s evid encias

Avalia some nt e o componente afetivo

9

versao curta e

-

.ose xuals (IAH)/Inde x unop hobia (IH P)

uu ude s Toward Lesbians no l ( ,,'y' Scale (ATLG)

SiNTESE EINTERPRETAc;:Ao DOS DADOS

iophobia Scale

o

processo de revisao siste mat ica pod e se r comparado it monragcrn de U Il I qu ebra-cab cca (Petticrcw & Roberts, 2006) . Os artigos locali zados rep resen tam as peens, e os processos de avali acao servem para detcrrninar critica men te sc essas PC<;ClS fazem ou nao parte da figura que se qu er montar. Contu do, um qucbra-cabeca nfio e composto ap en as por pecas individuais. As pecas tit' vern ser orga nizadas de forma coe re nte para responder a problernarica inici.rl de pesqui sa. Essa e ra pa con srit ui 0 rrabalho de sintese dos res ultados. As sinteses diferenciarn-se dep endendo do s delinearnentos do s estudo revisados. No caso do s estudos quantitativos, com de linearnentos simi lares, , I sintese e facilitada com a possibilidade de sc cornpa ra r as estudos . Esse lip" de revisao permire, inclu sive, lima sintes e estatistica . Entretanro, na psicolo gia, a revisao costuma incluir delineamentos heterogeneos e qualitativos, II que exige um a sintese narrati va. Para isso, voce deve de finir uma ca teg oriz.i c;ao logica para comparar os resultados do s estudos, cxplora ndo suas simi l.u i dades e diferencas, Por exemplo, iniciar a sintese com estudos que investig.nu determinado contexto, ex pondo em seguida estudos que adotam 0 meSI1 10 delin eamento au referencial teorico, Alem di sso , voce pode utili zar tabela s para ilustrar sinretica rnenre 0 p ili cess o de a presentacao do s resultados da revisao , tanto para dad os qua lirau vos como para quantitati vos, Por exemplo, a partir do processo de ava liacn« da s escalas re visadas no estu do de rev isao sistematica conduzido por Cosr.i Bandeira e Nardi (2013) , foram pontuadas a qualidade da s evidencias de v.. lidade e fidedignidad e par meio de uma escala de 10 pon ros, que va rinva tI. 1 (pouca qualidaae; a 10 (6tima qllalidade) . Os autores su ma riza ra m /lintl.. a amilise qualitativa dos instrumentos pre se ntc na di scussf)<1 <10 anigo (,) 11 ,1 dro 3_3).

67

sube scalas Gay e Lesbtca

9

Avalia as

Pouc as evidenctas

componentes afetivo. cognitive e ccmportamental •• It

•• I

I

Association Test (IAT)

9

Alternativa aos questionanos

Pouca estabilidade

te mporal

• V,II!;Uld o de I (pouc;a qualidade) a 10 (otlma q uahda de).

ClMO ESCREVER UM ARTIGO DE REVISAo SISTEMATICA

t

,

"" hilda a delimitac ao da qu estao de pesquisa , a escolha da s font es de daI d. rs pa lavras-chave , a busca e 0 a rmazena me nto dos resu lta dos , a selc". 11 Ill tigos pelo resumo (de acordo com criterios de inclusao e exc lusao) , II ' \',10 dos dados do s a rtigos selecionados, sua avaliacao, a sintese e int er I I t II d O dos dados, e chegado 0 mom enta de escrever 0 se ll artigo de revisao I II IlIoIl icil. Nfio esqueca qu e a redacao de urn artigo de revisao siste mat ica t I 1' 1 It'ita de maneira clara e precisa , com tod os os pro cessos pormenoriI 11I1ll'1I1t ' dctalhados, A esc rita do artigo respeita 0 desenho tradiciona l da III I l'll'lIlilk a: inrroducao , metodo, resultados e discu ssao . Durante 0 pro II dl' l('da c;i1o, observe 0 tempo transcorrido entre 0 corneco de sua revisao I I HI h 'l illl puhli cacfio do es tu do, visto que a revisao pod e tornar-se obsoleI I II I'SS I l'lapa se prolon gu e em demasia . N, l 1111 I llt!uc;ao do artigo , voce deve fazer uma sinrese, situa ndo teori ca t 1111 II 11'111;\I ica que Sl' nl ahordada, indicando a existe ncia au nao de revi1IIII 'IIOIt ' S litH ' jUSlifiqlll'l1l a J10vn J"l·vis;lo. a ponto esse ncia l dessa sec;ao

68

KOLLER , D E PAU LA COU TO & HO HENDORFF (ORGS.)

MANUAL D E PRODU<;A o C IEN T i FICA

e a defini cao

do problem a de pesquisa e hip oteses, se for 0 cas o, No mew do, as estra reg ias de busca devern se r exposta s de forma clara, com a descri ~ao das pa lavra s-cha ve, da s bases de dados exploradas, do periodo da busca. do s crit erios de inclu sao e exclusao e do s dados qu e for am extraidos. Deve-sr priorizar 0 lisa de figuras pa ra ilustrar todo 0 processo. 0 conse nso e ntre (J~ juizes em cada uma da s cta pas rambcrn de ve se r in formado, assim como os metoda s adorados para ava liar os estudos. nos resultados, dcve-se fornecr informacoes descriti vas sa bre os estudos incluidos, bern com o dados da ava liacao desses es tudos, ca so essa eta pa tenha sido reali zada . Na di scussao, :'I ta refa do s pesquisadores e inrcgra r coe re nteme nte a ga rna de resultados do!'! estudos an ali sados por meio de uma sintese narra tiva e/ou csta tistica. Tam bern e imprescind ivel a ex plicitacao da s lirnita coe s da revisa o, como: gene ra lizacao ou nao do s resultados, con sideracao de o urras s uueses para os res ul tados encont rados e po ssibilidade de encontrar outros resultados com 0 usn de novas pa lavra s-chav e e ba se de dados. Pode -se, inclusive , sugerir futurn pesquisas a partir da sinte se reali zada casu a real necessidad e de cond uzi-las Para facilitar 0 processo de red aca o de urn artigo de revisao siste ma tica. voce pode utili zar este checklist qu e resume a s prin cipais pontos a serem CO li templados para a producao de lim artigo de qualidade:

Ja

, uulexad as e na con strucao de resumos de maneira uniforme. Contudo, sua Illlpmtfll1cia e crucial, pai s nos ajuda a organizar, a na lisa r criticamente e le1111 ;11- cvide ncias mai s solidas, ou seja, int egrar 0 numero ca da vez maior de I'" ," do complexo qu ebra-cab eca da producao cienrifica.

I ND ERE~OS ELETRONICOS DAS BASES DE DADOS 111 ',( :0 : http:// www.eb scohost. com/ I lilt: : http:/ / www_eric_ed .gov/

, 01 , : hll p:/ /www_ga le .ee ngage_com/ , I(li t: http :// www.jslOr.org/ INI 'O : http: / / www_apa.orglpsycinfo/ , ,00 'Ml'd/MedLine : http:/ /www.ncbLn lm.nih.gov/p ubmed

I y,

'01 ':: ht tp r/ / online. sage puo.com/ If l In '

I

I I

./' ,/

v" v"

,/

,/

,/

IlI 'US: http :/ / www. scopus.com/ II uf Science: http:/ /thomso nreuter s.com/ w cb -of-scien ce/

,

, 111 11'://www.bvs-psi.org_ br/

d,•• I V

u lnl II I If lill

11 110 II

I) lalJl VI .1

t il

,

, 1"0It: : http: / /pepsic.bvsalud .or gl 111.0: hllp :/ / www.scie!o-orgl

III II

RENCIAS Educa tion al Resear ch Associa tio n, Ame rican Psycho log ical Associa tion & Nat ional II 0 11 Measure me nt in Educa tion (1999), Standards/or Educatio nal and Psy chological

1110 I i' .tu

mil

Wd~ hi ll~lo n, DC:

WI

AERA.

I ,1" n~ . A . K. (2 005). Understandi ng syste ma t ic reviews and met a-an alysis. Archives I I III

I'

I

0/

( .'/rild/lOod. 90,845 -848,

uu 11.

f(,

I li }:!dns J. (2004 ). Cochra ne Reviewers' Handbook 4.2.2 updated March 2004. Jo hn Wiley & Sons, Inc.

hll h, I I ' t. UK: til III

Por firn, sa hc-se qu e esc rcve r lIJ1Iil n' vis(l() ..; iS l t' II1!llkll r-nvolvr- 111111111 de safios, cs pcci nlru cn tc no c.u u po da psit'oloXi,' , \111101 VI'/, li'li ' II i1S d ' l H' i, l"l ' II dais l' humnuns uno 11:\ 11111;1 lIadi ,,'lltl {plC · ~I 'lIt. ' 1101 I If li t 101 11I()lIlt ~dll ' IS, ti l Iflli \OlI

t

III (:5: http :/ /lilacs.bvsalud .or g/

• I,,,

"11.1" , ' o,: o.: n 1I11'I , ul ll l ' lU i ,1 .II ' Il'

Direct : http:/ /www.scicn cedirect .com/

uuu de reses da CAPES: http:/ /capesdw.capes.gov.br/ cape sdw/

v" A pc rgunra de pesqui sa e os crite rios de inclu sao foram bern es tabelecid o

a ntes do co rneco da revisao propriamente dita . Os art igos foram coletados e os dados foram extra idos por pelo menos dO l juizes. Dados sobre a con cordancia Oll conse nso sao fornecidos. Pelo men os duas fontes de dados (bases e letr6 nicas) foram utili zadas. A bases de dados, be m como a dat a em qu e a busca foi rea lizada, sao a lII 1 se ntadas. As pal avra s-cha ve (o u st ring) utili zadas sa o forn ecidas. Os crit eri os de exclusao sao fornecidos. A nao inclusao de grey literatl" l de a rtigos esc riros em algum idioma es pecifico e explicitada . Uma figura ilustrando as artigos incluidos e exc1 uidos e forn ecida . A descricao do s estudos (p . ex., em uma tabela) e forn ecida, resumin. I« parri cipanr es, inre rven coes, ana de publicacao , ca rac te risticas da a rnosu , I raca, idade, sexo, desfechos, et c. A qualidade do s estudos foi avaliada (qualidad e do uso do rden'IIr1, 1I teorico, da s analises qualitativa s, do poder do delineamento, limil ,u.;lll metodol6gica s, etc.) . A qualidade do s estudos revisados foi levada em co nrr. nns conclus >t's.

69

II

J

H ili ',

H, ,I., & ll ortalc. V A, CWO<J ), lun-rv cn ciies p ar a sol uc io na r a su pe rlc tacfio nos

II, 1' 1ll1' IX('\ llci~ , h(J~pil ~lbl' : UlI W n-vis! () siSll' lI1:l. l iea. CudcrtlOS de Smlde Pliblica, 25.

11 ' ,1

I 111111, ( A I', M,lI'ik. lIlo,.J , A,, ( :,lIVll lll o, I II. _ _ __

_

x., S,I''''

1"It" , A., II d <;'I"

. ,} ,

H. M.• & Snlcslvn-s.

I li lt Ifll A, I ,II .i l l t" IIII . ,111'1 11 ';11 ,1111 " lhl llll l '\'I' ,1' 1J


I. . .1. 1

I

II I U

70

KO LLER , D E PA ULA C O U T O & HOHENDORFF (ORGS .)

Cia, E, Williams , 1.. c.. & Aiello, A. L. R. (2005). Influ enci as pa te m as no dese nvolvimemn infan til: Revisfio de literatura . Psicologia Escotar e Educacional, 9 , 225 -233. Cordeiro, A., Oliveira , G. M., Rcntcrfa , J. M., Guirnaraes, C. A., & Grupo d e Estudo d e Revisu. Sistema tica do Rio de Jan eiro ct al. (20 07). Rcvisao siste matica: Uma revisao na rrative. Revi.\/II do Colcgio Btus iieiro de Citurgiiies. 34, 428-431. Costa, A. B., Bandcira. D. R., & Nardi, II. C. (20 13) . Systematic review of instrumen ts measuring ho mop ho bia a nd related constructs. JOllm al of Applied Social Psychology Costa, A. H., Pe ro n i, R. 0 .. Bandcirn. D. R., & Nard i, H. C. (2012). Sex ism or ho mophobia: A systema tic review of preju dice against non-het ero se xual or ien ta tions in Braz il. Tilt' lllternatiOl lll1 Journal of P:iydlO{oxy. Espfn dola. C. R. & Bla y, S. L. (2(07). Pre val e ncia de rnau s-tr uto s na tc rceira idade: revis ao sistc rnririca. Revis ta de Smide P1Jblicu. 4 1, 301 -306.

V illi

Fachini. A. & Furta do , E. E (20 12). Diferenca s de ~enero sobrc ex pcc ta t ivas d o usc de alcool Revisto de Psicuiat ria Clinica. 39, 68 -73.

Fcma ndcz-Rios, L. & Buela -Cnsal . G. (2009 ). Stan dards for th e pr e pa rati on an d writing II I Psychology rev iew
II I

Smith, M., Glass, G., & Miller, T. (1 980) . The benefits of psy choth erapy. Baltimore , M() : .1111111 Hopkin s Un ive rsity Pre ss. Sou sa , M. & Ribeiro, A. (2009). Systematic revie w and metn -nual ysis of di n ~ n os l k "lUI pro gno stic stud ies: A tutorial. Arquivos Brasii eiros de Ca /"( Uolog,ill, 92, '24 1-25 1.



primeiros conhecime ntos que pesqui sadores adquirem sobre sua roti 1.11 u .rhalho e que a publicacao de urn artigo cientifico e uma longa e com I I I r-rupreit uda . a principal objetivo deste capitulo e auxiliar voce na ela I II III de ar tigos ernpiricos com boas chances de publ icacao por meio da I H l 'llla ~fi() de urn roteiro operacional. Ele e destinado tanto aqu ele s que Hill I submcrcra m urn artigo empfrico para lim periodico cientifico quanta lilli' j. tivcram seus artigos prontamente rejeitados ou aceitos, a texto a 1111 loi organizado de acordo com os segu intes topic os: como planejar urn III II 1'1l1pfrko, como escreve-lo , sua estrurura e como reescreve-lo e aperfe i, II I C Hla ropico apresentara orienracocs gerais e exemplos que pod erao Iud II It'" .uuores a compreender melhor 0 que devem fazer e 0 que de vem II II no (I( ' jescrcvcr seu artigo empirico. Voce percebera que, de maneira • II 1'.111 I;('rfi o Icita s distincoes entre artigos quantitativos e qualitativos, I 1 I '.I I \11111 a de ambos dcve SCI' seme lha nte. No entanto, quando for ne\1111, li S dif('u'll<;as se rfio rcssaltadas. I Itl dil l;

Related Documents

Intel Manual 2 3
November 2019 17
Calculo 2 3 E
October 2019 27
Manual De Induccion 3
December 2019 18
Manual De Seguranca 2
November 2019 12
Manual De Facturaplus(2)
August 2019 15

More Documents from ""