Proposta Curricular - Versão Preliminar Oficial.pdf

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MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE RIBEIRÃO DAS NEVES (Versão preliminar)

Ribeirão das Neves 2018

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Prefeito Moacir Martins da Costa Júnior Vice-Prefeito Vitório Filho Ribeiro Secretário Municipal de Educação Fabiano Costa Diniz Secretária Adjunta Dolores Kícila Alves Carlos Superintendência de Ensino Pollyana Rodrigues Macedo Acrux Gerência da Educação Infantil Wander da Silva Santos Assessoria de Ensino Bianca Mara Aramuni Claudia Gomes Santos Erika Rodrigues de Araújo Priscilla Moura dos S. Schwenck Sirlei do Prado Aguiar

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SUMÁRIO

Prefácio ...................................................................................................................................... 04 Apresentação ............................................................................................................................ 05 I – Brincadeiras e interações na Educação Infantil ....................................................................07 2 – Caráter educativo na creche e pré-escola: o equilíbrio entre o cuidar e o educar...............08 3 – Direitos de aprendizagem ................................................................................................... 09 4 – Objetivos de aprendizagem e conteúdos .............................................................................11 4.1 – Berçário ............................................................................................................................. 12 4.2 – Maternal ........................................................................................................................... 21 4.3 – 1º Período ......................................................................................................................... 32 4.4 – 2º Período ..........................................................................................................................42 5 – Considerações finais .............................................................................................................53 6 – Bibliografia ........................................................................................................................... 54

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PREFÁCIO

A Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão das Neves, por meio da Superintendência de Ensino, apresenta a “VERSÃO PRELIMINAR DA MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE RIBEIRÃO DAS NEVES”, que se constitui em um parâmetro curricular para as Unidades Escolares Municipais e conveniadas que atuam na Educação Infantil.

Tal proposta, atendendo a necessidade de uma gestão democrática, foi reestruturada coletivamente, tendo em vista discussões realizadas nos encontros pedagógicos, as observações da assessoria de ensino durante as visitas às Unidades Escolares e as discussões propostas nos módulos pedagógicos realizados em setembro, outubro e novembro de 2017. A Consolidação das discussões foi feita pela equipe da Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a Comissão de Pedagogos eleita por seus pares. Entre os documentos que embasam a proposta, destaca-se o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Curricular Comum.

Desse modo, espera-se que o presente documento contribua para a prática pedagógica de cada profissional que atua na Educação Infantil, no sentido de instrumentalizá-lo e motivá-lo na busca de novos caminhos rumo a uma educação de qualidade, que garanta a permanência e o sucesso das crianças na escola. Esperamos que o trabalho efetivo dos professores, pedagogos e educadores infantis fortaleça a função socializadora da escola, tendo como centro da ação pedagógica, o aluno e suas especificidades; e que os objetivos, campos de experiências e orientações aqui propostos se incorporem à prática de cada profissional, para que alcancemos juntos o sucesso de cada unidade escolar e, consequentemente, da Educação Infantil no município de Ribeirão das Neves.

Fabiano Diniz Secretário Municipal de Educação

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APRESENTAÇÃO

A Educação Infantil vem passando por processo de mudanças nas últimas décadas, mediante movimentos sociais, que caminharam para priorizar a infância, fazendo-se conhecer o processo de desenvolvimento da criança, bem como contribuir para o mesmo, e acima de tudo, reconhece-las como cidadão de direitos, exigindo-se assim um olhar diferenciado para as especificidades da infância.

Nesse contexto, foi publicado pelo Ministério da Educação o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, que traça uma diretriz para a construção dos currículos em cada município. Tal referencial pauta-se na indissociabilidade entre o cuidar, o brincar e o educar.

Na mesma perspectiva o Ministério da Educação publicou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, descaracterizando o caráter assistencialista da Educação Infantil, até então adotado na maioria das “creches” do Brasil e enfatizando o caráter educativo das mesmas.

A partir dessas ações de âmbito nacional, a rede municipal de ensino de Ribeirão das Neves publicou em 2011 a Proposta Curricular da Educação Infantil no município, após discussões com os pedagogos da rede e observações realizadas através de visitas da Secretaria de Educação às Unidades Escolares. O documento trouxe de forma sintetizada os objetivos e conteúdos propostos pelo Referencial Curricular Nacional, traduzindo-se como um suporte técnico para elaboração do planejamento de cada Unidade Escolar.

Desde 2014, a partir da aprovação do Plano Nacional de Educação, vem sendo discutido em âmbito nacional a construção de uma BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC). Nessa discussão surgiu a necessidade de se incluir a Educação Infantil, reconhecendo-a como primeira etapa da Educação Básica, sendo de fundamental importância para a aprendizagem dos alunos ao longo do processo.

Em 2015, foi realizado o Primeiro Seminário Interinstitucional para a elaboração da Base que reuniu assessores e especialistas. Por meio da Portaria 592 instituiu a Comissão de Especialistas para a Elaboração de Proposta da BNCC. Em outubro do mesmo ano iniciou-se a consulta pública para a construção da primeira versão da BNCC, onde a sociedade civil, as

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organizações e entidades científicas tiveram a oportunidade de se inscrever para colaborar na construção da primeira versão da base.

Em março de 2016, após 12 milhões de contribuições, a primeira versão do documento foi finalizada. Entre junho e agosto do mesmo ano foram realizados seminários estaduais, envolvendo mais de 9 mil professores, gestores, especialistas e entidades de educação, encerrando o ciclo de consulta e finalizando a segunda versão. A partir de então começou a ser redigida a terceira versão por uma equipe técnica, que foi finalizada e entregue ao Conselho Nacional de Educação.

Nos meses de julho e agosto de 2017, o Conselho Nacional de Educação realizou audiências regionais para a discussão da 3ª versão, levantando possibilidades de alterações para validar a publicação final da Base Nacional Comum Curricular, homologada em 20 de dezembro de 2017 pelo Ministro da Educação Mendonça Filho.

Desse modo, a Secretaria Municipal de Educação entendeu que era momento para se discutir e avaliar a proposta curricular vigente no município, a fim de reestrutura-la, esclarecendo os objetivos, associando-os aos campos de experiências propostos na Base Nacional, e acrescentando objetivos que porventura não estão contemplados na mesma. Propõe-se, portanto, uma versão preliminar da Matriz Curricular da Educação Infantil, tendo em vista a possibilidade de alterações e/ou sugestões e propostas levantadas por professores, educadores e pedagogos a partir de sua aplicação em 2018.

Para que fosse possível a discussão em âmbito municipal, foram estabelecidos 3 momentos para discussão da Proposta Curricular da Educação Infantil, nos meses de setembro, outubro e novembro de 2017, onde as Unidades Escolares Municipais de Educação Infantil, reuniram todos os profissionais (educadores, professores, pedagogos e gestores) a fim de revisar os objetivos e conteúdos propostos, à luz da 3ª versão da BNCC.

Os conteúdos e objetivos aqui propostos são, portanto, o resultado da análise dos relatórios elaborados pelas instituições a partir das discussões realizadas e enviadas a equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação juntamente à Comissão de Pedagogos indicada por seus pares no início do ano letivo de 2017.

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Entende-se que a presente Matriz Curricular se apresenta como o mínimo a ser desenvolvido em cada faixa etária, não de forma engessada, mas respeitando a autonomia docente, de modo que educadores e professores avaliem continuamente cada criança de suas turmas e de acordo com as possibilidades e necessidades avance nos graus de dificuldade de cada objetivo proposto.

1 - BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As práticas pedagógicas devem ser baseadas nas interações e brincadeiras, indicando que não se pode pensar no brincar sem interações. Sendo assim, a principal atividade no dia a dia da criança é o brincar. Nas interações as brincadeiras acontecem como processo dinâmico e indissociável; interagir e brincar são linguagens naturais da infância.

De acordo com Kishimoto (2010, p.1), para a criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar.

As crianças se envolvem nas brincadeiras para expressar medos e desejos. Adquirem competências sociais e capacidades cognitivas nas atividades em que estão envolvidas. O brincar favorece vínculos que contribuem para seu desenvolvimento afetivo. Experimentar, conhecer, reconhecer, aprendendo a lidar com seres e objetos e como satisfazer suas necessidades.

Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do indivíduo, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. O brincar na Educação Infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade.

A criança desenvolve capacidades importantes como atenção, a memória, a imitação e a imaginação. A brincadeira propicia o desenvolvimento de áreas da personalidade, como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.

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Para Vygotsky (1998), o brinquedo é um suporte da brincadeira, tendo uma grande influência no desenvolvimento da criança, pois o brinquedo promove uma situação de transição entre a ação da criança com o objeto concreto e suas ações com significados. Ele parte do princípio que o sujeito se constitui nas relações com o outro, nessa perspectiva a brincadeira assume uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. É de extrema importância que a escola não perca o caráter educativo, mas que seja um ambiente que leve as crianças a desenvolver suas características para sua formação futura.

Algumas reflexões devem ser feitas no momento em que estão sendo planejadas as atividades com os alunos, durante o processo e na avaliação do desenvolvimento dessas crianças: Para que serve a brincadeira? Quais os melhores brinquedos para se trabalhar com a criança de 0 a 5 anos? O que o profissional que lida com esse público deve saber a respeito dessa interação?

A criança não nasce sabendo brincar, é necessário a mediação de um adulto ou de outra criança para aprender novas brincadeiras. Por meio de observações e experimentações será possível a criança aprender, reproduzir e recriar brincadeiras.

O professor deve proporcionar ao aluno momentos de ludicidade dentro e fora da sala de aula, onde possa ser explorada a criatividade das crianças. Através da brincadeira o professor estimula a autonomia de cada indivíduo.

2 – CARÁTER EDUCATIVO NA CRECHE E NA PRÉ-ESCOLA: EQUILÍBRIO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR

Ao se pensar na creche e na pré-escola é fundamental compreender que o acesso e permanência da criança nas instituições de educação infantil são direitos da criança e que devem oferecer educação de qualidade e não apenas o cuidado, como caráter assistencialista onde as crianças passam o dia para que seus pais possam trabalhar.

Nesse sentido, uma das

características da nova concepção de educação infantil reside na integração das funções de cuidar e educar.

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Os aspectos físicos, cognitivos, afetivos e emocionais devem integrar a educação infantil para um desenvolvimento de qualidade da criança em seus diferentes âmbitos, uma vez que a educação nessa faixa etária deve ser pautada no equilíbrio entre o cuidar e o educar. Vale ressaltar que é de extrema importância a formação consciente do professor ou educador como mediador, pois cabe a ele equilibrar estes dois processos complementares e indissociáveis.

Professores e educadores devem focar na organização do tempo, na escolha correta dos conteúdos e na disciplina rotineira do ambiente escolar, como hábitos de comportamento saudáveis garantindo um convívio harmonioso e criador de atitudes sérias e produtivas.

O fazer pedagógico deve atender as necessidades das crianças, sendo criativo, flexível e atento à individualidade de cada criança e também ao coletivo. Entendendo a complexidade e potencialidades da criança, cabe ao professor ou educador estimula-las, sendo agente de equilíbrio, associando a prática pedagógica à realidade da criança.

A vida na instituição da educação infantil deve funcionar com base na tríade “pais, educadores e crianças”, por isso, é fundamental compreender e reconhecer a importância da família no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança. O bom relacionamento entre esses agentes do processo educativo é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida escolar além de representar a ação conjunta rumo a consolidação de uma pedagogia voltada para a infância.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Assim, as Unidades Escolares devem incorporar as funções de educar e cuidar oferecendo as condições para a aprendizagem que deve ocorrer nas brincadeiras, nas interações e em cada ação realizada com a criança na escola.

3 - DIREITOS DE APRENDIZAGEM

De acordo com a Base Nacional Curricular Comum o trabalho educativo na Educação Infantil deve considerar objetivos que contemplem os direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, assegurando condições para que elas aprendam em situações nas

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quais desempenhe um papel ativo. Através das experiências e desafios as mesmas deverão construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural.

São direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil:



Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.



Brincar de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), de forma a ampliar e diversificar suas possibilidades de acesso a produções culturais. A participação e as transformações introduzidas pelas crianças nas brincadeiras devem ser valorizadas, tendo em vista o estímulo ao desenvolvimento de seus conhecimentos, sua imaginação, criatividade, experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.



Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.



Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.



Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.



Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

Tais direitos de aprendizagem deverão ser estruturados considerando os cinco campos de experiências propostos na Base Nacional Curricular Comum: 10

1. O eu, o outro e o nós; 2. Corpo, gestos e movimentos; 3. Traços, sons, cores e formas; 4. Escuta, fala, pensamento e imaginação; 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

4 - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E CONTEÚDOS

Os objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos em cada etapa da Educação Infantil no Município de Ribeirão das Neves estão organizados da seguinte forma:

ETAPAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL: BERÇÁRIO: 4 MESES A 1 ANO E 11 MESES MATERNAL: 2 ANOS A 3 ANOS E 11 MESES 1º PERÍODO: 4 ANOS A 4 ANOS E 11 MESES 2º PERÍODO: 5 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES

ESTRUTURA: A proposta curricular para a Educação Infantil de Ribeirão das Neves seguirá os parâmetros da Base Nacional Curricular Comum, mantendo ainda, alguns objetivos contemplados na proposta curricular anterior, adequando-os aos campos de experiência propostos. Para cada campo, serão elencados: Objetivos, conteúdos e práticas pedagógicas. A distribuição dos conteúdos em cada bimestre fica sob a responsabilidade de cada Unidade Escolar, considerando as especificidades das turmas atendidas, constando devidamente no planejamento anual de cada etapa atendida. Tal planejamento dever ser discutido nos dias escolares que antecedem o início do ano letivo, previstos no Calendário Escolar.

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4.1 BERÇÁRIO (4 meses a 1 ano e 11 meses) O EU, O OUTRO E O NÓS O campo de experiências “O eu, o outro e o nós” relaciona-se no âmbito formação social ao eixo “Identidade e Autonomia”. Tal eixo fazia a reflexão do desenvolvimento da criança em busca da construção de sua identidade no mundo social, bem como a gradativa construção de sua autonomia. No entanto, não havia uma ênfase nas relações sociais, mas apenas orientações sobre combinados e socialização das crianças. No campo de experiências “O eu, o outro e o nós” propõe-se a potencialização dos objetivos propostos no eixo supracitado, a fim de promover um trabalho que desenvolva a identidade e a autonomia em um contexto de relações entre a criança e seus pares, bem como entre a crianças e os adultos com os quais convive.

O eu, o outro e o nós

OBJETIVO

CONTEÚDO

Experimentar e utilizar os recursos de que dispõem para satisfação de suas necessidades e desejos agindo com progressiva autonomia.

Expressão de necessidades

Familiarizar com a imagem do próprio corpo, percebendo seus limites nas brincadeiras e interações com outras crianças e com adultos.

Reconhecimento de si mesmo

Interessar progressivamente pelos cuidados com o próprio corpo, executando ações relacionadas à saúde, alimentação e higiene.

Higiene Pessoal

PRÁTICA PEDAGÓGICA Estimular a criança a falar, ouvindo atenta

Autonomia em escolhas

Reconhecimento do outro

Atividades com uso do espelho, sempre monitoradas pelo educador infantil.

Interações

Cuidados básicos

Práticas de cuidado, orientando e dialogando com as crianças.

Alimentação

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Interagir através de brincadeiras direcionadas e/ou espontâneas, buscando a construção da aprendizagem através da convivência com o outro

Brincadeiras

Brincadeiras dirigidas Brincadeiras espontâneas Interação nas brincadeiras Exploração de brinquedos, brincadeiras e jogos

Relacionar-se com crianças e adultos, demonstrando suas necessidades, interesses, afeições e confiança em si mesmo e no outro.

Socialização

Reconhecer a importância da família na formação da sociedade e valorizar a cultura local.

Genealogia

Regras de convivência

Cultura local

Confeccionar cartazes que representem através de imagens alguns “combinados” com as crianças, ainda que bebês. Mostrar a elas as imagens e ir falando do que pode ou não pode. Exibição de desenhos infantis e músicas que abordem o tema da família de uma forma muito lúdica tendo em vista a idade das crianças. Apresentação de fotos do município e do bairro para a familiarização das crianças com a cultura local.

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CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS O campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Movimento”. O que se propõe é a ampliação da visão do movimento trazida neste eixo de forma a valorizar além do movimento físico e biológico, as marcas de pertencimento social, as relações do corpo e as brincadeiras. Nesse contexto entende-se que o campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” proporcionará práticas pedagógicas que desenvolvam as potencialidades das crianças na utilização dos espaços.

Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVO

CONTEÚDO

Movimentar as partes do corpo para demonstrar corporalmente emoções, necessidades e desejos, em ambientes e momentos diversos da rotina escolar.

Os membros do corpo

Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas demais situações de interação.

Expressão de sensações

Ampliar suas possibilidades de movimento em espaços que permitam explorar a locomoção, gestos e ritmos corporais.

Expressão rítmica

Movimentos corporais

Movimentos, gestos e ritmos

Destreza espacial Posturas corporais

PRÁTICA PEDAGÓGICA Detalhar partes do corpo, músicas que enfatizam o corpo e ocasiões para tal exploração (banho, brincadeiras, alimentação, etc.)

Oportunizar brincadeiras com rimas e gestos , utilizando espelho para a visualização da criança. Disponibilizar materiais rolantes como cilindros e bolas, sugerindo as crianças que se arrastem ou engatinhem atrás deles. Outras atividades também podem proporcionar esses movimentos.

Imitar gestos, sonoridades e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Imitação

Propor brincadeiras de imitação de acordo com a idade das crianças.

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

Noção de distância

Oferecer objetos que não ofereçam risco às crianças para que elas manuseiem, lancem e encaixem tais como bola, almofada, livros de banho, etc.

Habilidades de preensão e encaixe Exploração de diferentes objetos

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TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS O campo de experiências “Traços, Sons, Cores e Formas” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Música” e “Artes Visuais”. O que se propõe é desenvolver a sensibilidade, a criatividade, a expressão pessoal, o senso crítico e estético, apropriando-se da cultura e potencializando suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar experiências e vivências artísticas.

Traços, sons, cores e formas

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Ampliar o conhecimento de mundo, observando diferentes objetos, materiais, imagens e paisagens.

Observação de objetos, imagens e paisagens

Utilizar recursos áudio visuais para apresentar as crianças paisagens e imagens diversas. É importante que o educador ao apresentar as imagens diga o nome de cada uma delas.

Explorar materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação.

Exploração e manipulação de diversos objetos

Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais.

Apreciação musical

Oferecer às crianças a possibilidade de manusear materiais diversos como tintas, papéis e massinhas de modelar auxiliando-as em atividades direcionadas. É fundamental o monitoramento das atividades evitando que as crianças levem os materiais à boca. Trabalhar com música nas atividades diárias, procurando adequá-las aos momentos propostos. Exemplos: músicas para o momento da alimentação, chegada, saída, descanso, etc. Proporcionar momentos fora do ambiente da sala (berçário) onde as crianças possam ouvir os sons externos (pássaros, sons de máquinas, veículos, vento, chuva, etc.).

Reconhecimento de sons diversos

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Explorar sons produzidos com o próprio corpo, instrumentos e com objetos do ambiente.

Reprodução de sons corporais

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.

Cantigas de roda

Conhecimento e exploração de instrumentos musicais prontos ou adaptados

Diversidade musical

Propor brincadeiras onde as crianças façam sons com o corpo (palmas, bater pé, balbuciar, etc.) Apresentar instrumentos musicais para que as crianças conheçam e manipulem os mesmos. Adequar as cantigas de roda à idade e necessidades das crianças, observando seu desenvolvimento motor e sua capacidade expressiva em cada fase. A partir daí, fornecer os meios necessários (vivências, informações, materiais) ao desenvolvimento de suas capacidades. Disponibilizar instrumentos musicais (pode ser de materiais alternativos), visando mostrar os diversos tipos de sons.

ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO O campo de experiências “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Linguagem Oral e Escrita”. Nesse campo, pretende-se valorizar situações em que as crianças podem falar e ouvir, expressando-se e ampliando seus recursos de expressão e compreensão, bem como seu vocabulário, desde o balbuciar das primeiras palavras até o domínio da fala. Além disso, propõe-se a criação de oportunidades e condições para introduzir a criança no universo da escrita e ao longo de toda a Educação Infantil prepará-la para o processo de alfabetização, respeitando seu tempo e sua maturidade.

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ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO

OBJETIVO

CONTEÚDO

Participar de variadas situações de comunicação oral, interagindo e expressando desejos, necessidades e sentimentos por meio de movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Linguagem oral

Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.

Identificação nominal (próprio nome e nome de outras pessoas)

Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e outros gêneros textuais bem como apresentações musicais e encenações.

Poema e outros gêneros textuais Apresentação musical

PRÁTICA PEDAGÓGICA Proporcionar ao aluno momentos informais como roda de conversa, musicalização e escuta de histórias, para que o mesmo desenvolva a oralidade e associe a função social da mesma. Realizar atividades em que o Educador Infantil leia para as crianças diferentes gêneros textuais tais como poemas e parlendas.

Utilizar recursos que chamem atenção da criança, despertando nela o interessa pelos textos lidos, histórias contadas e músicas apresentadas.

Encenação Interessar pela leitura de histórias.

Contação de Histórias.

Preparar a história a ser lida com antecedência a fim de oferecer às crianças a possibilidade da contextualização e a curiosidade pela mesma.

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Familiarizar com a escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária e do contato cotidiano com livros, revistas, história em quadrinhos, etc.

Observação e manuseio de materiais impressos.

Organizar o ambiente de tal forma que haja um local especial para livros, gibis, revistas, etc., que seja aconchegante e no qual as crianças possam manipulá-los e “lê-los”, seja em momentos planejados ou espontaneamente

Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adultoleitor.

Identificação de imagens

Ao ler a história, apresentar as ilustrações do livro à criança e perguntar sobre os personagens ou objetos ilustrados.

Ter contato com diferentes instrumentos e suportes de escrita.

Suportes de escrita

Permitir às crianças escrever (espontaneamente) em papel, no chão, caixas de papelão ou outros suportes de escrita.

ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES O campo de experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Natureza e Sociedade” e “Matemática”. O que se propõe é a promoção de interações, brincadeiras e atividades diferenciadas que agucem a curiosidade das crianças, oportunizando a ampliação de seus conhecimentos sobre o mundo físico e sociocultural, além de explorar noções de quantidade, forma, espaço e tempo, viabilizando o uso em seu cotidiano.

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Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Características de objetos e materiais

Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover) na interação com o mundo físico.

Pequenas transformações no mundo físico

Explicar os tipos de transformações e interações físicas possíveis para essa faixa etária: mistura de cores, quantidade dentro de espaço, mistura de alimentos (mingau, vitaminas, sucos, etc.)

Explorar o ambiente, pela ação e observação para que a criança possa estabelecer contato com pequenos animais, plantas e objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse.

Relação da criança com o meio ambiente

Observar junto às crianças os fenômenos naturais (chuva, trovão, frio, calor, vento).

Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

Diferenças e semelhanças entre objetos tridimensionais

Órgãos dos sentidos

Observação de ambientes e fenômenos naturais

Promover atividades de experimentação dos sentidos.

Propor atividades de manipulação, experimentação, arrumação e exploração do espaço por meio de experiências de deslocamentos de si e dos objetos. Reconhecimento e manipulação de Formas geométricas e outros materiais (forma, textura, tamanho, etc.) – caixa surpresa

Classificação, ordenação, seriação, etc.

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Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais e tamanho.

Noção de quantidade Noção de tamanho Lateralidade

Desenvolver atividades com a utilização de materiais de diversos tamanhos a fim de que as crianças percebam as suas diferenças quanto ao tamanho, à quantidade de determinados objetos, entre outros. Realizar brincadeiras que possibilitem o entendimento de lateralidade (direita/esquerda, frente/ atrás, dentro/fora).

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4.2 MATERNAL (1 ano e 11 meses A 3 anos e 11 meses) O EU, O OUTRO E O NÓS O campo de experiências “O eu, o outro e o nós” relaciona-se no âmbito formação social ao eixo “Identidade e Autonomia”. Tal eixo fazia a reflexão do desenvolvimento da criança em busca da construção de sua identidade no mundo social, bem como a gradativa construção de sua autonomia. No entanto, não havia uma ênfase nas relações sociais, mas apenas orientações sobre combinados e socialização das crianças. No campo de experiências “O eu, o outro e o nós” propõe-se a potencialização dos objetivos propostos no eixo supracitado, a fim de promover um trabalho que desenvolva a identidade e a autonomia em um contexto de relações entre a criança e seus pares, bem como entre a crianças e os adultos com os quais convive.

O eu, o outro e o nós

OBJETIVO

CONTEÚDO

Experimentar e utilizar os recursos de que dispõem para satisfação de suas necessidades e desejos agindo com autonomia e responsabilidade, progressivamente.

Comunicação e expressão de necessidades, desejos e opiniões

Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar desafios pessoais.

Reconhecimento e valorização de si mesmo

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Realizar brincadeiras e dinâmicas que propiciem às crianças momentos de escolhas. Ex.: dividir a turma por cores, deixando as crianças escolherem Autonomia e responsabilidade em escolhas e as cores). decisões Auxiliar os alunos nos processos de utilização dos banheiros, almoço e outros onde o aluno construa sua autonomia.

Construção da Identidade

Proporcionar às crianças atividades de construção da identidade considerando a auto percepção no mundo que a rodeia (família, escola, sociedade), a assimilação do nome próprio, sua identidade étnica e suas características. Criar momentos em que as crianças possam experimentar diversas sensações, associando-as às partes do corpo. Ex.: Descobrir o que é com os olhos vendados (cheiro, tato com as mãos, com os pés, etc.).

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Ampliar progressivamente a autonomia quanto aos cuidados consigo e com o outro, executando ações relacionadas à saúde, alimentação e higiene.

Cuidados pessoais básicos (alimentação, escovação, higiene)

Interagir através de brincadeiras direcionadas e/ou espontâneas, buscando a construção da aprendizagem através da convivência com o outro e o estabelecimentos de regras.

Brincadeiras dirigidas

Relacionar-se com crianças e adultos, demonstrando necessidades, interesses, afetos e confiança, ampliando sua capacidade de enfrentamento de conflitos e desafios.

Socialização

Manutenção da higiene de espaços coletivos

Brincadeiras espontâneas Interação nas brincadeiras Exploração de brinquedos, brincadeiras e jogos

Regras de convivência Resolução de conflitos e desafios

Acompanhar os momentos de higiene, sempre aproveitando para torna-los momentos de aprendizagem.

Propor brincadeiras que levem em consideração a aprendizagem, pensando sempre “o que quero ensinar com essa brincadeira”. Além disso, nas brincadeiras o Educador Infantil deve motivar as crianças à reflexão sobre bondade, companheirismo, compreensão e respeito às diferenças individuais. Valorizar a brincadeira espontânea como momento de criatividade e expressão das fantasias das crianças. É fundamental que o educador monitore todos esses momentos, resguardando a integridade física da criança. Propor combinados com o objetivo de estabelecer regras de convivência que motivem:  equilíbrio interior;  capacidade de esperar com tranquilidade;  tolerância;  respeito por si mesmo e pelo próximo;  responsabilidade por seus atos, entre outros.

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Reconhecer a importância da família na formação da sociedade e valorizar a cultura local.

Genealogia

Propor rodas de conversa sobre a família, a fim de que a criança construa sua identidade familiar.

Cultura local

Pode se fazer a árvore genealógica da criança com a ajuda dos pais, que podem enviar fotos para ilustrar. Na toda de conversa discutir as potencialidades do município e do bairro onde moram (identidade cultural)

CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS O campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Movimento”. O que se propõe é a ampliação da visão do movimento trazida neste eixo de forma a valorizar além do movimento físico e biológico, as marcas de pertencimento social, as relações do corpo e as brincadeiras. Nesse contexto entende-se que o campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” proporcionará práticas pedagógicas que desenvolvam as potencialidades das crianças na utilização dos espaços.

Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVO Ampliar a utilização de gestos e movimentos em atividades diversas e brincadeiras para o reconhecimento do corpo e suas interações.

CONTEÚDO Membros do corpo Movimentos corporais

PRÁTICA PEDAGÓGICA Detalhar partes do corpo, músicas que enfatizam o corpo e ocasiões para tal exploração (banho, brincadeiras, alimentação, etc) – Ampliação do estudo dos membros e segmentos de corpo.

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Reconhecer a necessidade e as possibilidades de gestos e movimentos de sua cultura, expressando-se nas relações, cuidado de si e nas brincadeiras.

Expressão gestual

Deslocar-se com destreza progressiva no espaço, desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras.

Destreza espacial

Explorar a capacidade de imitação de gestos, sons, objetos, pessoas e animais.

Imitação

Ampliação da capacidade de imitação – direcionamentos, brincadeira de mímica, etc.

Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora, etc.

Deslocamento

Trabalhar com músicas e brincadeiras que explorem o deslocamento corporal, onde as crianças construam os conceitos de frente e atrás, no alto e embaixo, dentro e fora, entre outros.

Realizar com autonomia movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

Noção de distância

Promover atividades com utilização de objetos diversos (bolas, almofadas, livros de banho, bichinhos de pelúcia, blocos de encaixe, etc.) para explorar habilidades de encaixe, preensão e lançamento. Valorizar nessas atividades a autonomia gradativa das crianças na execução dos comandos.

Movimentos, gestos e ritmos

Posturas corporais

Habilidades de preensão e encaixe Exploração de diferentes objetos

Trabalhar com músicas e brincadeiras que possibilitem a expressão das crianças com gestos, movimentos e ritmos. Proporcionar atividades que permitam à criança sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda; arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar, etc. Utilizar a música para desenvolver danças e pequenas coreografias.

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TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS O campo de experiências “Traços, Sons, Cores e Formas” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Música” e “Artes Visuais”. O que se propõe é desenvolver a sensibilidade, a criatividade, a expressão pessoal, o senso crítico e estético, apropriando-se da cultura e potencializando suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar experiências e vivências artísticas.

Traços, sons, cores e formas

OBJETIVO

CONTEÚDO

Utilizar diferentes suportes, materiais e procedimentos para grafar, explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes.

Utilização das cores

Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais.

Apreciação musical

Texturas e superfícies Planos, formas e volumes

Exploração e produção de sons

PRÁTICA PEDAGÓGICA Oferecer materiais como lápis e pincéis de diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbos, bem como tintas, água, terra, argila, etc.; e suportes textuais (papel, papelão, chão, caixas, etc.) para que as crianças possam manipula-los e perceber as possibilidades de representações artísticas, de acordo com suas possibilidades motoras. Apresentar às crianças imagens diversas (pinturas, fotos, desenhos, esculturas e outros) a fim de que observem e diferenciem os tipos diversos de artes e representações visuais. Explicar as possibilidades de sons diversos inclusive fenômenos naturais (chuva, trovão, vento). Propor atividades que viabilizem a exploração dos sons Motivar a prática musical nessa faixa por meio de atividades lúdicas. O educador estará explorando as habilidades nessa área quando estiver cantando

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para e com as crianças, produzindo sons diversos (imitação de animais e outros sons), canções de ninar, cantigas de roda, etc.

Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais, utilizando diferentes fontes sonoras.

Interpretação de músicas e canções diversas. Brincadeiras cantadas / Jogos rítmicos.

Oferecer brincadeiras diversas, utilizando o canto e o ritmo. Adequar as cantigas de roda à idade e necessidades das crianças, observando seu desenvolvimento motor e sua capacidade expressiva em cada fase, para, a partir daí, fornecer os meios necessários (vivências, informações, materiais) ao desenvolvimento de suas capacidades. Pode-se também utilizar instrumentos musicais convencionais ou alternativos (instrumentos de sucata) como chocalhos, guizos, blocos, sinos, tambores, pandeiros, etc.

ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO O campo de experiências “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Linguagem Oral e Escrita”. Nesse campo, pretende-se valorizar situações em que as crianças podem falar e ouvir, expressando-se e ampliando seus recursos de expressão e compreensão, bem como seu vocabulário, desde o balbuciar das primeiras palavras até o domínio da fala. Além disso, propõe-se a criação de oportunidades e condições para introduzir a criança no universo da escrita e ao longo de toda a Educação Infantil prepará-la para o processo de alfabetização, respeitando seu tempo e sua maturidade.

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ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Linguagem oral

Proporcionar ao aluno momentos informais como roda de conversa, musicalização e escuta de histórias, para que o mesmo desenvolva a oralidade e internalize a função social da mesma. Nesse momento o educador infantil pode despertar nas crianças a criatividade e deixar que recontem histórias previamente trabalhadas ou ainda que criem histórias a partir do seu imaginário.

Atender pelo nome próprio e identificar os nomes de pessoas com quem convive

Identificação nominal (próprio nome e nome de outras pessoas)

Utilizar músicas e brincadeiras em que se fale ou cante o nome de cada criança, a fim de que reconheçam quando o seu nome é pronunciado.

Familiarizar-se com letras e outros símbolos gráficos, priorizando a primeira letra do nome por meio de brincadeiras e atividades lúdicas.

Letras e símbolos

Realizar brincadeiras com objetos que contenham letras, números e outros símbolos para que a criança se familiarize com eles.

Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos poéticos.

Poemas, rimas e aliterações

Promover apresentações de poemas e poesias.

Apresentações com cantigas de roda e textos poéticos.

Colocar o conceito de aliteração. Exemplos: O rato roeu a roupa do rei de Roma; Três pratos de trigo para três tigres tristes. Fazer brincadeiras.

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Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações e acompanhando, com orientação do adultoleitor, a direção da leitura.

Contação de histórias

Formular e responder perguntas sobre fatos de histórias narradas pelo adulto-leitor

Compreensão de histórias contadas

Noção de direcionamento da escrita

Aproveitar os momentos de leitura de livros para explicar sobre a direção da leitura: de cima para baixo, da esquerda para a direita.

Criar estratégias para perceber o grau de compreensão das histórias contadas, atendandose para aquelas que não sejam muito longas, que sejam adequadas a faixa etária das crianças e utilizando-se de recursos como imagens, sons, objetos, etc. De acordo com a turma, pode se propor às crianças que elas recontem a história do jeito delas.

Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Imitação

Propor brincadeiras de imitação de animais, personagens, pessoas, etc.

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Familiarizar com a escrita, conhecendo e manipulando materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablete, etc.).

Observação e manipulação de materiais impressos e audiovisuais

Organizar o ambiente de tal forma que haja um local especial para livros, gibis, revistas, etc., que seja aconchegante e no qual as crianças possam manipulá-los e “lê-los”, seja em momentos organizados ou espontaneamente. Hoje as escolas de Educação Infantil tendem a se preocupara muito com o ambiente da escola. O mesmo deve ser ornamentado com imagens chamativas e com pequenos textos ou palavras a fim de motivar nas crianças o gosto pela leitura. Exemplos: Cartazes de identificação (cozinha, banheiro, cantinho da leitura, pátio, etc.).

Ampliar o contato com diferentes gêneros textuais (parlendas, histórias de aventura, cardápios, tirinhas, poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.)

Gêneros textuais

Fazer a leitura de diferentes gêneros textuais para as crianças, explicando a elas as caraterísticas de cada um. O importante não é a quantidade de gêneros que se trabalha, mas a qualidade do trabalho feito, ainda que com um número pequeno.

Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos.

Suportes de escrita

Permitir às crianças escrever (espontaneamente) em papel, no chão, caixas de papelão ou outros suportes de escrita.

Registros espontâneos e direcionados?

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ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES O campo de experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Natureza e Sociedade” e “Matemática”. O que se propõe é a promoção de interações, brincadeiras e atividades diferenciadas que agucem a curiosidade das crianças, oportunizando a ampliação de seus conhecimentos sobre o mundo físico e sociocultural, além de explorar noções de quantidade, forma, espaço e tempo, viabilizando o uso em seu cotidiano.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVO

CONTEÚDO

Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos.

Características de objetos e materiais

Observar, relatar e descrever incidentes no cotidiano e fenômenos naturais.

Transformações no mundo físico

Compartilhar situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da instituição e fora dela.

Relação da criança com o meio ambiente

Órgãos dos sentidos

Fenômenos naturais

PRÁTICA PEDAGÓGICA Ampliar o trabalho com a exploração dos sentidos ((sonoridade, textura, peso, tamanho, posição no espaço).

Observar junto às crianças os fenômenos naturais (chuva, trovão, frio, calor, vento) - tratar da relação dos fenômenos com a ação humana.

Despertar a reflexão sobre a consciência ambiental/ecológica.

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Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma, etc.)

Diferenças e semelhanças entre objetos tridimensionais Classificação de objetos por atributos

Reconhecimento e manipulação de Formas geométricas e outros materiais (forma, textura, tamanho, etc.). Uma boa sugestão é a “caixa surpresa”, um cubo feito de papelão ou outro material com um furo para a criança colocar a mão e sentir texturas, bem como adivinhar o que há dentro dela. Propor atividades de classificação, ordenação, seriação, etc.

Ampliar a compreensão de noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais e tamanho.

Noção de quantidade (contagem oral) Noção de tamanho Lateralidade

Desenvolver atividades lúdicas para explorar essas noções. Realizar brincadeiras e músicas com contagem oral pelo menos até 10.

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4.3 - 1º PERÍODO (4 anos a 4 anos e 11 meses) O EU, O OUTRO E O NÓS O campo de experiências “O eu, o outro e o nós” relaciona-se no âmbito “Formação Pessoal e Social” ao eixo “Identidade e Autonomia”. Tal eixo fazia a reflexão do desenvolvimento da criança em busca da construção de sua identidade no mundo social, bem como a gradativa construção de sua autonomia. No entanto, não havia uma ênfase nas relações sociais, mas apenas orientações sobre combinados e socialização das crianças. No campo de experiências “O eu, o outro e o nós” propõe-se a potencialização dos objetivos propostos no eixo supracitado, a fim de promover um trabalho que desenvolva a identidade e a autonomia em um contexto de relações entre a criança e seus pares, bem como entre a crianças e os adultos com os quais convive.

O eu, o outro e o nós

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Ter uma imagem positiva de si, ampliando

Autoestima

Estabelecer junto às crianças regras de

sua autoconfiança, identificando cada vez

Cuidados pessoais

organização para uso e cuidados com materiais

mais suas limitações e possibilidades, e

escolares, brinquedos, jogos e limpeza do

agindo de acordo com elas.

ambiente escolar.

Demonstrar empatia pelos outros, percebendo as diferenças entre as pessoas e administrando conflitos.

Empatia

Possibilita o diálogo e o entendimento das crianças

Respeito mútuo

quanto ao cuidado do que é seu e também com o que é do outro, estabelecendo limites e acordos.

Identificar e compreender a pertinência aos

Convivência mútua

Realizar atividades que promovam o

diversos grupos, ampliando as relações

Relações interpessoais

compartilhamento de brinquedos e materiais

interpessoais, desenvolvendo atitudes de

entre as crianças.

participação e cooperação.

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Propor brincadeiras de faz de conta, despertando a criatividade e promovendo a interação entre as crianças. Propor desafios em grupo que exijam a cooperação para sua solução. Compreender a necessidade das regras no

Regras de convivência

Propor jogos e brincadeiras que promovam o

convívio social, nas brincadeiras

cumprimento das regras;

e nos jogos com outras crianças.

Confeccionar com as crianças cartazes com os combinados da turma.

Promover o diálogo sobre as diferenças

Preconceitos e discriminação

O professor deve zelar por um tratamento

entre as pessoas, combatendo qualquer tipo

igualitário, mostrando que todos são importantes

de discriminação.

independente de gênero, escolhas, religião, etc. Sugestão de trabalho: rodas de conversa subsidiadas por imagens, músicas ou dinâmicas.

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CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS O campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Movimento”. O que se propõe é a ampliação da visão do movimento trazida neste eixo de forma a valorizar além do movimento físico e biológico, as marcas de pertencimento social, as relações do corpo e as brincadeiras. Nesse contexto entende-se que o campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” proporcionará práticas pedagógicas que desenvolvam as potencialidades das crianças na utilização dos espaços.

OBJETIVO Movimentar-se de forma adequada, ao

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Interação

Propor atividades que exijam a movimentação das crianças de forma simultânea e as incentivem a fazê-lo respeitando o espaço do outro.

Criar movimentos, gestos, olhares, mímicas

Movimentos

Brincadeiras de faz de conta.

e sons com o corpo em brincadeiras, jogos e

Mímica e expressões artísticas

Brincadeiras de adivinhação com mímicas.

Explorar diferentes qualidades e dinâmicas

Força

do movimento como força, velocidade,

Velocidade

resistência e flexibilidade, conhecendo

Resistência

Oferecer atividades de coordenação motora, observando a faixa etária das crianças de modo a desenvolverem habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade.

interagir com colegas e adultos em

Corpo, gestos e movimentos

brincadeiras e atividades.

atividades artísticas como dança, teatro e música.

gradativamente os limites e potencialidades do próprio corpo.

Flexibilidade

Realizar circuitos de atividades físicas utilizando bolas, cordas, cones e outros recursos disponíveis.

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Controlar gradualmente os movimentos,

Percepção de espaço e movimento

aperfeiçoando seus recursos de

Expressão corporal

Oferecer a criança atividades em que elas percebam os sinais vitais como respiração, batimentos cardíacos, entre outros.

deslocamento e ajustando suas habilidades Promover momentos para correr, rolar, pular, descansar, etc.

motoras, viabilizando a expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música. Coordenar com precisão e eficiência suas habilidades motoras no atendimento a seus

Coordenação motora fina

Desenvolver atividades que possibilitem a coordenação manual com movimentos que imitem o movimento da escrita.

interesses e necessidades de representação gráfica.

TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS O campo de experiências “Traços, Sons, Cores e Formas” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Música” e “Artes Visuais”. O que se propõe é desenvolver a sensibilidade, a criatividade, a expressão pessoal, o senso crítico e estético, apropriando-se da cultura e potencializando suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar experiências e vivências artísticas.

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Traços, sons, cores e formas

OBJETIVO

CONTEÚDO

Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.

Percepção sonora

Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Expressões artísticas

Apreciar e participar de apresentações de teatro, música, dança, circo, recitação de poemas e outras manifestações artísticas.

Expressão artística

Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons.

Conceitos musicais simples (estrofe e refrão)

Produções artísticas

Características musicais: altura (grave, agudo), duração (curto, longo) e intensidade (fraco, forte).

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Oportunizar as crianças diversas oportunidades de produção, com a utilização de caixas, latinhas, papéis, copos plásticos, embalagens, pedaços de pano e outros objetos. Em todos os trabalhos propostos zelar pela organização do espaço e dos materiais. Promover a apreciação dos trabalhos de forma respeitosa. Valorizar apresentações artísticas diversas, oportunizando o conhecimento de artistas locais, bem como promover entre as próprias crianças apresentações teatrais, recitais de poesia, shows de talentos, etc. Explorar os conceitos musicais através de atividades de roda, audição de músicas e identificação de sons diversos. Utilizar recursos audiovisuais para apresentar sons graves e agudos, timbres fracos e fortes, entre outros.

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ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO O campo de experiências “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Linguagem Oral e Escrita”. Nesse campo, pretende-se valorizar situações em que as crianças podem falar e ouvir, expressando-se e ampliando seus recursos de expressão e compreensão, bem como seu vocabulário, desde o balbuciar das primeiras palavras até o domínio da fala. Além disso, propõe-se a criação de oportunidades e condições para introduzir a criança no universo da escrita e ao longo de toda a Educação Infantil prepará-la para o processo de alfabetização, respeitando seu tempo e sua maturidade.

Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

Expressão oral e escrita

Rodas de conversa

Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas.

Identificação de letras e palavras

Apresentar livros, revistas e outros portadores de textos, incentivando as crianças a identificarem letras e palavras que já conhece.

Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário.

Portadores de textos

Trabalhar cotidianamente com portadores de textos, propiciando acesso a diversos tipos de letras e símbolos. Apresentar às crianças letras e palavras viabilizando a construção das hipóteses de leitura e escrita.

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Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.

Reconto de histórias

Propiciar as crianças momentos em que elas possam recontar histórias oralmente, bem como fazer a representação gráfica desta, utilizando desenhos e outras representações gráficas (escrita espontânea). O professor poderá também ser o escriba na atividade, registando no quadro ou em um cartaz o reconto e produção das crianças.

Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.

Produção oral e escrita espontânea

Nesse objetivo, além da escrita espontânea é importante também o professor fazer o registro da produção das crianças para que elas percebam como se escreve o que foi dito por elas.

Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e de leitura.

Gêneros textuais

Realizar atividades variadas, apresentando às crianças diversos gêneros textuais.

Reconhecer seu nome escrito, sabendo identifica-lo nas diversas situações do cotidiano.

Identificação do próprio nome.

À medida que for apresentado determinado gênero, o professor pode pedir que elas relacionem cada gênero às suas características. Confeccionar crachás, cartazes e outras atividades em que estejam escritos os nomes de cada criança. O professor deverá auxilia-las na aprendizagem do próprio nome, através da associação das letras ou outros métodos. Exemplo de atividades: recorte de revistas e jornais para colagem com as letras do nome.

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Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Hipóteses da escrita

Desenvolver atividades que possibilitem a construção das hipóteses da escrita, priorizando jogos e brincadeiras com letras móveis, quebracabeças com figura e palavra, entre outros.

ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES O campo de experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Natureza e Sociedade” e “Matemática”. O que se propõe é a promoção de interações, brincadeiras e atividades diferenciadas que agucem a curiosidade das crianças, oportunizando a ampliação de seus conhecimentos sobre o mundo físico e sociocultural, além de explorar noções de quantidade, forma, espaço e tempo, viabilizando o uso em seu cotidiano.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVO

CONTEÚDO

Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias.

Noções de tempo e espaço

Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade.

História pessoal

O local onde moro – rua/bairro/município. Meio-ambiente Cultura Geografia História do bairro/município

PRÁTICA PEDAGÓGICA Trabalhar através de brincadeiras as noções temporais e espaciais. Propor atividades para o conhecimento do lugar onde vivem. Promover atividades em que as crianças relacionem as características sociais e naturais do seu bairro, façam comparações e confronto de ideias, e sobretudo, compreendam sua importância no exercício da cidadania. Realizar atividades que possibilitem a criança com a ajuda da família a reconhecer sua história. Propor exposição de documentos, fotografias e objetos trazidos pelas crianças a fim de que elas

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valorizem elementos da sua história, família e comunidade.

Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.

Transformações diversas

Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua preservação.

Natureza e seus fenômenos

Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática.

Classificação de Objetos. Relação de comparação entre objetos e suas propriedades. Utilização de Noções matemáticas para cálculo mental (resolver problemas simples). Conceitos de capacidade, temperatura, massa, tempo e valor.

Preservação ambiental

Propor atividades práticas onde as crianças percebam que os materiais podem ser modificados por reações químicas ou de forma natural. O professor deve monitorar todas essas atividades de forma efetiva, sobretudo quando forem feitas experiências com misturas de substâncias, uso de tinturas, etc. Utilizar recursos visuais como fotografias, recortes, vídeos informativos, etc. Realizar projetos explicitando a responsabilidade de todos com o meio ambiente e o impacto da preservação ambiental bem como da destruição ambiental para a sociedade e a saúde das pessoas. Explorar os conteúdos propostos tendo em vista as habilidades de classificação, solução de problemas simples e construção dos conceitos (cheio/vazio, quente/frio/gelado, leve/pesado, agora/depois, rápido/depressa/devagar, caro/barato).

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Resolver situações- problema, formulando questões, levantando hipóteses, organizando dados, testando possibilidades de solução.

Construção de hipóteses para resolução de problemas

Proporcionar atividades e desafios em que as crianças construam coletem dados e informações, e, levantem hipóteses para solução de situações problemas.

Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

Relações entre o número e a quantidade

Propor atividades de contagem e quantificação com uso de objetos diversos (cartas, tampinhas de garrafas, materiais escolares, pedrinhas, etc.).

Antecessor e sucessor

Trabalhar os conceitos de sequência numérica, antecessor e sucessor de forma lúdica, através de brincadeiras e jogos diversos. Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos.

Unidades de medida (peso e altura)

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4.4 2º PERÍODO (5 anos a 5 anos e 11 meses) O EU, O OUTRO E O NÓS O campo de experiências “O eu, o outro e o nós” relaciona-se no âmbito “Formação Pessoal e Social” ao eixo “Identidade e Autonomia”. Tal eixo fazia a reflexão do desenvolvimento da criança em busca da construção de sua identidade no mundo social, bem como a gradativa construção de sua autonomia. No entanto, não havia uma ênfase nas relações sociais, mas apenas orientações sobre combinados e socialização das crianças. No campo de experiências “O eu, o outro e o nós” propõe-se a potencialização dos objetivos propostos no eixo supracitado, a fim de promover um trabalho que desenvolva a identidade e a autonomia em um contexto de relações entre a criança e seus pares, bem como entre a crianças e os adultos com os quais convive.

O eu, o outro e o nós

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Ter uma imagem positiva de si, ampliando

Autoestima

Estabelecer junto às crianças regras de

sua autoconfiança, identificando cada vez

Cuidados pessoais

organização para uso e cuidados com materiais

mais suas limitações e possibilidades, e

escolares, brinquedos, jogos e limpeza do

agindo de acordo com elas.

ambiente escolar. Propor desafios que provoquem as crianças à iniciativa para resolver pequenos problemas do cotidiano, possibilitando a potencialização da autoconfiança e autoestima.

Demonstrar empatia pelos outros, percebendo as diferenças entre as pessoas e administrando conflitos.

Empatia

Possibilitar o diálogo e o entendimento das

Respeito mútuo

crianças quanto ao cuidado do que é seu e também com o que é do outro, estabelecendo limites e acordos. Desenvolver jogos e brincadeiras que valorizem o respeito mútuo.

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Realizar brincadeiras e dinâmicas que fortaleçam as relações de afeto entre as crianças.

Identificar e compreender a pertinência aos

Convivência mútua

Realizar momentos de diálogo onde as crianças

diversos grupos, ampliando as relações

Relações interpessoais

percebam os diferentes modos de pensar sentir e

interpessoais, desenvolvendo atitudes de

Regras do espaço educativo

agir, introduzindo conceitos de democracia e bom

participação e cooperação.

senso. Propor brincadeiras de faz de conta, despertando a criatividade e promovendo a interação entre as crianças. Propor desafios em grupo que exijam a cooperação para sua solução. Roda de conversa sobre regras da escola e o monitoramento destas.

Ampliar o diálogo sobre as diferenças entre

Preconceitos e discriminação

O professor deve zelar por um tratamento

as pessoas, combatendo qualquer tipo de

igualitário, mostrando que todos são importantes

discriminação.

independente de gênero, escolhas, religião, etc. Sugestão de trabalho: rodas de conversa subsidiadas por imagens, músicas ou dinâmicas. Utilizar literaturas voltadas para a diversidade (inclusão, literatura afro-brasileira, etc.)

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CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS O campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Movimento”. O que se propõe é a ampliação da visão do movimento trazida neste eixo de forma a valorizar além do movimento físico e biológico, as marcas de pertencimento social, as relações do corpo e as brincadeiras. Nesse contexto entende-se que o campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos” proporcionará práticas pedagógicas que desenvolvam as potencialidades das crianças na utilização dos espaços.

Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVO

CONTEÚDO

Ampliar as possibilidades expressivas do

Interação

próprio movimento, utilizando gestos

Uso dos movimentos no cotidiano

diversos e o ritmo corporal nas suas

Mímicas e expressões artísticas

PRÁTICA PEDAGÓGICA Promover brincadeiras variadas onde a criança faça o reconhecimento de seus movimentos e os utilize para se expressar de forma significativa.

brincadeiras, danças, teatros, jogos e demais situações de interação. Demonstrar valorização das características de seu corpo, aperfeiçoando seus

Percepção de sensações, limites, potencialidades e integridade do próprio corpo.

Oferecer a criança atividades em que elas percebam os sinais vitais como respiração, batimentos cardíacos, entre outros.

movimentos e recursos de deslocamento. Promover momentos para correr, rolar, pular, descansar, etc. Explorar diferentes qualidades e dinâmicas

Força

do movimento como força, velocidade,

Velocidade

Oferecer atividades de coordenação motora, para que as crianças desenvolvam habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade.

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resistência e flexibilidade, conhecendo

Resistência

gradativamente os limites e potencialidades

Flexibilidade

Realizar circuitos de atividades físicas utilizando bolas, cordas, cones e outros recursos disponíveis.

do próprio corpo. Coordenar com precisão e eficiência suas

Coordenação motora fina

habilidades motoras no atendimento a seus interesses e necessidades de representação gráfica.

Desenvolver atividades que possibilitem a coordenação manual com movimentos que viabilizem a escrita, como desenhar no ar, abrir e fechar a mão, movimentos de simetria utilizando as mãos em dupla, etc.

TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS O campo de experiências “Traços, Sons, Cores e Formas” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Música” e “Artes Visuais”. O que se propõe é desenvolver a sensibilidade, a criatividade, a expressão pessoal, o senso crítico e estético, apropriando-se da cultura e potencializando suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar experiências e vivências artísticas. OBJETIVO

CONTEÚDO

Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Expressões artísticas

Produzir trabalhos artísticos, utilizando desenho, pintura, modelagem e colagem, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o

Elementos da linguagem artística

Produções artísticas

PRÁTICA PEDAGÓGICA Propor atividades artísticas diversificadas utilizando os recursos disponíveis, tais como papel, giz de cera, lápis coloridos, tintas, massinhas, etc., onde as crianças possam produzir expressando-se livremente. Oportunizar as crianças diversas oportunidades de produção, com a utilização de caixas, latinhas, papéis, copos plásticos, embalagens, pedaços de pano e outros objetos.

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respeito pelo processo de criação e produção artística.

Em todos os trabalhos propostos zelar pela organização do espaço e dos materiais. Promover a apreciação dos trabalhos de forma respeitosa.

Apreciar e participar de apresentações de teatro, música, dança, circo, recitação de poemas e outras manifestações artísticas.

Expressão artística

Valorizar apresentações artísticas diversas, oportunizando o conhecimento de artistas locais, bem como promover entre as próprias crianças apresentações teatrais, recitais de poesia, shows de talentos, etc.

Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons.

Reconhecimento de conceitos musicais básicos (estrofe, refrão, versos)

Explorar os conceitos musicais através de atividades de roda, audição de músicas e identificação de sons diversos. Utilizar recursos audiovisuais para apresentar sons graves e agudos, timbres fracos e fortes, entre outros.

Características musicais: altura (grave, agudo), duração (curto, longo) e intensidade (fraco, forte).

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ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO O campo de experiências “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” ao eixo “Linguagem Oral e Escrita”. Nesse campo, pretende-se valorizar situações em que as crianças podem falar e ouvir, expressando-se e ampliando seus recursos de expressão e compreensão, bem como seu vocabulário, desde o balbuciar das primeiras palavras até o domínio da fala. Além disso, propõe-se a criação de oportunidades e condições para introduzir a criança no universo da escrita e ao longo de toda a Educação Infantil prepará-la para o processo de alfabetização, respeitando seu tempo e sua maturidade.

Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVO

CONTEÚDO

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

Expressão oral e escrita

Promover rodas de conversa acompanhadas por atividades orientadas onde as crianças façam o registro de suas experiências e sentimentos.

Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas.

Identificação de letras e palavras

Apresentar livros, revistas e outros portadores de textos, incentivando as crianças a identificarem letras e palavras que já conhece.

Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário.

Portadores de textos

Trabalhar cotidianamente com portadores de textos, propiciando acesso a diversos tipos de letras e símbolos. Apresentar às crianças letras e palavras viabilizando a construção das hipóteses de leitura e escrita.

Oferecer a oportunidade de participar de atividades que os despertem para a linguagem oral, tais como brincar em equipe, expressar desejos, jogos de mímicas, relatos de fatos e experiências, entrevistas, etc.

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Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.

Reconto de histórias

Propiciar as crianças momentos em que elas possam recontar histórias oralmente, bem como fazer a representação gráfica desta, utilizando desenhos, letras e palavras que já conheça. É importante valorizar a escrita espontânea da criança e iniciar as intervenções para viabilizar a construção da escrita.

Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.

Produção oral e escrita espontânea

Nesse objetivo, além da escrita espontânea é importante também o professor fazer o registro da produção das crianças para que elas percebam como se escreve o que foi dito por elas. O professor pode trabalhar com o auto ditado, explorando a visualização de imagens e associação de letras, sílabas e palavras. Além disso, deve oferecer momentos de escrita livre, pedindo a crianças que leia o que escreveu, ainda que a escrita não seja da forma convencional. Outra sugestão é trabalhar com textos de fácil memorização como parlendas, canções, poeminhas e histórias conhecidas pelas crianças.

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Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e de leitura.

Gêneros textuais

Reconhecer seu nome escrito, sabendo identifica-lo nas diversas situações do cotidiano.

Identificação do próprio nome.

Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Hipóteses da escrita

Realizar atividades variadas, apresentando às crianças diversos gêneros textuais. À medida que for apresentado determinado gênero, o professor pode pedir que elas relacionem cada gênero às suas características. Confeccionar crachás, cartazes e outras atividades em que estejam escritos os nomes de cada criança. O professor deverá auxilia-las na aprendizagem do próprio nome, através da associação das letras ou outros métodos. Exemplo de atividades: nome com alfabeto móvel, recorte de revistas e jornais para colagem com as letras do nome. Propor atividades em que a criança faz o registro do primeiro nome e gradativamente ampliar para o nome completo. Potencializar atividades que possibilitem a construção das hipóteses da escrita, priorizando jogos e brincadeiras com letras móveis, quebracabeças com figura e palavra, entre outros. Ao se aplicar essas atividades o professor deve dialogar com as crianças auxiliando-as a fazer a construção do código escrito de forma prazerosa, mas efetiva.

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ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES O campo de experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações” relaciona-se no âmbito “Conhecimento de Mundo” aos eixos “Natureza e Sociedade” e “Matemática”. O que se propõe é a promoção de interações, brincadeiras e atividades diferenciadas que agucem a curiosidade das crianças, oportunizando a ampliação de seus conhecimentos sobre o mundo físico e sociocultural, além de explorar noções de quantidade, forma, espaço e tempo, viabilizando o uso em seu cotidiano.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVO

CONTEÚDO

Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias.

Noções de tempo e espaço

Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade.

História pessoal

O local onde moro – rua/bairro/município. Meio-ambiente Cultura Geografia História do bairro/município

PRÁTICA PEDAGÓGICA Conduzir as crianças à observação do entorno da escola e da comunidade onde vivem, valorizando suas potencialidades, auxiliando-os a identificar possíveis necessidades e motivando-os a proporem atitudes de melhorias para o bairro, rua e para a própria escola. Promover atividades em que as crianças relacionem as características sociais e naturais do seu bairro, façam comparações e confronto de ideias, e sobretudo, compreendam sua importância no exercício da cidadania. Realizar atividades que possibilitem a criança com a ajuda da família a reconhecer sua história. Propor exposição de documentos, fotografias e objetos trazidos pelas crianças a fim de que elas valorizem elementos da sua história, família e comunidade.

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Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.

Transformações diversas

Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua preservação.

Natureza e seus fenômenos

Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática.

Classificação de Objetos. Relação de comparação entre objetos e suas propriedades. Utilização de Noções matemáticas para cálculo mental (resolver problemas simples). Conceitos de capacidade, temperatura, massa, tempo e valor. Geometria plana (círculo, quadrado, retângulo e triângulo). Aplicação prática dos conceitos matemáticos.

Ter confianças em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios.

Preservação ambiental

Propor atividades práticas onde as crianças percebam que os materiais podem ser modificados por reações químicas ou de forma natural. O professor deve monitorar todas essas atividades de forma efetiva, sobretudo quando forem feitas experiências com misturas de substâncias, uso de tinturas, etc. Utilizar recursos visuais como fotografias, recortes, vídeos informativos, etc. Realizar projetos explicitando a responsabilidade de todos com o meio ambiente e o impacto da preservação ambiental bem como da destruição ambiental para a sociedade e a saúde das pessoas. Explorar os conteúdos propostos tendo em vista as habilidades de classificação, solução de problemas simples e construção dos conceitos (cheio/vazio, quente/frio/gelado, leve/pesado, agora/depois, rápido/depressa/devagar, caro/barato). Na área da geometria plana, oferecer atividades lúdicas que auxiliem as crianças no processo de construção dos conceitos básicos da geometria. Criar situações e desenvolver estratégias que possibilitem ao aluno a compreensão da utilização prática de conceitos matemáticos, seja por conhecimentos prévios ou pelas experiências aprendidas na escola.

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Resolver situações- problema, formulando questões, levantando hipóteses, organizando dados, testando possibilidades de solução.

Construção de hipóteses para resolução de problemas

Proporcionar atividades e desafios em que as crianças construam coletem dados e informações, e, levantem hipóteses para solução de situações problemas.

Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

Relações entre o número e a quantidade

Propor atividades de contagem e quantificação com uso de objetos diversos (cartas, tampinhas de garrafas, materiais escolares, pedrinhas, etc.).

Antecessor e sucessor

Trabalhar os conceitos de sequência numérica, antecessor e sucessor de forma lúdica, através de brincadeiras e jogos diversos. Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos.

Unidades de medida (peso e altura)

Realizar atividades de medição utilizando recursos disponíveis (trena, fita métrica, balança, copo medidor, etc.). Propor a confecção de gráficos e tabelas simples a partir de pesquisas realizadas pelas crianças. Exemplo: fruta preferida; animal de estimação, etc.

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5 . Considerações Finais

É fundamental que a Educação Infantil seja conduzida de forma responsável e eficiente, sobretudo no que diz respeito aos processos educativos, permeados pela ligação direta entre o educar, o brincar e o cuidar. A compreensão do currículo na rede municipal de ensino de Ribeirão das Neves é fundamental para a percepção das intenções e a materialização das políticas educacionais do município. Vale ressaltar que a Matriz aqui apresentada representa o esforço e participação de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil da rede municipal, uma vez que o documento reflete as discussões realizadas no segundo semestre de 2017 envolvendo a Proposta Curricular da Educação Infantil de Ribeirão das Neves e os encaminhamentos feitos durante a construção da Base Nacional Comum Curricular. Espera‐se que a Matriz Curricular da Educação Infantil contribua para organizar, sistematizar e ordenar o planejamento do trabalho pedagógico nas turmas de Educação Infantil das Unidades Escolares Municipais de Ribeirão das Neves, tendo em vista o desenvolvimento dos campos de experiências aqui propostos em forma de objetivos e conteúdos, e sobretudo, garantindo os direitos de aprendizagens de todas as crianças.

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BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 dez. 2009. Seção 1, p. 18. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil. Perspectivas Atuais: Belo Horizonte, 2010. RIBEIRÃO DAS NEVES. Proposta Curricular da Educação Infantil da rede municipal de Ribeirão das Neves, 2011. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998.

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