UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
CÁSSIA CRISTINA CHIAPETTI LUCAS LUAN DA FONSECA STANQUEVISKI
RELATÓRIO DE EXERCÍCIOS SOBRE CONVERSOR BUCK E BUCK-BOOST
PATO BRANCO 2017
CÁSSIA CRISTINA CHIAPETTI LUCAS LUAN DA FONSECA STANQUEVISKI
RELATÓRIO DE EXERCÍCIOS SOBRE CONVERSOR BUCK E BUCK BOOST
Relatório, apresentado à Disciplina de Conversores Estáticos para Correção de Fator de Potência, do Curso de PósGraduação em Engenharia Elétrica da Coordenação de Pós-Graduação Engenharia Elétrica – PPGEE – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR Câmpus Pato Branco. Prof. Dr. Juliano de Pelegrini Lopes
PATO BRANCO 2017
RESUMO
Palavras-chave:
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5 2. CONVERSORES ESTÁTICOS CC-CC ................................................................ 6 2.1 CONVERSOR BUCK ........................................................................................... 6 3. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 13
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1.
INTRODUÇÃO
A finalidade de um circuito eletrônico de potência é de corresponder às condições de tensão e corrente da carga em função da sua alimentação. Esses circuitos convertem um tipo ou nível de uma forma de onda de tensão ou corrente em outra e por esta razão são conhecidos como conversores (HART, 2012). Os conversores são classificados conforme sua relação entre entrada e saída. Por exemplo, um conversor CA-CC produz uma tensão CC na saída a partir de uma tensão CA na entrada, a potência média é transferida da fonte CA para a carga CC. Os conversores CC-CC são formados por semicondutores de potência operando com interruptores e por elementos passivos, que tem como função controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída. O conversor Buck, também conhecido como conversor abaixador de tensão, é utilizado para converter uma tensão CC em outra tensão CC, em que o valor da tensão de saída será menor comparado ao valor da tensão de entrada. O conversor Buck-Boost é um circuito eletrônico utilizado para converter uma tensão de entrada CC em uma tensão de saída CC. A característica que destaca esse tipo de conversor, é que a tensão de saída pode ser maior ou menor do que a tensão de entrada.
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2.
CONVERSORES ESTÁTICOS CC-CC
Nesse capitulo será realizado equacionamento dos conversores Buck e do conversor Buck-Boost.
2.1 CONVERSOR BUCK
É um conversor CC-CC abaixador, ou seja, converte a tensão de entrada em uma tensão de saída com uma amplitude menor do que a amplitude de entrada. Na Figura 1 é apresentado o esquema do conversor buck.
Figura 1 - Conversor Buck.
Um modo de analisar o funcionamento do conversor buck, é analisar a tensão e a corrente no indutor. É realizado duas etapas para a análise do conversor buck. Na primeira etapa a chave S encontra-se fechada e o circuito equivalente está apresentado na Figura 2.
Figura 2 - Conversor Buck com a chave fechada.
Quando a chave S encontra-se fechada o diodo é polarizado reversamente, não permitindo a passagem de corrente, logo, o diodo se comporta como um circuito
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aberto. O resitor RL e o resistor Ron são a resistência interna do indutor e da chave S respectivamente. Analisando o circuito da Figura 2, nota-se que a corrente Ig é igual a corrente IL. Ig = I L
(1)
Aplicando a lei de Kirchhoff no circuito da Figura 2 encontra-se a tensão no indutor VL e a corrente no capacitor C respectivamente.
VL = Vg - RON*IL - RL*IL - V IC IL
V
(2) (3)
R
Na segunda etapa, a chave S encontra-se aberta e o circuito equivalente é apresentado na Figura 3.
Figura 3 - Conversor Buck com a chave aberta.
Com a chave aberta, o diodo fica polarizado diretamente, permitindo a passagem de corrente, então o diodo comporta-se como um curto-circuito. Nessa etapa a corrente Ig é diferente da corrente IL. Ig IL
(4)
Aplicando a lei de Kirchhoff no circuito da Figura 3 encontra-se a tensão no indutor VL e a corrente no capacitor C respectivamente.
VL = Vd - Rd*IL - RL*IL - V IC IL
V R
(5) (6)
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Após encontrar as equações de tensão no indutor e corrente no capacitor é possível calcular a tensão média do indutor e a corrente média no capacitor utilizando as equações (7) e (8) respectivamente.
VL
1 T
t T
V L( t) d t
(7)
t
IC
1 T
t T
IC( t ) dt
(8)
t
Substituindo as equações (2) e (5) na equação (7), obtém-se o valor médio de tensão no indutor, descrito na equação (9) e substituindo as equações (3) e (6) na equação (8), obtém-se o valor médio de corrente no capacitor descrito na equação (10).
V L
1 T
V R I R I V D T V R I R I V ( 1 D) T g
on L
L L
s
d
d L
L L
(9)
s
s
I C
1 T
s
I
L
V
V D Ts IL R ( 1 D) Ts
(10)
R
Sendo < VL > = 0 e < Ic > = 0, obtém-se as equações (11) e (12) através da razão cíclica. V L
V D R I D R I V ( 1 D) R I ( 1 D) V g
on L
L L
I C
d
I L
d L
V
(11) (12)
R
Como a corrente de entrada da segunda etapa não é igual a corrente no indutor, como mostrado na equação (4), faz-se necessário encontrar uma equação para a corrente de entrada, e para isso é utilizado a forma de onda da corrente de entrada, mostrada na Figura 4.
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Figura 4 - Forma de onda da corrente de entrada.
Calculando a corrente média para a forma de onda da Figura 4, obtém-se a corrente média de entrada mostrada na equação (13). I g
I D g
(13)
Através das equações (11), (12) e (13) obtém-se o circuito equivalente para o conversor buck, mostrado na Figura 5.
Figura 5 - Circuito Equivalente do conversor buck.
Substituindo as fontes dependentes por transformadores, obtém-se o circuito mostrado na Figura 6.
Figura 6 - Circuito buck com transformador.
Referindo ao secundário, obtém-se o circuito mostrado na Figura 7.
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Figura 7 - Circuito Equivalente do conversor buck.
Aplicando a lei de Kirchhoff no circuito da Figura 7, tem-se
0 D V R g
I
on D
I
R
V (1 D) R
LD
d
I
d D
(1 D) R
I
(14)
D
Rearranjando a equação (14), obtém-se:
I D
D V V ( 1 D)
g
D R
on
d
(15)
R R ( 1 D) R L
d
A equação de saída está descrita na equação (16). V
out
R
I
(16)
D
Substituindo a equação (15) na equação (16) e dividindo ambos os lados pela tensão Vg, obtém-se o ganho estático de tensão, que é mostrado na equação (17).
V
V ( 1 D) R D d D Ron R R ( 1 D) R V L d g
(17)
Sabendo que a potência de entrada e a potência de saída são descritas pelas equações (18) e (19) respectivamente. P V I
(18)
I
(19)
in
P
out
g
V
D
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Logo, a eficiência do conversor buck pode ser encontrada através da equação (20).
P
in
P
out
(20)
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3.
RESULTADOS OBTIDOS
Para realizar a simulação do conversor Buck foi adotado os seguintes parâmetros para o mesmo:
Tensão de entrada = 50Vdc Razão cíclica = 0,4 Frequência de comutação = 20kHz Resistência da carga = 20Ω Resistência de comutação do mosfet = 2Ω Tensão direta do diodo = 1,2V Resistência do diodo = 0,5Ω Resistência série do indutor = 0,1Ω
Utilizando dos parâmetros acima e utilizando do software PSIM, foi simulado o circuito da Figura 7.
Utilizando-se do software MatchCad, e através da equação (15), é calculada a corrente no indutor IL como sendo 0,914A. A Figura 8 apresenta o resultado da simulação realizado no software PSIM.
Figura 8 - Corrente no indutor IL.
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Para obtenção das curvas de ganho estático de tensão e eficiência do conversor foram utilizadas as equações (17) e (20) respectivamente e os resultados podem ser vistos nas
REFERÊNCIAS