Mario Moçambique

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Moçambique

 Espécie

O

em extinção

Celacanto

Introdução 

Os celacantos são peixes muito especiais e, quando foram descobertos, foram considerados fósseis vivos. A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes



O Celacanto era considerado extinto até que o primeiro espécimen vivo foi encontrado na costa leste da África do Sul, em 25 de Dezembro de 1938. Nesta época, já se conheciam cerca de 120 espécies de Coelacanthiformes que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes se encontravam extintos desde o período Cretáceo



Actualmente, já se conhecem populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto



Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.

CELACANTO – LATIMERIA CHALUMNAE 

O CASO DOS “FÓSSEIS VIVOS”

    



        Em 23 de Dezembro de 1938 foi descarregado no porto de East London, na África do Sul, um espécime de peixe logo identificado pelo ictiólogo Sul-Africano J. L. B. Smith como um celacanto que ainda estava vivendo em nossos dias, e que logo recebeu a denominação de Latimeria chalumnae, em homenagem à curadora do Museu da cidade, a Senhora Marjorie Courtenay-Latimer. O celacanto até então era considerado um peixe que havia sido extinto no período Cretáceo Superior, há cerca de 60 a 80 milhões de anos, e sua descoberta foi considerada a melhor “história de pescador” desses últimos milhões de anos... Na realidade, a verdadeira “história de pescador” foi a suposta história evolutiva do celacanto, que era considerado até então como um elo indiscutível na transformação de peixes a répteis!

 Feto

de um celacanto fêmea. Moçambique. 1991.



Expedições se formaram e percorreram o mundo inteiro à procura do celacanto, sendo até oferecido um prémio de £100. O Professor Smith distribuiu panfletos em locais onde havia probabilidade da existência do celacanto, com a ajuda do Capitão Eric Hunt



Em 1.997, Arnaz Erdmann em sua viagem de lua-de-mel viu o celacanto na Sulawesi, de cor marrom, chamado pelos indonésios de rajah laut. Recebendo o nome científico de Latimeria menadoensis



Os celacantos, da espécie Latimeria chalumnae são encontrados em Comoros, e St. Lucia Marine Protected Area, na África do Sul,e os da espécie Latimeria menadoensis em Sulawesi, Indonesia. O que as diferencia é a cor. Fósseis de antigos celacantos podem ser encontrados em todo o mundo, com exceção da Antartica.



Existem registos fósseis de celacantos com cerca de 350 milhões de anos, pelo que são considerados fósseis vivos. Quando em 1987, a bordo de um submersível, cientistas viram pela primeira vez celacantos vivos e a nadar, compararam a experiência à de se avistar um dinossauro vivo, a caminhar no meio de uma floresta!



São predadores nocturnos e poderosos, que se alimentam de peixes e cefalópodes. São ovovivíparos e estima-se que tenham um período de gestação de três anos - o mais longo de todos os vertebrados. As fêmeas dão à luz entre 5 a 29 juvenis de cada vez. Podem crescer até 2 metros, pesando quase 100 kg e viver, pelo menos, 10 anos.



Apesar de terem sobrevivido às mudanças que ocorreram na Terra ao longo de muitos milhões de anos, os celacantos parecem estar ameaçados por uma "alteração" com menos de um milhão de anos - o homem moderno. De facto, estão ameaçados de extinção, devido ao crescente número de capturas acidentais (?) de que são vítimas.

 Elaborado

por:  Mario Monteiro  Mauro Marinho

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