Aula 9 - Teníase.docx

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Teníase 

Comum nas regiões do oeste catarinense. É transmitido através da carne do porco (T. solium) e da carne bovina (T. saginata).



Existe a tênia solium e a tênia saginata.

Escólex 

T. saginata  escólex com rostelos sem ganchos. Quadrangular. Sem rostro.



T. solium  escólex com rostelos com ganchos. Globoso. Com rostro



Escólex é cabeça. Dividido em cabeça ou pescoço, segmentos e anéis proglotes.

Proglotes 

A T. solium tem cerca de 800-1000 proglotes  3 metros de comprimento.



A T. saginata é com mais de 1000 proglotes  8 metros de comprimento.



Na T. solium é ramificada, tendo até 12 ramificações uterinas tipo dendríticas.



Na T. saginata existem até 24 ramificações uterinas do tipo dicotômico.



É através do numero de ramificações que podemos distinguir a T. solium da T. saginata. Os ovos são idênticos.



O parasito libera proglotes nas fezes.

Cisticercos 

Apresenta acúleos no cisticerco  T. solium



Não apresenta acúleos  T. saginata.



Vesícula opaca contendo liquido transparente (poder de genicidade) com colo e escólex invaginados.



Quando ingerido pelo homem acontece a desenvaginação (pelo suco gástrico) do escólex, no intestino delgado.



Se eu ingerir o ovo, eu fico com cisticercose (meu organismo vai transformar o ovo em larva). Se eu ingerir a larva eu terei teníase (a larva vai se transformar em verme adulto).



Quando o ovo vira larva dentro do corpo essa larva não vai virar verme adulto, e essa larva fica na corrente sanguínea.



Cirticerccus cellulosae (T. solium). Cisticerccus bovis (T. saginata).

Ovos 

Ovo com embrióforo (casca proterora)



Embrião hexacanto ou oncosfera (contem 6 acúleos).



Açules = ganchos.



Possui uma coroa radiada, forma de roda de bicicleta.

Biologia do parasito 

A nutrição ocorre através do tegumento do parasito.



Carboidratos, lipídeos, proteínas e vitaminas entram por difusão simples.



Sempre a pessoa tem uma tênia só.

Transmissão 

Teníase: ingestão de carne bovina (T. saginata) ou suína (T. solium) crua ou mal cozida contendo cisticercos.



Auto-infecção externa: ocorre em portadores de T. solium eliminam proglotes e ovos de sua própria tênia, levando à boca pelas mãos ovos e proglotes contaminados.



Auto-infecção interna: ocorre durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino, que possibilita a presença de proglotes grávidas ou ovos de T. solium no estomago, por ação do suco gástrico tem-se à ativação das oncosferas que voltariam ao intestino delgado, desenvolvendo o ciclo auto-infectante.



Heteroinfecção: ocorre quando os humanos ingerem alimentos ou água contaminados com os ovos da T. solium disseminados no ambiente através das dejeções de outro paciente.



A T. saginata não causa cisticercose, apenas teníase.

Ciclo biológico 

Ao comer carne crua ou mal passada de porco ou boi eu ingiro os cisticercos.



Esses cisticercos vão até o estomago, onde por ação do suco gástrico ele desinvagina o espólex.



Esse espólex migra para o intestino delgado, onde haverá o desenvolvimento da tênia.



O homem contaminado libera ovos e proglotes nas fezes. O porco que meche nas fezes se contamina.



O porco ingere os ovos que se transformam em embrião hexacanto (oncosfera).



O embrião hexacanto vira cisticerco que se ingeridos causará teníase.



80% das manifestações dará no sistema nervoso e o restante nos olhos e músculos.

Imunidade em relação ao cisticerco 

Presença de LB e LT, eosinófilo no sangue e no líquor.



Os antígenos (paramiosina) dos cisticercos induz a presença de IgM e IgG.



Desenvolvimento de mecanismos de escape pelo cisticerco que inibem a ação da via clássica e alternativa do sistema complemento.

Sintoma da teníase 

Permanência do parasito no hospedeiro pode causar fenômenos tóxicos alérgicos como: inflamação, hemorragia, destruição do epitélio e hipersecreção de muco.



Requerimento da suplementação nutricional.



Dor abdominal, tonturas, astenias, náuseas, vomito, anorexia, apetite excessivo, alargamento do abdome e obstrução intestinal.

Sintomas da cisticercose 

A maioria é assintomática (depende do numero e local de implantação do cisticercos e da resposta imune);



Neurocisticercose: náuseas, vômitos, cefaléia, convulsão, encefalite, meningite, epilepsia, hidrocefalia, hipertensão craniana, sinais neurológicos focais e distúrbios psiquiátricos.



Os cisticercos parenquimatosos podem ser responsáveis por processo compressivo, irritativos, vasculares e obstrutivos.



As conseqüências da cisticercose ocular são: reações inflamatórias exsudativos que promoverão opacificação do humor vítreo, posteriores da íris, uveítes ou até pantoftalmias.



Essas alterações dependendo da extensão promovem a perda parcial ou total da visão e as vezes até desorganização intra-ocular e perda do olho.



O parasito não atinge o cristalino, mas pode levar a sua opacificação (catarata).

Diagnóstico - Teníase 

Pesquisa de ovos nas fezes  exame direto, métodos de concentração ou fita gomada (swab anal).



Pesquisa de proglotes  tamisação – clarificação com ácido acético.



Observação da eliminação de proglotes  T. saginata é ativa e da T. solium é passiva.

Diagnóstico - Cisticercose 

Imagem – RX, TC e RNM



Imunológico – Elisa, Westerns bot, fixação de complemento.



Para a detecção de coproantígenos desenvolvidas com base em anticorpos de T. solium e T. saginata, têm demonstrado serem específicos.



Molecular – líquor  PCR

Diagnóstico por imagem 

A tomografia axial computadorizada (TAC) permite visualizar a dilatação ventricular e determinar o estágio dos cistos. É um recurso válido para diagnóstico da neurocisticercose calcificada.



É melhor usá-la conjuntamente com alguma prova sorológica.



A RM permite visualizar o escólex e a inflamação perivascular.



PCR para o diagnóstico da teníase e da cisticercose humana são gene cox1 do acido desoxirribose (DNA) mitocondrial (subunidade 1 do citocromo).

Tratamento 

Teníase: niclosamida ou praziquantel + leite de magnésio. Facilita a eliminação do parasito inteiro e evitando a auto-infecção.



A niclosamida atua no sistema nervoso do parasito, levando a imobilização da mesma, facilitando a sua eliminação das fexes.



O praziquantes atua aumentando a permeabilidade da membrana de cálcio, o que causa contrações e paralisia da musculatura dos parasitos.



Neurocisticercose: albendazol. Para calcificar o cisticerco + albendazol. Remoção cirúrgica só em casos extremos.

Profilaxia 

Saneamento, educação sanitária.



Melhoria das condições sócio-econômicas.



Assistência aos manipuladores de alimentos.



Filtração/ fervura da água.



Criação do gado e suíno em condições adequadas. Controle dos matadouros.

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