Analise Das Demonstrações Contabes.pdf

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  • Words: 5,521
  • Pages: 32
Professor conteudista: Antonio Salvador Morante

.

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A~.alis• das Demonstra~6es ,Contqbeis , Unidade 1...

1 · DEMONSTRA~OES CONTABEIS BAsiCA$ ................:;.............................;.... ;~.....·....................................... 5

.1.1 Balarc;o patrimoriaJ.......................i .......................,................:.................................................,......... 5 1.2. Demonstrac;aodo resultado do exercicio.:.................................................................................. 10 1.3 Demonstrac;ao das origens e aplicac;oes de recursos.....·.................,......:.... ~ .......................... 13 A

·1.3.1' Or'igens de recursos .....;...;...;~............:...:..........;;·...:.................;....:...........................:................................ 13 1.3".2 Ap,.1ca~oes . - de recursos . . _................... 14 ..............................:................:;...;:....;.................·............'................ .. ·'

.1.4 Demonstrac;ao das mutac;oes patrimoniais .......... :: .........................;..............:.....................,.... 19

2 ANAUSES HORIZONTAL EVERTICAL....................................................................................................... 21 2.1 Analise •horizontal ......................................................:..........,..........~.................................................... 2.1 . ·r . . . 2.2 Ana 1se vert1cal ...:..........,.........:................:.....................................................................................;...... 26 · Unidade II 3 INDICADORES ECONOMICO: HNANCEIROS:..............................................................:.......................... 29 . . 3.1,,indices'como indicadores ................................................................................................................ 29 r~ • • • • ·: . . -~",. h., ;\ ,_ : _. ,' 3.2'1nd1ces de l1qu1dez ...........................~ ...................................,...............................,,.........,...............,.... :·.34 ><.

~

3.2.1·'• Liquidez geral ...,..........;..............:.t ..:;....:.........................................................,...................................... :. 34 3.2.2. Uquidez cor rente ......;...........:;..........:....::.........;..,.......~..........;.....·:....;...........,......................... :.............,. J5 3:2.3 Liq uidez seca ......................................!:...:.................................:·~....;.........::....L.. .........~..............:;..........:. 35 .3.2.4' uidez i r:ned iata .............. ~..;,:....;.;:................·........................................................................~;...;·;..........,. 36 1

liq

3.3 lndicesde atividade- prazos medios ..........................................;..............................................:37 · 3.3.1 Prazo medio de renova\ao de estoques ....................................................:.... ~.........................:.·:. 37

3.3.2 Prazo medio de recebimento das vendas .................................................................................... 38 ·3.3.3 Prazo ~edio'de pagamento de compras<;~;..::................................................................................ 3~ 3.4 Estrutura~ao de capita is .......................................................:..:;.................................................,,..... 39 3.14.1.Participa~~o ·de ..ca.pitais>deterceiros ........................:.................................:...........................;....... 40 3.4.2.Com posi~ao do endividamento ~........................................................................:.:....,....................::: 40 ·' 3.4.3 lmobiliza~ao do patrimonio 1iquido·.......................................................~ ........,.~ .....................,.....,. 41 · :< 3.4.41mobiliza~aodos recursos nao correntes .......,.,.............:.....................................:-......................:4?

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·3.5Rentabilidade .....................:..........:....':.............::.....:.............;·:.....! ......................................................... 42 ' ·• 3.5.1 ·Giro do~at~vc>. .................................................,...........................................;....,..........::., .....;..;,..............;·,•. 43 3.5.2 Margem liqu·ida·.......... ,..........:..........;.....................:...................,............................... ............................:·:: 43 3.5.3 . Rentabilidad~ do ativo .........................:........................:-:;··:··:...;....:.................................;..........:::.;... 44 3.5.4 Rentabilidade do .patrimonio liquido....................,.........:·......,.......... AS m

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .: . . . . . .

3.6'0utros irt9ices·importantes .....................:.............................................~ ..:......................................,. 45 3.6.1. Obsolescencia do imobillzado.................................................:............................;.............:............... 46 \ · 3:6.~ Evol~~ao ~ominal das vendas .........:...........:..............:;:.•.::....:,,.............£:....................:................... 46 3.6.3 Marg~m (BITDA................,..~....................................................................................:•:......................,.. :;;;. 46

3,6.4 Cobertura.de dividas (em rpeses) .........................,,......,.....:....;...........,.............................................. 46

· ' 3:7 Considera\oes sobre os indices .....,......,.................,.. ,~, ..............................................................;...47 4 ANALISE oO'cAPITAL DE.GIRO.;......,....:..................~..........................,.....................,,..,........;.......~ ........::. 4s ,I 4.1 Por.que a necessidade de capital de giro? .........:...........~:..............,...................... ~ .................::: 51 4.1.1 Muta<;oes no nfvel de opera<;oes ...................................:............::..........:....................,....'.........:...... 51 ; 4.1.2 Mudan<;as na polftica financeira ..........:;;...........:..................:.......................................................... 52 ·~ 4.1.3 Muta<;oes na tecnologia ...................................................................................................~.................. 52

4.2 Como decidir a necessidade? ..........:............................................................................-;.................. 52 ~ 4.2.1 As decisaes sao fomadas "na'. margem" ............... ~........:.................:.............................................. s2 4.2.2 lgualdade entre custo marginal :e' receitamarginar.,;...............,.,..........::.........':!,""":............... 5,3 4.2.3 0 papel da incerteza ou do risco ....,................................................................................................. 53 >;',,

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4.3 Como med1r e calcular a necessldade ............,...........,..........,,.....,............................................... 53 4.3.1 Heposi<;ao dos estoque.~ venqid~s.......... ~ ................: .......................................;...............:............... 5~ 4.3.2 Acompanhamento da taxa d~ inflac;ao nas vendas a prazo ................................,.....::......... 54 4.3.3 Recupera<;ao de disponibHidades exce~ivas (nomentaneas..~ .......:....L..........,...........;......... 54

4.4 Como estabelecer.o capital social inicjal ............,....:,:................................................................ 60 5 PLANILHA PRO POSTA PARA ANALISE DAS DEMONSTRA~OES FINANCEIRAS........................ 64 · 6 EXEReiCIOS'DE ASSIMI.LA\)\0 ................................................................................................................... 69 '->!

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ANALISE DAS DEMONSTRA~OES CONTABEIS

DEMONSTRA<:OES CONTABEIS BASICAS

Conceitos iniciais In icia remos nossas considera\6es a respeito deste tema lembrando restri\6es que se fazem, num pais como o nosso, as publica\6es das demonstra~oes contabeis; se ha duvidas, se apresentam informa\6es incompletas au se as dados expressos sao incorretos ou ate falsos. Consideramos ate certo ponto irrelevantes essas preocupa\6es, se o escopo do estudo for o aprendizado. Se ele ocorrer dentro do contexto da administra\ao contabil que comanda as institui\6es, qualquer irregularidade sera perceptive I ao analista. Um bam analista tem a capacidade de observa r seas dados nao sao confiaveis, bastando para tal que aprofunde seu estudo sabre a empresa. De acordo como que se deseja analisar, o estudioso podera utilizar-se de ferramentas diferenciadas e desistir au nao de sua tarefa. Considerando superado esse problema, vamos encontrar na literatura especializada algumas denomina\6es pr6prias da analise das demonstra\6es contabeis, ora tratando-a como "analise de balan\os", ora entendendo-a como "analise financeira" e, em outras ocasioes, como "analise econ6micofinanceira': Abordaremos o aspecto mais contabil da questao, e assim trataremos do assunto como analise das demonstra\6es contabeis, prevalecendo duas das principais demonstra\6es

---------·

Unidade I como componentes do termo, ou seja, o balan~o patrimonial e a demonstra~ao do resultado do exerdcio. Para os analistas e estudiosos do assunto, a analise das demonstra~oes contabeis podera acontecer sob varios panoramas e objetivos: a) para concessao de credito mercantil; b) para concessao de emprestimo bancario; c) para concessao de financiamentos a Iongo prazo; d) para assegurar-se de um novo emprego; e) para fiscaliza~ao tributaria; f) para propiciar informa\6es que conduzam a uma melhor · gestao financeira.

I Nosso panorama e objetivo se centrarao no aprendizado futuro que deve ter um administrador financeiro, abrangendo, portanto, todas as preocupa\6es citadas. A pratica tem demonstrado que a analise das demonstra~oes contabeis cor)tribui decisivamente para a percep\ao dos problemas financeiros, ma-gestao empresarial e que as empresas acostumadas a seu exerdcio tem se mostrado mais seguras, evitando perdas com clientes ate entao considerados excelentes.

3!?

Um dos segmentos que mais utilizam a analise das demonstra\6es contabeis eo da concessao e libera~ao de credito, quer do mercantil, quer do bancario. lnterpretando varios autores, nacionais e estrangeiros, relacionaremos as evidencias que justificam o trabalho e a seguran~a que traz a analise das demonstra~oes contabeis, de modo geral, ao mundo dos neg6cios:

ANALISE DAS DEMONSTRA~OES CONTlBEIS a) e util para a tomada de decis6es racionais par parte de credores e investidores; b) seu grande objetivo e estudar o desempenho econ6micofinanceiro em periodos passados, para diagnosticar e t ra~ar tendencias futuras; c) e util para tomadas de decis6es continuas; d) deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limita~6es;

e) de um lado, apresenta mais problemas que solu~6es; de outro, pode transformar-se em poderoso painel de controle da administra~ao contabil; f) analisar as demonstra~6es contabeis e uma arte, porque, partindo de alguns calculos, o analista deve caminhar para um diagn6stico que para varios usuarios pode ter interpreta~6es diferentes. Todos os estudiosos que pesquisamos entendem que a analise das demonstra~6es contabeis deve ser levada a conclusao, como se estivessemos subindo os degraus de uma escada. Cada ponto examinado e uma parcela do estudo, e nenhum fato isolado pode constituir-se, a principia, como o definitivo ao julgamento final. Estamos diante de uma sequencia de interpreta~6es, e convem que tenhamos estabelecido sempre a melhor sequencia. As limita~6es apontadas tambem nos causam preocupa~6es, dai a necessidade de maior independencia entre a contabilidade que visa aos diferentes usuarios e aquela com finalidades fiscais, como preceitua o Artigo 177 da Lei das Sociedades par A~6es (Lei no 6.404 de 15.12.76) quando trata da escritura~ao contabil e sua obediencia a legisla~ao e aos principios contabeis geralmente aceitos. ~~

Unidade I Nao podemos esquecer que, no aspecto cientifico, a contabilidade tem ainda dificuldades de mensurar com seguran~a o patrim6nio das empresas, entre outras limita~6es. A legisla~ao fiscal e tributaria no pais conflita com os principios contabeis, fazendo com que as demonstra~6es contabeis apresentem dados eivados de natureza arrecadadoradai a esperan~a dos estudiosos com a amplia~ao de informa~6es e outras demonstra~6es na Lei das Sociedades An6nimas. Ha . 1imita~6es tecnicas, pr6prias do profissional que 1ra trabalhar com a analise; interpreta-la com seguran~a e conhecimento tecnico e um fato que as empresas devem ter como significative, quando tiverem de ser amparadas para decis6es mais dificeis. Os procedimentos lniCials e preparat6rios para que seJa elaborada uma boa analise das demonstra~6es contabeis seguem as seguintes instru~6es: a) preparar uma analise inicial, objetivando familiariza~ao com as informa~6es da empresa; b) identificar, se possivel, alguma evidencia de inconsistencia nos dados; c) localizar alguma publica~ao de empresa concorrente; se possivel, mais de uma; d) localizar o c6digo nacional da atividade economica e buscar na parceria FIESP-Serasa a pagina de indicadores econ6mico-financeiros do setor; e) padronizar as demonstra~6es contabeis; f) analisar os principais indices; g) interpretar e sugerir solu~6es.

--~------

ANALISE DAS DEMONSTRA~OES CONTABEIS 1 DEMONSTRA<:OES CONTABEIS BASICAS

1.1 Balan~o patrimonial patrimonial e a representa~ao monetaria, em determinado momenta, do conjunto de bens, direitos, obriga~oes e valor patrimonial dos donos ou acionistas de uma entidade. Balan~o

Permite identificar, nesse momenta, o total dos ativos (aplica~oes de recursos) possuidos pela entidade, bem como o

total do passivo (origens de recursos) que financiam aqueles ativos. Os recu rsos representados pelos passivos pod em originar-se de terceiros, e a eles denominamos passivos exigiveis; ou sao pr6prios, e a eles denominamos patrim6nio liquido, ja que sao passivos nao exigiveis. A Lei no 6.404/76, em seu Artigo 178, determinou que o patrimon ial fosse disposto da seguinte forma:

balan~o

Ativo Ci rculante Realizavel a Iongo prazo Permanente, subdividindo-o em: • investimentos; • imobilizado; • diferido.

Passivo Circulante Exigivel a Iongo prazo Resultados de exercicios futuros

Unidade I Patrimonio liquido, subdividindo-o em: • capital social; • reservas de capital; • reservas de

reavalia~ao;

• reservas de Iueras; • Iueras au prejuizos acumulados. Ao ativo, a legisla~ao determinou que as contas fossem organizadas em ordem decrescente de liquidez, au seja, a medida que as contas forem relacionadas, sua realiza~ao e mais remota. Ao passivo, a legisla~ao determinou, no tocante aos grupos exigiveis, que as contas fossem ordenadas em ordem de exigibilidade, au seja, primeiro classificam-se as contas de menor prazo de vencimento. No ativo, a diferencia~ao entre suas contas e determinada pelo Artigo 179 da Lei no 6.404/76, quando estabelece: • no circulante, as disponibilidades, as direitos realizaveis e as aplica\6es em despesas do exercicio seguinte, sempre que a realiza~ao dessas contas ocorra no proximo exercicio social; • no realizavel a Iongo prazo, as direitos realizaveis, assim como aqueles originarios de transa~oes com sociedades coligadas e controladas, diretores, acionistas, sempre que a realiza~ao dessas contas ocorrer a partir do exercicio social seguinte; • no permanente: - as participa~oes em a\6es au cotas de empresas com caracteristicas de permanente no tocante ao interesse de investimentos, bem como outros direitos nao classificaveis no ativo circulante que nao se destinem a manuten~ao da

ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTABEIS atividade da empresa, subagrupando-os sob o titulo de investimentos; - os direitos que objetivem amanutenc;ao das atividades da empresa, subagrupando-os como titulo de imobilizado; - e as aplicac;oes de recursos em despesas que contribuirao para o resultado de mais um exercicio social, incluindo atividades pre-operacionais subagrupadas com o titulo de diferido. A mesma legislac;ao permite que, se o ciclo operacional da empresa ultrapassar o periodo de um exercicio social, a classificac;ao do ativo circulante ou realizavel a Iongo prazo leve em considerac;ao a durac;ao desse ciclo. No passivo, a diferenciac;ao entre suas contas e determinada pelos Artigos 180, 181 e 182 da Lei no 6.404/76, quando estabelece: • no circulante, todas as obrigac;oes que tiverem vencimento a partir do exercicio social seguinte; • no passivo exigivel a Iongo prazo, todas as obrigac;oes que tiverem vencimento a partir do exercicio social seguinte, acatando-se tambem o criteria de diferenciac;ao se o ciclo operacional for diferente de um exercicio social; • nos resultados de exercicios futuros, estarao evidenciadas as contas representativas de receitas de futura realizac;ao, diminuidas dos custos e despesas necesschias e a elas referentes; • no patrimonio liquido, o capital social, as reservas destinadas ao acrescimo desse capital, as reservas de reavaliac;ao dos ativos, as reservas provenientes de apropriac;ao dos lucros, os Iueras ou prejuizos acumulados e tambem reduzindo-o a eventual posse de ac;oes em tesouraria que a empresa venha a ter em determinado momenta.

--

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___ _ _ ____ _

Unidade I 0 balan~o patrimonial e demonstra\aO fundamental para a gestao financeira, pais identifica a posi\ao economicofinanceira das empresas. Os indices que possibilita formar sao esclarecedores da liquidez e da estrutura patrimonial, indicando como aquelas estao estruturadas num periodo de tempo.

A seguir, e apresentado 0 balan\O patrimonial de uma empresa real dentro do que preconiza a Lei das S.A., com a simplifica\ao aceitavel par esta: Balanr;o patrimonial - Industria hipotetica Circulante Caixas e ban cos 1\plica\cl~

12.781

financeiras ..

Contas a receber

61.428

EStoques.

68.o97

ln;posto§a recuperar

9.373 .

lrriposto de renda e contribui\iiO social diferidos ·

4.155

""

Dividendos propostos a receber

863

Demais &ntas a receber

514 !

Despesas do exercicio seguinte

,:-·

Realizavel a Iongo prazo Impasto de renda e contribui\aO social diferidos Impastos a recuperar Depositos judicia is Demais cootas a receber Pe'rmanente lnvestimentos: Sociedades conttoladas e coligadas

1.090.791

l9;090¥

Outros lmobilizado

185.650

Dife"rido

Total

ANALISE DAS DEMONSTU~OES CONTABEIS Balan~o

patrimon ial - Industria hipotetica

Circulante

~ -·'

. !'i '



Fornecedores'·, ·

~. Obriga~oes

tributarias

' Dividendos pfbpostos a pag~r lmpostos de f$:!nda e contrit)yi~ao social diferidos '

241

··Demais contas a pagar ~;

- ,:>::

.

:-':,::·.::;;;

::-

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Exigivel a Iongo praio Finaneiamentos Sociedades relacionadas lmpostos de renda e contribui~ao social .Ldiferidos Outros impostos e contribui~6es t

-

i

#;. Demais contas a pagar

"Patrimonio liquido 'rapital social Reservas de

reavalia~ao

Reservas. de lucros _, ·

,_

510.823 . 2.414 716.924 1.230.161 1.522.122

Mesmo com a obrigatoriedade de publicac;ao, pela Lei das S.A., dos saldos simultaneos de dais exercicios sociais, 0 balanc;o patrimonial e por demais estatico e nao comparavel em capacidade de poder aquisitivo, motivo pelo qual e complementado por outras demonstrac;oes contabeis que lhe dao suporte esclarecedor. Entre essas, destacam-se as notas explicativas, cujo objetivo e

- - - -- -

-------

I

Unidade I evidenciar situa~6es, pos1c1onar analiticamente certas contas e esclarecer determinados eventos. As notas explicativas tem certa abrangencia tambem sabre as demais demonstra~6es contabeis, uma vez que o sentido de sua publica~ao eo de complementa-las mediante informa~6es fundamentais ao esclarecimento.completo aos usuaries.

Ha

notas explicativas obrigat6rias e outras opcionais. Quanta mais transparente for a empresa, em especial aquelas que tem suas a~6es negociadas na balsa de valores, mais notas explicativas comporao sua publica~ao. Mais esclarecedoras serao essas notas e facilitarao o plena entendimento par parte dos analistas e usuaries. 1 .2 Demonstra~ao do resultado do exercicio Feita de forma dedutiva, a demonstra~ao do resultado do exercfcio objetiva evidenciar de forma resumida as opera~6es da empresa no exercfcio, iniciando-se pelas. receitas que, deduzidas dos tributes a elas referentes, dos custos e das despesas, sejam operacionais ou nao operacionais, traduzindo ao seu final o resultado liquido. 0 resultado liquido, o Iuera ou prejuizo, contem, em seu bojo, a obediencia a dais principios contabeis: o da realiza~ao e o da competencia dos exercicios, uma vez que congrega a diferen~a entre as receitas auferidas no exercicio e os custos e despesas incorridos para sua obten~ao. Em decorrencia da utiliza~ao dos princfpios contabeis citados, a demonstra~ao do resultado reune, numa s6 pe~a. eventos que tiveram efetiva realiza~ao financeira com outros que nao implicaram qualquer entrada ou saida de numerario, como as deprecia~6es e o resultado da equivalencia

ANALISE DAS DEMONSTU~OES CONTABEIS patrimonial aplicado as empresas controladas e coligadas, quando se tratar de grupos econ6micos. Sua utilidade para informac;oes a outras demonstrac;oes, aliada a sua contribuic;ao a gestao fihanceira, compreende tambem a determinac;ao de diversas terminologias, antes da nova legislac;ao, um tanto conflitantes, como: • receita bruta; • receita liquida; • custo das mercadorias, pradutos ou servic;os vendidos; • Iuera bruto; • despesas operacionais; • Iuera e prejuizo operacional; • Iuera e prejuizo liquido. Embora nao haja na lei a conceituac;ao dessas terminologias, no instante em que aparecem na demonstrac;ao, nos dao uma clara visao do seu significado e de sua abrangencia, sepultando antigas interpretac;oes. A demonstrac;ao do resultado do exercicio e basica para a analise da rentabilidade das empresas, e para a analise das demonstrac;oes contabeis, oferece informac;oes de tendencias, dispendio de custos e despesas e obtenc;ao de recursos pela atividade dos neg6cios. 0 quadro a seguir traz a demonstrac;ao do resultado do exercicio para a mesma empresa hipotetica segundo o que formula a Lei das S.A.

Unidade I Demonstra¢es do resultado do exercicio findos em 31.12 Re~ita

bruta das vendas e dos servi~s

'

·Impastos sobr$ vendas e os servi~os DevoiU\Oes e abatimentos Receita liquida das vendas e dos

servi~s

Custo'dos produtos vendidos e dos servi\os prestados lucro bruto ·Resultado de participa~· societarias Equivalencia patrimonial <

Receitas (despesas) operacionais -~<

!

Com vendas e comerciais Gerais e administrativas Ho(~rios

da administra\aO' ·

Deprecia\6es e amortiza~6es Outra~ receitas Qperacio~aj~, liquidas

lucn;·operacional a·ntes ~o

c>

resultad~

Financeiro Resultado firi'ahcdro; liquido CPMF/IOF/outros encargos sabre resultado financeiro lucro operacional Rece.itas (despesas) nao operacionais liquidas ' ">-

lucro antes da' contribui~o social e do imposto de renda Co~tribu i~ao

social e impasto de renda '

Corrente Diferido

lucro liquido do exercicio lucro Hq uido PQr a~ao no fim do exer:cicio - R$ ' ',

4!»~-------------------------------------------------

ANALISE DAS DEMONSTU(OES CONTABEIS Embora nao seja objetivo deste trabalho, convem ressaltar que a Lei cometeu alguns enganos do ponto de vista de classificac;ao. Apenas para exemplificar, podemos indicar que o resultado da equivah~ncia patrimonial deve ser considerado como operacional, alias, como esta na publicac;ao que acabamos de reproduzir. As receitas financeiras (que sao operacionais) nao poderiam ter a opc;ao de ser apresentadas pelo liquido em cotejo com as despesas financeiras (que nao sao operacionais). 1 .3 Demonstra~ao das origens e aplica~oes de recursos

0 objetivo fundamental desta demonstrac;ao e 0 de ressaltar, para um dado periodo de tempo, as principais aplicac;oes de financiamentos e investimentos utilizadas para tal finalidade, evidenciando as modificac;oes na posic;ao financeira. As modificac;oes na posic;ao financeira sao representadas pelas variac;oes do capital circulante liquido, como consequencia do confronto entre as aplicac;oes realizadas e as fontes dos recu rsos uti lizadas.

E uma publicac;ao obrigat6ria pela Lei no 6.404/76 e representa uma importante fonte de informac;oes sabre politicas de investimentos e financiamentos da empresa, pais alguns de seus dados nao se destacam no balanc;o patrimonial e na demonstrac;ao do resultado. A seguir, detalharemos a composic;ao basica das origens e das aplicac;oes de recursos que normalmente compoem a demonstrac;ao especifica. 1.3.1 Origens de recursos

Sao localizadas nos aumentos do capital circulante liquido e provem:

'

Unidade I a) das opera~oes: resultantes do Iuera do exercicio, acrescido da deprecia~ao, amortiza~ao ou exaustao e ajustado pela varia\aO nos resultados de exercicios futuros. Se houver prejuizo, estaremos diante de uma aplica\ao de recursos, ou uma origem negativa de recursos. As participa~oes no resultado de controladas deverao ser somadas ou subtraidas, pais nao representam entradas ou saidas de dinheiro; b) dos acionistas: pelos aumentos de capital integralizados e contribui\oes para reservas de · capital, desde que aumentem o capital circulante liquido; c) de terceiros : originarios do aumento do passivo exigivel a Iongo prazo, da redu~ao do ativo realizavel a Iongo prazo e da aliena\ao de investimentos e direitos do ativo imobilizado. 1.3.2

Aplica~oes

de recursos

Sao localizadas nas diminui\oes do capital circulante liquid a e representadas por: a) aplica~oes permanentes: aquisi\oes de bens do ativo imobilizado, aquisi~ao de investimentos permanentes em outras sociedades e aplica\oes de recursos no ativo diferido; b) pagamento de emprestimos a Iongo prazo: como o meio de quita\aO sera o ativo circulante, este se diminui ao faze-lo. As tra nsferencias por classifica~ao dos emprestimos de Iongo para curta prazo tambem sao aplica~oes de recursos; c) remunera~ao dos acionistas: pela distribui~ao dos dividendos ou pagamento de juros sabre o capital proprio.

ANALISE DAS DEMONSTRA~OES CONTiBEIS A demonstra~ao das origens e contribui para:

aplica~oes

de recursos

• conhecimento da politica de inversoes permanentes da empresa e fontes dos recursos correspondentes; •

constata~ao

dos recursos gerados pelas obriga~oes pr6prias, ou seja, o Iuera do exercicio ajustado pelos itens que o integram, mas nao afetam o capital circulante liquido;



verifica~ao



constata~ao

de como foram aplicados os recursos obtidos com os novas emprestimos de Iongo prazo; de se e como a empresa esta mantendo, reduzindo ou aumentando o seu capital circulante liquido;

• verifica~ao da compatibilidade entre os dividendos e a posi~ao financeira da empresa.

E de vital importancia ao analista das demonstra~oes contabeis, em especial quando concede credito ou emprestimos, conhecer, atraves de notas explicativas, as evidencias especificas contidas na demonstrac;ao de origens e aplica~oes de recursos. Podera, com elas, elucidar situac;oes que indices do balan~o patrimonial identificaram, mas nao conseguiram esclarecer.

E, portanto, uma demonstra~ao que permite as interpreta~oes identificadas na

movimenta~ao

dos recursos.

Lamenta-se o fato de algumas empresas se restringirem as evidencias obrigat6rias pela legisla~ao, impedindo, assim, maior detalhamento na composic;ao das origens e aplica~oes constantes da demonstra~ao . A seguir, um exemplo hipotetico dentro do que nos indica a legislac;ao:

Unidade I Demonstra~ao

das origens e aplica~oes de recursos

Origens de recursos Oas. oper~~s soci~i~=

'· Lucro liquido do exercicio · Mais (+) ou menos (-c) itens que n3o afetam o capital circulante liquido: Deprecia\~O e amortiza¢es K Creditos de PIS e COFINS sobre deprecia\30

Equivale11cia patrimonial Juros e varia\oes monetarias e cambia is de Iongo prazo, liquidos • ~ Impasto de renda e contribui\30 social : diferidos

Outros impastos e contribui¢es de Iongo prazo Valor residual do ativo per']ianente baixado ' Reversao de provisao para $erdas provaveis no ativo permanente De terceiros Aumento do exigivel a Iongo prazo Fina"nciamentos de Iongo prazo Dividendos a receber e recebidos

Aplica~ao

de recursos

No ativo permanente: lnvestimentos lmobilizado ·>Diferido ·

Dividendos propostos e distribuidos .~·. Emprestimos ~ ()Utros itens exigiveis a Iongo.

prazo trar\sferidos para o circulante

'

Aumento do realizavel a Iongo prazo

Aumento

(redu~ao)

do capital circulante

16.320 .

'

ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTABEIS Varia~oes -~

no capital circulante

31.12.05

'~

Ativp circulante:

No fim do cicercicio No

inf~io

do exercicio

Passivo circutante No fim do exercicio No initio do ex~rcfcio .

Aumento (redu\ao) do capital circulante

(43.291)

Como pode ser constatado, a demonstra~ao das origens de recursos oferece importantes subsfdios as informa~oes contabeis.

e

aplica~oes

A empresa hipotetica em questao teve uma redu~ao em seu capital circulante liquido. Caso o reflexo dessa diminui~ao tenha abalado sua estrutura contabil, o analista podera restringir-lhe novos creditos ou emprestimos, se foro caso. De outro lado, observou-se que, com total clareza, as aplica~oes de recursos no ativo imobilizado e · no ativo investimentos ta lvez tenham sido excessivas aos recursos obtidos para financia-los; porque diante dos recursos obtidos a Iongo prazo, normal mente destinados a ativos fixos no valor de $ 47.360, aplicou-se naqueles ativos permanentes o montante de $ 55.514 - isso em 2005. Aliando-se essas e outras observa~oes que a demonstra~ao nos traz, temos as notas explicativas, que darao todas as condi~oes de externamente chegar a importantes conclusoes. As de

afirma~oes

infla~ao

acima nao serao verdadeiras para n1ve1s como os ainda existentes em nosso pafs. As

'

Unidade I demonstra~oes

em moeda de poder aquisitivo constante tem comprovado que as varia~oes do capital circulante liquido em valores hist6ricos podem ser absolutamente inversas as de valor presente. Com isso, toda e qualquer demonstra~ao de origens e aplica~oes de recursos apresentada a valores hist6ricos deve ser analisada com as devidas ressalvas.

Capital circulante liquido Capital circulante liquido ea importancia liquida (diferen~a) entre o ativo circulante eo passivo circulante, ou seja:

CCl

=

AC- PC

Onde: CCL= Capital Circulante Uquido AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante A varia~ao do CCL e estudada e disponibilizada apenas na Demonstra~ao das Origens e Aplica~6es de Recursos (DOAR) da seguinte forma: Grupo do

balan~o

Ano- 1

ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTABEIS Como concluir:

interpreta<;6es

dessas

informa<;6es,

podemos

a) no ano 1, o ativo circulante decresceu $ 1.838; b) no ano 1, o passivo circulante decresceu $ 4.552; c) como ocorreu um decrescimo em ambos os grupos, a varia<;ao e positiva em $ 2.714, porque a empresa diminuiu seus recursos de terceiros em maior propor<;ao que a havida no ativo circulante; d) no ano 2, o ativo circulante decresceu $ 2.191; e) no ano 2, o passivo circulante decresceu $ 742; f) como ocorreu um decrescimo em ambos os grupos, a varia<;ao e negativa em $ 1.449, porque a empresa diminuiu seus recursos de terceiros em menor valor que a diminui<;ao havida no ativo circulante.

1.4 Demonstra~ao das muta~oes patrimoniais A despeito de nao ser obrigat6ria sua publica<;ao, podera ser elaborada e divulgada conforme preve o Artigo 186, paragrafo 2° da Lei no 6.404/76. Consideramos desnecessaria a cita<;ao da demonstra<;ao dos Iueras ou prejufzos acumulados, uma vez que a demonstra<;ao das muta<;6es do patrim6nio lfquido a abarca com todos os seus elementos. Consiste numa demonstra<;ao horizontal e dela constam todos os grupos de contas do patrim6nio lfquido, e vertical mente suas altera<;6es no decorrer do exercfcio social. Oferece a possibilidade de evidencia<;ao das seguintes varia<;6es no patrim6nio lfquido:

Unidade I a) ltens que afetam o patrimonio total:

• acrescimo pelas correc;6es das contas do patrimonio; • acrescimo pelo Iuera ou reduc;ao pelo prejuizo liquido do exercicio; • reduc;ao par dividendos ou juros sabre o capital proprio; • acrescimo par reavaliac;ao de ativos; • acrescimo par doac;6es e subvenc;6es para investimentos recebidos; • acrescimo par subscric;ao e integralizac;ao de capital; • acrescimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ac;6es integralizadas ou o prec;o de emissao das ac;6es sem valor patrimonial; • acrescimo pelo valor da alienac;ao de partes beneficichias e bonus de subscric;ao; • acrescimo par premia na emissao de debentures; • reduc;ao par ac;6es pr6prias adquiridas ou acrescimo par sua venda; • acrescimo ou reduc;ao par ajustes de exercicios anteriores. b) ltens que nao afetam

0

total do patrimonio:

• au menta de capital com utilizac;ao de Iueras e reservas; • apropriac;6es do Iuera liquido do exercicio reduzido a conta de Iueras acumulados para formac;ao de reservas, como reserva legal, reserva de Iueras a realizar, reserva para contingencia e outras; • revers6es de reservas patrimoniais para a conta de Iueras ou prejuizos acumulados; • compensac;ao de prejuizos com reservas etc.

ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTABEIS Para limitar o credito, por exemplo, esta demonstra\ao nao oferece subsidios. Para analise de demonstra\6es contabeis, e fonte de informa\6es que podera sustentar interpreta\6es aos indices de estrutura de capital e identificar as movimenta\6es nas contas do patrimonio liquido. 2 ANALISES HORIZONTAL E VERTICAL lndicadas como apoio a analise das demonstra\6es contabeis, estes calculos permitem compara\6es, tendencias e ila\6es de bom sensa para melhor interpretar outros indicadores.

2. 1 Analise horizontal A analise horizontal e o metoda que possibilita estabelecer as propor\6es entre cada elemento em analise, de um exercicio social, eo mesmo elemento ou informa\ao em outros exercicios, atraves da evolu~ao percentual que permite a compara~ao por tendencias positivas ou negativas. 0 exemplo podera ser observado nas demonstra~oes contabeis da industria de correias, que esta na pagina seguinte, e sera objeto de consulta para as pr6ximas analises e considera~6es: Estoques em 2005

Estoques em 2003

Estoques em 2004 Estoques em 2003

No exemplo utilizado, a base au exercicio social tornado como infcio da analise e 0 ano de 2003, sendo OS demais necessarios para estabelecer-se a sequencia horizontal de evolu~ao.

Unidade I 0 analista podera estabelecer as relac;6es entre um ana e o outro imediatamente anterior, fazendo-o separadamente da forma seguinte: Balan~o

Exercicios

patrimonial padronizado- Industria de correias 2003

Composi~ao

Ativo circulante

Total do ativo Passivo circulante

Total do passivo

Estoques em 2004, fazendo-o separadamente assim: Estoques em 2004 Estoques em 2003 Estoques em 2005 Estoques em 2004

2004

2005

ANALISE DAS DEMONSTRA(:OES CONTABEIS Tal processo, entretanto, aumentara significativamente o trabalho de calculos, nao proporcionando uma posi~ao estatica, rapida e visual que 0 metoda sugere. Passaremos a comentar as situa\6es mais significativas deste exemplo, utilizando as mesmas informa~oes e considerando-se, neste periodo, a infla~ao acumulada medida pelo INPC-IBGE, neutralizando-se o efeito da perda do poder aquisitivo da moeda:

lnfla\aO acumulada entre 2003 .~ 2004 = 105,630/o. lnfla\ao acumulada entre 200Je 2005 = 111,47%. Estoques

lnterpreta~ao: a participa~ao dos estoques cresceu ao Iongo dos tres exercicios sociais muito alem da infla~ao do periodo. Espera-se que os recursos disponiveis para a empresa tambem tenham seguido o mesmo ritmo de crescimento.

Duplicatas a receber

lnterpreta~ao: o crescimento nesta conta praticamente acompanhou a conta estoques, e e facilmente entendido, pais, se os estoques crescem, e porque a demanda por faturamento realmente ocorreu.

lmobilizado

Unidade I lnterpreta~ao:

trata -se de um crescimento muito acima da infla\ao, certamente motivado pela necessidade de melhoria e moderniza\ao no parque fabril. Fornecedores

lnterpreta~ao: crescimento mais modesto, exce\ao em

2004, que extrapolou o indice de infla\ao acumulado, o mesmo que ocorreu na conta estoques, da qual e originaria. Patrimonio liquido

lnterpreta~ao: crescimento tambem muito acima da infla\ao

e que acompanhou as principais contas ate entao analisadas. ;

Receita bruta das vendas

lnterpreta~ao:

a principia, deveria ser a condutora das demais contas. Entende-se que, se o faturamento crescer, todas as outras contas deveriam acompanha-lo. Nao e bern assim que se espera. Algumas contas podem acompanhar o crescimento do faturamento; outras, seria interessante que se retraissem para um melhor resultado financeiro. Custos dos produtos vendidos

lnterpreta~ao: demonstra uma total falta de sintonia com ·

o faturamento, em especial o ano de 2004, que apresentou uma

-

------

-

- -- - -

- -

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ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTlBEIS redu~ao.

Observamos tambem que 2005 ficou bem abaixo do crescimento do faturamento, o que e alga muito positivo. Despesas operacionais

lnterpreta':;aO: 0 que se espera deste grupo de contas e que seu crescimento seja menor que o do faturamento, o que aconteceu de modo favoravel. lucro liquido

lnterpreta':;ao: seu resultado e uma consequencia da expectativa que se criou ao verificarmos as contas anteriores. Cresce o faturamento, reduzem-se os custos e as despesas e, como consequencia, o Iuera liqu ida fo i melhor em 2005.

Como vantagens, podemos avaliar as analise horizontal pelo seguinte: • demonstra

evolu~oes

contribui~oes

da

e possibilita admitirem-se tendencias;

• e contrastante e tambem comprovadora das informa~oes obtidas pela analise vertical, ao mesmo tempo; • e complementar a analise vertical. Como desvantagens, podemos relacionar os seguintes pontos da analise horizontal: • se as informa~oes nao estiverem corrigidas pela infla~ao do periodo, ou apresentadas em moeda constante, sao extrema mente dificeis as compara~oes, e estas se tornam praticamente invalidas em alguns casas; • suas informa~oes, muitas vezes, nao sao claras, permitindo muitas suposi~oes.

Unidade I 2.2 Analise vertical A analise vertical e o metoda que possibilita estabelecer as propor~6es entre cada elemento em analise e seu todo, tratando-se, pais, de uma medida percentual que permite a compara~ao entre demonstra~6es contabeis da mesma empresa ou de empresas concorrentes, reduzindo-se os valores em moeda de magnitudes diversas a uma medida (mica: a pa rtici pa~ao percentua I. A titulo de exemplo, como podera ser observado nas demonstra~6es conta be is da em pre sa Correias S.A., apresentamos um de seus calculos: Estoques em 2005

Ativo em 2005

18,.691\b,- ou seja, os estgques· i1 • representam 18,69% do total dos r~cursos (ativo) em 2002._ .

No exemplo utilizado, o todo e o total do ativo e o total do passivo no balan~o patrimonial e, quandu utilizarmos as informa~6es da demonstra~ao do resultado, o todo sera o valor da receita bruta de vendas, ou tambem a receita liquida devendas, conforme interpreta~6es nos paises de primeiro mundo. Ha casas de analistas que preferem praticar a analise vertical, partindo tambem dos grupos, em especial quando as informa~6es sao do balan~o patrimonial. Nesses casas, sao usados os grupos: ativo circulante, ativo realizavel a Iongo prazo, ativo permanente e os demais do passivo, ao contrario da forma mais tradicional, que compara as itens com o total de todos os itens (ativo ou passivo). A interpreta~ao que fazemos do resultado anterior e a de que a conta Estoques, em 2005, representava 18,69% do total do ativo total, ou da soma de recursos disponiveis na empresa. Passaremos a comentar as situa~6es mais significativas do exemplo, na tentativa de justificar as diferen~as entre o metoda de analise horizontal e da analise vertical, e a contribui~ao de ambos para a analise das demonstra~6es contabeis:

ANALISE DAS DEMONSTRA(OES CONTABEIS Estoques

lnterpreta~ao:

observa-se uma certa normalidade na participa\ao da conta estoques em rela\ao ao ativo (soma dos recursos) o que, de certa forma, nos leva a entender que ocorre uma politica determ inada neste aspecto. Duplicatas a receber

lnterpreta~ao:

a exemplo do que ocorreu com os estoques, tambem notamos uma normalidade na aplica\ao desses recursos. lmobilizado

lnterpreta~ao: ocorreu um decrescimo em 2004 e um acrescimo significativo em 2005, certamente motivado pela aquiSi\aO de maquinas e equ ipamentos destinados a moderniza\ao, tao importante no mundo de hoje.

Fornecedores

lnterpreta~ao: nesta conta, ha uma certa irregularidade em sua participa\ao em rela\aO aos recursos movimentados, certamente par mudan\a nos prazos medias de aquisi\ao das materias-primas, o que podera ser confirmado quando analisarmos o ciclo financeiro.

-

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·

Unidade I

\

.

<'...: ! ·

Patrimonio liquido·

lnterpreta~ao:

este grupo de contas e reflexo dos Iueras ou prejuizos, como tambem das movimenta~6es de capital, por adic;ao ou distribuic;ao de Iueras ou dividendos. Podemos observar uma certa regularidade e uma melhoria em 2005 pelo excelente resultado obtido pela empresa. Custo·das vendas

.

lnterpreta~ao:

de uma participac;ao em 2003 sobre o faturamento, ocorreu uma notavel queda nos anos seguintes, o que privilegiou o lucro liquido ao final . dos respectivos exercicios.

lnterpreta~ao:

houve um acrescimo desfavoravel em 2004, mas uma excelente recuperac;ao em 2005, motivada por uma analise mais detalhada, pela ocorrencia de um excelente volume de receitas financeiras, o que colaborou para a diminuic;ao dessa participac;ao. Lucro liquido

lnterpreta~ao: como consequencia, o lucro liquido teve um excelente desempenho, com crescimento em relac;ao a receita bruta de vendas, de forma excepcional.

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