O ensino do jornalismo em Portugal (passado, presente e futuro) João Canavilhas (Universidade da Beira Interior)
Belo Horizonte, 19 de Abril de 2009
1. Jornalistas 2. Mercado 3. Ensino 4. Futuro do ensino
ESTATUTO DO JORNALISTA Artº 1º São considerados jornalistas aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos notícias ou opiniões (…) Artº 4º É condição do exercício da profissão (…) a habilitação com o respectivo título Artº 5º A profissão de jornalista inicia-se com um estágio (…) com a duração de 24 meses, sendo reduzido a 18 meses em caso de habilitação com curso superior, ou a 12 meses em caso de licenciatura na área da comunicação (…)
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JORNALISTAS COM CARTEIRA PROFISSIONAL 9000
1966 – 414
8000
1971 - 498
7402
7000 7349
6000
6484
5000
4287
4000 3000
2374
3850
2000 1000
1281
0 1987
1990
1994
1997
2004 2006 2008
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JORNALISTAS Formação em 2006
Ensino Superior (60,3 %) Ensino Secundário (36 %) Mestrado (2,1 %) Ensino Básico (1,3 %) Doutoramento (0,3 %)
Dados 2008: licenciatura em Ciências da Comunicação/Jornalismo: 2231 (34%)
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MERCADO IMPRENSA ESCRITA 8 diários de informação geral [DN, JN, CM, Público, 24 horas ] 2 jornais semanários de referência [Expresso/Sol] 3 revistas semanais de grande informação [Visão/Sábado/Focus] 5 Jornais gratuitos [Metro, Destak, Global, Meia Hora e Sexta (semanário )] 3 diários de Economia [Diário Económico, Jornal de Negócios e Oje) e 2 semanários] 5 revistas semanais femininas, 3 de TV, 3 de sociedade, e várias mensais [economia, decoração, viagens, informática, desportos motorizados e saúde] 3 diários desportivos [A Bola, Record e O Jogo] ≈ 500 Jornais locais/regionais.
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MERCADO TELEVISÃO 3 operadores nacionais [RTP (8), SIC (5), TVI (2)] 4 canais hertzianos generalistas [RTP 1 e 2, SIC, TVI] 12 canais diversos [desporto (3), informação (3), regionais (2), vários (4)] ≈ 200 webtelevisões RÁDIO 4 Grupos nacionais [RDP (8) , Renascença (4), MediaCapital (6), Controlinveste (1)] 4 Estações informativas nacionais [Antena 1; TSF, RR, RCP] 347 rádios locais/regionais [326 generalistas].
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FORMAÇÃO vs MERCADO 2500
Vagas no ensino superior
Ingressos na profissão
2000
1500
1000
500
0 1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
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ENSINO DO JORNALISMO EM PORTUGAL 1926: 1ª tentativa através do Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa de Lisboa 1968: I Curso de Jornalismo organizado pelo sindicato, com apoio do Governo 1973: Lançada a Escola Superior de Meios de Comunicação Social (Grupo Quina) 1979: 1ª Licenciatura em Comunicação Social (Univ. Nova de Lisboa) 1984: Comunicação Social na UBI 1986: CENJOR (Centro Protocolar de Formação de Jornalistas) Anos 90: cursos nos politécnicos 1993: Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
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ENSINO SUPERIOR DO JORNALISMO EM PORTUGAL 1ª Fase (anos 80/início 90)
Universidades Licenciatura (5 anos) Mestrado (2 anos) Doutoramento (3 anos)
Politécnicos Bacharelatos (3 anos)
2ª Fase (meados 90/2005)
Universidades Licenciatura (4 anos) Mestrado (2 anos) Doutoramento (3 anos)
Politécnicos Bacharelato (3 anos) Licenciatura (+ 2 anos Mestrado (2 anos)
3ª Fase (Bolonha)
Universidades 1º ciclo (3 anos) 2º ciclo (2 anos) 3º ciclo (3 anos)
Politécnicos 1º ciclo (3 anos) 2º ciclo (2 anos)
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ENSINO SUPERIOR DO JORNALISMO EM PORTUGAL OFERTA NO ANO LECTIVO 2008/09
Público Privado
10 cursos universitários públicos 6 cursos universitários privados 9 cursos politécnicos públicos 9 cursos politécnicos privados 16 denominações 1850 vagas.
1533
317
83%
17%
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VAGAS E DIPLOMADOS 2 500
Vagas na área de Formação: Jornalismo e Reportagem
2 000
1 500 Ensino Público Ensino Privado e Concordatário TOTAL
1 000
500
0 1997
1998
1999
2000
2001
2000
2003
2004
2005
2006
2007
2008
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MERCADO E ENSINO ANTES DA ERA DIGITAL ENSINO do JORNALISMO
EMPRESAS JORNALÍSTICAS
Rejeição de um modelo puramente profissionalizante
Críticos em relação à formação superior
Formação científica na área Ciências Sociais e Humanas Promoção de um discurso rico e variado Preocupações com a ética e a deontologia.
Preferência por desempenhos na base de critérios de velocidade Primazia às “fórmulas” que aumentam a produtividade.
O ENSINO SUPERIOR DO JORNALISMO foi direccionado para a satisfação de padrões académicos, o MERCADO quer padrões profissionais.
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O DIGITAL COMO OPORTUNIDADE O digital não deve ser ensinado por oposição ao analógico. Os novos processos digitais são mimetismos dos velhos processos analógicos. ALTERAÇÕES: PROBLEMAS NAS EMPRESAS:
Pesquisa sobretudo na Internet Como optimizar a pesquisa Assegurar fiabilidade da informação
RESPOSTA DA ESCOLA:
Ensino de técnicas de pesquisa Reforço do ensino de Ética e deontologia.
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O DIGITAL COMO OPORTUNIDADE ALTERAÇÕES: PROBLEMAS NAS EMPRESAS:
Gravação e edição de conteúdos Reorganização das redacções Novas rotinas de produção Recursos humanos qualificados.
RESPOSTA DA ESCOLA:
Formação de jornalista multitarefa Adaptação das velhas teorias a novas realidades Ensino de Ética aplicada.
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O DIGITAL COMO OPORTUNIDADE ALTERAÇÕES:
PROBLEMAS NAS EMPRESAS:
Distribuição/Consumo de conteúdos Aparecimento de novos jornalismos Recursos humanos qualificados Identificar novas linguagens Trabalhar com novas ferramentas. Dar respostas a novos públicos Diferenciar-se da concorrência
RESPOSTA DA ESCOLA:
Formação de jornalistas multiplataforma Juntar formação e investigação Incentivar a aprendizagem extracurricular.
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O DIGITAL COMO OPORTUNIDADE ALTERAÇÕES:
PROBLEMAS NAS EMPRESAS:
Evolução tecnológica muito rápida
Escolha de equipamentos Viabilização económica
RESPOSTA DA ESCOLA: Consultoria no campo do hardware/software Identificação de novos modelos económicos..
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