Dçs Virais Do Sistema Nervoso Novo

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  • Words: 1,794
  • Pages: 34
Doenças Virais do Sistema Nervoso

Elaborado por: Catia Taibo

 Poliomielite aguda  Infecções por vírus atípico do sistema nervoso     

central Raiva Encefalite viral Meningite viral Outras infecções virais do sistema nervoso central não classificadas em outra parte Infecções virais não especificadas do sistema nervoso central

Poliomielite  É uma doença infecto contagiosa aguda causada por

  



um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). O genoma de RNA simples de sentido positivo. Não tem envelope. Existem três serotipos 1, 2 e 3, distintos imunológicamente, mas idênticos nas manifestações clínicas. A poliomielite paralítica (mais grave) são causados pelo serotipo 1.

Epidemiologia  É mais comum em crianças, mas também

ocorre em adultos.  Reservatório: homem.  Modo de transmissão: contacto directo de pessoa para pessoa, pelas vias fecal-oral (principal),ou oral-oral.

Epidemiologia  Período de incubação: 7 a 12 dias, pode

variar de 2 a 30 dias.  Período de transmissão: não se conhece com exactidão. O vírus é encontrado nas secreções da orofaringe após 36 a 72 horas após a infecção e persiste por uma semana, e nas fezes por 3 a 6 semanas.

Patogenia E n t r a d a d o v ir u s n a o r o f a r in g e

E s to m a g o

F e b r e , d o r d e g a r g a n ta

I n v a d e o s e n t e r ó c i t o s d o i n t e s t i n o e m u lt i p li c a - s e n a u se a s, v o m ito s d o r a b d o m in a l

C o r r e n t e s a n g u in e a

S is te m a N e r v o s o

co ra çã o fíg a d o c é re b ro

E n c e f a li t e P a r a li s ia f lá c i d a

Manifestações clínicas  Doença assintomática: mais de 90% dos

casos são assintomáticos.  Poliomielite abortiva ou Doença menor: ocorre em 5% dos casos, com febre, dores de cabeça, dores de garganta, mal estar e vómitos, mas sem complicações sérias.

Manifestações clínicas  Poliomielite não-paralítica com meningite

asséptica: ocorre em 1 ou 2% dos casos. além dos sintomas iniciais da doença menor, ocorre inflamação das meninges do cérebro com dores de cabeça fortes e espasmos musculares mas sem danos significativos neuronais .

Manifestações clínicas  Poliomielite paralítica ou doença maior: de

0,1 a 2% dos casos.  Surge 3 ou 4 dias depois dos sintomas da doença menor desaparecerem, surge a paralisia devido a danos nos neurónios da medula espinal e córtex motor do cérebro.  A paralisia flácida afecta um ou mais membros, e músculos faciais.

Manifestações clínicas  A paralisia respiratória é devida à poliomielite

bulbar, que afecta esses nervos: a taxa de mortalidade da variedade bulbar é 75%.  As regiões corporais paralisadas conservam a sensibilidade.  A mortalidade total de vítimas da poliomielite paralítica é de 15 a 30% para os adultos e 2 a 5% para crianças.

Poliomielite  Complicações: sequelas paralíticas, paragem

respiratória com asfixia e morte.  Diagnóstico:  

 

Isolamento do vírus: apartir de amostras de fezes; Exames inespecíficos: LCR (pleocitose com predomínio dos Ly, glicose normal ou ligeiramente baixo, proteínas normais ou ligeiramente elevado); Detecção de RNA com PCR Cultura: o virus pode ser isolado na faringe nos primeiros dias da doença, e das fezes até 30 dias.

Tratamento/Profilaxia  A poliomielite não tem tratamento específico.  A única medida eficaz é a vacinação.  Há dois tipos de vacina a Salk e a Sabin.  A Salk consiste nos três serotipos do virus inactivos

com formalina ("mortos"), e foi introduzida em 1954 por Salk.  Tem a vantagem de ser estável, mas é cara e tem de ser injectada três vezes, sendo a protecção menor.

Profilaxia  A vacina Sabin foi descoberta em 1959 e consiste nos três

serótipos vivos mas pouco virulentos.  É de administração oral, baixo preço e alta eficácia, mas em 1 caso em cada milhão os virus vivos tornam-se virulentos e causam paralisia.  Nos países onde ainda são notificados casos de poliomielite, deve ser usada a vacina Sabin porque o risco é mais baixo sendo contrabalançado pelo risco real da verdadeira poliomielite.  Nos países onde ela já foi erradicada, a vacina Salk é mais que suficiente e os riscos de paralisia menos aceitáveis.

Raiva  É uma zoonose causada por vírus;  Todos os mamíferos são susceptíveis à

doença;  A imunidade pode ser adquirida através da vacinação.  Virús RNA, de filamento único e sentido negativo, em forma de projéctil;  Família Rhabdviridae.

Rhabdovirus

Raiva/Transmissão  Comum: contacto com a saliva de animais

doentes, través de mordeduras, arranhões ou lambidelas em pele lesada ou mucosa.  Só há referência de transmissão interhumana através do transplante de córnea

Raiva/Transmissão  Animais que podem transmitir a raiva:

Morcego hematófago;  Coelhos, hamsters e outros roedores urbanos;  Macacos;  Cão e gato;  Outros animais domésticos como boi, cavalo, cabrito, etc. 

Sinais indicativos da Raiva  Dificuldade em deglutir;  Salivação abundante;  Mudança dos hábitos e/ou comportamento,

sinal de pedalagem;  Mudança dos hábitos alimentares;  Agressividade;  Paralisia das patas traseiras;  A ladrar bitonal.

Patogenia P e n e tra ç ã o d o v ír u s n o s i s t e m a n e r v o s o p e r if é r ic o

R e p li c a ç ã o n o g a n g lio d o r s a l

R á p i d a a s c e n s ã o n a m e d u la e s p in h a l

R e p lic a ç ã o v i r a l n o m u s c u lo

in fe ç ã o d o tro c o c e r e b r a l c e r e b e lo m e d u la e s p in h a l o u t r a s e s tr u t u r a s c e r e b r a is

in f e c ç ã o d e s c e n d e n t e p e lo S N p a r a o o lh o g la n d u la s s a liv a r e s p e le

v í r u s in o c u la d o

a lu c in a ç õ e s

s a li v a ç ã o

c o n v u ls õ e s

Quadro clínico-Raiva humana  No início os sintomas

são característicos: transformação de carácter, inquietude, perturbação do sono, pesadelos

Quadro clínico-Raiva humana  Em seguida, instalam-se alterações da sensibilidade,

sensação de queimadura, formigueiro e dor no local da mordedura. 

Estas alterações duram 2 a 4 dias.

 Posteriormente instala-se o quadro de alucinações,

acompanhado de febre.  Inicia-se o período de estado de doença, por 2 a 3 dias, com aerofobia e hidrofobia,com crises convulsivas periódicas, que pode evoluir para coma e morte.

Fase da doença

Sintomas

Tempo de duracao

Estado viral

Estado imunológico

Incubação

assintomático

60 a 365 dias

Título ↓ vírus no musc

Neg

Prodrómica

inespecíficos dor na ferida

2 a 10 dias

Título ↓ vírus no SNC

Neg

Neurológica

Sinais neurológicos ( hidrofobia, convulsões)

2 a 7 dias

Título ↑ vírus no SNC e cerebro

AC no soro e SNC

Coma

Paragem cardíaca TA/vent↓

0 a 14 dias

Título ↑ vírus no SNC e cérebro

Neg

Raiva  Se uma pessoa for mordida ou arranhada por

um cão ou gato que não esteja vacinado, ou de origem desconhecida, esse animal deve ser capturado e permanecer em observação por 10 dias.  Caso não apresente sinais de doença nesse periodo de observação / nenhum tratamento.

Raiva  Se o animal morrer, desaparecer ou não

poder ser capturado para cumprir o periodo de observação, a pessoa deve receber tratamento contra a raiva.

Diagnóstico  É estabelecido pelo pela detecção do

antigeno viral no SNC ou na pele, isolamento do virus.  O achado fundamental e a detecção de inclusões intracitoplasmáticas que consistem em agregados de nucleocapsideos virais CORPÚSCULOS DE NEGRI nos neurónios afectados.

Diagnóstico  A detecção de antigeno por

imunoflorescencia tornou se o método mais usado para o dignóstico da raiva ( tem alto grau de sensibilidade e especificidade).  As amostras são‫ ׃‬biópsia cerebral ou material de necrópsia, esfregaços de impressão de células epitelias da córnea e biopsia cutânea da região da nuca

Imunofluorescência Directa

Tratamento  Profilaxia pós exposição é a unica esperança

de evitar a doença clínica.  A profilaxia deve ser iniciada em qualquer indivíduo exposto por mordedura ou contaminação de uma ferida aberta.  Tratamento da ferida.

Tratamento  Posteriormente recomenda-se imunização

com vacina associada a uma dose de soro antirábico equino ou imunoglobulina contra a raiva humana.  A imunização passiva com imunoglobulina contra a raiva humana até que o paciente produza seus próprios anticorpos em resposta a vacina.

Tratamento  Administra se uma série de cinco

imunizações no decorrer de um mes  A evolução lenta da raiva permite a produção de imunidade activa  A vacina anti rabica é uma vacina de vírus morto, é administrada por via intramuscular nos dias 0, 3, 7, 14, e 28 após a exposição ao virus.

Prevenção  Recomenda-se vacina anti-rábica as pessoas

que trabalham com animais, funcionários do laboratório para diagnóstico de Raiva  Administra-se vacina anti-rábica por via intramuscular ou intradérmica em três doses, o que proporciona 2 anos de protecção.

Os filhos não precisam de pais

extraordinários, mas de seres humanos que falem a sua linguagem e sejam capazes de penetrar no seu coração.

Bibliografia  Microbiologia Medica, Patrick R. Murray e

outros, 4ª Edicao, Guanabara Koogan;  Microbiologia Medica, Jawetz e outros, 20ª Edicao, Um livro medico Lange;  Essentials of Medical Microbiology, Volk e outros, 4ª Edicao, Lippincott;  Medical Microbiology, David Greenwood e outros, 14ª Edicao, Churchill Livingstone

Cont. Bibliografia  Medical Microbiology, Cedric Mins e outros,

3ª Edicao, Wakelin Zuckerman;  Immunology, Roitt e outros, 5ª Edicao, Wakelin Zuckerman;  Virulogy, James F. Bale e outros, a Scope Publication, Upjohn;

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