Estereoquímica
isómeros
estereoisómeros
geométricos: cis/trans
constitucionais
enantiómeros e diastereoisómeros: isómeros com centros assimétricos
Quiralidade (do grego cheir , mão) objecto - imagem num espelho plano: não sobreponíveis Objecto quiral ou que possui quiralidade Objectos quirais:
não são sobreponíveis à sua imagem no espelho
Quiralidade está relacionada com a simetria. Para ser quiral um objecto não pode ter determinados elementos de simetria: plano, eixo impróprio ou centro de inversão
Plano de simetria
centro de inversão
eixo impróprio de simetria
Elementos de simetria em moléculas eixo próprio de simetria Cn
planos de simetra
centro de inversão Ci H
NH2
H2N
eixo impróprio de simetria Sn H3 C H
H3C
H
rotação 180º
H
reflexão
H3C
CH3
H
CH3
H H
H
reflexão
H
CH3
rotação 180º
H3C
CH3 H
H3 C H
H CH3
Para ser quiral uma molécula deve ter um centro assimétrico ou centro quiral É um átomo de carbono tetraédrico (um carbono sp3) com 4 substituintes diferentes.
Carbono assimétrico ou quiral
molécula - imagem no espelho não sobreponível: par de enantiomorfos enantiómeros (do grego enantios, oposto). -mesma fórmula molecular -ligados da mesma forma arranjo espacial diferente
Quiralidade das moléculas é muito importante a nível biológico Local activo ---encaixe tipo fechadura e chave
Fármacos, perfumes, aromatizantes, herbicidas, etc
Configuração absoluta. Projecções de Fischer Representações em perspectiva
H H
H
X Y
Projecçoes de Fischer
Pr
H Me Et
Me Et
Pr
W
W Z
X Y
Y
W X
Y
Z
X Z
Regras de Cahn-Ingold-Prelog As principais regras são enunciadas a seguir: 1) se os quatro átomos ligados ao centro quiral forem diferentes, o de maior número atómico tem prioridade sobre o de menor número atómico. Os pares de electrões não-ligantes possuem a prioridade mais baixa.
Ao átomo de maior prioridade é
atribuido o número 1. 2) 2) No caso de dois átomos ligados ao carbono quiral serem idênticos, comparam-se os átomos directamente ligados a estes de forma a estabelecer uma ordem de prioridades. Se esta comparação ainda não for suficiente, devem comparar-se os átomos seguintes de cada cadeia, sucessivamente, até que a ordem de prioridades seja estabelecida.
Regras de Cahn-Ingold-Prelog 3)
Quando existe uma ligação dupla ou tripla, para efeitos da determinação de
prioridades, essa ligação é considerada como 2 ou 3 ligações simples do mesmo tipo, respectivamente:
C
A seguir:
C
C
C
C
C
O
C
N
C
C
C
C
C
O
C
N
C
C
C
C
O
C
N
C
C
assegurar que o substituinte de menor prioridade se encontra numa das
posições verticais da projecção de Fischer. 4
4 3
1 2
R
2
1
S
3
Sentido 1->2->3 Horário: a configuração absoluta é R (do latim rectus, direita) Anti-horário: a configuração absoluta é S (do latim sinister, esquerda).
Se o substituinte de menor prioridade não se encontrar numa das posições verticais da projecção de Fischer deve efectuar-se um número par de trocas entre os substituintes até esta condição se verificar. O número par de trocas assegura a identidade do estereoisómero. Um número impar de trocas numa projecção de Fischer dá origem ao enantiómero da estrutura em consideração.
OH
OH Me
Et
H Et
1 H
2
Me
3
1 2
4 4
3
4
3
1 2
R
Polarimetria: Luz Polarizada. Actividade Óptica Uma molécula quiral roda o plano da luz polarizada: A rotação é consequência da interacção entre as moléculas e o campo E da radiação.
(a)
(b)
um enantiómero puro: cada molécula exerce o mesmo tipo de perturbação sobre a radiação e portanto resulta um desvio do plano de polarização da luz. O composto possui actividade óptica e à amplitude do desvio do plano chama-se rotação óptica do composto. Os enantiómeros rodam a luz polarizada em valores iguais mas em sentidos opostos. --para a esquerda, o composto é levorrotatório --para a direita é dextrorrotatório Quando uma molécula aquiral é atravessada por luz plano-polarizada, não se observa qualquer alteração.
Polarimetria: Actividade Óptica
A actividade óptica pode ser medida utilizando um polarímetro
radiação monocromática risca amarela do sódio, a risca D (5.893 Å, 589 nm) a risca verde do mercúrio (5.461 Å, 546 nm).
Polarimetria: Actividade Óptica Variáveis que afectam a rotação óptica de um composto temperatura o tipo de fonte de radiação utilizada o comprimento da célula a concentração da amostra. De modo a obter valores comparáveis utiliza-se a rotação específica
[]tD = 100 obs/cl [α]obs é a rotação óptica, c, a concentração em gramas por 100 ml, l, o comprimento do tubo onde é colocada a amostra (em dm), t, a temperatura a que é efectuada a medida D, o tipo de radiação utilizada.
Para um líquido puro:
[]tD = obs/dl
(10-1 ° cm2 g-1)
Polarimetria: Actividade Óptica Quando não é um enantiómero puro: iguais quantidades de enantiómeros:
a perturbação que uma molécula
exerce sobre a radiação é compensada por outra enantiomórfica a ela: tem rotação zero. mistura racémica ou racemato diferentes quantidades de cada enantiómero: há compensação parcial das perturbações, resultando uma rotação do plano de polarização da luz cuja amplitude e sentido dependem de qual enantiómero está em excesso. pureza óptica ou excesso enantiomérico (ee):
o que temos a mais de um
relativamente a outro:
% pureza óptica = (enantiómero 1 - enantiómero 2) x 100% = excesso enantiomérico (enantiómero 1 + enantiómero 2) % excesso enantiomérico= mist./ puro x 100%
2-bromo-3-clorobutano: dois carbonos com 4 substituintes diferentes e portanto quirais
Br
CH3
H H Cl
Br
H
H CH3 Cl
CH3
Br Cl
CH3
H
60º H CH3 CH3
CH3
CH3
Br
H
Br
H
Cl
H
Cl
H
CH3
CH3
CH3 Br CH3 Br
H
Cl
H CH3
3 H
1
1 4
3
C-1
R
2
4
C-2
R
2
1
Cl
H CH3
1
4 3
2 4
configuração absoluta (2R, 3S).
(2R, 3S)-2-bromo-3-clorobutano:
2
R
3
S
estereoisómeros possíveis é 2n
enantiómeros 1
enantiómeros 2
(2S, 3R). (2R, 3S)
(2S, 3S). (2R, 3R)
Diastereoisómeros: estereoisómeros que não são enantiómeros Não possuem a relação objecto – imagem no espelho Propriedades físicas e químicas diferentes
Compostos Meso ácido tartárico H HO 2C
H OH
HO
CO 2H
HO HO 2C
H
H
enantiómeros
H
H CO 2H
HO 2C
OH
HO
CO 2H
OH
HO 2C
OH
HO
CO 2H
H
H
um plano de simetria interno
corta a ligação C2-C3:
Br
Me Br
Br
Br Br
Br Br
Outros átomos assimétricos
Átomos tetraédricos com 4 substituintes diferentes:
Ph Me Si Et H
Quimiosselectividade Na presença de mais do que um grupo funcional, é possível através da escolha dos reagentes, que apenas um desses grupos funcionais sofra transformação. reacção quimiosselectiva
Regiosselectividade Apesar de uma reacção poder dar origem a mais do que um isómero estrutural como produto, obtém-se apenas ou predominantemente um. reacção regiosselectiva.
A B (70%) + C (30%)
Estereoespecificidade Uma quando dum estereoisómero do reagente se obtém um único estereoisómero como produto. Partindo do outro estereoisómero do reagente forma-se outro estereoisómero do produto. A estereoquímica do reagente determina a do produto. reacção estereoespecífica ESTEREOISÓMEROS
AC BD
ESTEREOISÓMEROS
Estereosselectividade Apesar do mecanismo permitir a formação de dois ou mais produtos estereoisoméricos, forma-se predominantemente um. reacção estereosselectiva
A B (90%) + C (10%)