O sonho de Dom Bosco Em 30 de agosto de 1883, Dom Bosco (santo italiano, nascido em 1815 e fundador da Ordem dos Salesianos) teve um de seus famosos sonhos. Alguns trechos do que ele relatou: Entre os paralelos de 15º e 20º havia uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um lago. Então, repetidamente, uma voz assim falou: "...quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível..." Notas adicionais: Em seu livro "Brasília - Memória da Construção", Tamanini diz que a referência a "uma grande civilização" (ou sequer a palavra "civilização") não aparece em qualquer parte do relato do sonho. Mas a expressão teria passado a fazer parte da "versão oficial" do sonho, e a ela "passariam a se reportar expressamente, com pequenas variações, todos quanto ao sonho já se referiram, ligando-o à construção de Brasília". A distorção das palavras de Dom Bosco chega a verdadeiros exageros: um texto, já retirado do ar, do site do MRE dizia que Dom Bosco previu que "a capital do Brasil seria construída entre os paralelos 15 e 20". Ou seja, de "terra prometida" se passou a "civilização" e daí a "capital do Brasil". Em 31/12/56, antes mesmo do início da construção do Plano Piloto, ficou pronta a Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranoá, exatamente na passagem do paralelo de 15º.
JK assina a lei que fixa data para a mudança da capital Juscelino fez o projeto de lei de mudança da capital, e o jurista San Tiago Dantas esclarece que essa lei o concedia amplos poderes pra construir uma nova cidade, e assim não precisaria recorrer ao Legislativo para qualquer providencias futuras. Só uma coisa não foi possível contorna para Congresso ele precisaria dizer a data da mudança. Por isso o deputado Emival Caiado, que era da bancada goiana, quatro dias após a votação pela Câmara, em 23/08/1956, do projeto de interiorização da capital, encamiou a Mesa da Casa um outro projeto, dizendo a data da mudança. Sequer fora aprovada a redação final do primeiro projeto, que teria de ser submetido, ainda, ao Senado Federal; também,não se publicou o edital do Concurso do Plano Piloto, aquardandose,naturalmente, a aprovação do projeto pelas duas Casas do Congresso. Não existia lei sancionada; não havia projetos escolhidos; não existia um órgão, uma empresa, uma entidade constituída para levar a construção da futura capital. E até a desapropriação das terras, no Planalto, encontrava-se ainda em andamento. Poderia parecer, assim, açodamento do deputado, querer colocar, desde logo, a data de inaugurarão da nova cidade e de conhece, para a conclusão das obras, pouco mais de três anos. Mas, na verdade, a posição do Senado, favorável ao projeto, era conhecida; o edital do concurso estava pronto; Niemeyer já fora convidado, pelo Presidente, para arquiteto da futura capital; os atos constitutivos da companhia urbanizadora( prevista no projeto de lei), estavam todos minutados, e havia, acima de tudo consenso nas hostes mudancistas de que a capital só seria transferida se o fosse ainda no governo de Juscelino. Por outro lado, a fixação da data poderia ser mais facilmente obtida no Congresso se tentada logo,quando a muitos parlamentares, contrários aberta ou veladamente a mudança, pudesse parecer impossível sua concretizarão na data aprovada por eles
Enival Caiado um ano depois durante a discussão do projeto em plenário (28/08/1957) explicaria que ao propor em 21 de abril de 1960 tiverem em mente abrir os debates sobre o problema atendendo ao preceito imperativo da Constituição que mandava ao Congresso deliberar sobre a data tão logo a demarcação da área do futuro Distrito federal estivesse concluída o que já ocorrera. Esclareceu que não dispunha, ao propor aquela data, de elementos para julgar da viabilidade do prazo. Sua intenção fora a de abrir os debates. Mas ficara satisfeito por haver constatado posteriormente que o prazo pedido pelos engenheiros e administradores responsáveis pela construção da cidade coincidira com aquele proposto por ele. O projeto de interiorização da capital aprovado pelo Senado em 19/09/1956 e sancionado pelo presidente na noite de 19 transformou-se na lei 2.874. No dia seguinte o Diário Oficial publicou a lei. Publicou também o edital do concurso no plano piloto dois dias depois (22/09/1956)foi constituída a Novacap e no dia 25 Juscelino nomeou o Presidente da Empresa