«Como ensinava Abraham Moles, a operação de editing “transforma a mensagem, recodifica-a, ao utilizar um outro repertório de signos ou ao modificar simplesmente a temperatura da linguagem utilizada” e faz do redactor editorial um “mediador entre o emissor e o receptor, quando os repertórios destes não coincidem suficientemente. Assim, quem assume tal função parece desempenhar “um novo papel social, de considerável importância, pois dispõe da muito particular criatividade de fazer compreender uma lei económica ou um fenómeno científico, guiando-se por valores que ultrapassam a mera função de intermediário e de difusor de escritos”. Parece então “dever ser promovido a criador de mecanismos intelectuais e entrar, ao lado do autor tradicional, na nova equipa de redacção da escrita”.»
Abraham Moles, apud MARTINS, op. cit., pp. 127-128.