miguel vives y vivesmiguel vives y vives paulo alves de godoy a espanha foi o ber�o dos grandes congressos esp�ritas, exercendo os espanh�is verdadeiro pioneirismo nesse campo, bastando citar o congresso esp�rita de 1888, levado a efeito em barcelona. em outros congressos que se realizaram posteriormente, principalmente no ano de 1934, a delega��o espanhola desenvolveu ingente tarefa em favor da tese reencarnacionista. anteriormente � guerra civil de 1936-39. a espanha se destacava na propaga��o do espiritismo, bastando dizer-se que em 1873 havia sido proposto no parlamento espanhol o ensino da doutrina esp�rita nas universidades. miguel vives y vives foi um dos maiores vultos do espiritismo na espanha e seu nome teve proje��o mundial. desconhecemos o dia e o ano de sua encarna��o, entretanto sua desencarna��o ocorreu na cidade de tarrasa, naquele pa�s, no dia 23 de janeiro de 1906. quando um homem consegue cumprir fecunda tarefa na defesa e difus�o do ideal que sustenta, fazendo dele um culto e entregando-se de corpo e alma, com todas as suas energias, na consecu��o da obra eivada de amor, podemos qualific�-lo de ap�stolo. miguel vives foi o ap�stolo do espiritismo na espanha, e pela popula��o de tarrasa era denominado ap�stolo do bem. foi um exemplo vivo de abnega��o. evangelizou pela palavra escrita e falada atrav�s da tribuna, do livro e da imprensa. toda a sua obra se apoiou inteiramente sobre a for�a moral da exemplifica��o e viv�ncia dos ideais esp�ritas. fundou a federa��o esp�rita de vall�s, da qual surgiu a federa��o esp�rita da catalunha, entidade que teve vida ef�mera. em tarrasa fundou o centro esp�rita fraternidade humana e lan�ou a c�lebre obra �guia pr�tico do esp�rita�. h� muitos anos vertida para o portugu�s em edi��o da feb e mais recentemente lan�ada pela edicel com o nome de �o tesouro dos esp�ritas�, em tradu��o de j. herculano pires. miguel vives y vives fundou ainda a revista �uni�o�, �rg�o este que se incorporou � grande revista �luz do porvir�, de marcante atividade na difus�o dos ideais reencarnacionistas. foi presidente do centro barcelon�s de estudos psicol�gicos. sua retumbante mediunidade fez com que desenvolvesse em tarrasa verdadeira obra em favor dos necessitados do corpo e da alma, socorrendo os desajustados, os enfermos, e os humildes ao ponto de, ao desencarnar, causar profundo golpe � popula��o daquela cidade espanhola. as f�bricas paralisaram suas atividades, o com�rcio cerrou suas portas � hora do sepultamento, a fim de permitir aos seus empregados o acompanhamento do esquife ao cemit�rio. durante o trajeto verdadeira muralha humana se formou ao longo das ruas e na necr�pole, no prop�sito de atender aos pedidos de todos que desejavam v�-lo, o ata�de permaneceu aberto uma hora. aproximadamente 5.000 pessoas desfilaram diante do mesmo. miguel vives y vives n�o era pol�tico, n�o cortejava a popularidade e, no entanto, gra�as ao seu exemplo de abnega��o. recebeu uma das maiores consagra��es p�blicas de sua terra, apesar de viver num pa�s de profundas tradi��es cat�licas, onde homens e livros foram queimados no decurso de muitos s�culos. miguel vives era apenas esp�Rita. foi um homem que se dignificou pela pr�tica das boas obras e pelo desempenho de verdadeira miss�o de amor e toler�ncia. em artigo publicado na revista �a doutrina�, �rg�o da federa��o esp�rita do paran�, de cuja institui��o era s�cio honor�rio, escrevia miguel vives em 1906: �os centros esp�ritas devem ser a c�tedra do esp�rito de verdade, porque a n�o ter o esp�rito de luz a sua c�tedra, teria sua influ�ncia o esp�rito do erro, e infelizes desses esp�ritos que se acham sob a
influ�ncia do esp�rito das trevas, porque pouco. muito pouco se adiantam na senda do progresso�. revista internacional de espiritismo - julho - 1969 respons�vel. p/ transcri��o: wadi ibrahim