Graduação em Economia Universidade Federal Fluminense MICRO IV 1o Semestre 2019 Prof. Jorge Britto
AULA 1 ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL: DEFINIÇÕES GERAIS
CÓDIGO: SEN 00.075 DISCIPLINA: - TEORIA MICROECONÔMICA IV PROFESSOR RESPONSÁVEL: Jorge Britto (
[email protected]) 1) Definição e âmbito de estudo da Organização Industrial: concentração e poder de mercado • • • • •
KON, A . Economia Industrial. São Paulo, Nobel, 1994. (Capítulos 1,3 e 4) KUPFER, D. e HASENCLEVER, L.(eds.) (2002). Economia industrial. Fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro. Editora Campus. (introdução e cap 5) AZEVEDO, Paulo Furquim “Organização industrial” Cap. 9 - Manual de Economia da USP, 5a edição DANTAS,A.; KERTSNTZKY, J. e PROCHNIK, V. “Empresa, indústria e mercados”, Cap. 2, Economia Industrial, ed. Campus CABRAL, L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Cap. 1 e 2
2) Revisão, e extensão da análise de modelos clássicos de oligopólio • VARIAN, H. (2006). Microecnomia– Princípios Básicos – Uma abordagem moderna (2006) . Rio de Janeiro. Editora Campus. (Cap. 27) • PINDICK, R.e RUBINFELD, D. Microeconomia, Person,2010 Cap. 12 • KUPFER, D. e HASENCLEVER, L.(eds.) (2002). Economia industrial. Fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro. Editora Campus. (Caps 10 e 11) • FIANI, R. Teoria Dos Jogos, Capus-Elsevier, 2008 (Cap, 4) • URRACA, Ana; ROCHA, Carlos Frederico interdependência oligopolista e modelos clássicos de oligopólio. Texto para Discussão UFF. • CABRAL,L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Cap. 3 3) Interdependência estratégica em oligopólio: aplicações da teoria dos Jogos • VARIAN, H. (2006). Microecnomia– Princípios Básicos – Uma abordagem moderna (2006) . Rio de Janeiro. Editora Campus. (Caps. 28 e 29) • PINDICK, R .e RUBINFELD, D. Microeconomia, Person,2010 Cap. 13 • FIANI, R. Teoria Dos Jogos, Capus-Elsevier, 2008 (Cap, 6e 7) • CARDOSO, L.C E FAÇANJA, L.O. Cap. 9, Economia Industrial, ed. Campus • PINDICK, R. ; RUBINFELD, D.L Microeconomia -9. Ed, São Paulo, Pearso, Cap. 13 4) Análise estrutural de mercados a) Barreiras estruturais á entrada e determinantes da estrutura de mercado • POSSAS, M. L. Estrutura de Mercado em Oligopólio. São Paulo: Hucitec, 191p, 1990. • IOOTTY, M. e SZAPIRO, M. “Economias de escala e escopo”, Cap. 3, Economia Industrial, ed. Campus • KUPFER, D. “Barreiras estruturais à entrada”, Cap. 6, Economia Industrial, ed. Campus • CABRAL, L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Caps.4 e 5 b) Estratégias de diferenciação de produto • LOSENKANN e,L. e GUTIERREZ, M. “Diferenciação de produtos”, Cap. 6, Economia Industrial, ed. Campus • CABRAL, L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Cap. 8 c) Estratégias de discriminação de preços • VARIAN, H. (2006). Microecnomia– Princípios Básicos – Uma abordagem moderna (2006) . Rio de Janeiro. Editora Campus. (Cap. 26)
• PINDICK, R.e RUBINFELD, D. Microeconomia, Person,2010 Cap. 11 • CABRAL, L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Cap. 7 5) Estratégias de precificação e Barreiras estratégicas a entrada • KON, Anita. “O oligopólio na Teoria da Economia Industrial”, Economia Industrial, Cap.4 • HALL, R.L e HITCH, C.J. “A teoria dos preços e o comportamento empresarial”, Ed. IPEA • LABINI, S. “Oligopólio e progresso técnico”, Capítulos 1 e 2 • CABRAL, L. Economia Industrial, McGrawHill, Lisboa, Cap. 7 6) Estratégias de Crescimento da Firma • GUIMARAÃES, E.A. “Acumulação e Crescimento da firma”, Caps. 1, 2,3 e 4 • PINTO JR, H. Estratégias de Financiamento Cap. 21, Economia Industrial, ed. Campus • STEINDL, Josef. “Maturidade e estagnação do capitalismo americano”, Cap. 5, Coleção Os Economistas • PENROSE, E. (1959) The theory of the growth of the firm. Oxford: Oxford University (third edition, 1995). 7)Teoria dos custos de transação • FIANNI, R. “Teoria dos custos de Transação”; Cap. 12, , Economia Industrial, ed. Campus • PONDE, J. L. “Organização das grandes corporações”, cap. 13, Economia Industrial, ed. Campus
Além da bibliografia básica apresentada neste programa, serão fornecidas referências adicionais e complementares ao longo do curso. Nota final composta de duas avaliações , ao final dos módulos 4 e 8
Estrutura do Tópico • • • •
OI: Definição, Objeto e Questões Centrais Diferenciação: Micro x OI Referencial Básico: o Modelo ECP Concentração e Poder de Mercado
Definição geral – Organização Industrial (OI) Stigler (1968): “organização industrial é a aplicação da teoria microeconômica para a análise do funcionamento das empresas, mercados e indústrias”. ➢ Tirole (1988): “A economia industrial estuda a maneira como atuam as forças do mercado, o comportamento dos seus agentes e o resultado concreto que eles obtêm”. ➢ OI desenvolve análises no campo da Microeconomia Aplicada, estudando as características das estruturas de mercado, o comportamento das firmas e suas conseqüências. Meta: ➢ Aumentar a eficácia da análise de indústrias, através da identificação de dimensões-chave da mesma. ➢ Desenvolver conhecimentos para subsidiar decisões e julgamentos mais bem informados sobre temas relacionados ao comportamento de indústrias. Objetivo: Incrementar a compreensão dos problemas estáticos e dinâmicos enfrentados pelas firmas: 1. Internamente, discute-se como a organização da produção ocorre no interior da firma – Teoria da Firma 2. Externamente, discute-se como as firmas competem no ambiente dos mercados – Teoria dos Mercados e Concorrência ➢
Fatos Estilizados que orientam análises da OI 1. A maior parte das indústrias é composta por apenas poucas firmas – não tantas quanto assumido no modelo de mercados competitivos, e não apenas uma, como assumido no mercado de Monopólio. Prevalência de condições de “concorrência imperfeita”. 2. As firmas em algumas indústrias produzem bens homogêneos ou até mesmo idênticos, enquanto em outras predominam produtos diferenciados. 3. As firmas incorrem em outros custos relevantes em adição ao custo de produção propriamente dito – p.e.x.,propaganda, controle de qualidade, custos de diferenciação de produto, P&D, marketing e distribuição – enquanto os modelos padrão consideram apenas os custos de produção. 4. A estratégia competitiva “ótima” da firma é implementada como resposta às estratégias de seus competidores efetivos e potenciais, gerando uma interdependência ausente nos modelos de concorrência perfeita e monopólio.
Organização Industrial – Questões Fundamentais 1. Existe poder de mercado na situação
analisada?
2. Como as firmas adquirem e mantém o poder de mercado? 3. Quais são as implicações do poder de mercado? 4. Qual o papel das interações estratégicas em um contexto de poder de mercado? 5. Qual o papel das políticas públicas, face à existência de poder de mercado?
Oligopólios como caso geral da análise da OI • Abandona o foco em Mercados de Competição Perfeita e volta-se para o estudo de situações onde o mercado apresenta “falhas” • Considera que os mercados oligopolizados constituem a regra e não a exceção. • Firmas são diferentes entre si em termos de diversas dimensões: produtos, processos produtivos, tamanho, formas organizacionais, marcas, localização, redes de distribuição, rentabilidade, etc. • As firmas que são capazes de sustentar lucros acima da média da indústria apresentam uma “vantagem competitiva” em relação aos concorrentes • A fonte de vantagens competitivas é tipicamente algum recurso ou competência que é difícil de imitar (tecnologias particulares, segredos de mercados, marcas, etc.) • Como os oligopólios variam substancialmente, é importante considerar e descrever as características estruturais dessas indústrias,
Objeto e Escopo do estudo da Organização Industrial (Ampliação do Foco) • Estudo dos condicionantes do crescimento das firmas e seus efeitos sobre a configuração e evolução das estruturas industriais • Estudo dos fatores determinantes da formação das diferentes estruturas industriais e suas transformações ao longo do tempo • Estudo das estratégias competitivas e como elas afetam o desempenho das firmas e a própria estrutura da indústria • Entendimento de como as firmas tomam decisões num ambiente caracterizado por incerteza e informação imperfeita (limitada) • Análise do papel da inovação/progresso técnico como fator-chave na explicação do desempenho das firmas e evolução/transformação das estruturas industriais
Questões Gerais Decorrentes • Como é definido o mercado? • Qual o significado do poder de mercado e qual a sua articulação com as barreiras à entrada e saída? • Quais são as características dos contextos de oligopólio analisados? • Quais são as diferentes estratégias das firmas? • Qual o significado da diferenciação vertical e horizontal de produto? • Quais são as implicações da discriminação de preços de primeiro, segundo e terceiro graus? • Em que medida uma nova decisão de entrada afeta o ambiente competitivo pré-existentes? • Quais os impactos da consolidação empresarial (através de fusões e aquisições) sobre a dinâmica de comportamento do mercado? • Qual o papel da autoridade de regulação anti-truste e de defesa da concorrência?
Diferenciação: OI x Microeconomia • Duas visões distintas: OI como ruptura x OI como evolução em relação a Micro tradicional • Microeconomia: enfoque teórico e abstrato, sem um âmbito de aplicação específico. • Organização Industrial: microeconomia aplicada à análise de funcionamento dos sistemas industriais. Características da Organização Industrial : • Tradicionalmente: menor nível de abstração • Enfoque simultaneamente teórico e empírico • Estudo de situações / mercados reais • Consideração da diversidade de estratégias dos atores • Micro-fundamento: firma dotada de racionalidade complexa (múltiplos objetivos) • Maior ênfase normativa: fundamentação das políticas públicas.
OI – Modelo Básico – Modelo ECP • Estrutura (fatores que determinam a intensidade da competição no mercado) => dependem do número de compradores e vendedores, das barreiras à entrada de novas firmas, da diferenciação de produto, da integração vertical e da diversificação, dentre outros aspectos • Conduta (dimensões do comportamento das firmas em uma dada estrutura de mercado) => inclui condutas de preço, posicionamento do produto, P&D, propaganda, escolha do produto, colusão, fusões e contratos. • Performance (eficácia da indústria em produzir benefícios para os consumidores) => inclui a eficiência econômica (produtiva, técnica e alocativa), a qualidade e nível tecnológico dos produtos;processos, a rentabilidade e a competitividade. • Empiricamente, destaca-se o uso de dados coletados ao nível da indústria e a utilização de regressões para identificar relações do tipo: 1. Características estruturais de indústrias – por exemplo, poucas firmas – resultam em preços elevados 2. Lucros gerados = f(grau de concentração) • Argumento de que concentração elevada é danosa aos consumidores, fornecendo justificativa para legislação anti-truste. • Principal fraqueza: hipótese de que a estrutura de mercado é exógena.
Modelo Básico: Paradigma ECP • O Paradigma ECP Constitui a espinha dorsal da Organização Industrial. • Perspectiva original ressalta existência de uma relação linear predominantemente uni-direcional do tipo: • Estrutura =>Conduta=> Performance • Contudo, progressivamente, tende a ser adotada uma visão menos uni-direccional • i) Admissão de feed-backs entre diferentes níveis do modelo • ii) Integração de outros fatores / níveis explicativos
Estrutura, Conduta, Performance- o Modelo Básico Condições Básicas Demanda Consumidor Elasticidade da Demanda Substitutos Sazonalidade Tx. Crescimento Localização Cond. Conformidade Método de aquisição
Produção Tecnologia Matérias Primas Organiz. Sindical Durabilidade Produto Localização Economias de Escala Economias de Escopo
Estrutura No compradores e vendedores Barreiras à entrada (e saída) Diferenciação de Produto Integração Vertical Diversificação
Conduta Propaganda e Marketing Pesquisa e Desenvolvimento Estratégias de preços Investimento em capital Táticas legais Escolha de produto Colusão Fusões e Contratos
Performance Preços (margens de lucro) Eficiência produtiva Eficiência Alocativa Equidade Qualidade do Produto Progresso Técnico Rentabilidade Competitividade
Políticas governamentais Regulação Política antitruste Barreiras à entrada Taxas e subsídios Incentivos a investimento Incentivos a emprego Polítias Macroeconômicas
Tipos de Estruturas de Mercado Principais estruturas de Mercado: Grau de concorrência diminui Concorrência Concorrência Monopólio Oligopólio monopolista Perfeita
Grau de concorrência aumenta
Elementos de diferenciação de “estruturas de mercado” 1. Concentração de produção e vendas 2. Tamanho, estrutura e limites da firma 3. Barreiras à entrada e saída: estruturais e/ou estratégicas 4. Extensão da diferenciação de produto
Parâmetros para definir a estrutura de mercado – Número de agentes – Tipo de produto – Condições (barreiras) de entrada e saída – Elasticidades – Rivalidade ou interdependência – Assimetria de informações: disseminação do conhecimento. – Custos de transação – Ritmo de progresso técnico e inovação
Estruturas de Mercado Básicas Características
Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolista
1. Quanto ao número de empresas
Muito grande
Só há uma empresa
Pequeno
Grande
2. Quanto ao produto
Homogêneo. Não há diferenças
Não há substitutos próximos
Pode ser homogêneo ou diferenciado
Diferenciado
Não há possibilidade de manobras pelas empresas
As empresas têm grande poder para manter preços relativamente elevados
Embora dificultado pela interdependênci a entre as empresas, estas tendem a formar cartéis
Pouca margem de manobra, devido à existência de substitutos próximo.
Inexistentes
Absolutas (possibilidade de Monopólio Natural)
Significativas (estruturais e estratégicas)
Limitadas e vinculadas à “diferenciação homogênea”
3. Quanto ao controle das empresas sobre os preços
4. Quanto às Barreiras á Entrada
Estruturas de Mercado Básicas Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Não é possível Nem seria eficaz.
A empresa geralmente recorre a campanhas institucionais
É intensa, sobretudo quando há diferenciação do produto
6. Quanto as condições de ingresso no mercado
Não há barreiras
Barreiras de acesso de novas empresas
Barreiras de acesso de novas empresas
7. Exemplos
Produtos agrícolas
Serviços telefônicos
Cimento, automóveis
Características
5. Quanto à concorrência Extra-preço
Concorrência Monopolista
É intensa
Não há barreiras
Confecções
Consumidores
Classificação (ampliada) de estruturas de mercado Muitos compradores
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Perfeita
Alguns compradores
Quase Monopólio
Oligopólio bilateral
Oligopsônio
Um comprador
Monopólio bilateral
Quase Monopsônio
Um vendedor
Alguns vendedores Vendedores
Monopsônio
Muitos vendedores
Poder de Mercado e concentração
Poder de Mercado • Associado à existência de um “grau de monopólio” medido através, por exemplo, do Índice de Lerner: P – MC P • Se os preços mantiverem o diferencial permanentemente assegurarão uma vantagem competitiva para o ofertante Índice de Lerner:
•
Enquanto este diferencial existir será a garantia de maiores lucros para o produtor (ceteris paribus)
Poder de Mercado O que afeta o poder de mercado? • Número de Firmas na Indústria e Grau de Concentração • Existência de Economias de Escala e Escopo que podem levar a monopólios (monopólios naturais) • Diferenciação de produtos • Outros tipos de barreiras à entrada e saída
Poder de Mercado • No oligopólio o nível de poder de mercado das firmas varia devido a diferentes motivos : – Gradiente de concentração: existem vários tipos de concentração no oligopólio, que vai do concentrado ao competitivo; – Variações no market-share: existem assimetrias na distribuição do mercado entre as empresas e entre os vários mercados. – Variação na interdependência: as empresas lutam ou cooperam; – Movimentos de ação e reação entre firmas, definidos tanto em relação à concorrência efetiva como potencial – Natureza das barreiras a entrada e saída
Problema básico: delimitação de mercado •
• •
Indústria / Setor: conjunto de agentes (produtores / vendedores) que produzem / oferecem um produto (bem / serviço) com um determinado grau de homogeneidade. (Ênfase recai sobre a estrutura de oferta). Definição alternativa: conjunto de agentes que produzem / oferecem bens que são substitutos próximos entre si (Ênfase recai sobre a concorrência). Indústria-setor como conjunto de agentes que atuam e concorrem entre si no interior de um determinado mercado
Problemas na delimitação do conceito de Indústria / Mercado: • Extensão geográfica (regional, nacional, global ?) • Delimitação temporal: análise estática versus análise dinâmica; processos de mudança (produtos, tecnologias, indústrias) • Diferenciação / heterogeneidade dos produtos (dificuldades em determinar fronteiras, insuficiência das elasticidades cruzadas) • Diversificação das indústrias (qual a indústria / setor de base?), dada a possibilidade de heterogeneidade da base técnica. • Dificuldades de classificação estatística (estatísticas industriais baseadas na atividade principal; estatística do comércio externo baseadas no produto) • Impactos de relacionamentos verticais e horizontais (com ampliação das fronteiras das empresas e, conseqüentemente, dos mercados) • Mercado: Conjunto de vendedores / compradores que organizam transações de um dado bem / serviço => Consideração da procura e da oferta e importância da delimitação institucional do ambiente de realização de transações. • Dificuldades de delimitação semelhantes aos conceitos de indústria/setor
Definição de Mercado (cont.) • Definir é importante – Sem um conceito consistente o mercado perde sentido – Para identificar se um mercado é competitivo ou não a definição dele é fundamental – Políticas públicas: decisões sobre fusões ou aquisições giram em torno da definição de mercado • Nestlè/Garoto fusão rejeitada pela definição de mercado • Vale do Rio Doce julgamento difícil pelos mercados cruzados – mineração, siderurgia e logística verticalização
Definição de Mercado • Definir é importante – Sem um conceito consistente o mercado perde sentido – Para identificar se um mercado é competitivo ou não a definição dele é fundamental – Políticas públicas: decisões sobre fusões ou aquisições giram em torno da definição de mercado – Mercados: espaço (locus) econômico e espaço geográfico • É o local de competição de produtos perfeitamente substitutos e/ou de produtos que são substitutos imperfeitos • Se 2 produtos similares vão ser usados pelo consumidor com propósitos similares, as firmas produtoras são COMPETIDORAS. Ex: medicamentos de marca, genéricos e similares
Mercados Relevantes • Mercados EM QUE AS FIRMAS COMPETEM • A definição do mercado relevante, em sua dimensão produto, observa o lado da demanda (quais os produtos são considerados substitutos pelos consumidores) e o lado da oferta (se há possibilidade técnica de substituição entre os produtos, dentre outros fatores). • Mercado relevante como locus de (tentativa) de exercício de poder de mercado
Elementos da Estrutura de Mercado – Market-Share (distribuição de mercado) – Concentração de mercado (definida a partir do market-share) – Condições de Entrada – Diferenciação de produtos – Grau de integração vertical
Concentração de Mercado • Concentração: – É a forma tradicional de identificar e entender as estruturas de mercado ; – Entretanto, existem ambigüidades na interpretação , problemas práticos e deficiência teóricas na construção dos índices; – Na verdade o estudo da concentração mostra diretamente o grau de oligopolização daquele mercado; – O estudo – a partir dos índices – parte da hipótese de Bain: • “A concentração facilita a colusão e aumenta a lucratividade da indústria como um todo.”
Concentração de Mercado • Os indicadores de concentração estão relacionados com os modelos estáticos de oligopólio – Cournot, Bertrand e Stalkelberg. • A idéia é: quanto mais concentrado for mercado, ele é menos competitivo; • Segundo Stigler, existe uma relação positiva entre preço/custo(poder de mercado) e grau de concentração ; • A concentração de mercado visa, na verdade identificar o poder de mercado das firmas;
Concentração e Poder de Mercado • Índices de concentração pretendem fornecer um indicador da concorrência existente em um determinado mercado. • Quanto maior a concentração, menor a concorrência entre as firmas, e mais concentrado estará o poder de mercado virtual da indústria. • Poder de mercado virtual de uma empresa individual está relacionado com a sua capacidade de controlar o preço de venda do produto.
Problemas práticos de Medidas de Concentração ➢ Qual o objeto de estudo: Indústria de transformação/Outros Setores; Nível de desagregação da CNAE; Amplitude Geográfica ➢ Qual a fronteira entre Indústria / Mercado ? ➢ Volatilidade das fatias de mercado ➢ Problema de controle acionário
➢ Grau de diversificação ➢ Variável (dimensão) Privilegiada: Volume de Vendas; Emprego; Ativos; Output
➢ Informação sobre a totalidade das firmas ou apenas sobre algumas ? ➢ Que tipos de indicadores de concentração a utilizar: Absolutos (médias); Relativos; Estocásticos
Medidas de Concentração: características Possibilidade de classificar medidas de concentração como parciais ou sumárias, positivas ou normativas. • Parciais: não utilizam os dados da totalidade das empresas em operação na indústria em consideração. Ex: razões de concentração (concentration ratio); • Sumárias: requerem dados sobre todas as empresas em operação. Ex: índice de Hirschman-Herfindahl e índice de entropia de Theil; • Positivas: são unicamente função da estrutura aparente do mercado industrial (nível e distribuição das parcelas de mercado) e não dependem de qualquer parâmetro comportamental, seja ele relativo aos produtores (variações conjecturais, coeficientes de aversão à incerteza etc), seja relativo aos consumidores (elasticidades diretas ou coeficientes de substituição); • Normativas: levam em conta, além da estrutura aparente, os parâmetros comportamentais citados anteriormente.
Características desejáveis nas medidas de concentração - Hall & Tideman (1967) • • •
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• • • •
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Deve ser uma medida unidimensional não ambígua, ou seja, um valor mais elevado do índice deve indicar uma estrutura mais concentrada; Deve ser independente do valor total da variável em estudo, sendo, pois, uma função das parcelas de mercado de todas firmas, Deve ser afetada por uma mudança em qualquer parcela, tal que mudanças nas parcelas de mercado de firmas situadas em quaisquer posições, em termos de um ranking, devem afetar a magnitude do índice; Se cada firma de uma indústria A fosse dividida em duas de tamanho idêntico, o índice deveria cair a metade. Tal propriedade ajudaria a configurar a cardinalidade da medida de concentração; Quando uma indústria está dividida em n firmas de tamanho idêntico, deve-se ter um decréscimo do valor da medida de concentração, conforme n se eleva; Princípio da transferência: se uma empresa maior ocupar parte do mercado atendido por uma empresa menor, índice não pode diminuir Não decrescimento em fusões horizontais: fusões horizontais nunca trazembenefícios para a concorrência. Não crescimento em simetria: em uma indústria com empresas de igual tamanho na qual existe acomodação perfeita à entrada de uma nova empresa, o índice de concentração não aumenta. O índice deve variar entre O e 1 para facilidade de manipulação
Características desejáveis nas medidas de concentração: Axiomas de Hannah e Kay
•
Estabelecem critérios de comparação para se saber se estamos usando bons índices de concentração – – –
–
Função de concentração: Um aumento cumulativo do share da iésima firma, implica um aumento na concentração, ou seja, o índice tem que perceber o ordenamento dos “shares” das firmas. Principio da transferências de vendas: a concentração deve aumentar se os consumidores mudarem das pequenas firmas para as grandes, e vice-versa. Condição de entrada: a entrada de novas firmas com tamanho menor que a média das firmas existentes, deve reduzir a concentração (assumindo que a participação das demais firmas no mercado continue inalterada). Condição de fusão: fusões devem causar aumento da concentração.
Número de empresas e concentração • A competição tende a ser maior quanto maior o número de empresas numa indústria (têxteis, calçados) e menor quando poucas empresas dominam um mercado (linha branca; carros, sabão em pó, cervejas), => concentração absoluta • Ela também tende a ser maior quanto menos assimétrica for a distribuição de tamanho entre as empresas ( ex. 2 com 60% e entre 100 com 40%) => concentração relativa
Medidas de Concentração: características Diferenciação entre duas dimensões básicas. • Concentração Absoluta: reflexo do tamanho das firmas, refletido nas correspondentes fatias de mercado (market-share); • Concentração Relativa: reflexo dos diferenciais de tamanho entre as firmas, refletido na dispersão ou variabilidade das correspondentes fatias de mercado (market-share);
Principais Índices de Concentração • Índice discreto (grau) de concentração • Índice de Hirschman-Herfindahl
• Ìndice de GINI
Medidas de Concentração – Razões de concentração CR Calculado a partir da ordenação de forma crescente do market-share das maiores firmas em um determinado mercado
Medidas absolutas: • CRx = ΣSi
– Interpretação: para valores próximos a 0, as “x” maiores firmas possuem um market-share pequeno qdo comparado ao mercado.
Índice discreto de concentração
r
Cr =
i =1
xi = x
r
s
i
i =1
onde, xi é o output da firma i; x é o output total; r é o número de firmas.
Na situação de equidimensionalidade tem-se Cr = 1/n. Vantagens: exige pouca informação, cálculo fácil.
Problemas: Que valor fixar para r ? Comparação entre setores
Medidas de Concentração Curvas de Concentração – Definindo marketshare (S): – S = Si/Q, onde i= 1,2,3...n. onde o ΣSi = 1.
% de vendas para 4 empresas líderes Firma
Ind A
Ind B
1
70
25
2
10
25
3
5
25
4
5
25
Total
90
100
Medidas de Concentração Curvas de Concentração
• Informações sobre as características estruturais de mercados podem ser determinadas pela curva de concentração • Esta curva combina as informações sobre tamanho das firmas e número de empresas • As firmas são classificadas por ordem de tamanho (da maior para a menor) no eixo X e confrontadas com a produção acumulada no eixo Y (market-share cumulativo delas) • As curvas são então comparadas
Curvas de concentração
Mercado A: a concentração mostra que a maior firma oferta cerca de 60% do mercado e as três maiores, cerca de 90% do mercado Mercado B: tem maior número de firmas e é menos concentrado (curva abaixo da anterior) Mercado C: tem número maior de firmas que B, mas é mais concentrado do que B até as 4 maiores firmas
Curvas de Concentração
No exemplo, levando-se em conta as três maiores empresas a indústria A mostra-se mais concentrada do que a indústria B, porém se foram consideradas as quatro maiores empresas a indústria B mostra-se mais concentrada
Exemplo: dados IBGE/Cadastro Central de Empresas para setores selecionados
Razões de concentração CR: Principais críticas ao uso do CR •
a) as maiores firmas em um período considerado podem não ser as mesmas em outros períodos;
•
b) desconsidera a concentração relativa entre firmas, seja dentro do grupo das maiores firmas ou no grupo das demais. Com efeito, fusões que ocorram dentro dos grupos das n-m firmas não serão captadas em termos de um aumento do valor desse índice, tampouco serão consideradas mudanças na participação relativa de cada firma pertencente ao grupo das m maiores.
Índice H de Herfindahl n
2
xi H = = x i =1
n
si2
i =1
Teoricamente: informação sobre todas as firmas. Na prática: podem-se excluir as mais pequenas. Ao contrário do índice anterior que atribui a mesma ponderação a todas as firmas, este pondera as firmas pela sua quota de mercado → atribui maior poderação às firmas de maior dimensão.
Medidas de Concentração Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI): N
HHI = si
2
i =1
Varia entre 0(=concorrência perfeita) and 1(=monopólio)
Pode também ser definido como:
1 HHI = + N 2 N Leva em consideração o número absoluto e a distribuição do tamanho das firmas
Índice H de Herfindahl (cont.)
Prova − se que :
1 + Cv H= N
onde, Cv é o coeficiente de variação
Interpretação:
2
Cv =
0 H 1 -Equidimensionalidade: Cv = 0 → H = 1/N -Uma só empresa: Cv = 0 e N = 1 → H = 1 -
.
Medidas de Concentração Índice Herfindhal-Hirschman • HHI = Σsi2
o quadrado do Mk-share da i-ésimafirma medida como o produto da firma/ produto total do mercado ou indústria
– Interpretação: este índice será próximo a zero qdo existirem muitas firmas do mesmo tamanho e 1 sob monopólio. – Nº equivalente = 1/HHI → qtde de empresas de igual tamanho.
Número equivalente • É a recíproca do HHI➔ 1/ HHI • Atenção: Indica quantidade de empresas de igual tamanho. Ex: se o HHI for 0.2 a sua recíproca mostra o valor que poderia ser obtido se o mercado fosse constituído de 5 firmas do mesmo tamanho • Nos USA usa-se uma variante do HHI. se HHI=0,18 I= 1.800 ( HHI x 10.000). Interpretação: abaixo de 1.000: mercado desconcentrado; acima de 1.800: mercado altamente concentrado
Comparação entre a razão de concentração (Ci) e o HHI
HHI e CR- CR: não se ajusta às variações no tamanho das firmas
Medidas de concentração • Compare duas medidas diferentes: Posição da firma
Market Share (%)
MS ao quadrado
1
2525
625
2
2525
625
3
2525
625
4
5 5
25
5
5
25
6
5
25
7
5
25
8
5
25
Índice de Concentração
CR4 = 80
H = 2,000
• O índice de concentração é afetado por uma fusão, ex: Posição da firma 1
Market Share (%) 2525
MS ao quadrado
2525
625 Mudam as participações 625
3
2525
625
4
5 5
2
5
Se as firmas 4 e 5 decidirem uma fusão
}
5
6 7
O IC muda
8 Índice de Concentração
} 10
25 25
5
25
5
25
5
25
CR4 = 80
85
}
H = 2,000
100
2,050
Comparação de índices - CR e HHI
Merger Guidelines (EUA) • Desde 1980: HHI usado em substituição ao CR (participações em bases percentuais) • HHI varia entre 0 e 10.000 Se: • 0 < HHI < 1000: Fusão OK • 1000 < HHI < 1.800: existe preocupação se o aumento do índice pós fusão for maior ou igual a 100 pontos • HHI > 1.800: preocupação se o aumento do índice pós fusão for maior que 50 pontos Exemplo uso HHI fusões EUA Antes fusão: • 4 empresas com participações de 40%, 30%, 20% e 10% • HHI antes = 402 + 302 + 202 + 102 = 3.000 • Fusão: 3a. e 4a. Empresa resolvem fundir-se Após fusão: • HHI pós = 402 + 302 + 302 = 3.400 • HHI pós – HHI antes = 400 > 50 pontos • Sinal alerta para a fusão
Brasil: Interpretação do índice HHI na defesa da concorrência Formas de interpretação do índice HHI
Critérios para aprovação de um Ato de Concentração são os seguintes (supondo a que X = 10.000 ou 1).
Concentração e Rentabilidade ◼
Demanda para duas firmas (Cournot) P = A - BQ = A - B(q1 + q2) Cosiderando N firmas com custos marginais distintos.
◼
Demanda para firma 1 com N firmas : isP = ( A − BQ−1 ) − Bq1
◼
◼
Sea demanda da firma 1 é dada por : P = ( A − BQ− i ) − Bqi pode ser definida como: MR = A − BQ − 2 Bq −i
◼
,então a RMg
i
Igualando RMg=MCMg → e definindo solução de equilíbrio pelo índice *.
Mas Q*-i + q** i = Q** A − BQ − 2 Bq = ci → A − BQ− i − Bq − Bq* = ci e A - BQ* = P* * −i
* i
A − B ( Q−*i + q*i ) − Bq*i − ci = 0 =P
P* − Bqi* − ci = 0
P* − Bqi* = ci
i
i
Concentração e Rentabilidade P* - ci = Bq*i Divindo por P* e multiplicando lado direito por by Q*/Q* Margem preço-custo de P* - ci cadaBQ* firma q* éi = P* determinada P* Q* Por market-share Mas BQ*/P* = 1/ e q*i/Q* = si e elasticidade –preço si P −c s então: P* - cai demanda = = P Margem preço-custo da P* é −s c s P indústria Extendendo a análise tem-se: P −c P −c = = s determinada pelo P P Pgrau de P* - c = H concentração s ( ) P* H *
*
i
i
*
N
i =1
*
* i
N
i =1
i
*
* 2 i
=
(
N
i =1
* i
N
*
i =1
*
* i i
)
*
*
Referencial Estrutura-Conduta-Performance Concentração de Mercado e Rentabilidade Assumindo que firmas produzem um bem homogêneo, com mesmo CMg e produto dado por: Q = q1 + q2 + ... + qn Lucro da firma i é dado por:
i = p(Q)qi − mcqi
dp = mc = MC Firmas competem a la Cournot: MR = p + qi dQ p − mc 1 s L =− =− Resolvendo para a firma n: p n Generalizando para diferentes valores do CMg:
p − mci si HHI L = si = − =− p i i 2
Índice de Hannah e Kay n
R=
s
i
,
0
i =1
Trata-se de uma generalização de H. Se se R = H.
= 2 tem-
De acordo com o peso que se queira dar às maiores empresas, utilizam-se diferentes valores para .
Medidas de concentração relativa – Enfocam as disparidades no tamanho das firmas que operam no mercado relevante: quanto mais desigual é a distribuição de tamanho, mais concentrado é o mercado – Desvantagem: ignoram diferenças quanto ao número de firmas existentes
Medidas de concentração relativaCoeficiente de Gini (curva de Lorenz)
Produção acumulada
A
C
0
B Percentagem acumulada (do menor para o maior)
100
Quanto maior for o desvio da Curva de Lorenz em relação à diagonal OA, maior é a desigualdade de tamanho das firmas
Medidas relativas de concentração Coeficiente de Gini •
• •
•
α = Área compreendida entre a diagonal (reta de perfeita igualdade) e a curva de Lorenz. O indice de Gini varia entre 0 (perfeita igualdade) e 1 (maxima desigualdade). O coeficiente de Gini se calcula como uma razão das áreas no diagrama . Se a área entre a linha de perfeita igualdade e a Curva de Lorenz, A, e a área abaixo da curva de Lorenz é B, então o coeficiente de Gini é igual a A/(A+B) Esta razão se expressa como percentagem ou como equivalente numérico dessa percentagem, que é sempre um número entre 0 e 1
Cálculo do Índice de Gini Fórmula de Brown • G = coeficiente de Gini • X = proporção acumulada da variável "população" ou “firmas” por ordem crescente de “faixa de rendimento” ou de “tamanho” • Y = proporção acumulada da variável "renda” ou do “valor das vendas
Fórmula Aleternativa • Utilização de distribuição de freqüências segundo fórmula
Exemplo de cálculo de IG
Exemplo de cálculo de IG Firma 20 Firma 19 Firma 18 Firma 17 Firma 16 Firma 15 Firma 14 Firma 13 Firma 12 Firma 11 Firma 10 Firma 9 Firma 8 Firma 7 Firma 6 Firma 5 Firma 4 Firma 3 Firma 2
Distr sem Distr sem desig Indústria desig (1) acum (2) Indústria A Indústria B Indústria C Indústria D A 5% 5% 0,10% 1,50% 1,00% 2,50% 0,10% 5% 10% 0,10% 1,00% 1,00% 2,50% 0,20% 5% 15% 0,11% 1,50% 1,00% 2,50% 0,31% 5% 20% 0,12% 1,50% 1,00% 2,50% 0,43% 5% 25% 0,13% 1,50% 1,00% 2,50% 0,56% 5% 30% 0,14% 1,50% 1,00% 2,50% 0,70% 5% 35% 0,15% 3,00% 1,00% 2,50% 0,85% 5% 40% 0,16% 3,00% 1,00% 2,50% 1,01% 5% 45% 0,32% 3,00% 1,00% 2,50% 1,33% 5% 50% 0,77% 3,00% 1,00% 2,50% 2,10% 5% 55% 1,50% 3,00% 1,00% 7,50% 3,60% 5% 60% 1,80% 5,00% 1,00% 7,50% 5,40% 5% 65% 1,90% 5,00% 1,00% 7,50% 7,30% 5% 70% 2,00% 5,00% 1,00% 7,50% 9,30% 5% 75% 2,20% 5,00% 1,00% 7,50% 11,50% 5% 80% 3,50% 5,00% 10,00% 7,50% 15,00% 5% 85% 5,00% 5,00% 10,00% 7,50% 20,00% 5% 90% 10,00% 15,50% 15,00% 7,50% 40,00% 5% 95% 10,00% 15,50% 25,00% 7,50% 30,00%
9,50
0,40
0,85
0,75
0,93
IG
Firma 1 Firma 2 Firma 3 Firma 4 Firma 5 Firma 6 Firma 7 Firma 8 Firma 9 Firma 10 Firma 11 Firma 12 Firma 13 Firma 14 Firma 15 Firma 16 Firma 17 Firma 18 Firma 19 Firma 20
Indústria A Indústria B Indústria C Indústria D 60,00% 15,50% 25,00% 7,50% 10,00% 15,50% 25,00% 7,50% 10,00% 15,50% 15,00% 7,50% 5,00% 5,00% 10,00% 7,50% 3,50% 5,00% 10,00% 7,50% 2,20% 5,00% 1,00% 7,50% 2,00% 5,00% 1,00% 7,50% 1,90% 5,00% 1,00% 7,50% 1,80% 5,00% 1,00% 7,50% 1,50% 3,00% 1,00% 7,50% 0,77% 3,00% 1,00% 2,50% 0,32% 3,00% 1,00% 2,50% 0,16% 3,00% 1,00% 2,50% 0,15% 3,00% 1,00% 2,50% 0,14% 1,50% 1,00% 2,50% 0,13% 1,50% 1,00% 2,50% 0,12% 1,50% 1,00% 2,50% 0,11% 1,50% 1,00% 2,50% 0,10% 1,00% 1,00% 2,50% 0,10% 1,50% 1,00% 2,50%
Firma 20 Firma 19 Firma 18 Firma 17 Firma 16 Firma 15 Firma 14 Firma 13 Firma 12 Firma 11 Firma 10 Firma 9 Firma 8 Firma 7 Firma 6 Firma 5 Firma 4 Firma 3 Firma 2 Firma 1
1,50 0,1576 0,8424
Indústria Indústria Indústria B C D 1,50% 1,00% 2,50% 2,50% 2,00% 5,00% 4,00% 3,00% 7,50% 5,50% 4,00% 10,00% 7,00% 5,00% 12,50% 8,50% 6,00% 15,00% 11,50% 7,00% 17,50% 14,50% 8,00% 20,00% 17,50% 9,00% 22,50% 20,50% 10,00% 25,00% 23,50% 11,00% 32,50% 28,50% 12,00% 40,00% 33,50% 13,00% 47,50% 38,50% 14,00% 55,00% 43,50% 15,00% 62,50% 48,50% 25,00% 70,00% 53,50% 35,00% 77,50% 84,50% 75,00% 92,50% 69,00% 60,00% 85,00%
5,16 0,5432 0,4568
3,15 0,3316 0,6684
7,00 0,7368 0,2632
2- A
4,90% 9,80% 14,69% 19,57% 24,44% 29,30% 34,15% 38,99% 43,67% 47,90% 51,40% 54,60% 57,70% 60,70% 63,50% 65,00% 65,00% 50,00% 65,00% 8,00 0,8424
2-B
3,50% 7,50% 11,00% 14,50% 18,00% 21,50% 23,50% 25,50% 27,50% 29,50% 31,50% 31,50% 31,50% 31,50% 31,50% 31,50% 31,50% 5,50% 26,00% 4,34 0,4568
2-C
4,00% 8,00% 12,00% 16,00% 20,00% 24,00% 28,00% 32,00% 36,00% 40,00% 44,00% 48,00% 52,00% 56,00% 60,00% 55,00% 50,00% 15,00% 35,00% 6,35 0,6684
2-D
2,50% 5,00% 7,50% 10,00% 12,50% 15,00% 17,50% 20,00% 22,50% 25,00% 22,50% 20,00% 17,50% 15,00% 12,50% 10,00% 7,50% -2,50% 10,00% 2,50 0,2632
Distr sem Distr sem desig Indústria Indústria desig acum A B Indústria C Indústria D Indústria A Indústria B Indústria C Indústria D 5% 5% 0,10% 1,50% 1,00% 2,50% 0,10% 1,50% 1,00% 2,50% 5% 10% 0,10% 1,00% 1,00% 2,50% 0,20% 2,50% 2,00% 5,00% 5% 15% 0,11% 1,50% 1,00% 2,50% 0,31% 4,00% 3,00% 7,50% 5% 20% 0,12% 1,50% 1,00% 2,50% 0,43% 5,50% 4,00% 10,00% 5% 25% 0,13% 1,50% 1,00% 2,50% 0,56% 7,00% 5,00% 12,50% 5% 30% 0,14% 1,50% 1,00% 2,50% 0,70% 8,50% 6,00% 15,00% 5% 35% 0,15% 3,00% 1,00% 2,50% 0,85% 11,50% 7,00% 17,50% 5% 40% 0,16% 3,00% 1,00% 2,50% 1,01% 14,50% 8,00% 20,00% 5% 45% 0,32% 3,00% 1,00% 2,50% 1,33% 17,50% 9,00% 22,50% 5% 50% 0,77% 3,00% 1,00% 2,50% 2,10% 20,50% 10,00% 25,00% 5% 55% 1,50% 3,00% 1,00% 7,50% 3,60% 23,50% 11,00% 32,50% 5% 60% 1,80% 5,00% 1,00% 7,50% 5,40% 28,50% 12,00% 40,00% 5% 65% 1,90% 5,00% 1,00% 7,50% 7,30% 33,50% 13,00% 47,50% 5% 70% 2,00% 5,00% 1,00% 7,50% 9,30% 38,50% 14,00% 55,00% 5% 75% 2,20% 5,00% 1,00% 7,50% 11,50% 43,50% 15,00% 62,50% 5% 80% 3,50% 5,00% 10,00% 7,50% 15,00% 48,50% 25,00% 70,00% 5% 85% 5,00% 5,00% 10,00% 7,50% 20,00% 53,50% 35,00% 77,50% 5% 90% 10,00% 15,50% 15,00% 7,50% 40,00% 84,50% 75,00% 92,50% 5% 95% 10,00% 15,50% 25,00% 7,50% 30,00% 69,00% 60,00% 85,00% 5% 100% 60,00% 15,50% 25,00% 7,50% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Medidas de Concentração Coeficiente de Gini (curva de Lorenz) •
Gini-Lorenz: Firmas são classificadas pelo tamanho, agregadas das menores para as maiores (como uma percentagem do número de firmas no mercado) e confrontadas com o percentual cumulativo do mercado ou da produção
•
Um grande desvio da curva em relação a linha diagonal, significa uma grande desigualdade nos tamanhos das firmas.
•
O coeficiente de Gini(0 < G < 1) sumariza só a medida (é a área sombreada OAC dividida pela área do triângulo OAB)
•
O Coeficiente de Gini varia entre O (quando todas as firmas têm igual tamanho e a curva reduz-se a uma reta OA) e 1, com apenas uma firma ocupando o mercado
•
O problema dos índices de desigualdade é que eles medem a extensão do controle de uma grande proporção da produção industrial por uma pequena porcentagem de firmas. Como esta pequena Porcentagem pode corresponder a 1,10, 100 ou mais firmas, uma grande desigualdade pode significar uma grande ou pequena concentração e vice-versa.
Uso de Medidas de Concentração – Tendências Gerais • Os índices de concentração oferecem uma informação útil sobre o nível de concorrência na indústria; • Apesar dos problemas teóricos e práticos, os indicadores servem para uma caracterização prévia da estrutura do mercado; • É interessante tomar as medidas junto com outras variáveis explicativas e compará-las a luz do conhecimento sobre o setor.
Concentração de MercadoMercado de Cervejas
Evolução da indústria: Índices de mudança estrutural • • •
Os índices de concentração de fornecer apenas um retrato "instantâneo" estático da estrutura de uma indústria em um determinado momento. É necessário completar a análise com uma análise dinâmica, utilizando índices de mudança estrutural. Existem dois tipos principais: 1. Os índices de instabilidade: refletem a variação média das parcelas de mercado de cada uma das empresas em uma indústria ao longo de dois (ou mais) períodos consecutivos. Seu valor é mínimo (I = 0) quando as parcelas permanecem inalteradas entre períodos para qualquer empresa.
Evolução da indústria: Índices de mudança estrutural • 2. Índices de entradas e saídas: refletem mudanças medidas do número de empresas que ocorrem na indústria i ao longo de duas (ou mais) períodos