Metodologia de Pesquisa Pesquisa Quantitativa Rodrigo Claudino Diogo
Roteiro Primeiras palavras Contextualizando A pesquisa quantitativa Características Validade interna Validade externa O instrumento de coleta de dados Obras consultadas
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Primeiras palavras Segundo Sérgio V. de Luna (1988), para
pesquisar, são necessários: A existência de uma pergunta que se deseja responder; A elaboração de um conjunto de passos que permitam obter informações para responder à pergunta; A indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida.
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Um pouco de história A pesquisa quantitativa nas ciências sociais
tem como marco inaugural a filosofia positivista de Auguste Comte (pai da sociologia) Outros grandes expoentes (clássicos) do positivismo: Stuart Mill Émile Durkheim
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A filosofia positivista de Comte Nega que a explicação dos fenômenos naturais,
assim como sociais, provenha de um só princípio Abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e torna-se pesquisa de suas leis, vistas como relações constantes entre fenômenos observáveis Defende a unidade de todas as ciências e da aceitação da abordagem científica na realidade social humana:
Os métodos das ciências naturais devem ser aplicados às ciências sociais (humanas)
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Pressupostos básicos O positivismo (clássico) têm como
pressupostos básicos:
A separação radical entre o sujeito e o objeto do conhecimento A ciência social é neutra (livre de valores) O objetivo da ciência social é encontrar regularidades e relações entre os fenômenos sociais
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A história recente As pesquisas positivistas (quantitativas)
predominaram até o início de 1970 A partir de 1970 as abordagens qualitativas ganham corpo e passam a disputar o espaço com as pesquisas quantitativas As abordagens qualitativas negam a validade de todos ou de alguns dos pressupostos da pesquisa quantitativa
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A pesquisa quantitativa Colocar em um relatório de pesquisa em
educação: gráficos, percentuais, estatísticas e outros dados numéricos significa fazer pesquisa quantitativa?
Então, o que caracteriza uma pesquisa
educacional como quantitativa? ©Rodrigo Claudino Diogo –
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A pesquisa quantitativa: características Baseia-se na experimentação, onde os
delineamentos podem ser: Pré-experimentais: pouco controle; quase nenhum valor científico Experimentais: grande controle e valor científico Quase-experimentais: similares aos experimentais, mas sem o mesmo controle experimental
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A pesquisa quantitativa: características Preocupa-se com:
Validade interna: mínimo necessário para garantir que o experimento é válido para a instância específica onde foi realizado Validade externa: refere-se às questões de inferência indutiva ou de generalização do experimento/resultados/conclusões Controle das variáveis que ameaçam a validade (tanto interna quanto externa)
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A pesquisa quantitativa: características Faz uso intensivo de técnicas estatísticas,
correlacionando as variáveis e verificando o impacto e a validade do experimento:
Essas técnicas devem ser adequadas ao tipo de delineamento adotado
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Validade interna - variáveis a controlar Variáveis que possuem impacto e que se
não controladas podem produzir efeitos confundidos com o efeito do estímulo experimental:
História: são os eventos ocorridos entre a primeira e segunda observação ou entre o estímulo experimental e uma observação Maturação: processos internos aos sujeitos, que são função do transcorrer do tempo
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Validade interna – variáveis a controlar
Testagem: efeitos da aplicação de um teste sobre os escores de uma segunda aplicação Instrumentação: mudanças nos instrumentos de medida, nos observadores e nos encarregados da atribuição das notas Regressão estatística: fenômeno que ocorre quando grupos tenham sido selecionados com base em seus escores extremos Vieses de seleção: causados por seleção diferencial de sujeitos para a comparação de grupos
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Validade interna – variáveis a controlar
Mortalidade diferencial: causada pela perda de respondentes por parte dos grupos comparados Interação seleção-maturação e outras interações: ocorrem quando um dos grupos (de controle ou experimental) está sujeito a uma maturação ou a uma evolução significativamente maior do que a do outro grupo
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Validade externa – variáveis a controlar Devem ser controladas as variáveis que
ameaçam a generalização do experimento:
Efeito reativo: o pré-teste pode aumentar ou diminuir a sensibilidade ou a capacidade de resposta dos sujeitos à variável experimental Interação entre os vieses decorrentes da seleção e a variável experimental:pode ocorrer que os efeitos demonstrados sejam válidos apenas para a população onde foram selecionados o grupo de controle e o experimental
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Validade externa – variáveis a controlar
Interferência de tratamentos múltiplos: pois os efeitos dos tratamentos anteriores não podem ser cancelados
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O instrumento de coleta de dados Deve ser:
Válido: o instrumento consegue medir aquilo a que se propõem?
Alguns tipos de validade: de conteúdo, concorrente e preditiva
Fidedigno: qual é o erro proveniente do uso do instrumento de coleta de dados e o quão estável é esse instrumento?
Um instrumento não pode ser válido se não
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O instrumento de coleta de dados Nas pesquisas quantitativas:
A fidedignidade é resolvida por meio da estatística A validade deve ser alcançada por meio do maior número possível de critérios de validade
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Alguns Delineamentos Pré-experimental
Pré-teste e pós-teste aplicados a um grupo
O1
O2
A validade interna está ameaçada por:
X
História, maturação, testagem, instrumentação, regressão estatística e interação de seleção e maturação
A validade externa está ameaçada por:
Reatividade, interação de testagem e X, e a interação de seleção e X
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Alguns Delineamentos Experimental
Pré-teste e pós-teste a grupos experimentais e de controle (D4)
A A
O1 O3
X
O2 O4
A validade interna está “assegurada” A validade externa está ameaçada pela interação entre X e alguma outra variável:
Os efeitos observados de X podem ser específicos aos grupos aquecidos pelo pré-teste
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Alguns Delineamentos Quase-experimental
Delineamento com grupo de controle (nãoequivalente )
O1 O3
X
O2 O4
É utilizado quando não é possível o D4
Está suscetível às mesmas fraquezas que D4 e ainda à interação de seleção e maturação (validade interna)
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Alguns delineamentos e as validades
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Obras consultadas CAMPBELL, D. T.; STANLEY, J. C. Delineamentos experimentais e
quase-experimentais de pesquisa. São Paulo: EPU: Ed. da Universidade de São Paulo, 1979. FILHO, José Camilo dos Santos; GAMBOA, Silvio Sanches (org.). Pesquisa Educacional: quantidade-qualidade. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2000 – (Coleção Questões de Nossa Época; v.42). LUNA, Sérgio V. de. O falso conflito entre tendências metodológicas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 66, 1988. MOREIRA, Marco Antônio. Pesquisa em ensino: aspectos metodológicos e referenciais teóricos à luz do Vê epistemológico de Gowin. São Paulo: EPU, 1990. MOREIRA, M. A., LANG, Fernando da Silveira. Instrumentos de pesquisa em ensino e aprendizagem: a entrevista clínica e a validação de testes de papel e lápis. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1993.
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Variável/estímulo experimental O conjunto de materiais, eventos, situações
e/ou metodologias que serão aplicados aos grupos experimentais Como exemplos de variável/estímulo experimental temos: A aplicação de uma seqüência didática A utilização de um recurso tecnológico como recurso educacional O estudo de um texto
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Observação, teste ou medição Método utilizado para se obter os dados
Entrevistas, filmagens, testes de papel e lápis, testes computacionais
O pré-teste é considerado uma observação
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Tipos de validade De conteúdo: quando o conteúdo presente no
instrumento contempla uma vasta gama dos conteúdos/conhecimento que está sendo medido Concorrente: quando um instrumento obtém resultados que se relacionam aos resultados obtidos por outro instrumento que já tenha sido validado Preditiva: quando o pesquisador utiliza os resultados obtidos com esse instrumento para fazer predições sobre os respondentes e estas predições são confirmadas ©Rodrigo Claudino Diogo –
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