Consultório Médico Ano 1 no.1
Maturidade ICTERÍCIA
Número 1 Icterícia Anemia nos idosos Depressão Diabetes Exercícios para pessoas com distúrbios A pele na maturidade
É a coloração amarela da pele, dos olhos e da urina. A icterícia ocorre pela liberação da bilirrubina, que é um pigmento originário da decomposição do núcleo heme da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue. A bilirrubina passa pelo fígado e é secretada pela bílis, que ajuda a digestão. A icterícia no recém-nascido, pode ser resultante da ruptura dos glóbulos vermelhos da criança devido a uma incompatibilidade com o sangue da mãe. Nos casos graves que envolvem o fator Rh do sangue esse precisa ser trocado. Nos casos leves a fototerapia no berçário é suficiente. Mas o recém-nascido pode ter uma icterícia grave porque tem atresia de vias biliares, ou seja, o fígado produz a bílis, mas como não tem como ser eliminada para o intestino, extravasa para o sangue, e, geralmente, é necessária a realização de uma cirurgia. Nas pessoas de meia idade, de 40 a 50 anos, a presença de icterícia, com dor, pode estar ligada a obstrução do Colédoco (canal que sai da vesícula biliar, onde se acumula a bílis). A obstrução geralmente se dá pela presença de cálculos (pedras). No idoso, quando a icterícia fica mais para o tom verde e com coceiras pelo corpo, que aparece de repente, devese investigar câncer de pâncreas ou da própria vesícula. Hepatites (inflamação do fígado),
cirroses hepáticas (por álcool ou por medicamentos), contato com ratos podem causar uma doença chamada de leptospirose (por vírus) são causas de icterícia. Sintomas Dor abdominal, principalmente na altura do fígado, lado direito, no alto do abdômen próximo as costelas. Ocorre nos casos de câncer, cólica biliar por cálculo (coledocolitiase). Fezes brancas, porque falta o pigmento e a urina fica muito escura porque tem pigmento excessivo. O que fazer? A grande dificuldade em certos pacientes é decidir se a icterícia é de resolução clínica ou cirúrgica. Os exames de laboratório podem mostrar se a lesão é na intimidade do fígado, na célula, causada por vírus (hepatite, leptospirose etc.), drogas, álcool ou cirrose, ou algum problema externo, e se é necessário fazer outros exames mais invasivos como ultrasom, colangiografia com aplicação de contraste na veia para estudar os canais biliares e mapeamento da vesícula e laparoscopia com biópsia ou não, em que se estuda o fígado e as vias biliares através de um exame direto com um aparelho com lentes especiais, introduzido no abdômen. A cirrose é a sétima causa de morte nos EUA, causando mais de 25.000 óbitos a cada ano. No Brasil, são notifica-
ANEMIA NOS IDOSOS das em média 12.800 mortes/ano. As complicações mais graves da cirrose hepática são hemorragias, infecções, icterícias e encefalopatia (aumenta a pressão dentro do cérebro, com convulsões e alucinações). Praticamente todos os sistemas do corpo são afetados pela cirrose que ainda expõe o paciente ao risco de câncer hepático. A cirrose é irreversível, mas o ritmo de progressão pode ser bastante lento em alguns pacientes. Nos pacientes com hepatite B, por exemplo, a sobrevida de cinco anos após o diagnóstico de cirrose é de 71%. Nos alcoólatras que se abstém, a sobrevida de cinco anos chega a 85%. Naqueles que persistem no etilismo, por outro lado, é de apenas 60%.
Reumatologistas da Nova Zelândia estudaram 293 mulheres sadias, no período de pós-menopausa (quando já não menstruavam mais, há um ano), e constataram que as mulheres que tiveram o cabelo esbranquiçado, antes dos 40 anos, apresentavam uma diminuição de massa óssea (o que significava que tinham osteopenia (grau leve de perda óssea) ou osteoporose (grau mais grave de perda de massa óssea). Leia o artigo na íntegra na 1a. edição de
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A Organização Mundial da Saúde define como anemia, no adulto, a concentração da hemoglobina abaixo de 7,5 mmol/L (120g /L) para a mulher e 8,1mmol/L (130g/L) no homem. Numa avaliação de 755 idosos, com 85 ou mais anos de idade, que foram acompanhados durante 10 anos, de ambos os sexos, o índice de mortalidade aumentou à proporção que diminuía a hemoglobina. Os idosos que já haviam referido anemia, no início do estudo, tiveram 2,2 vezes mais risco de óbito. A mortalidade por tumores e doenças infecciosas também foi maior nos idosos anêmicos. A anemia em pessoas idosas significa doença. O Sangue O sangue é bombeado pelo coração para todo organismo através de artérias e veias. Os glóbulos vermelhos transportam oxigênio dos pulmões para os tecidos e retiram o gás carbônico dos tecidos levando-o para ser eliminado pelos pulmões. Os glóbulos brancos participam ativamente da defesa do organismo. O exame hematológico ou hemograma estuda as células do sangue, identificando inúmeras doenças, desde aquelas próprias do sangue (como a anemia e a leucemia, por exemplo) até infecções e doenças alérgicas. As principais doenças hematológicas na terceira idade são a anemia, resultantes de várias causas como as hemorragias pequenas ou grandes, as leucopenias (falta de glóbulos brancos), as leucemias (excesso de glóbulos brancos), e os tumores de células sangüíneas, como o linfoma e o mieloma múltiplo. A anemia é a diminuição do número de glóbulos vermelhos ou o número de glóbulos está normal, mas seu conteúdo (hemoglobina), está baixo. É uma grave conseqüência da desnutrição. A principal causa de anemia é a deficiência de ferro (anemia ferropriva), substância básica na formação da hemoglobina. Pode também ocorrer na deficiência de vitamina B12, de cobre e de zinco. A perda contínua e discreta de sangue pelas fezes (devida a um tumor intestinal silencioso, ou por hemorróidas, por exemplo) pode levar à anemia com poucas queixas clínicas devido a sua instalação lenta, o mesmo podendo ocorrer na perda sangüínea vaginal continuada (mioma uterino, por exemplo). Dietas pobres em ferro e em vegetais, utilizadas durante muito tempo, podem levar a anemia. Dietas pouco diversificadas, muito comuns em vários tipos de tratamentos, como no diabetes, por exemplo, são causas de anemia na terceira idade. Situações em que há má absorção de alimentos (doenças do estômago, por exemplo) também podem levar a anemia por deficiência de vitamina B12. A deficiência de vitamina C pode também ser uma causa de anemia na terceira idade e é favorecida pelo alcoolismo. A doença renal e os distúrbios da tireóide podem levar à anemia. Vários medicamentos podem provocar a anemia destacando-se, por exemplo, antibióticos (cloranfenicol e várias penicilinas), quimioterápicos, anticonvulsivantes (remédios contra a epilepsia (carbamazepina), drogas usadas no tratamento da tireóide, do diabetes e da alergia. Vários antiinflamatórios e tranqüilizantes podem também levar a anemia. A anemia se manifesta de maneira variável, podendo levar a manifestações
EXERCÍCIO PARA PESSOAS COM DISTÚRBIOS DE SAÚDE O idoso não pode começar a se exercitar sem antes fazer uma consulta ao médico se tiver problemas de saúde como hipertensão, diabetes, disfunções cardíacas, pulmonares ou ortopédicas.
Procure um médico para orientação. E sempre depois dos exercícios preste atenção caso esteja muito ofegante ou suando em excesso. Esses são sinais de que pode estar fazendo
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cardíacas, vasculares e pulmonares. A fadiga e falta de disposição são os sintomas mais freqüentes. Há também emagrecimento e palidez. Pode ocorrer em pessoas obesas que tenham dieta pouco diversificada. O hemograma, dosagem de ferro no sangue e a pesquisa de sangue oculto nas fezes também fazem parte do estudo da anemia. Algumas vezes há necessidade de se examinar a medula óssea, local formador das células do sangue. O tratamento correto da anemia deve se basear em um diagnóstico. Em certas situações deve ser feita a reposição de ferro ou ácido fólico, e em outras de vitamina B12. Há situações em que há necessidade de transfusão de sangue.
esforço maior do que o seu organismo pode suportar. Escolha um horário do dia que não seja muito quente. O excesso de calor pode provocar uma desidratação e com isso aumentando em demasiado o esforço do coração. Use roupas adequadas, frescas e elásticas, e um tênis que possa amortecer o impacto de uma caminhada, para não sobrecarregar as articulações. Não faça exercício em jejum, pois a energia para as atividades físicas vêm daquilo que se come, mas se comeu ou bebeu demais, também não faça exercícios. Beba água em pequenas porções, de 20 em 20 minutos, durante os exercícios. Faça exercício no mínimo duas vezes por semana, pelo menos durante 15 a 30 minutos. Força das mãos Reumatologistas da Universidade Boston fizeram um estudo com 453 pessoas que realizaram uma radiografia da mão entre 1967-1969 e não tinham sinais de artrose. Na mesma ocasião mediram a força de apreensão (a força de apertar um dinamômetro aparelho que mede essa força em números) e constataram que essa força era alta. Em 1992-1993 (ou seja, 24 anos depois) essas mesmas pessoas fizeram novamente a radiografia das mãos e observou-se a existência de 2,8 vezes a mais de artrose nos dedos e no polegar, nos homens, e 2,7 vezes a mais de artrose nos dedos das mulheres; isso porque, sabendo da força que têm estas pessoas usam mais as mãos e gastam mais as articulações.
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DEPRESSÃO DEPOIS DOS 60 ANOS Cerca de 10% dos pacientes que procuram um clínico geral apresentam como quadro principal a depressão, apesar de muitas vezes o paciente não estar cliente disto e de resistir em aceitar esse diagnóstico. Foi auto administrado um questionário em 2.732 pacientes, com mais de 60 anos, nos consultórios médicos. Encontrou-se que 17,8% da mulheres e 9,4% dos homens, com idade superior a 60 anos, preenchiam critérios de depressão. Um total de 10,6% das mulheres e 5,7% dos homens preenchiam critérios da chamada depressão maior, pois é mais acentuada. A depressão esteve correlacionada fortemente com sexo feminino, presença de história familiar de doenças mentais e com ausência de con-
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tatos sociais. Portanto, estes fatores devem aumentar o grau de suspeita para o diagnóstico de depressão para familiares, que convivem com pessoas com essas características. A frequência da Depressão A depressão é a principal doença psicológica que atinge a terceira idade. Geralmente é confundida pelos seus sintomas com uma série de outras doenças. A depressão causa melancolia, tristeza profunda, sentimentos de culpa e tendência a suicídio. A solidão, a inatividade, as perdas de entes queridos estão entre as principais causas de depressão na terceira Idade. A depressão é um estado psicológico que perdura por semanas e até anos, se não for tratada. É uma doença com características hereditárias. Manifestações Clínicas Além da melancolia e da tristeza pode também se manifestar através de agitação, irritabilidade ou agressividade. A insônia é um importante sintoma de depressão, que é acompanhada de ansiedade e de tensão muscular podendo ocorrer dores musculares que se situam em geral nas costas ou na nuca. Freqüentemente ocorrem dores de cabeça. O deprimido pode ter tremores nas mãos, palpitações e sudorese, o que pode confundir-se com outras situações médicas. A sensação de fadiga e cansaço pode ser devido à depressão. O mau humor pode ser um sintoma de depressão. O deprimido pode ter problemas de peso, algumas vezes pode engordar outras vezes emagrecer. A depressão traz, em geral, problemas psicossociais, tornando a pessoa
isolada do convívio social. A baixa autoestima e a insegurança são importantes sintomas que acentuam esses problemas. A depressão pode estar por trás de doenças como úlcera gástrica, colites, infarto do miocárdio, hipertensão arterial, alergias e bronquite. A Depressão na Mulher e no Homem Em 10% das mulheres, a depressão surge nos anos que antecedem o período da menopausa, portanto em torno dos 50 anos. Mulheres viúvas, separadas ou divorciadas e fumantes apresentam uma maior tendência à depressão. Mulheres que tiveram menstruação muito jovens, que nunca engravidaram e que sofrem de tensão pré-menstrual também são candidatas à depressão. Os principais sintomas depressivos observados foram perda de apetite, insônia, dificuldade na concentração, tristeza, desesperança, e fadiga. Somente 40% das mulheres procuraram tratamento. Nos homens, a depressão tem bem menos fatores de risco e se acentua durante a vida, sendo mais nítida após os 60 anos. A diminuição da produção de hormônios pelos ovários (estrógenos) parece ser uma importante causa da doença. Causas Um quadro depressivo pode surgir devido à utilização de remédios, principalmente o uso prolongado de tranqüilizantes e soníferos. Além de tranqüilizantes, vários remédios cardiológicos,
anti-reumáticos, antialérgicos, e antiinflamatórios também podem provocar depressão. Dentre estas medicações destacam-se corticóides, beta-bloqueadores e vasodilatadores cerebrais. Algumas doenças são acompanhadas de depressão, destacando-se o hipotireoidismo. A depressão produz com freqüência uma queda da imunidade, diminuindo a resistência física às doenças, com destaque para as doenças infecciosas e o câncer. Na Terceira Idade as perdas, a aposentadoria, a inatividade favorecem muito o estado depressivo. A depressão severa na pessoa idosa pode apresentar um estado confusional semelhante ao que ocorre com a demência. A depressão pode surgir na evolução de inúmeras doenças, inclusive após tratamento cirúrgico. É uma complicação grave da pessoa que sofre Acidente Vascular Cerebral ou possui Doença de Parkinson. Diagnóstico O diagnóstico é clínico, não havendo exames específicos que identifiquem a doença. Tratamento O tratamento envolve medicamentos, psicoterapia, fisioterapia e a terapia ocupacional. Medicamentos A utilização de medicação antidepressiva, em muitas situações, é útil, mas sempre sob rigoroso critério médico. Algumas substâncias antidepressivas (tricíclicos, tetracíclicos e inibidores da MAO) podem provocar efeitos secundários como alterações da pressão ar-
terial e problemas cardíacos. Recentemente foram desenvolvidas substâncias que atuam no metabolismo da serotonina e da noradarenalina, que são hormônios que existem dentro das células nervosas e participam ativamente do processo emocional. São medicamentos que inibem seletivamente a recaptação de serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina e citalopran) ou da serotonina e da noradrenalina (venlafaxina), fenilpiperazínicos (trazodone e nefazodone), noradrenérgicos e serotoninérgicos específicos (mirtazapina). Estas substâncias for-
mam os antidepressivos de última geração, que produzem poucos efeitos colaterais e podem ser administrados em dose única diária. Um produto denominado Erva de São João (Hypericum perfuratum) de origem vegetal apresenta discreta ação antidepressiva e tem sido usado em larga escala. A fenialalanina e a L- tirosina, substâncias que produzem hormônios cerebrais, também têm sido usados. A abordagem psicológica é fundamental. A terapia ocupacional produz bons resultados em grande número de situações, principalmente na Terceira Idade. A realização de atividade física regular é muito eficiente para a doença. A compreensão, o afeto, o amor são fundamentais e devem estar sempre presentes.
Planta contra depressão Médicos ingleses e americanos encontraram indícios sobre uma planta chamada Erva de São João (Hypericum perfuratum), que atua na depressão leve ou moderada, em 23% a 55% das vezes comparada a placebo, mas apresenta em 6% a 18% das vezes resultados mais fracos quando comparada aos tricíclicos. Os médicos alertam que os tratamentos alternativos, homeopatia, florais de Bach, chás, acupuntura, musicoterapia, etc, devem ser tratamentos coadjuvantes, auxiliares, durante um período e nunca o tratamento básico, pois, os pacientes deprimidos, principalmente os idosos, costumam cometer suicídio. Hoje a medicação existente traz um alivio rápido, podendo ser usado por pouco tempo, e depois podem ser usados os métodos alternativos, que, seguramente, são inferiores, aos anti-depressivos.
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DIAGNÓSTICO DO DIABETES Um comitê de especialistas da Associação Americana de Diabetes recomendou um nível menor da taxa de açúcar no sangue para diagnosticar diabetes, que, agora passa a ser de 126 miligramas por decilitro (mg/dL), ao invés de 140 mg/dL. A taxa de 126 deve ser reduzida o mais próximo a 100 mg, pois está associada a um aumento de risco de complicações dos olhos, nervos e rins. Quando o diagnóstico foi baseado em um valor de glicose sangüínea de 140 mg/dL ou superior, essas complicações em geral se desenvolveram antes do diagnóstico de diabetes. Os especialistas acreditam que o diagnóstico precoce
e o tratamento podem prevenir ou retardar as onerosas e pesadas complicações do diabetes. Atualmente, cerca de 5 a 6 milhões de adultos nos Estados Unidos têm diabetes mas não sabem disto. Pessoas com alto risco de diabetes são os adultos com 45 anos de idade ou mais velhos que devem fazer o teste comum a cada intervalo de 3 anos e/ ou estar nas condições abaixo: - Estar com mais de 20% acima do peso corporal ideal, ou ter um índice de massa corporal (BMI) maior ou igual a 27. BMI é a razão entre o peso em quilogramas e a altura em metros quadrados (kg/m2). - Ter o pai, a mãe, um irmão ou uma irmã com diabetes. - As pessoas de cor tem mais tendência a ter diabetes - Ter dado à luz um bebê pesando mais de 4 (quilos) ou ter diabetes durante a gravidez. -Ter pressão sangüínea de ou acima de 140/90 milímetros de mercúrio (mmHg). - Possuir níveis anormais de colesterol
no sangue, tais como alta densidade de lipoproteina (HDL), colesterol abaixo de 35 mg/dL ou triglicérides superior a 250 mg/dL. - Um valor de jejum de glicose do plasma de 126 mg/dL ou superior. Gosto e olfato no idoso Foi identificado que os idosos têm perda do gosto e do olfato das comidas devido a várias doenças, ingestão de medicamentos e cirurgias e, com isso, a alimentação se torna menos prazerosa. A diminuição da variedade de alimentos causa uma deficiência de fatores nutricionais, perda de peso e alterações no sistema imunológico. A perda da percepção do gosto doce pode dificultar o controle do diabete nos idosos e do gosto salgado o controle da hipertensão. Os autores recomendam que se faça estímulos olfativos e gustativos dando alimentos mais condimentados. Adicionando café e chocolate nas dietas pode-se mascarar o gosto amargo de alguns alimentos. Nos E. Unidos 33,5 milhões de pessoas, entre uma população de 250 milhões, tinham mais de 65 anos, em 1995.No ano de 2.030 uma em cada cinco pessoas terá mais de 65 anos de idade.
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Sei ou não sei...? Essa é a questão As respostas estão contidas no próprio texto e serão apresentadas no próximo número. Se tiver alguma dúvida, envie um e-mail para
[email protected]. Pelo código de Ética Médica é proibido fazer consulta, sobre casos clínicos específicos, por e-mail. Consulte o seu médico. Considere esses textos como informações gerais.
ICTERÍCIA 1) A icterícia surge em que orgãos? 2) Que cor são as fezes do paciente com icterícia? 3) Quais os exames que se realiza para o diagnóstico? 4) Cite duas doenças infecciosas que causam icterícia? 5) A icterícia do recém nascido é igual ao do paciente adulto?
ANEMIA NOS IDOSOS 1) Quais os sintomas clínicos característicos da anemia dos idosos? 2) Que exames deve se pedir para o diagnóstico?
3) Qual o mineral mais importante na anemia? 4) Qual a dieta mais adequada para combater a anemia? 5) Que vitaminas deve-se tomar?
EXERCÍCIOS PARA PESSOAS COM DISTÚRBIOS 1) Antes de começar a fazer exercícios deve-se fazer que exame? 2) Quais as doenças que podem piorar com os exercícios? 3) Muita força nas mãos pode resultar o que? 4) É bom fazer exercícios em jejum?
5) Que parte do dia deve-se fazer exercícios?
DIABETES 1) Pelos novos critérios o diagnóstico de diabetes ficou mais frequente? 2) Quais os orgãos que ficavam afetados com os critérios antigos? 3) Cite dois fatores de risco de pessoas que precisam se cuidar para não terem diabetes? 4) Qual a porcentagem de pessoas que têm diabetes e não sabe? 5) O nível de colesterol piora as chances de aparecer a diabete? se ter ausência de prazer? Explique.
EUTANÁSIA E MORTE ASSISTIDA E.J.Emanuel e colaboradores, do comitê de Bioética do National Institutes of Health, Bethesda, fizeram uma enquete com os 3299 oncologistas, membros do American Society of Clinical Oncology dos quais 22,5% apoiaram a morte assistida em pacientes terminais com câncer e com dor e 6,5% eram favoráveis a eutanásia. O estudo revelou que dois tipos de oncologistas são relutantes em aceitar esses dois métodos, são os que usam pouca morfina como medicamento para acalmar as dores intratáveis e que têm mais disposição de conversar com seus pacientes. Cerca de 3,7% desses oncologistas já realizaram na sua prática médica a eutanásia e 10,8% já ajudaram o paci-
ente a se suicidar. Os autores citam o fato de que os médicos que acreditam que não podem dar a melhor assistência ao seu paciente terminal, têm uma maior disposição de aceitar a eutanásia e a morte assistida, do que os oncologistas que trabalham em centros mais aparelhados. Eutanásia e Suicídio Assistido em Homossexuais Na Holanda a eutanásia foi oficialmente legalizada, em Novembro de 2000, mas já havia há longo tempo uma tolerância para esse tipo de solução entre médicos e pacientes.Em 1996, 38% das mortes registradas são resultantes de informações transmitidas pelos médicos
de doenças incuráveis, e deste total 2,1% são casos de eutanásia. PJ Bindels e colaboradores, do serviço de saúde pública de Amsterdam, resolveram investigar quantos casos de eutanásia houveram entre 131 homossexuais masculinos, com o diagnóstico de AIDS e encontraram que 29 (22%) pacientes morreram por eutanásia e 17 (13%) usaram outras formas de pôr fim à vida. A grande diferença entre aqueles que decidiram pela eutanásia era a idade, pois 72% tinham 40 ou mais anos de idade comparado com 38% dos que morreram naturalmente. Pelos exames laboratoriais dos pacientes que se mataram podia se prever que estes não teriam mais que um mês de vida.
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A PELE NA MATURIDADE DA VIDA A pele do organismo de uma pessoa adulta mede 2 metros quadrados, sendo o maior órgão do corpo que corresponde a 15% do peso corporal. A textura da pele depende da herança, da região do corpo, da idade, da raça, do sexo e do estado nutricional do indivíduo. As pessoas que passam dos 65 anos de idade têm alterações nítidas na pele. Dependendo da região do corpo e do tempo que a pele ficou exposta ao sol essas alterações são muito acentuadas , mas, no geral, existe uma degeneração difusa; a parte de cima, que chama-se epiderme, fica fina. A gordura que fica na parte de baixo, numa camada chamada derme, perde água e a própria gordura fica mais fina. Os pêlos caem e as glândulas sebáceas quase desaparecem. As unhas ficam alteradas. Há perda da elasticidade, surgem rugas, manchas, verrugas e outra alterações. A alta incidência de lesões pré-cancerosas e cancerosas (carcinoma de células basais, de células escamosas e o melanoma), nos idosos, é atribuída a exposição solar prolongada e repetida
De vários fatores ambientais e genéticos, a exposição crônica aos raios ultra violeta é o fator de influência mais importante, por duas razões: em primeiro lugar, a irradiação ultravioleta causa uma mutação (alteração na reprodução) dentro da célula da pele. Essa alteração genética inicia um crescimento celular desordenado e a formação de tumor. Em segundo lugar, a irradiação ultravioleta tem profundos efeitos no sistema imunológico da pele, induzindo a um estado semelhante de uma imunossupressão (ausência de defesas), o que impede o organismo de defenderse do tumor inicial.
e a radiação ultravioleta do sol, desde a mais tenra idade. Para diminuir a incidência dos raios ultra-violetas do sol, responsabilizados por essa transformação malignizante, é recomendado o uso de protetores solar, roupa, chapéus, camisetas, todas as horas do dia. Fica proibida a exposição durante as horas em torno do meio dia, quando os raios solares são mais fortes.
Vacina contra melanoma Dois tipos de vacinas foram apresentadas para combater o melanoma, que é o câncer de pele, altamente maligno, que causa a rápida difusão de metástases levando ao óbito, em cinco anos. A primeira delas foi desenvolvida há 10 ou 15 anos atrás, nos E. Unidos, mas depois mostrou-se ineficaz. A segunda vacina foi desenvolvida na Alemanha causando a regressão do tumor, em 31% dos pacientes, sendo que, em 2 casos, a redução foi completa, o que persistiu, após um ano dessa remissão. A indicação cirúrgica é difícil porque esse nódulo, que é visto na figura, está em muitos lugares da pele.
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Os mais atingidos pelo câncer de pele são principalmente as pessoas de pele branca, louros, que se queimam com facilidade e nunca se bronzeiam ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol. O câncer da pele vem aumentando sua incidência, vertiginosamente, em praticamente todo o mundo, devido a perda da camada de ozônio da Terra, deixando os raios solares mais intensos. Nos Estados Unidos, onde os estudos epidemiológicos são regularmente realizados, cerca de 1.200.000 casos novos foram diagnosticados, em 1999, e, provavelmente, 10.000 pacientes perderão a vida. Assim sendo, o câncer da pele representa um dos mais graves problemas de saúde pública, configurando uma epidemia silenciosa.
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