Manual De Educação Não-formal.pdf

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  • Words: 34,810
  • Pages: 128
Manual de Educação Não Formal

Agradecimentos História do Currículo: O currículo Aflatoun de Educação Social e Financeira para Crianças foi criado com a Primeira Edição Global baseada na experiência na Índia. Depois de se estrear em novos países, esta foi adaptada, resultando na Segunda Edição Global do currículo. Este currículo foi depois adaptado para atender às necessidades das várias regiões, resultando nas primeiras edições regionais. A presente publicação representa a Segunda Edição Regional do currículo Aflatoun, que foi construída numa estrutura curricular global e regional atualizada. Todas as edições passaram por workshops de desenvolvimento com parceiros e partes interessadas especializadas em pedagogia e desenvolvimento curricular. Aflatoun ™2005 Jeroo Billimoria Este trabalho pode ser reproduzido e redistribuído, no todo ou em parte, sem alteração e sem autorização prévia por escrito, apenas por instituições de ensino sem fins lucrativos com objetivos administrativos ou educacionais, desde que todas as cópias contenham a seguinte declaração: Direitos de autor © 2015, Aflatoun Child Savings International. Este trabalho é reproduzido e distribuído com a permissão de Aflatoun, Child Savings International. Nenhum outro uso é permitido sem a prévia autorização expressa por escrito de Aflatoun, Child savings International. Para permissão, contacte [email protected]. © 2015 Currículo Global da ENF Quadro Global Consultor: Jamison Merrill Edição e revisão: Julia Gorodecky Layout: Eleonora Spagnuolo Ilustrações: Dyotami Febriani, Malia Hartati e Harlia Hasjim Planos de Aulas: Jamison Merrill, Daniel Shephard e Paul Moclair Participantes no Workshop da Renovação do Manual de Educação Não Formal: Mulugeta Asmellash, Mohammed Awal, Florie Ladrero, Henry Nyombi, Kenneth Nangai, Fidelis Chasukwa, Mpalanyi Bbosa, Mathias Mulumba, Nduta Kanyagia, Robin Donkersgoed, Solomon Kayiwa, Jabes Bolo, Sister Felicity Nakityo, Gabriel Wahinya, Polycarp Waswa, Ganiyu Ibikunl, Bob Muwanguzi, Tadios Kebede Agradecimentos especiais: Liliane Fonds pela parceria no projeto e Fundação Rabobank pelo apoio à renovação do manual. Apoio e contribuições adicionais: Simon Bailey, Chandra Rinie Pudjiatie, Daniel Shephard, Ana Rodriguez e Paul Moclair Jogos e exercícios: UNICEF para ‘Um Dia Perfeito’. Action Aid para 'As Meninas não Podem Porque...' de Stepping Stones. Teatro de Imagem inspirado por Augusto Boal. Agradecimentos adicionais: A Aflatoun gostaria de agradecer à Grassroot Soccer e Ragball Internacional pelo seu apoio.

Bem-vindo à família mundial Aflatoun! Esperamos que este manual oriente as crianças com quem trabalha numa jornada de auto-descoberta, aprendizagem e crescimento. A Educação Social e Financeira de Aflatoun pretende ajudar as crianças a tornarem-se na melhor versão possível de si mesmas e continuar a partir daí para se tornarem agentes de mudança nas suas comunidades. Em comum com todos os currículos de Aflatoun, este recurso oferece às crianças e facilitadores uma combinação equilibrada de educação social e financeira. Não há nada de novo ou de revolucionário quer na educação social, quer na educação financeira. Mas combinando-as de maneira a que cada uma torne a outra mais forte é uma inovação exclusiva e, provavelmente, explica grande parte do sucesso espetacular do programa Aflatoun desde o seu lançamento em 2005. A educação social começa quando ajudamos as crianças a desenvolverem confiança em si mesmas, bem como a valorização e a empatia para com os outros. A partir daí, incentiva as crianças a saberem que têm direitos em comum com todas as crianças do mundo e que a garantia desses direitos é que as torna iguais. Para além de proporcionar às crianças os meios para a autoproteção e para o desenvolvimento, os direitos podem servir como um quadro através do qual se incentiva as crianças a pensarem sobre questões de justiça social. À medida que as crianças vão adquirindo mais experiência com o programa, queremos que comecem a projetar e a desenvolver os seus próprios pequenos projetos empresariais, e que alguns destes incorporem elementos de empreendimento social. Normalmente, estes projetos de Empreendimento Social são iniciativas modestas que ajudam as crianças a transformarem as suas casas, escolas e comunidades em lugares que são de alguma forma mais saudáveis, mais justos, mais seguros e mais divertidos. A educação financeira consiste em ajudar as crianças a desenvolver competências sobre a poupança, o planeamento, a orçamentação e a criação de rendimento. A poupança é promovida enquanto atitude que pode ser desenvolvida em todos os recursos, sejam eles naturais ou financeiros. E, por fim, esperamos que as crianças comecem a projetar e a desenvolver os seus próprios pequenos projetos empresariais como um meio de aprender os princípios do marketing, da fixação de preços e da gestão do lucro. O empreendimento financeiro oferece às crianças mais opções de emprego para o futuro e ajuda-as a ver o empreendimento – seja ele pequeno, médio ou grande – como um plano de carreira viável. Esperamos que este manual seja também usado com todas as crianças que estejam a ter uma aprendizagem num ambiente não-formal. A nossa parceria com a Liliane Fonds incentivou-nos a prestar especial atenção às questões da inclusão e da diversidade, especialmente onde estão envolvidas crianças com deficiência. É preocupante pensar que, em todo o mundo, a maioria das crianças com deficiência continua fora das escolas. Este manual foi escrito com a convicção de que os ambientes de aprendizagem inclusiva, onde as crianças, quaisquer que sejam as suas habilidades, trabalham em conjunto, oferecem tantas vantagens às crianças com deficiência, como os projetos ou sistemas que as separam para lhes garantir cuidados especializados. Claro que as crianças com deficiência devem beneficiar dos melhores ensinos e recursos especializados disponíveis. Mas quando tais ensinos ocorrem em configurações que atendem exclusivamente a crianças portadoras de deficiência, há um risco de que a divisão entre o que continuamos a rotular de 'deficientes' e 'sãos' seja reforçada e perpetuada. Por outro lado, quando todas as crianças são ensinadas em conjunto, como iguais, elas começam a pensar com base naquilo que partilham e não com base naquilo que as diferencia. As crianças com deficiência têm a oportunidade de participar plenamente na sociedade e, assim, aprendem melhor como trilhar o seu próprio caminho na vida com sucesso. E graças a esse mesmo processo, a própria sociedade torna-se mais aberta à diversidade e com menos medo da deficiência. As pessoas aprendem a valorizar o que as crianças com deficiência podem fazer, em vez de as categorizarem logo com base naquilo que não podem fazer. Este manual pretende promover a diversidade enquanto fonte de riqueza e enquanto celebração da natureza variada e única da vida humana. Este manual está organizado em cinco secções, que se traduzem num currículo completo:

• Em 'Bem-vindo ao Aflatoun', você (o ‘Facilitador’) ajuda as crianças (os ‘Participantes’) a formarem uma

identidade coletiva enquanto criam um Clube Aflatoun. Queremos que também compreendam que a adesão delas em tal clube as liga a uma rede global de 2,3 milhões de crianças e as torna parte de um crescente movimento de crianças.

• A segunda secção, 'Eu, O Meu Mundo', oferece atividades através das quais os participantes podem

desenvolver a sua auto-expressão, bem como o reconhecimento de que todos são únicos e especiais. O reconhecimento dos seus talentos leva à autoconfiança e, a partir desse forte fundamento, os participantes são guiados através de atividades destinadas a ajudá-los a identificar os problemas e a experimentar soluções antes de passar a identificar os seus próprios objetivos e sonhos.

• ‘Aprender a Viver Juntos', tal como o título sugere, incide sobre a inclusão social. Através de exercícios

interativos, os participantes consideram as vantagens da integração com os outros. Aprendem a diferenciar necessidades e desejos, como um primeiro passo para ganhar competências de orçamentação e como

um guia para um consumo mais ético. São incentivados a aprenderem e a exercerem os seus direitos, e a comprometerem-se a honrar os direitos de terceiros. São encorajados a ser a sua própria primeira linha de defesa contra o abuso; orientados a perceber a igualdade de género como uma questão de justiça; e incentivados a respeitar outras culturas e comunidades.

• ‘Dinheiro e Recursos’ ajuda os participantes a identificar fontes seguras de rendimento e explica a

poupança como uma ferramenta para ajudar a melhorar as nossas vidas e as vidas dos outros. A partir daí, os participantes conhecem as competências básicas de planeamento e orçamentação e são encorajados a tornarem-se consumidores responsáveis.

• Por fim, em ‘Ser Bom, Ser Empreendedor’ as atividades ajudam os participantes a desenvolver o trabalho em equipa, a identificar os problemas e as soluções da comunidade, a investigar as leis da oferta e da procura, a identificar oportunidades de mercado, e incentiva-os a aplicar todas estas competências em proveito próprio e no melhoramento da comunidade.

Sentimos que você e os participantes vão usufruir ao máximo deste recurso se seguir as unidades na ordem em que estão apresentadas. Esperamos que a experiência de usar este manual seja tão gratificante para si, o Facilitador, como para as crianças com quem trabalha. Boa sorte, A Equipa Aflatoun

O Manual da Educação Não-Formal (ENF) da Aflatoun: trabalhando com jovens com deficiência Embora a Aflatoun recorra sempre a uma abordagem inclusiva e a métodos de aprendizagem ativos que podem funcionar com uma variedade de jovens, incluindo jovens com deficiência, existem ainda alguns pontos importantes a considerar na entrega de um programa eficaz a jovens com deficiência. Nesta secção, vai aprender algumas estratégiaschave que pode utilizar quando trabalhar com jovens com deficiência.

Conheça o seu Público Trabalhar com jovens com deficiência é construir uma cultura de conforto com eles, que começa com a compreensão da sua ampla gama de deficiências. Antes de iniciar o seu programa, considere sentar-se com os seus participantes para os conhecer e saber mais sobre as suas deficiências, os seus desafios e as suas esperanças e objetivos. Isso vai ajudá-lo a adaptar e a modificar as atividades para atender a cada uma das suas necessidades e objetivos. Considere perguntar:

• O que mais gostam de fazer? • Há quanto tempo são deficientes? Como é que se sentem com isso? • Que partes do vosso dia são mais/menos difíceis por causa da vossa deficiência? • Que adaptações já usaram ou viram que facilitem a vossa participação em atividades? • Que conselho dariam a um professor ou facilitador para ter sucesso a trabalhar convosco? • Quais são os vossos objetivos ao participar neste programa? Seja criativo e envolva os participantes: como planear e adaptar sessões Seja criativo. Depois de conhecer o seu público, pode adaptar as sessões Aflatoun de maneira a que sejam adequadas a todos os seus participantes. Há duas considerações importantes quando se adapta uma sessão Aflatoun:

1. Regras: A atividade vai funcionar com todos? As regras são inclusivas? Envolvem coisas que vão ser difíceis para alguns participantes, como correr ou saltar e ler ou escrever?

2. Espaço seguro: Criar um espaço seguro é um aspeto extremamente importante quando se trabalha com jovens com deficiência. O espaço é acessível a todos os jovens? Existem obstáculos que dificultam a movimentação dos jovens?

Envolva os participantes. Ao preparar ou realizar uma sessão, abrande para garantir que todos os participantes são capazes de participar. Pergunte a si mesmo: "Isto está a funcionar com todos?" Se a sessão não estiver a funcionar, não hesite em pedir aos jovens sugestões sobre como modificar a sessão para incluir todos. Jovens com deficiência conhecem a sua deficiência melhor do que ninguém. Pedir ideias fomenta uma cultura aberta e permite aos participantes dar-lhe um feedback contínuo. Isto acabará por ajudá-lo a realizar o programa da melhor forma possível.

Guia de Línguas ENF As palavras são importantes. Tenha sempre cuidado com a maneira como utiliza as suas palavras. As palavras podem abrir caminho para permitir às pessoas com deficiência levarem uma vida mais completa, mais independente. As palavras também podem criar barreiras e estereótipos que são não só humilhantes para pessoas com deficiência, mas também roubam-lhes a individualidade. Certas palavras podem não ser dolorosas para si, mas podem ser muito dolorosas para as pessoas com deficiência. Abaixo estão alguns exemplos em que pequenas mudanças na forma como diz algo podem fazer uma grande diferença na forma como os participantes se sentem.

• Use o termo 'deficiência mental', em vez de se referir aos indivíduos como "pessoas com atrasos mentais" ou "atrasados mentais".

• Use o termo 'deficiência física', em vez de se referir aos indivíduos como "deficientes" ou "aleijados". • Uma pessoa tem uma deficiência – intelectual ou física – em vez de "sofre de", "é afligido por" ou "é vítima de" uma deficiência.

• Não suponha que uma pessoa com deficiência precisa da sua ajuda. Pergunte primeiro e espere até que a

sua oferta seja aceite antes de ajudar (por exemplo, pergunte a um indivíduo com uma deficiência se ele gostaria que mantivesse a porta aberta para ele, em vez de assumir que ele precisa que seja você a fazê-lo por ele).

• Não use o adjetivo "infeliz" ao falar de pessoas com deficiência. Condições incapacitantes não têm que definir a vida de uma forma negativa.

• Não há problema em cometer erros quanto à linguagem sobre deficiência. O mais importante é que esteja ciente de que certas palavras e frases podem ser prejudiciais.

O Sistema do Amigo 1 O Sistema do Amigo envolve pessoas que cuidam e se dedicam a ajudar jovens com deficiência para ter sucesso no seu programa Aflatoun. Os 'Amigos' podem ser professores, membros da comunidade, pais/encarregados de educação, ou até mesmo os participantes que o ajudam enquanto realiza o programa. Os Amigos assistem a todas as sessões da ENF e trabalham com os mesmos jovens durante todas as sessões.

'Fuga dos Amigos'

• A 'Fuga dos Amigos' é quando os Amigos se encontram individualmente ou com um grupo de jovens com

deficiência. O principal objetivo de uma fuga é explicar melhor as regras, demonstrar instruções e ajudar os participantes a sentirem-se confortáveis a partilhar respostas com todo o grupo.

• Incentive os participantes a discutirem como se sentem quanto ao tema. Faça com que os participantes se sintam orgulhosos do que sabem, e não tenham vergonha do que não sabem.

• O Facilitador da ENF vai gritar "Fuga" sempre que os Amigos se devam encontrar individualmente ou com pequenos grupos de participantes. O Facilitador vai explicar o que se vai discutir com os participantes.

• As fugas são projetadas para serem rápidas, geralmente com duração entre 1-3 minutos. Dê mais tempo se lhe parecer que os grupos estão a ter discussões valiosas.

1. Adaptado do Grassroot Soccer SKILLZ for Life, currículo desenvolvido pelas Olimpíadas Especiais da Namíbia

Conteúdos

1. Bem-vindo à Aflatoun 1.1 Introdução.......................................................11 1.2 Canção do Aflatoun.........................................15 1.3 À Volta do Mundo............................................19 1.4 Formar o Nosso Clube!....................................23 1.5 Configurar um Sistema de Poupança..............27

2. Eu, O Meu Mundo 2.1 Auto-expressão................................................29 2.2 As Nossas Competências, Os Nossos Talentos.33 2.3 Resolução de Problemas.................................35 2.4 Pensamento Crítico.........................................39 2.5 Caminho e Objetivos de Vida..........................45

3. Aprender a viver juntos 3.1 Inclusão Social.................................................49 3.2 Necessidades e Desejos..................................53 3.3 Direitos e Responsabilidades...........................55 3.4 Proteção...........................................................65 3.5 A Minha Comunidade......................................69 3.6 Género.............................................................73 3.7 A Minha Comunidade, O Meu País.................77

4. Dinheiro e Recursos 4.1 Recursos...........................................................79 4.2 Fontes de Rendimento....................................81 4.3 Poupança.........................................................85 4.4 Gerir Recursos..................................................89 4.5 Orçamentação.................................................91 4.6 Gastos..............................................................95

5. Ser Bom / Ser Empreendedor 5.1 Trabalho em Equipa.........................................99 5.2 Empreendedorismo e Negócios....................103 5.3 Identificação do Mercado..............................107 5.4 Problemas e Soluções da Comunidade.........111 5.5 Empreendimentos Financeiros......................113 5.6 Planeamento..................................................117 5.7 Empreendimentos Financeiros e Trabalho...121 5.8 Empregabilidade e Carreiras.........................125

Como Usar este Manual Este manual está dividido em cinco secções: 1. Aflatoun 2. Eu, o Meu Mundo 3. Aprender a Viver Juntos 4. Dinheiro e Recursos 5. Ser Bom / Ser Empreendedor As secções estão divididas em aulas. Cada secção compreende cinco a oito aulas.

nome da secção nome da subsecção

nome da aula

PÁGINA DA INTRODUÇÃO Vai encontrar esta página no início de cada aula. Contém uma visão do Resultado Geral, Objetivos, Materiais, Metodologia, Palavras-chave e Duração da atividade. Também vai encontrar Informações Adicionais para o Facilitador se e quando necessário.

Ícones na página da introdução:

?

1. Aflatoun 2. Eu, O Meu Mundo

3. Aprender a viver juntos

4. Dinheiro e Recursos

5. Ser Bom / Ser Empreendedor

PÁGINAS DAS AULAS

PÁGINAS DE MATERIAIS SUPLEMENTARES:

Existem três tipos diferentes de atividades em cada aula, que estão representados por um ícone: Iniciar, Aprender, Refletir. Abaixo do ícone, há uma estimativa da duração da atividade.

Vai encontrá-los no final de cada aula. Os folhetos incluem materiais para as atividades, canções ou atividades extra para distribuir pelos participantes.

Ícones nas páginas da aula:

Iniciar

10 m

Aprender

25 m

Refletir

10 m

10

? Bem-vindo ao Aflatoun

1.1: Introdução Resultado Geral Tomar consciência do programa Aflatoun e dos seus objetivos.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender o programa Aflatoun. 2. Comprometer-se a ser respeitoso, inclusivo e solidário. 3. Aprender o lema do Aflatoun e como vai ajudá-los. 4. Estar entusiasmado quanto à aprendizagem com o Aflatoun.

Materiais Necessários • Nenhum material

Metodologia • Iniciar: Introdução e Discussão em Grupo • Aprender: Atividade em Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Introdução; Inclusão

Informação Para o Facilitador Escreva o Lema do Aflatoun no quadro.

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Iniciar: 1. Dê as boas-vindas ao Aflatoun aos participantes. 10 m

2. Explique aos participantes que vão participar no programa durante 31 sessões. Informe-os de que o programa vai ensiná-los sobre muitas coisas: eles mesmos; os seus direitos e responsabilidades; famílias, amigos e comunidades; dinheiro, objetivos e oportunidades; e muito mais. Explique-lhes que também vão formar um clube como parte do Aflatoun. 3. Explique aos participantes que fazer parte da equipa do Aflatoun significa que se comprometem a ser respeitosos, inclusivos e solidários. 4. Pergunte aos participantes:

• O que significa ser respeitoso? Por que é importante ser respeitoso? • O que significa ser inclusivo? Por que é importante ser inclusivo? • O que significa ser solidário? Por que é importante ser solidário?

Aprender: História e Lema do Aflatoun Parte 1: A História do Aflatoun (15 minutos) 30 m

1. Peça aos participantes que se reúnam e se sentem e fiquem confortáveis. Leia-lhes a história do Aflatoun:

Olá! O meu nome é Aflatoun. Acreditem ou não, eu sou uma bola de fogo. Venho do espaço onde existem outras bolas de fogo como eu. Voei pelo espaço para vos visitar, já que eu estava muito curioso quanto a este planeta azul e verde. Oh, a Terra é um lugar muito estranho! Há tanto para ver e fazer! Quando vim pela primeira vez à Terra, aterrei na Índia, mas agora eu já visitei muitos países pelo mundo. Espero que aprendas mais sobre as minhas aventuras durante o ano. Ao viajar pelo mundo, procuro sempre fazer novos amigos. Vão ser meus amigos?"

2. Faça aos participantes as seguintes questões:

• Gostariam de ser amigos do Aflatoun? Porquê/porque não? • Como acham que o Aflatoun se está a sentir? Porquê? • Que tipo de perguntas acham que o Aflatoun pode ter para nós? • Que perguntas têm para o Aflatoun? Parte 2: O Lema do Aflatoun (15 minutos) 1. Pergunte aos participantes:

• O que é um lema? • Por que as pessoas têm/usam lemas? 2. Diga aos participantes que o Aflatoun tem um lema que utiliza em todas as suas aventuras. Explique que este lema ajuda o Aflatoun e os seus amigos a aprenderem muitas coisas. Leia o lema aos participantes: "Separar a ficção da realidade. Explorar, pensar, investigar e agir." 3. Mostre aos participantes os gestos do lema e ensine-lhes como estes se adequam (ver abaixo) às palavras. Repitam todos juntos algumas vezes:

• Explorar: Mão acima das sobrancelhas, mexendo a cabeça de um lado para o outro, como se estivessem à procura de alguma coisa no horizonte.

• Pensar: Dedo indicador na têmpora. • Investigar: Olhem à vossa volta como se estivessem a usar uma lupa. • Agir: Coloquem o pé no chão e balancem o braço para a frente, num movimento de 'Prontos para a ação!'.

4. Pergunte aos participantes:

• O que significa para vocês este lema?

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m

• O que significa 'Separar a ficção da realidade'? • Explorar: O que significa 'Explorar'? O que é que uma pessoa que explora faz? • Pensar: O que significa 'Pensar'? O que é que uma pessoa que pensa faz? • Investigar: O que significa 'Investigar'? O que é que uma pessoa que investiga faz? • Agir: O que significa 'Agir'? O que é que uma pessoa que age faz? • Como pode o lema do Aflatoun ajudar-vos na vida real? Como podem usá-lo na vida real?

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Imagens do Lema do Aflatoun

14

? Bem-vindo ao Aflatoun

1.2: Canção do Aflatoun Resultado Geral Saber mais sobre o personagem Aflatoun, a Técnica do Teatro de Imagem e a canção do Aflatoun.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Rever a história do Aflatoun. 2. Cantar a canção do Aflatoun.

Materiais Necessários • Nenhum material

Metodologia • Iniciar: Atividade em Pares • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Aflatoun

Informação Para o Facilitador O Teatro de Imagem é um dos métodos de aprendizagem ativa que vai encontrar muitas vezes neste manual. Enquanto facilitador de ENF, deve ter tido formação sobre como usá-lo. Durante a segunda parte da atividade 'Aprender' de hoje, ajude os participantes a tornarem-se mais familiarizados com o método do Teatro de Imagem. Isso vai ajudá-lo quando utilizar o método mais tarde no currículo.

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Iniciar: 1. Lembre os participantes que, durante a última sessão, aprenderam sobre o Aflatoun. Em seguida, peçalhes que encontrem um parceiro. 10 m

2. Peça a um membro de cada par para fazer ao seu parceiro as seguintes perguntas:

• Quem é o Aflatoun? De onde veio? • O que preocupa o Aflatoun? 3. Escreva as perguntas no quadro, de modo a que os pares possam consultá-las facilmente.

Aprender Parte 1: A Canção do Aflatoun (15 minutos) 45 m

1. Diga aos participantes que o Aflatoun também tem a sua própria canção (com a melodia de "Jingle Bells"). Cante-a linha por linha e peça-lhes que a repitam depois de si. Pode optar por utilizar ações para que a compreendam melhor. 2. Ensine os participantes a canção e cantem-na algumas vezes em grupo. Parte 2: Introdução ao Teatro de Imagem (30 minutos) 1. O Jogo da Estátua

• Peça aos participantes que se movam pela sala. Informe-os de que vai dizer alto um número e que eles têm de formar rapidamente grupos desse valor.

• Depois de ter feito isso algumas vezes, diga aos participantes que a próxima vez que chamar um número, devem formar os grupos corretos em silêncio.

• Depois de terem praticado isso algumas vezes, diga-lhes que, para além de um número, vai dizer alto

um cenário. Explique que terão de formar grupos do número correto em silêncio, e depois fazer uma imagem que retrate a situação que você anunciou. • Informe-os de que não se devem mexer ou fazer qualquer som depois de terem criado a sua imagem. Provavelmente vai precisar de repetir esta instrução durante a sessão. • Diga-lhes que eles não estão autorizados a usar NENHUM adereço. Para formar uma imagem, só podem usar os seus corpos – não é permitido mais nada. • Consulte as imagens e os números correspondentes para as ideias. • Depois de jogar este jogo, peça ao grupo que lhes diga As Três Regras do Teatro de Imagem (i.Nenhum som;. ii.Nenhum movimento; iii.Nenhum adereço).

Cenários:

As Três Regras do Teatro de Imagem:

1 – uma mãe e uma criança

1. Nenhum som!

2 – um pai e uma criança

2. Nenhum movimento!

3 – um homem e duas ovelhas

3. Nenhum adereço!

4 – uma banda 5 – um casamento 6 – um futebolista a marcar um golo 7 – uma aranha Lembre-se – isto é teatro! Os meninos podem interpretar meninas e as meninas podem interpretar meninos!

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• Comece por demonstrar o que é uma imagem congelada do Teatro de Imagem. Peça a quatro

voluntários que se levantem e formem uma fila. Diga-lhes que vai fazer uma imagem, 'esculpindo'os (ou seja, colocando-os em posição), e que quer que eles se mantenham nessa posição. Eles não se devem mexer nem falar. Pode ser uma boa ideia organizá-los para que se pareçam com quatro músicos, de maneira a que os outros participantes que estão a assistir sejam capazes de entender o que estão a fazer. • Agora faça aos participantes do público que estão a assistir as seguintes perguntas: a. O que vêem? b. Quem são estas pessoas? Por que dizem isso? Quem tem uma ideia diferente? c. Onde estão? Por que acham isso? 3. Imagens de Grupo

• Neste momento, os participantes devem ter alguma ideia dos princípios básicos do Teatro de

Imagem. É hora de os deixar trabalhar sozinhos em grupos de quatro ou cinco. Peça-lhes que trabalhem sozinhos durante cinco minutos, preparando três imagens congeladas que representem as seguintes ideias: a. Algo que me deixa triste b. Algo que me deixa assustado c. Algo que me deixa feliz • Saliente que quando mostrarem as suas imagens congeladas, o público deve compreender por que as pessoas na imagem se sentem tristes, assustadas ou felizes. Noutras palavras, a imagem deve contar uma história. • Quando estiverem prontos, peça a cada grupo para ficar num espaço onde todos os possam ver e peça-lhes que mostrem as suas três imagens congeladas na ordem que quiserem sem informar o público qual é qual. • Enquanto os atores mostram cada imagem congelada, faça ao público as seguintes perguntas para incentivar a discussão: a. Quem são estas pessoas? b. Onde estão? Por que dizem isso? Quem tem uma ideia diferente? c. O que estão a fazer? Por que acham isso? • Acrescente mais perguntas para desenvolver ainda mais a discussão. Lembre-se, não está à procura de uma resposta 'correta'. Quer simplesmente dar aos participantes a oportunidade de expressar uma opinião e explicar o seu pensamento. • Por fim, explique ao grupo que o Teatro de Imagem é um método que vai usar durante as próximas semanas e meses.

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 5m

• O que significa 'Separar a ficção da realidade'? • Explorar: O que significa 'Explorar'? O que é que uma pessoa que explora faz? • Pensar: O que significa 'Pensar'? O que é que uma pessoa que pensa faz? • Investigar: O que significa 'Investigar'? O que é que uma pessoa que investiga faz? • Agir: O que significa 'Agir'? O que é que uma pessoa que age faz? • Como pode o lema do Aflatoun ajudar-vos na vida real? Como podem usá-lo na vida real?

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

2. Moldar uma Imagem

Canção do Aflatoun (com a melodia "Jingle Bells")

Refrão Aflatoun, Aflatoun, sempre a iluminar, Oh, como é divertido ser o Aflatoun, hey! Aflatoun, Aflatoun, sempre a iluminar, Oh, como é divertido ser o Aflatoun, hey!

Verso Um Eu sou o Aflatoun, que está a brilhar, A levar felicidade a todos, Eu sou o Aflatoun, feito de fogo e luz, A levar diversão e risos, ao longo do dia e da noite.

Verso Dois Quando se estão a sentir tristes ou muito tristes, Sei que posso ajudar, fazer surgir um sorriso, Fazer muitos amigos, não é difícil de fazer, Então juntem-se a mim e digam as palavras, NÓS ADORAMOS O AFLATOUN!

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? Bem-vindo ao Aflatoun

1.3: À Volta do Mundo Resultado Geral Aprender mais sobre como as outras crianças à volta do mundo experienciam o programa Aflatoun.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Reconhecer que o Aflatoun é um movimento que inclui as crianças de todo o mundo. 2. Reconhecer que as pessoas são únicas e diferentes.

Materiais Necessários • Papel • Marcadores/Canetas • Explorar os cartões de memória do Mundo

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Atividade de Grupo

Duração 45 minutos

Palavras-chave Diversidade; Global; Auto-identidade; Perspetiva

Informação Para o Facilitador • Existem duas opções para a atividade Aprender de hoje: A Opção 1 exige mais materiais, enquanto a Opção 2 exige • • •

menos. Selecione a opção que se adapta melhor a si e ao seu contexto. Note que ambas as opções Aprender usam os mesmos cartões de memória de Explorar o Mundo. Se escolher a Opção 2, use os factos dos cartões para explicá-los aos seus participantes. Defina cinco países com aproximadamente 20 metros de distância um do outro. Pode marcar esses países, escrevendo o nome do país num pedaço de papel e pendurá-lo em qualquer lugar (por exemplo, numa parede, numa árvore, etc.). Escolha os países onde quer ir com o seu grupo a partir da lista abaixo. Se não tiver papel, peça cinco voluntários. Diga a cada um deles que são um país e peça-lhes que fiquem a 20 metros de distância um do outro. Prepare cartões suficientes para o jogo da memória. Faça os seus próprios cartões, utilizando papel reciclado, se não tiver acesso a uma impressora ou copiadora.

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Iniciar 1. Explique aos participantes que vão aprender sobre onde o programa Aflatoun é realizado pelo mundo. 5m

2. Para treinar as suas mentes, peça aos participantes que digam todos os países que conhecem. Escreva as respostas no quadro.

Aprender Opção 1 – Jogo do Cartão de Memória 30 m

1. Peça aos participantes que formem grupos de quatro a cinco. Dê a cada grupo um conjunto de cartões de memória. 2. Explique que cada conjunto de cartões é composto por oito pares:

• Metade deles diz o nome do país e a outra metade descreve o que as crianças do Aflatoun estão a fazer naquele país.

3. Peça aos participantes que baralhem os cartões e os espalhem, de face para baixo, sobre a mesa/chão à frente deles. Forneça as seguintes instruções:

• O primeiro jogador vira para cima um cartão sem o mexer e lê-lo em voz alta. • Depois, ela/ele vira um segundo cartão sem o mexer e lê-lo em voz alta. • Se os dois formarem par, ela/ele tira-os da mesa/chão e guarda-os. • Em seguida, ela/ele joga novamente. Se os dois cartões não formarem par, ela/ele deve colocá-los novamente virados para baixo e deixá-los exatamente onde os encontrou.

• Agora é a vez do segundo jogador do grupo. Ela/ele vai virar dois cartões e lê-los em voz alta para

os outros jogadores sem mover as posições dos cartões. Se formarem par, ela/ele pode guardá-los e jogar novamente. Se não formarem par, ela/ele coloca-os novamente virados para baixo e deixa-os exatamente onde os encontrou. • Continuem assim até que todos os cartões tenham formado pares e tenham sido retirados. 4. Explique que o jogo exige que cada jogador tente lembrar-se da posição de cada cartão para formar pares. O vencedor é aquele que fica com mais cartões no final do jogo. Opção 2 – Explorar o Mundo! 1. Explique e demonstre as seguintes instruções:

• Hoje é um dia emocionante! Durante a aula de hoje, vamos viajar para outros países do mundo para aprender mais sobre esses países e o que os jovens estão a fazer lá com o Aflatoun.

2. Explique aos participantes que vão viajar para cinco países diferentes. Indique os locais dos diferentes países (terá que colocar pedaços de papel com um país escrito em cada um, ou peça-lhes que se distanciem, com cada participante representando um país diferente). 3. Peça aos participantes que decidam qual a rota que gostariam de tomar (ou seja, por qual ordem gostariam de viajar para os países). Torne a viagem divertida! Incentive os participantes a torcerem ou a cantarem músicas enquanto "viajam" para cada país para manter o seu entusiasmo elevado e peça-lhes que escolham maneiras divertidas de viajar. Os exemplos incluem: fingirem andar num avião, autocarro ou táxi; ciclismo; natação, etc. 4. Quando chegarem ao país, leia os factos interessantes sobre ele. Em cada país, faça aos participantes as seguintes questões:

• Sabem alguma coisa sobre este país? • Gostariam de ir a este país? • O que acham sobre o projeto que as crianças do Aflatoun fizeram neste país? Poderíamos fazer algo assim?

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m

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• O que se lembram sobre o que as crianças estavam a fazer nos diferentes países? • O que acham dessas atividades? • O que perguntariam a essas crianças se pudessem conhecê-las? • Acham que podemos fazer algo assim no nosso Clube?

PERÚ

O Perú é na América do Sul e a capital é Lima. A língua oficial é o Espanhol. As crianças têm duas horas de atividades do Aflatoun por semana. Estas incluem entrevistar modelos a seguir, limpar partes do bairro e realizar festas de 'fim-doprograma'.

CHINA

A China, com 1,4 mil milhões de pessoas, tem a maior população do mundo. É também uma das civilizações mais antigas do mundo. Muitas das crianças nos Clubes Aflatoun pertencem a famílias que se mudaram para a cidade vindas do campo.

NEPAL

O Nepal é um país pequeno entre a China e a Índia e é famoso por ter a montanha mais alta do mundo, o Monte Evereste, e as montanhas do Himalaia. Os lares para crianças começaram com Clubes Aflatoun. Se houver algum problema nas casas, as crianças usam os clubes para discussões de grupo para encontrarem soluções.

SRI LANKA

O Sri Lanka é uma ilha no Oceano Índico, ao sul da Índia. A capital é Colombo. O Sri Lanka é o lar de muitos animais selvagens, incluindo elefantes. As crianças nos clubes Aflatoun de lá estão a aprender que a angariação de fundos através da reciclagem pode ser divertida. Reúnem e vendem velhas garrafas de plástico.

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

Jogo dos Cartões de Memória / Explorar os factos do Mundo

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ALBÂNIA

A Albânia é um dos países mais montanhosos da Europa. As crianças de lá criaram uma caixa de poupança Aflatoun para as necessidades de todo o Clube. Também convenceram os seus pais a criar uma caixa de poupança para os pais.

QUÉNIA

O Quénia é na África Oriental e é um dos três países ao redor do Lago Vitória (os outros dois são o Uganda e a Tanzânia). As crianças do Clube Aflatoun de lá produzem e vendem cartões postais e guardam os lucros.

SENEGAL

O Senegal é na África Ocidental. É famoso pelos seus maravilhosos músicos. A capital é Dakar e a língua oficial é o Francês. As crianças do Aflatoun plantaram árvores de manga à volta da sua escola para evitar que os carros se aproximassem. As árvores também dão frutos para a cozinha da escola, que podem ser vendidos para obter lucro.

BOLÍVIA

A Bolívia é na América do Sul e aí encontram-se algumas das montanhas dos Andes. Faz fronteira com o Chile, o Perú, a Argentina, o Brasil e o Paraguai. As crianças do Aflatoun de lá reconheceram que o bullying era um grande problema. Organizaram uma manifestação no centro da cidade e distribuíram folhetos em escolas para partilharem ideias sobre como parar o bullying.

? Bem-vindo ao Aflatoun

1.4: Formar o Nosso Clube! Resultado Geral Aprender as regras e as abordagens para a formação do clube.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Formar o seu próprio Clube Aflatoun. 2. Identificar as atividades que desejam realizar no seu Clube Aflatoun. 3. Estabelecer coletivamente as regras do Clube.

Materiais Necessários • Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Canetas

Metodologia • Iniciar: Discussão em Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Clube; Eleição; Votação

Informação Para o Facilitador • Durante a aula de hoje, vai fazer um 'ditado corrente' para ajudar os participantes a aprender sobre os diferentes

• •

tipos de representantes/agentes num Clube. Prepare-se para a atividade, escrevendo as seguintes definições em três grandes pedaços de papel e colocando cada um numa parede diferente: • Presidente: coordena as atividades que os membros optam por empreender. • Secretário: faz anotações detalhadas de todas as decisões tomadas durante as reuniões do Clube e é responsável pelas tarefas administrativas. • Tesoureiro: mantém um registo do dinheiro reunido para as diversas atividades do Clube e das poupanças. Durante o ditado corrente, haverá um 'escritor' e dois 'corredores'. Incentive os grupos a escolherem a pessoa com as melhores competências de escrita para ser o escritor. Se achar que o seu grupo vai debater-se com o ditado corrente por causa dos níveis de escrita e leitura, peça-lhes que discutam as três posições, em vez de fazer o ditado corrente.

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Iniciar 1. Peça aos participantes que formem grupos de três a quatro. Peça-lhes que discutam as seguintes questões: 10 m

• Quais são algumas das razões para as pessoas fazerem eleições? • Quais são algumas das eleições de que se lembram? • Já votaram numa eleição? Por favor expliquem. • Gostariam de votar numa eleição do Aflatoun? Porquê/Por que não?

Aprender Atividade 1 (10 minutos): Ditado Corrente 35 m

1. Peça aos participantes que formem grupos de três. 2. Explique que uma pessoa do grupo vai ser um escritor e que os outros dois vão ser 'corredores'. Além disso, explique o papel dos corredores:

• A vossa função é andar pela sala, à procura de três pedaços diferentes de papel. Quando

encontrarem um, devem memorizar o que diz e depois devem correr para o escritor. Repitam o que memorizaram ao escritor, que vai escrever o que disserem. Lembrem-se: têm que memorizar o que está escrito nos papéis – sem anotações! • Continuem o processo até que todas as informações tenham sido partilhadas com o escritor. • A primeira equipa a terminar é a vencedora. 3. Quando todas as equipas tiverem acabado, explique que, para funcionar sem problemas, as associações elegem representantes e concordam com certas funções que vão assumir. Informe os participantes de que os representantes do clube Aflatoun geralmente incluem as três funções descritas nos pedaços de papel que acabaram de memorizar/escrever:

• Presidente: coordena as atividades que os membros optam por empreender. • Secretário: faz anotações detalhadas de todas as decisões tomadas durante as reuniões do Clube e é responsável pelas tarefas administrativas.

• Tesoureiro: mantém um registo do dinheiro reunido para as diversas atividades do Clube e das poupanças.

Atividade 2 (25 minutos): Votem com os Vossos Pés 1. Explique que uma eleição é uma forma de ajudar grupos de pessoas a tomar uma decisão ou uma escolha. As eleições mostram qual a opção que a maioria das pessoas prefere. Pergunte aos participantes:

• Qual é a diferença entre uma boa e uma má eleição?

i. Num bom processo eleitoral, os eleitores começam por ouvir os argumentos a favor e contra as diferentes opções. Aprendem mais sobre as opções disponíveis. Aprendem a ouvir as ideias dos outros, mesmo que nem sempre concordem com essas ideias. ii. Num mau processo eleitoral, os eleitores não têm escolha e alguém vai tomar uma decisão pelo grupo.

2. Explique aos participantes que vão fazer uma atividade rápida para demonstrar uma boa eleição. 3. Coloque quatro folhas de papel numa das paredes da sala, a cerca de dois metros de distância umas das outras. Rotule as folhas como se segue: • Jogos • Poupanças • Empreendimento • Todos os três: Jogos, Poupanças e Empreendimento 4. Pergunte aos participantes qual das atividades seria a mais divertida. Diga-lhes para ficarem à frente da folha que acham que seria a mais divertida. Explique que, neste exercício, não há respostas certas ou erradas. 5. Quando os participantes tiverem formado as suas filas, pergunte a um ou a dois de cada fila:

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quando alguém estiver a falar.

6. Agora, pergunte aos participantes qual a atividade que acham que seria a melhor para eles e peça-lhes que fiquem à frente da folha correspondente. Lembre-lhes que não há respostas certas ou erradas. 7. Quando os participantes tiverem formado as suas filas, peça a um ou a dois de cada fila:

• Por que acham que esta atividade seria a melhor para vocês? Certifique-se de que os outros ouvem quando alguém estiver a falar.

8. Repita o processo, desta vez perguntando aos participantes qual a atividade que acham que seria a mais fácil de organizar.

Refletir

15 m

1. Pergunte aos participantes: • O que acharam da atividade do Votem com os Vossos Pés? • Aprenderam alguma coisa ao ouvirem as opiniões dos vossos colegas? • Acham que isto é uma boa forma de saber o que a maioria das pessoas sente em relação a um assunto? 2. Pergunte aos participantes que tipo de atividades acham que o Clube Aflatoun poderia/deveria fazer. 3. Relembre o grupo sobre 'respeitoso, inclusivo e solidário'. Discutam o seguinte: • Como nos devemos tratar uns aos outros? • Como podemos ajudar todos a desfrutarem das nossas atividades? • Como podemos garantir que todos estão envolvidos? • O que podemos fazer quando todos quiserem falar ao mesmo tempo? 4. Por fim, peça ao grupo que chegue a acordo sobre uma data e um processo para a realização de uma eleição do Clube Aflatoun. Relembre o grupo das três funções que precisam ser preenchidas:

• Presidente: coordena as atividades que os membros optam por empreender. • Secretário: faz anotações detalhadas de todas as decisões tomadas durante as reuniões do Clube e é responsável pelas tarefas administrativas.

• Tesoureiro: mantém um registo do dinheiro reunido para as diversas atividades do Clube e das poupanças.

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

• Por que acharam que esta atividade seria a mais divertida? Certifique-se de que os outros ouvem

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? Bem-vindo ao Aflatoun

1.5 Configurar um Sistema de Poupança Resultado Geral Criar um sistema de poupança para o Clube do participante.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Entender a poupança básica e por que é importante. 2. Descrever como a poupança vai ajudar o seu Clube. 3. Comprometer-se com a poupança enquanto Clube.

Materiais Necessários • Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores

Metodologia • Iniciar: Tabela SQA • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Tabela SQA e Discussão em Grupo

Duração 55 minutos

Palavras-chave Poupanças; Clube

Informação Para o Facilitador • Prepare três cartazes para a atividade Aprender (consulte os exemplos dos modelos de poupança mostrados abaixo) e coloque-os nas paredes pela sala.

• Prepare a tabela SQA abaixo no quadro de folhas (flipchart) ou num quadro. O que Sabemos sobre poupar dinheiro e outros recursos?

O que Queremos saber sobre poupar dinheiro e outros recursos?

O que Aprendemos sobre poupar dinheiro e outros recursos?

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Iniciar 1. Mostre aos participantes a tabela SQA que preparou antes da sessão e pergunte-lhes:

• O que Sabemos sobre poupar dinheiro e outros recursos? Escreva as respostas dos participantes na 10 m

coluna esquerda da tabela, em 'Sabemos'.

• O que Queremos saber sobre poupar dinheiro e outros recursos? Escreva as respostas deles na coluna do meio, em 'Queremos'.

Aprender 1. Comece com uma breve discussão de cinco minutos sobre as diferentes maneiras de como as pessoas poupam dinheiro na sua comunidade. Pergunte aos participantes se poupam, o que poupam, como poupam e por que poupam. 30 m

2. Explique que, pelo mundo, as crianças do Aflatoun e os seus facilitadores poupam de diferentes maneiras, dependendo das circunstâncias locais.

3. Explique que há três modelos principais de poupança. Use os exemplos abaixo para o ajudar a explicar. Modelo Um: Modelo Dois: Modelo Três: As crianças poupam por si próprias As crianças poupam no Clube As crianças poupam num banco em casa ou na escola Neste modelo, as crianças poupam O modelo três é o mesmo que o A imagem mostra uma criança como parte do Clube Aflatoun. modelo dois, exceto que uma vez do Aflatoun com o seu banco de Mantêm registos individuais dos por semana, o dinheiro é depositado poupança de bambu. Neste modelo, seus depósitos, levantamentos e num banco. Muitas vezes é aberta a criança guarda o seu dinheiro num saldo. O Facilitador mantém um livro uma conta em nome do Clube. local seguro, como um mealheiro de contabilidade geral. O dinheiro é As poupanças das crianças são (ou um recipiente semelhante), em guardado num local seguro. realizadas coletivamente, mas os casa ou na escola. registos são a nível individual. 4.  Aponte para os três cartazes e descreva cada um deles. Certifique-se de que os participantes compreendem o que cada um desses três modelos implica. 5. Explique que lhes vai fazer várias perguntas. Para cada pergunta, devem alinhar-se à frente do cartaz que sentem ser o mais adequado. Questões:

• Qual é o modelo de poupança mais fácil? • Qual é o modelo de poupança mais seguro? • Qual é o vosso modelo de poupança favorito? 6. Peça a dois ou três participantes que expliquem como se sentem depois de cada pergunta. Faça-lhes as seguintes perguntas:

• Por que acham isso? Quem tem uma opinião diferente? 7. Peça aos participantes que formem grupos de três. Dê a cada grupo cinco minutos para pensar no máximo de coisas para além de dinheiro que um clube Aflatoun poderia poupar.

Refletir 1. Reveja os comentários das colunas um e dois da tabela SQA. 2. Pergunte aos participantes: 15 m

• O que Aprendemos sobre poupar dinheiro e outros recursos? Anote as respostas deles na coluna da direita da tabela, em 'Aprendemos'.

3. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que esperam conseguir no Clube Aflatoun? • Como é que o Clube Aflatoun pode ajudar-vos na vida (por exemplo, dentro e fora da escola; conseguir um emprego que queiram)?

• Como nos podemos apoiar uns aos outros para tirar o máximo proveito do Clube?

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? Eu, O Meu Mundo

2.1: Auto-expressão Resultado Geral Aprender a ser capaz de se expressar de maneiras diferentes.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Descrever diferentes formas de auto-expressão. 2. Descrever a importância da auto-expressão.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Papel • Marcadores/Canetas

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade em Pares • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 45 minutos

Palavras-chave Entendimento Pessoal; Pontos fortes; Auto-eficácia

Informação Para o Facilitador • Prepare dois sinais num papel – um escrito com CONCORDO e o outro com DISCORDO sobre isso. Coloque-os em • •

duas paredes opostas da sala. Se não puder fazer os sinais, peça aos participantes que usem gestos de 'Polegares para cima' e 'Polegares para baixo' em vez disso. Escreva as perguntas na atividade Aprender no quadro antes da aula.

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Iniciar 1. Explique aos participantes que todos nós temos coisas que nos tornam únicos e diferentes, e que na sessão de hoje todos vão pensar e discutir algumas dessas coisas. 15 m

2. Aponte para os dois sinais aos participantes e explique as seguintes regras:

• Vou ler um conjunto de afirmações. Pensa sobre ti e decide se CONCORDAS ou DISCORDAS com cada afirmação.

• Se concordares, dirige-te ao sinal CONCORDO na parede e fica junto ao sinal. Se discordares, dirigete ao sinal DISCORDO na parede oposta e fica junto ao sinal.

• Vou pedir a dois ou a três participantes que expliquem por que concordam ou discordam, por isso preparem-se para explicar a vossa escolha.

• Também posso fazer uma pergunta para discussão antes de passar para a próxima afirmação. Sintamse livres para mudarem para um sinal diferente caso mudem de ideia durante a discussão.

3. Leia as afirmações e use as questões complementares para criar uma discussão.

• Afirmação #1: Eu gosto de desportos.

Questão complementar: Por que gostas/não gostas de desportos? Que desportos gostas/não gostas?

• Afirmação #2: Eu gosto de legumes. Questão complementar: Por que gostas/não gostas de vegetais? Gostas deles todos ou apenas de alguns? Porquê?

• Afirmação #3: Eu gosto de desenhar.

Questão complementar: Por que gostas/não gostas de desenhar?

4. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que significa expressar-me? • Por que é importante expressares-te? • Em que situações é mais fácil expressares-te? Porquê? • Em que situações é mais difícil expressares-te? Porquê?

Aprender 1. Peça aos participantes que se sentem em círculo. Informe-os de que, nesta atividade, vão aprender sobre si mesmos e os seus colegas. 20 m

2. Comece por explicar que uma forma de podermos aprender sobre nós mesmos e tornarmo-nos mais confiantes é através da partilha de informações sobre nós mesmos com os nossos colegas de turma. Relembre aos participantes que estão todos aqui para aprenderem uns com os outros e ajudarem-se uns aos outros, e que as opiniões e experiências de todos são importantes. 3. Certifique-se de realçar aos participantes que não devem revelar segredos uns dos outros, a menos que o segredo ameace a segurança de alguém. Se alguém não tiver a certeza se deve manter a informação em segredo, deve conversar consigo ou com outro adulto de confiança. 4. Peça aos participantes que perguntem à pessoa que esteja à sua direita qual é o seu nome. 5. Em seguida, peça a um participante que comece por dizer ao resto do grupo o nome da pessoa sentada à sua direita. 6. Peça ao grupo que aplauda caso o nome esteja correto. 7. Passe para o participante seguinte que foi acabado de ser nomeado e repita este processo até que todos tenham sido nomeados e volte ao participante que originalmente começou. 8. Quando tiverem terminado isto, peça aos participantes que formem pares e que perguntem aos seus parceiros as perguntas escritas no quadro. (NB: Se optar pela primeira opção da atividade Refletir abaixo, realce que vai pedir a alguns dos participantes que partilhem as informações que recolheram, por isso precisam de se lembrar do máximo de coisas possível):

• Qual o teu nome completo? • Qual a tua data de nascimento? Que idade tens? • Qual é o nome do teu pai/tutor?

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2. Eu, O Meu Mundo

• Qual é o nome da tua mãe/tutora? • Quantas irmãs tens? • Quantos irmãos tens? • Qual é a tua maneira favorita de te divertires? Porquê? • Em que estás mais interessado? Porquê? • És bom em quê? • O que gostarias de ser capaz de fazer melhor?

Refletir 1. Peça a alguns dos participantes que partilhem o que aprenderam sobre o seu colega. 2. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m

• Reparaste nalguma semelhança com o teu colega? Reparaste nalguma diferença? • Descobriste algo que seja único em ti? • Quais são as diferentes maneiras em que te podes expressar? 3. Explique que todos nós temos coisas que sentimos serem únicas em nós e que todos nós temos coisas que são comuns com outras pessoas. Essas coisas aproximam-nos das pessoas nas nossas vidas, como a nossa família, os amigos e colegas de turma. Atividade Refletir Opcional (10 minutos): A Máquina 1. Peça ao grupo que pense numa máquina enorme, com muitas partes diferentes, como o motor de um carro. Explique que, num motor, cada parte faz um movimento e som diferentes, mas juntos fazem o carro funcionar. 2. Informe os participantes que vão fazer uma máquina desse tipo e peça-lhes que formem um grande círculo. 3. Peça a uma pessoa que entre no círculo e comece a fazer um movimento e som repetidos que sejam relevantes para a máquina em que pensaram. Após cinco segundos, peça à próxima pessoa que entre no círculo e acrescente o seu novo som e ação. Após cinco segundos, peça à pessoa seguinte que entre no círculo e acrescente ainda um outro som e movimentos simples. Continue a trabalhar com o círculo em intervalos de cinco segundos até que todos façam parte da máquina. Sugestão do Facilitador: É muito importante que as pessoas esperem cinco segundos antes de se juntarem. Isto dá-lhes tempo para pensarem num som e ação que contrasta, ou complementa, o 'componente' anterior. Também é muito importante trabalhar à volta do círculo, numa direção. Se não fizer isto, todos se vão apressar para o meio, ao mesmo tempo. O jogo é mais divertido quando a Máquina é cuidadosamente construída, uma peça de cada vez. Também é importante que ninguém faça um som mais alto do que outra pessoa. Todos devem ser capazes de ver e ouvir toda a gente. 4. Peça aos participantes que pensem noutros exemplos em que indivíduos com diferentes pontos fortes e competências possam misturar-se para criar algo maior, por exemplo, muitos músicos diferentes numa orquestra.

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? Eu, O Meu Mundo

2.2: As Nossas Competências, os Nossos Talentos Resultado Geral Desenvolver uma consciência plena das suas próprias competências e talentos.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Descrever as suas competências e as competências do grupo. 2. Identificar as novas competências que gostariam de ganhar. 3. Identificar os pontos fortes do seu grupo.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Canetas

Metodologia • Iniciar: Atividade em Pares • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 40 minutos Atividade Refletir Opcional Extra: 10 minutos

Palavras-chave Pontos fortes; Auto-eficácia

Informação Para o Facilitador • A identidade pessoal começa com a nomeação e a determinação das nossas raízes. É importante que os participantes explorem isso e valorizem-no. É importante que estejam felizes e saibam quem são.

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1.

Iniciar

10 m

1. Comece por explicar o significado de 'pontos fortes'. Informe o grupo que os pontos fortes são qualidades positivas que nos moldam; são as qualidades que nos ajudaram a ultrapassar todos os acontecimentos positivos e negativos nas nossas vidas e nos ajudaram a tornarmo-nos a pessoa que somos hoje. Saliente que todos têm pontos fortes. 2. Peça aos participantes que formem pares. 3. Peça aos participantes que contem ao seu colega quais são os seus pontos fortes e por que estão orgulhosos deles. Após alguns minutos, peça a um ou a dois pares que partilhem as suas ideias. 4. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que são os pontos fortes?

a. Os pontos fortes são aquilo de que nos orgulhamos e que gostamos de fazer ou em que somos bons. b. Um ponto forte pode ser um talento, como desenhar; um passatempo ou interesse, como cozinhar; ou uma qualidade pessoal, como ser engraçado ou compassivo. c. Os pontos fortes são aquilo que nos tornam bonitos por dentro. • Por que é importante conhecerem os vossos pontos fortes? • Como pode a identificação dos nossos pontos fortes ajudar-nos?

Aprender 1. Explique aos participantes que, assim como os indivíduos, grupos de pessoas (por exemplo, a equipa Aflatoun) também têm pontos fortes. 20 m

2. Explique que o grupo vai debater os diferentes pontos fortes da sua equipa Aflatoun. 3. Divida o grupo em dois e informe os dois grupos que vão competir um contra o outro para encontrarem o máximo de pontos fortes possível em cinco minutos. 4. Peça a cada grupo que fique numa fila à frente do quadro e peça a um participante de cada grupo que se voluntarie para registar as ideias da sua equipa no quadro. 5. Peça à primeira pessoa de cada fila que diga um ponto forte para que o escritor da sua equipa escreva no quadro. O participante, em seguida, vai para o final da fila e a segunda pessoa nomeia um ponte forte que é acrescentado à lista, e assim por diante. 6. Depois do tempo acabar, a equipa deve eliminar todas as palavras duplicadas e a equipa com o maior número de pontos fortes enumerados vence. 7. Se o tempo permitir, pode acompanhar a atividade com uma breve discussão:

• Por que é importante conhecer os pontos fortes do nosso grupo? • O que é que um grupo pode fazer que um indivíduo não pode?

Refletir 1. Pergunte aos participantes: 10 m

• O que aprenderam hoje? • Aprenderam algo novo sobre vocês mesmos ou sobre os vossos colegas? Aprenderam algo novo sobre os pontos fortes do vosso grupo?

2. Junte os participantes num círculo e peça-lhes que coloquem uma mão no meio. Pergunte por uma palavra poderosa da aula de hoje que possam celebrar enquanto grupo unido. Atividade Refletir Opcional (10 minutos) 1. Explique que cada participante tem de nomear um outro participante no grupo e dizer por que é que essa pessoa é incrível ou maravilhosa.

• Por exemplo: "Nomeio o Ahmed. Ele é incrível porque, quando falo com ele, ele ouve mesmo." 2. Certifique-se de que todos os participantes estão envolvidos.

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? Eu, o Meu Mundo

2.3: Resolução de Problemas Resultado Geral Aprender a lidar com os problemas e descrever formas de superar desafios.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Definir o termo 'resiliência'. 2. Explicar um momento em que tenham reagido a um problema ou superado um desafio. 3. Determinar as causas dos problemas. 4. Descrever a capacidade de resolver problemas.

Materiais Necessários • Papel (para os Estudos de Caso)

Metodologia • Iniciar: Atividade em Pares • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Resolução de problemas; Resiliência; Comunicação

Informação Para o Facilitador • Se tiver uma grande turma, pode repetir os mesmos Estudos de Caso para os grupos individuais ou criar outros.



Se fizer isso, mantenha em mente as situações de emergência comuns na sua comunidade (tais como inundações, terramotos, etc.) e quais as diferentes formas de lidar com elas. Antes da aula, copie os diferentes Estudos de Caso listados abaixo em folhas separadas de papel (ou fotocopie a folha de recurso e recorte as caixas), de modo a que possa dar a cada grupo uma cópia do seu Estudo de Caso. Se os participantes tiverem baixos níveis de literacia, dirija-se a cada grupo para lhes ler e explicar o seu Estudo de Caso. Também pode identificar os participantes que são bons na leitura. Incumba esses participantes de serem os 'leitores' dos seus grupos.

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Iniciar 1. Peça aos participantes que formem pares. Peça aos pares que partilhem um momento de quando enfrentaram um desafio. Peça-lhes que expliquem o que fizeram para superar esse desafio. 10 m

2. Pergunte aos participantes:

• O que significa ser resiliente? 3. Explique aos participantes que o termo 'resiliente' significa manter-se forte e recuperar após os desafios. 4. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Quando é que as pessoas são resilientes? • Como é que as pessoas são resilientes? • Quem vos pode ajudar a ser resiliente?

Aprender 1. Explique que todos já tivemos momentos nas nossas vidas em que certas coisas não correram conforme o planeado, e que hoje, vão investigar como a resolução de problemas é uma boa maneira de ser resiliente. 40 m

2. Divida os participantes em grupos de quatro a cinco e informe-os de que lhes vai ser dado um cenário de Estudo de Caso para representar, como uma peça de teatro. 3. Dê a cada grupo um Estudo de Caso e peça-lhes que discutam o cenário durante 10 minutos. Incentive todos a partilharem os seus pensamentos. Certifique-se de que os participantes se concentram no que o(s) personagem(ns) pode(m) fazer para resolver o problema. 4. Depois de terem discutido o seu cenário durante 10 minutos, dê aos grupos mais 10 minutos para praticarem a sua representação. Certifique-se de que todos no grupo têm um papel. 5. Explique as Dicas de Representação:

• Falem em voz alta, clara e sempre voltados para o público. • Tornem a vossa representação divertida. Usem emoções. Sejam dramáticos. Sejam divertidos. • Sejam breves. • Usem a vossa linguagem e termos locais. Falem da forma como falam quando estão com os vossos amigos, não da forma como falam na escola ou com os adultos.

6. Após o tempo de exercício atribuído, reúna os grupos. Selecione dois ou três grupos para representarem. 7. Após cada um, faça ao grupo, enquanto um todo, questões complementares, tais como:

• Quem foi o personagem principal desta peça? • O que aconteceu nesta peça? • O que é que o personagem fez para superar e resolver o problema? • Como podem os personagens ser resilientes nesta situação? • Há alguma coisa que teriam feito diferente se tivesse acontecido convosco?

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m

• O que podemos aprender com este tipo de experiências? • Como podemos lidar com estes desafios/experiências inesperadas? • Na vida, quem são algumas das pessoas com quem podemos falar quando temos um desafio? • Como nos podemos apoiar uns aos outros para superar esses desafios/experiências inesperadas? • Que coisas nos podem ajudar a resolver os problemas? 2. Termine por explicar o seguinte aos participantes:

• Nem sempre as coisas acontecem de acordo com o plano, mas isso nem sempre é necessariamente

uma coisa má, já que muitas vezes podemos ajustar os nossos planos e aprender com a experiência.

• É bom saber que o início da resolução de um problema é compreender qual é o problema. • Quando confrontados com um problema, temos que tentar resolvê-lo, contando o problema e pedindo ajuda, se necessário.

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

Cenários dos Estudos de Caso

É de tarde e uma menina está a brincar na sua casa. O seu irmão bebé está a dormir no quarto. A sua mãe está a cozinhar e um incêndio começa na cozinha. O que deve fazer a menina?

O vosso pai comprou uma caixa de ferramentas e coloca-a no armário. Estão curiosos para saber o que está dentro da caixa de ferramentas, então vão ao armário e abrem-na. O vosso irmão mais novo segue-vos e começa a brincar com as ferramentas. De repente, ele corta-se com a serra e começa a sangrar. O que devem fazer?

Um grupo de participantes está a ter aula. De repente, o chão começa a tremer e há um som estrondoso. Os cartazes na parede começam a cair e o teto de betão começa a rachar. Conseguem ouvir os gritos das outras turmas. O que deve fazer a turma? O que deve fazer o professor?

Tem chovido a noite toda. Quando vocês e a vossa família acordam, vêem que as ruas foram inundadas e que a água está a subir rapidamente. A vossa casa é apenas uma casa de um andar, então não há nenhum outro lugar da casa onde fiquem seguros se os níveis de água continuarem a subir. O que devem fazer vocês e a vossa família?

É a celebração comunitária anual e vocês e os vossos amigos estão nas ruas com outros foliões. De repente, ouvem gritos de combate à distância e um tiro. Algumas pessoas começam a gritar e a correr. O que devem fazer?

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38

? Eu, O Meu Mundo

2.4: Pensamento Crítico Resultado Geral Aprender sobre como aplicar as competências de resolução de problemas.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender e identificar um problema específico. 2. Compreender, analisar, avaliar e aplicar a informação uma vez reunida. 3. Descrever soluções alternativas.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Papel • Marcadores/Canetas

Metodologia • Iniciar: Atividade em Pares • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Pensamento Crítico

Informação Para o Facilitador • A atividade Aprender vai incluir uma Árvore de Problemas e História. Antes da aula, desenhe a Árvore de Problemas

no quadro para mostrar aos participantes. Pode escolher um problema diferente que considere refletir melhor os problemas enfrentados na sua comunidade. Se mudar de assunto, encontre recursos visuais adequados para o ajudar a ilustrar as questões e certifique-se que muda a história para que represente com precisão o problema.

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Iniciar 1. Peça aos participantes que formem pares. Explique que vai ler afirmações que descrevem uma situação particular e que, para cada afirmação, eles terão de trabalhar com o seu parceiro para identificar o seguinte: 10 m

• O problema na situação. • As causas da situação/problema. • As soluções que vão resolver o problema. 2. Leia as seguintes afirmações, uma a uma, dando aos participantes um minuto para discutirem cada uma delas:

• Um menino está a chorar. Ele está sentado no chão com uma ferida no joelho. • Uma menina está a tentar chegar a um copo de água que está muito alto para ela. • Um bebé está a chorar dentro de um berço. • Um menino está a suar muito durante a caminhada sob o sol. Podem ver que ele está cansado. • A menina está a andar, mas falta-lhe um dos seus chinelos e dói-lhe o pé.

Aprender 1. Leia aos participantes a história de Kurembera e a Floresta que Desaparece Lentamente. 30 m

2. Agora diga-lhes que vai ler novamente. Diga-lhes que, desta vez, devem ouvir atentamente, pensar e relembrar todas as razões que ouvem na história para as pessoas cortarem árvores. 3. Leia a história novamente com cuidado. 4. Peça aos participantes que olhem o exemplo da Árvore de Problemas que desenhou no quadro com a palavra 'desflorestação' escrita no tronco. Pergunte-lhes o que vêem. Certifique-se de que entendem que é uma árvore com raízes e ramos. Pergunte-lhes o que fazem as raízes de uma árvore. Tente conseguir obter a resposta de que as raízes alimentam uma árvore e tornam-na maior. 5. Diga-lhes que esta é uma árvore especial que nos ajuda a pensar sobre problemas importantes. 6. Aponte para as raízes e diga que quer que eles pensem sobre as 'raízes' ou causas do problema. Faça aos participantes as seguintes questões e incentive-os a lembrarem-se da história:

• O que faz com que a desflorestação aconteça? • Por que é que isto é um problema? • Por que é que as pessoas cortam árvores? As respostas devem incluir:

• Construir casas e barcos. • Fornecer combustível como o carvão para cozinhar. • Empresas madeireiras cortam um grande número de árvores para a construção e fabricação de papel. • Criar espaço para colheitas. • Criar terra para pastar animais. 7. À medida que os participantes vão dizendo as razões, escreva-as uma de cada vez nas raízes da árvore. 8. Agora, pergunte aos participantes quais são os efeitos da desflorestação:

• O que acontece quando cortamos muitas árvores? As respostas devem incluir:

• Menos plantas e animais: as plantas e animais podem sofrer, porque já não há mais árvores nas quais podem viver.

• A terra transforma-se em deserto: As árvores bebem água através das suas raízes e soltam-na para o ar através das suas folhas. Isto ajuda a garantir chuvas regulares. Quando derrubamos árvores, pode haver menos chuva. O solo torna-se seco e transforma-se em poeira e voa. • Acontecem mais inundações: quando cortamos as árvores, o solo voa. Quando chove muito, há menos solo para absorver a chuva e por isso a água pode fluir pelas encostas causando inundações.

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monóxido de carbono em oxigénio. Com menos árvores, há um aumento de monóxido de carbono que conduz a um aumento da temperatura. • Custa mais comprar madeira: como a madeira para a construção e para as lareiras fica mais escassa, torna-se cada vez mais cara. 9. À medida que os participantes dizem as suas respostas, organize-as pelos ramos. 10. Em seguida, pergunte aos participantes:

• O que podemos fazer para impedir que as pessoas cortem árvores? • Quais são as soluções para a deflorestação? 11. Escreva as suas respostas à volta da árvore. 12. Por fim, peça a um voluntário que explique todo o diagrama.

Refletir 1. Pergunte aos participantes: 10 m

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Como podem aplicar o que aprenderam na sessão de hoje na vossa vida? E na escola? 2. Relembre aos participantes que, quando estiverem a resolver um problema, devem:

• Compreender qual é o problema. • Pensar nas várias soluções e suas consequências. • Pedir ajuda e ouvir os conselhos dos outros.

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2. Eu, O Meu Mundo

• O aquecimento global agrava-se: as folhas das árvores ajudam a converter gases nocivos como

História: Kurembera e a Floresta que Desaparece Lentamente Kurembera e a sua mãe, Mukuru, viviam numa aldeia no meio da floresta na Província Oriental, Ruanda. Desde menina, Kurembera e as suas amigas Mutabuzi e Mutoni adoravam caminhar e brincar na floresta. Adoravam fazer longas caminhadas juntas, colher flores, ouvir o canto dos pássaros e observar os animais selvagens. Todas as casas na sua aldeia eram feitas a partir de árvores locais. As pessoas também usavam as árvores para fazer barcos. E em casa, a comida era feita em cima da madeira ou carvão. Mukuru disse que a floresta deu aos aldeões tudo o que precisavam. Um dia, enquanto Kurembera, Mutabuzi e Mutoni estavam a brincar, ouviram ruídos altos e o som de árvores a desabarem. Apesar de terem ficado assustadas, correram para ver o que estava a acontecer. Encontraram dezenas de homens que estavam a trabalhar com máquinas enormes e a cortar centenas de árvores. Naquela noite na aldeia, as crianças ouviram os seus pais falarem sobre uma empresa madeireira que tinha conseguido uma licença para começar a trabalhar na área. Alguns adultos disseram que a chegada da empresa madeireira tinha sido uma coisa boa, uma vez que dava emprego a alguns aldeões. Outros disseram: "Sim, e o país precisa de árvores para a construção e fabricação de papel". Mas Mukuru disse que era preocupante. A floresta deu-lhes tanto e não fazia sentido cortá-la. Sem a floresta, disse ela, eles não teriam nada. No ano seguinte, Kurembera, Mutabuzi e Mutoni mudaram-se do ensino básico para o secundário. Ficaram entusiasmadas com esta mudança nas suas vidas e, embora cada uma tenha feito novos amigos, ainda encontravam tempo para fazer caminhadas juntas na floresta. Mas alguma coisa estava a mudar. A floresta parecia de alguma forma mais tranquila e mais triste. Kurembera estava apenas a imaginar coisas ou já não havia tantos pássaros a cantarem nos dias de hoje? Quando ela partilhou os seus pensamentos com as suas duas amigas, elas rapidamente concordaram.

"Também não parece haver tantos animais selvagens como antes", disse Mutabuzi. Mutoni assentiu. "E algumas das minhas flores favoritas estão cada vez mais difíceis de encontrar nos dias de hoje", acrescentou. Passaram alguns anos e ninguém na aldeia dava muita atenção ao barulho da empresa madeireira. O som das máquinas parecia tão natural como o vento. E a vida estava a mudar de outras maneiras. As três amigas ficaram mais ocupadas na escola. Estava a chegar o final do 12º ano e estavam a trabalhar arduamente para o seu exame nacional. Não havia quase tempo para caminhar na floresta agora. Algumas noites antes dos exames começarem, houve uma grande reunião na aldeia. A população tinha crescido ao longo dos anos. As pessoas precisavam de mais madeira para construirem novas casas. E muitas famílias estavam zangadas porque já não havia espaço suficiente para pastar os seus animais. Outros

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Passaram mais alguns anos na aldeia. Mutoni casou-se e deu à luz um filho, Gahuj. Mutabuzi mudou-se para a capital, Kigali, à procura de trabalho. Kurembera ficou em casa com a sua mãe. O segundo aniversário do Gahuj foi também o ano da pior inundação de que há memória. Muitos agricultores perderam colheitas e animais e algumas casas foram arrastadas. Foi um momento assustador. Mukuru disse que isso aconteceu porque os moradores não conseguiram cuidar da floresta. Mukuru estava preocupada com o futuro. Algo do que ela disse fez com que Kurembera também ficasse preocupada, por isso decidiu pesquisar mais sobre o que pode acontecer quando as pessoas cortam muitas árvores. A primeira coisa que aprendeu foi que o problema tinha um nome – a desflorestação. A segunda coisa que aprendeu foi que esse problema estava a afetar muitos países do mundo e não apenas Ruanda. Quanto mais lia, e quanto mais perguntas fazia, mais ela aprendia. E apesar de o que encontrou ser preocupante, sentiu-se melhor para, pelo menos, compreender o problema. Aqui estão algumas das coisas que aprendeu sobre o que acontece quando cortamos demasiadas árvores:

• As plantas e os animais podem sofrer porque já não há tantos ramos frondosos para os proteger do sol. • As árvores bebem água através das suas raízes e soltam-na para o ar através das suas folhas. Isto ajuda a

garantir chuvas regulares. Quando derrubamos árvores, pode haver menos chuva. O solo torna-se seco e transforma-se em poeira e voa. A terra pode transformar-se lentamente num deserto. • Por haver menos solo para absorver a água da chuva, ela pode correr pelas encostas e causar inundações. • As árvores também absorvem o dióxido de carbono, que é uma das principais causas do aquecimento global. Quando cortamos as árvores, ficamos com mais dióxido de carbono. • Como a madeira para a construção e para as lareiras fica mais escassa, torna-se cada vez mais cara. Kurembera foi para casa e partilhou tudo o que tinha aprendido com Mukuru. Elas sentiram que compreendiam melhor o problema agora e que era hora de encontrar uma solução. Por isso elas pensaram, e pensaram e pensaram...

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1. Eu, O Meu Mundo

reclamavam que precisavam de mais espaço para as colheitas. Os aldeões decidiram juntar-se para limpar uma grande parte da floresta para transformarem em terras agrícolas. Só Mukuru discordou. Ela disse que a floresta dava tudo o que precisavam e não fazia sentido cortá-la. Mas ninguém a ouviu.

Árvore dos Problemas

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? Eu, O Meu Mundo

2.5: Caminho e Objetivos de Vida Resultado Geral Ser capaz de identificar os seus objetivos e sonhos.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Distinguir entre um objetivo e um sonho. 2. Identificar os seus objetivos e os passos necessários para alcançá-los.

Materiais Necessários • Papel • Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Orador Convidado • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos Atividade Refletir Opcional Extra: 15 minutos

Palavras-chave Estabelecer objetivos; Resiliência

Informação Para o Facilitador • Encontrar um mentor na vida é valioso por muitas razões diferentes. Talvez o mais importante é que os mentores



podem ajudar as pessoas mais jovens a manterem-se motivadas, dando-lhes esperança e oferecendo um exemplo positivo de como viver as suas vidas. A melhor maneira de apresentar os participantes a tais indivíduos é receber visitas de pessoas com boa reputação na sua comunidade. É importante pensar nas pessoas com as quais os participantes se consigam relacionar (por exemplo, uma pessoa jovem bem sucedida na comunidade). Certifique-se de que se prepara com o orador convidado antecipadamente. Responda a qualquer questão que ele/ela possa ter e diga-lhe o quanto ele/ela terá de apresentar.

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Iniciar 1. Pergunte aos participantes:

• O que é um objetivo na vida? 10 m

As respostas podem incluir: i. O propósito do seu trabalho árduo, dedicação ou desejo. ii. Quais os sacrifícios que estão dispostos a fazer. iii. O que querem alcançar na vossa carreira, educação, relacionamentos, saúde, etc. iv. Algo que vos vá fazer feliz se o concretizarem.

• Qual é a diferença entre objetivos e sonhos? As respostas podem incluir: i. Os objetivos são atingíveis, mesmo que requeiram muito trabalho e sacrifício. ii. Os sonhos também são importantes, mas muitas vezes são coisas que desejamos que acontecessem, em vez de coisas que estamos realmente a tentar alcançar. Um objetivo é algo que pretendem alcançar. Um sonho é algo que desejam que se torne realidade. 2. Dê a cada participante uma folha de papel e lápis, e peça-lhes para andarem pela sala, entrevistando o máximo de colegas possível, enquanto descobrem mais sobre os seus objetivos e sonhos. 3. Após cinco minutos, peça a alguns que informem o grupo sobre os sonhos e objetivos mais comuns que encontraram. Se não tiverem a certeza, então pergunte-lhes o que acharam ser mais interessante.

Aprender 1. Informe os participantes que arranjou um convidado especial para vir conversar com eles sobre as suas experiências na realização dos seus objetivos. 25 m

2. Peça aos participantes que se sentem em semi-círculo no chão de frente para o banco em que o orador convidado estará. Pode optar por fazer isto dentro ou fora da sala. 3. Apresente o convidado e dê-lhe a cadeira que esteja virada de frente para os participantes. 4. Peça aos participantes que ouçam com muita atenção a história partilhada pelo convidado. Pode usar o seguinte como um guia para o orador convidado:

• Conte aos participantes as suas experiências e como chegou onde está hoje. • Quais são os desafios e as barreiras que podem existir ao atingir os objetivos ou sonhos? • Pode dizer aos participantes como pretende alcançar os seus objetivos? • Pode explicar o que acha que os jovens podem fazer para atingirem os seus objetivos? 5. Incentive os participantes a fazerem perguntas, tais como:

• Os seus objetivos/sonhos mudaram ao longo do tempo? • Como/Por que escolheu esse caminho? • Que conselho daria aos jovens? 6. Depois do orador convidado ter feito a sua apresentação, peça aos participantes que se juntem a um parceiro e discutam qual foi a coisa mais importante que aprenderam com o convidado. 7. Após alguns minutos, peça aos voluntários para partilharem o que discutiram com o seu parceiro e agradeçam ao orador convidado a sua apresentação.

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2. Eu, O Meu Mundo

Refletir 1. Reúna o grupo para rever a sessão de hoje. 2. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 15 m

• Por que é importante entender os vossos objetivos e sonhos? • Quais os passos a tomar para alcançarem os vossos objetivos? Quem pode ajudar-vos a atingirem os vossos objetivos?

• Quais os obstáculos que esperam enfrentar ao perseguirem os vossos objetivos? Como podem superá-los?

3. Explique aos participantes que é importante definir objetivos e passos realistas para alcançá-los. Explique que podem superar os obstáculos ao terem um plano adicional, que forneça formas alternativas para alcançarem os seus objetivos. Diga aos participantes que é importante encontrar Pessoas de Confiança ou apoiantes nas suas comunidades que os possam ajudar a alcançar os seus objetivos. Atividade Refletir Opcional (15 minutos): Ilha da Fantasia 1. Peça aos participantes que fechem os olhos por alguns momentos e pensem num objetivo ou sonho pessoal – algo que gostariam de alcançar ou experienciar na sua vida. Não precisa de ser realista. Pode ser modesto ou ambicioso. Pode ser passar a um exame ou andar na lua. 2. Peça aos participantes que formem grupos de pelo menos cinco elementos. Peça a um participante que explique o seu sonho – um sonho, que gostasse de representar. Por exemplo, uma cena em que seja um cantor famoso, em que consiga a sua própria casa, receba um diploma, se case, etc. 3. O participante dirige então a cena com o seu grupo, até que esteja convencido de que é uma boa representação do seu sonho. O grupo representa a cena com o participante responsável que está a desempenhar o seu próprio papel. Todos devem ter um papel a desempenhar. Exemplo: O sonho de um participante é ganhar uma medalha de ouro no sprint de 100 metros nos Jogos Olímpicos. Na corrida, ele/ela ganha a dois atletas americanos famosos. Todos no grupo devem ter um papel. Um participante faz um comentário animado na rádio. Outro representa um operador de câmara seguindo a corrida para a televisão nacional. A outro é-lhe dado o papel de fotógrafo de desportos. Os outros representam um público animado. Quando toda a gente souber o seu papel, a corrida é representada em câmara lenta. A cena pode terminar com o vencedor a receber a sua medalha no pódio. É importante que os participantes tenham total liberdade para representar o sonho que escolheram. 4. Após 10 minutos, reúna os participantes e agradeça-lhes. Agora diga-lhes que os sonhos se podem tornar realidade se tiverem primeiro uma série de objetivos alcançáveis, realistas. 5. Pergunte aos participantes:

• Na vida, quais os passos que podem tomar para alcançar os vossos objetivos?

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Aprender a Viver Juntos

3.1: Inclusão Social Resultado Geral Compreender a importância da inclusão social e da igualdade social.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Descrever a importância da integração com os outros na sociedade. 2. Integrar, de tal forma que crie oportunidades justas para todos. 3. Valorizar os efeitos positivos da integração.

Materiais Necessários • Nenhum material

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Atividade de Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Inclusão Social; Igualdade Social; Integração; Autonomia; Vulnerabilidade; Fazer parte de uma comunidade

Informação Para o Facilitador • Como este é um módulo longo, pode fazê-lo em duas sessões separadas. • É importante conhecer o seu grupo para a atividade Caminhada da Vida. Se tiver crianças com deficiência ou que •

sejam muitas vezes provocadas, seja sensível a esta sessão. Torne-a mais geral e menos focada em grupos de pessoas que não têm tantas oportunidades na sua comunidade. Se não tiver crianças com deficiência no seu grupo, use o personagem final, intitulado 'Pessoa doente'. Isto pode representar muitos grupos diferentes de pessoas e deve ser usado para os participantes compreenderem a falta de oportunidades para estes grupos de pessoas. Não é importante definir que tipo de pessoa doente é. Personagens para a atividade Caminhada da Vida (não há problema se duas ou mais pessoas tiverem o mesmo papel):

• Pessoa de negócios • Polícia • Professor/a • Um estudante (jovem

instruído) – menino e menina

• Um jovem que esteja fora da

• Chefe de família – homem e mulher • Líder da comunidade – homem e



• Pessoa desempregada • Pessoa doente



escola (sem instrução) – menino e menina Criança sem-abrigo – menino e menina Refugiado/imigrante – menino e menina

mulher

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Iniciar: Tomar Uma Posição 1. Explique e demonstre as seguintes instruções: 10 m

• Vou ler uma afirmação e vão ter que decidir se concordam ou discordam com ela. • Não há respostas certas ou erradas e não há problema em discordarem dos vossos amigos. • Quando eu ler a afirmação, fechem os olhos para que não possam ver a resposta da outra pessoa. • Se concordarem com a afirmação, coloquem as vossas mãos na vossa cabeça. Se discordarem, coloquem as vossas mãos sobre os joelhos.

• Depois de todos terem feito uma escolha, vou pedir-vos que abram os olhos e partilhem as vossas razões para a vossa decisão.

2. Leia as afirmações abaixo. Depois de cada afirmação, discuta as respostas dos participantes durante um ou dois minutos. Use as questões complementares, sempre que necessário. Assim que os participantes tenham partilhado algumas das suas ideias e pensamentos, passe para a próxima instrução. 3. Afirmações e questões complementares:

• Algumas pessoas provocam os outros por serem diferentes. i. O que significa provocar alguém? Por que é que as pessoas fazem isso? Está correto? ii. Quando é que é correto provocar? Quando é que não é correto provocar? Qual é a diferença? iii. As pessoas com menos vantagens são mais ou menos provocadas do que as pessoas com mais vantagens? Porquê? iv. O que podemos fazer para enfrentar o bullying/provocação? v. Como pode a provocação ter impacto nas nossas comunidades?

• Todas as pessoas devem ter as mesmas oportunidades de serem felizes e bem sucedidas na vida. i. Porquê? Por que não? ii. O que significa ter 'oportunidades iguais'? iii. O que podemos fazer para garantir que todos tenham uma oportunidade igual?

Aprender: Caminhada da Vida 1. Este exercício precisa de muito espaço. Provavelmente, é melhor fazê-lo fora da sala. 35 m

2. Peça aos participantes que formem uma fila direita. Passe por cada participante e informe-os sobre o seu personagem para a atividade, certificando-se de que ninguém ouve o que eles são. Se puder, dê-lhes pedaços de papel com o seu personagem escrito. 3. Explique que o seu personagem é segredo e não devem dizer quem/o que são. 4. Explique e demonstre as seguintes instruções:

• Vou ler uma afirmação. • Vão ouvir todas as afirmações e pensar sobre como devem responder tendo em conta o personagem que vos foi dado.

• Se acharem que a afirmação é verdadeira para os vossos personagens, dêem um grande passo em frente.

• Se acharem que a afirmação não se aplica aos vossos personagens, não se mexam. • Se acharem que a afirmação é parcialmente verdadeira para os vossos personagens, dêem um pequeno passo em frente.

• Após cada afirmação verdadeira para os vossos personagens, avancem, ou fiquem no mesmo lugar se não for verdade. NÃO voltem ao ponto de partida. O jogo é um pouco como uma corrida e queremos ver até onde cada personagem avançou no final.

5. Leia as seguintes afirmações:

• Eu tenho o suficiente para comer todos os dias. • Eu tomo as decisões no agregado familiar. • Se eu não concordar com alguma coisa, consigo facilmente expressá-lo. • Tenho acesso/tive acesso à educação completa. • Eu tenho acesso a instalações de saúde quando estou doente.

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1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos

• A minha opinião na família conta. • Consigo influenciar as decisões relativas a mim no local de trabalho. • Estou em posição de ajudar outras pessoas. • Sinto-me seguro na minha comunidade. • Estou confiante de ser capaz de controlar o meu próprio futuro. • Tenho controlo sobre a minha vida. • Sou um membro respeitado na minha comunidade. • Provavelmente encontrarei violência física contra mim. 6. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que verificaram com esta atividade? • Qual foi a sensação de avançarem? Qual foi a sensação de se manterem no mesmo lugar? • As pessoas nas nossas comunidades têm oportunidades diferentes? Porquê/Por que não? • Que grupos de pessoas na nossa comunidade têm menos oportunidades do que os outros? • Como podemos tornar essas oportunidades justas para todos na nossa comunidade?

Refletir: Teatro de Imagem 1. Leve os participantes para fora da sala ou para uma sala maior, se não tiver espaço suficiente. 15 m

2. Peça aos participantes que formem grupos de cinco. Explique-lhes que têm cinco minutos para preparar duas imagens, utilizando o método de Teatro de Imagem (lembre-os das regras, caso seja necessário): Os nomes das imagens são:

• Um exemplo que eu já vi de alguém que está a ser injustamente excluído de uma atividade ou situação.

• Alguém que está a ser tratado injustamente e de forma diferente dos outros. 3. Peça a alguns grupos que apresentem o seu Teatro de Imagem. Tente discutir o que podem fazer para promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos na sua comunidade.

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Aprender a Viver Juntos

3.2: Necessidades e Desejos Resultado Geral Ser capaz de identificar uma necessidade e um desejo e compreender a diferença entre os dois.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Distinguir entre necessidades e desejos. 2. Identificar necessidades básicas nas suas vidas.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Giz/Marcadores

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 45 minutos

Palavras-chave Necessidades; Desejos

Informação Para o Facilitador • Divirta-se com a atividade Aprender! Por exemplo, pode fazer uma tabela e calcular todas as pontuações para cada •

afirmação. Isto vai ajudar a visualizar o que os participantes acham que precisam e o que acham que querem. Adapte as afirmações para torná-las mais relevantes para a sua comunidade, se for preciso. Por exemplo, se os jovens na sua comunidade acharem que certas tecnologias (por exemplo, um telefone Samsung/tablet) é fixe, acrescente afirmações sobre essa tecnologia.

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Iniciar: Brainstorm das Necessidades e Desejos 1. Explique aos participantes que vão pensar em coisas diferentes nas suas vidas. 10 m

2. Peça aos participantes que digam as suas coisas favoritas, independentemente de as possuírem ou não. Escreva as respostas no quadro enquanto eles vão dizendo. Dê-lhes três minutos para fazer isto. 3. Em seguida, pergunte aos participantes:

• O que verificaram com esta lista? Alguma coisa vos surpreende? • Possuem todas estas coisas? Ou, são coisas que gostariam de possuir um dia? • Quais são os itens nesta lista que são 'necessidades' e quais são 'desejos'? • Citem três coisas na lista sem as quais não poderiam viver. Porquê?

Aprender: Tomar Uma Posição 1. Explique e demonstre as seguintes instruções: 25 m

• Vou ler uma afirmação e vão ter que decidir se concordam ou discordam com ela. • Não há respostas certas ou erradas e não há problema em discordarem dos vossos amigos. • Quando eu ler a afirmação, fechem os olhos para que não possam ver a resposta da outra pessoa. • Se concordarem com a afirmação, coloquem as vossas mãos na cabeça. Se discordarem, coloquem as vossas mãos sobre os joelhos.

• Depois de todos terem feito uma escolha, vou pedir-vos que abram os olhos e partilhem as vossas razões – para Tomar Uma Posição – para a vossa decisão.

2. Leia as afirmações abaixo. Depois de cada afirmação, discuta as respostas dos participantes durante um ou dois minutos. Assim que os participantes tenham partilhado algumas das suas ideias e pensamentos, passe para a próxima instrução.

• Preciso de ir para a escola. • Preciso de ver TV. • Preciso de uma bicicleta. • Preciso de um quarto só para mim. • Preciso de um computador. • Preciso de ser tratado de forma justa. • Preciso de lugares para brincar, como parques. • Preciso de fast-food. • Preciso de ar puro. 3. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que verificaram com estas afirmações? • Quais das coisas mencionadas nas afirmações precisam para se manterem vivos? Porquê? • Na vida, há coisas que queremos, mas não precisamos? 4. Avalie as necessidades e desejos, pedindo aos participantes que discutam o seguinte:

• O que são Necessidades? As coisas que devemos ter para sobreviver e ter uma vida saudável, bem sucedida (por exemplo, alimentos, água, abrigo e educação).

• O que são Desejos? As coisas que gostaríamos de ter, mas sem as quais podemos viver (por exemplo, doces e televisão).

• Como pensam conseguir essas coisas? • Como se sentem quando não são capazes de ter o que precisam ou querem, enquanto as pessoas à vossa volta têm essas coisas?

• Como acham que as outras pessoas se sentem ao não ter as coisas que precisam ou querem, enquanto vocês e os vossos amigos têm essas coisas?

• Por que é importante falar sobre as nossas necessidades e desejos?

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Aprender a Viver Juntos

3.3: Direitos e Responsabilidades Resultado Geral Ser capaz de identificar uma necessidade e um desejo e compreender a diferença entre os dois.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Definir os termos 'Direitos' e 'Responsabilidades'. 2. Descrever os seus Direitos enquanto crianças. 3. Explicar o que podem fazer sobre as suas Responsabilidades.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Giz/Marcadores • Papel A4 • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Tabela SQA • Aprender: Atividade Individual, Atividade de Grupo e Atividade em Pares • Refletir: Tabela SQA

Duração 2 horas Atividade Suplementar: 45 minutos

Palavras-chave Direitos; Responsabilidades

Informação Para o Facilitador • Durante esta sessão sobre Direitos e Responsabilidades, é importante que realce que os Direitos não são ganhos e • •

não são recompensas. Não dependem do bom comportamento. Em vez disso, os Direitos são coisas a que todos têm direito e que ninguém deve tirar. A atividade Aprender, chamada de 'Dia Perfeito', é destinada aos participantes que não estão familiarizados com a Convenção sobre os Direitos da Criança. Se tiver acesso aos materiais, imprima ou copie a Convenção para os participantes. Antes da aula, faça a tabela SQA (abaixo) no quadro/quadro de folhas (flipchart).

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O que Sabemos sobre os Direitos das Crianças?

O que Queremos saber sobre O que Aprendemos sobre os os Direitos das Crianças? Direitos das Crianças?

Iniciar: Tabela SQA 1. Pergunte aos participantes:

• O que Sabemos sobre os Direitos das Crianças? Conseguem citar alguns exemplos dos vossos 15 m

Direitos? Escreva as respostas dos participantes na coluna esquerda da tabela.

• O que Queremos saber sobre os Direitos das Crianças? Escreva as respostas dos participantes na coluna do meio.

2. Peça aos participantes que formem pares e discutam as seguintes perguntas, a fim de definir o termo 'Direitos':

• O que são 'Direitos'? 3. Dê aos participantes dois a três minutos para fazê-lo, e, em seguida, peça-lhes que partilhem o que discutiram. 4. Explique que os Direitos são aqueles que qualquer ser humano merece e tem o direito de ter, não importando quem são ou onde vivem, para assim podermos viver num mundo que seja justo e equitativo. 5. Reveja os termos Necessidades e Desejos:

• O que são 'Necessidades'? As coisas que devemos ter para sobreviver e ter uma vida saudável, bem sucedida (por exemplo, alimentos, água, abrigo e educação).

• O que são Desejos? As coisas que gostaríamos de ter, mas sem as quais podemos viver (por exemplo, doces e televisão).

Aprender: Dia Perfeito 1. Diga às crianças que vão trabalhar sozinhas para pensarem no seu dia perfeito. Pergunte-lhes que tipo de dia teria de ser para que fosse perfeito para eles? Peça-lhes que fechem os olhos. Deixe as crianças relaxarem durante alguns minutos enquanto pensam. 90 m

2. Peça-lhes que mantenham os olhos fechados. Ao sentarem-se, faça-lhes as seguintes perguntas lentamente e com voz calma, de modo a ajudá-los a pensar. Depois de fazer cada pergunta, aguarde pelo menos quinze segundos antes de passar à seguinte:

• Onde estão? Estão no exterior ou no interior? • Quem está convosco? Quem estaria convosco num Dia Perfeito? • O que conseguem ouvir? • O que conseguem ver? • O que conseguem cheirar? • O que conseguem sentir? 3. Depois de fazer estas perguntas, deixe as crianças com os olhos fechados por mais alguns minutos, enquanto continuam a pensar sobre o seu Dia Perfeito. 4. Dê a cada criança um lápis e um pedaço de papel e diga: 'Agora que têm uma boa ideia de como seria o vosso dia perfeito, quero que o desenhem na vossa folha de papel.'

• Certifiquem-se de incluir todos os aspectos do vosso dia perfeito (por exemplo, onde estão, quem são, o que estão a fazer, como está o tempo, etc).

• Têm 15 minutos para desenharem a vossa imagem. 5. Após 15 minutos, peça aos participantes que parem de desenhar. Peça-lhes que formem grupos de

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6. Pergunte aos participantes:

• Quais foram as semelhanças? Quais foram as diferenças? • Algo foi surpreendente para vocês? Porquê/Por que não? 7. Peça aos participantes que regressem aos seus grupos e peça-lhes que discutam durante 10 minutos como seria um dia perfeito para as crianças no futuro. Incentive os participantes a pensarem sobre:

• Como seria um dia perfeito para eles? • Seria semelhante aos vossos dias perfeitos? • O que estariam a fazer as crianças? • Como é que as crianças se sentiriam neste mundo? • O que as crianças precisariam para sobreviver e serem felizes? O que precisariam para serem bem sucedidas?

8. Peça a um participante de cada grupo que partilhe o que foi discutido dentro do seu grupo. Enquanto ouve a apresentação deles, faça uma lista de 'elementos essenciais da infância' ou coisas que as crianças precisam para sobreviverem, para serem felizes e para serem bem sucedidas. Isto deverá demorar dez minutos. 9. Explique aos participantes que esta lista descreve os Direitos das Crianças. Relembre aos participantes que os Direitos são aqueles que qualquer ser humano merece e tem o direito de ter, não importando quem são ou onde vivem, para assim podermos viver num mundo que seja justo e equitativo. Pergunte aos participantes:

• Queremos acrescentar mais direitos à nossa lista? 10. Peça aos participantes que formem pares e discutam as seguintes perguntas, a fim de definir o termo 'Responsabilidades':

• O que são ‘Responsabilidades’? 11. Explique que as Responsabilidades são como deveres. São coisas que precisamos de fazer se nos quisermos comportar corretamente em relação aos outros. 12. Peça aos participantes que regressem aos seus grupos de quatro a cinco elementos. Peça-lhes que olhem para a lista de itens essenciais para a infância no quadro e que identifiquem uma responsabilidade para cada coisa na lista. Dê-lhes 10 minutos para fazerem isso. 13. Após 10 minutos, peça a voluntários que partilhem duas responsabilidades sobre as quais conversaram nos seus grupos. 14. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Por que é importante entender as nossas Responsabilidades? • Na vida, o que significa sermos responsáveis pelos nossos Direitos? • Na vida, quais são os vossos Direitos e Responsabilidades no quotidiano?

Refletir: Tabela SQA 1. Reveja os comentários nas colunas um e dois. 2. Pergunte aos participantes: 15 m

• O que Aprendemos sobre os Direitos e Responsabilidades nas nossas vidas? Anote as respostas deles na coluna da direita da tabela.

• Quem tem a responsabilidade de garantir que os Direitos dos jovens estão protegidos? • Como é que os jovens podem ajudar a proteger os seus Direitos e os Direitos dos outros?



Atividade Suplementar (30 minutos): Correspondência de Cartas de Direitos e Responsabilidades Nota para o facilitador! Há mais de 40 artigos diferentes na CDC. Neste jogo, 40 cartas seriam demasiadas para jogar. Temos, assim, artigos simplificados e também organizados em três conjuntos. Com a criação de três conjuntos, temos a certeza de que a maioria das ideias principais da CDC são partilhadas entre o grupo.

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1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos

quatro a cinco elementos, que partilhem as suas imagens com os membros do seu grupo e discutam as semelhanças e diferenças das ideias de cada um de um dia perfeito. Dê-lhes 45 minutos para fazer isso.

1. Peça aos participantes que formem grupos de cinco. Dê a cada grupo um conjunto de cartas. 2. Explique que metade destas cartas são 'Direitos' e a outra metade são 'Responsabilidades'. Para cada carta de Direitos, há uma carta de Responsabilidade correspondente. 3. Peça aos participantes que baralhem as cartas e as espalhem, de face para baixo, sobre a mesa/chão à frente deles. 4. Explique e demonstre as seguintes instruções:

• O primeiro jogador vira a carta para cima e mostra-a ao grupo, sem mexer a carta. • Ela/ele vira então uma segunda carta e mostra-a ao grupo, sem mexer a carta. • Se as duas formarem par, ela/ele tira-as da mesa/chão e guarda-as. • Em seguida, ela/ele joga novamente. Se as duas cartas não formarem par, ela/ele deve colocá-las novamente para baixo e deixá-las exatamente onde ela/ele as encontrou.

• Agora é a vez do segundo jogador no grupo. Ela/ele vai virar duas cartas e mostrá-las aos outros

jogadores, sem mover as posições das cartas. Se formarem par, ela/ele pode guardá-las e jogar novamente. Se não formarem par, ela/ele coloca-as novamente para baixo e deixa-as exatamente onde ela/ele as encontrou. • Continuem neste processo até que todas as cartas tenham sido correspondidas e retiradas. • Podem saber se têm um par correspondente, ao verificar a letra na parte inferior de cada carta. Por exemplo, a carta de Direitos 'A' vai corresponder à carta de Responsabilidades 'A', e assim por diante. 5. Explique que o jogo exige que cada jogador se tente lembrar da posição de cada carta, para formar os pares. O vencedor é aquele que fica com mais cartas no final do jogo.

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Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - Numa Linguagem Amiga das Crianças: Os "Direitos" são coisas que todas as crianças devem ter ou ser capazes de fazer. Todas as crianças têm os mesmos direitos. Estes direitos estão listados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. Quase todos os países se comprometeram com estes direitos. Todos os direitos estão ligados uns aos outros e todos são igualmente importantes. Às vezes, temos de pensar em direitos em termos do que é melhor para as crianças numa certa situação e o que é fundamental para a vida e proteção contra danos. À medida que vão crescendo, têm mais responsabilidade de fazer escolhas e exercerem os vossos direitos.

Artigo 1

Artigo 8

Artigo 2

Artigo 9

Todos aqueles que têm menos de 18 anos têm estes direitos.

Todas as crianças têm estes direitos, não importando quem são, onde vivem, o que os seus pais fazem, a língua que falam, qual é a sua religião, se são menino ou menina, qual é sua cultura, se têm uma deficiência, se são ricos ou pobres. Nenhuma criança, em caso algum, deve ser tratada de forma injusta.

Artigo 3

Têm o direito a ter uma identidade – um registo oficial de quem vocês são. Ninguém vos deve tirar isso.

Têm o direito de viver com os vossos pais, a menos que seja mau para vocês. Têm o direito de viver com uma família que cuide de vocês.

Artigo 10

Se viverem num país diferente dos vossos pais, vocês têm o direito de estar juntos no mesmo lugar.

Todos os adultos devem fazer o que é melhor para vocês. Quando os adultos tomam decisões, devem pensar sobre como as suas decisões irão afetar as crianças.

Artigo 11

Artigo 4

Artigo 12

O governo tem a responsabilidade de garantir que os vossos direitos são protegidos. Devem ajudar a vossa família a proteger os vossos direitos e a criar um ambiente onde possam crescer e atingir o vosso potencial.

Artigo 5

A vossa família tem a responsabilidade de vos ajudar a aprender a exercerem os vossos direitos e a garantir que os vossos direitos são protegidos.

Artigo 6

Têm o direito a estarem vivos.

Artigo 7

Têm o direito a um nome e isso deve ser reconhecido oficialmente pelo governo. Têm o direito a ter uma nacionalidade (a pertencer a um país).

Têm o direito de ser protegidos contra o rapto.

Têm o direito de dar a vossa opinião e de os adultos a ouvirem e a levarem a sério.

Artigo 13

Têm o direito de descobrir coisas e partilhar o que pensam com os outros, falando, desenhando, escrevendo ou de qualquer outra forma, a menos que isso prejudique ou ofenda outras pessoas.

Artigo 14

Têm o direito de escolher a vossa religião e crenças. Os vossos pais devem ajudar-vos a decidir o que é certo e errado, e o que é melhor para vocês.

Artigo 15

Têm o direito de escolher os vossos amigos e juntarem-se ou criarem grupos, a menos que isso seja prejudicial para os outros.

Artigo 16

Têm o direito à privacidade.

Artigo 17

Têm o direito de obter informações que sejam importantes para o vosso bem-estar, a partir da rádio, jornais, livros, computadores e outras fontes. Os adultos devem certificar-se de que a informação que vocês estão a receber não é prejudicial e devem ajudar-vos a encontrar e a compreender a informação de que precisam.

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1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos:

Artigos dos Direitos das Crianças Amigos da Criança

Artigo 18

Têm o direito a serem criados pelos vossos pais, se possível.

Artigo 19

Artigo 30

Têm o direito de praticar a vossa cultura, língua e religião - ou outra que escolham. Os grupos minoritários e indígenas precisam de proteção especial neste direito.

Têm o direito a proteção contra serem feridos e maltratados, física e mentalmente.

Artigo 31

Artigo 20

Artigo 32

Têm o direito a receber cuidados especiais e ajuda se não puderem viver com os vossos pais.

Artigo 21

Têm o direito a ter cuidados e proteção se forem adoptados ou acolhidos.

Artigo 22

Têm o direito a proteção especial e ajuda se forem refugiados (se tiverem sido forçados a deixar a vossa casa e viver noutro país), bem como todos os direitos na presente Convenção.

Artigo 23

Têm o direito à educação e cuidados especiais, se tiverem alguma deficiência, bem como todos os direitos na presente Convenção, para que possam usufruir de uma vida plena.

Artigo 24

Têm o direito aos melhores cuidados de saúde possíveis, água segura para beber, alimentos nutritivos, um ambiente limpo e seguro, e informações para vos ajudar a ficarem bem.

Artigo 25

Se viverem num lar ou noutras situações fora de casa, têm o direito de ter condições de vida regularmente verificadas para ver se são as mais adequadas.

Artigo 26

Têm o direito à ajuda do governo se forem pobres ou carenciados.

Artigo 27

Têm o direito à alimentação, roupas, um lugar seguro para viver e ter as vossas necessidades básicas atendidas. Não devem ser prejudicados de forma a que não possam fazer muitas das coisas que outras crianças podem fazer.

Artigo 28

Têm o direito a uma educação de boa qualidade. Devem ser incentivados a ir à escola para o nível mais alto que conseguirem.

Artigo 29

A vossa educação deve ajudar-vos a usar e a desenvolver os vossos talentos e competências. Também deve ajudarvos a aprender a viver em paz, proteger o ambiente e respeitar as outras pessoas.

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Têm o direito de brincar e descansar.

Têm o direito à proteção do trabalho que vos prejudique e seja mau para a vossa saúde e educação. Se trabalharem, têm o direito a estarem seguros e serem pagos de forma justa.

Artigo 33

Têm o direito à proteção dos danos das drogas e do tráfico de drogas.

Artigo 34

Têm o direito de estarem livres de abusos sexuais.

Artigo 35

Ninguém está autorizado a raptar-vos ou a vender-vos.

Artigo 36

Têm o direito de serem protegidos contra qualquer tipo de exploração (de tirarem proveito de vocês).

Artigo 37

Ninguém tem permissão para vos punir de uma forma cruel ou nociva.

Artigo 38

Têm o direito à proteção contra a guerra e à liberdade. Crianças menores de 15 anos não podem ser forçadas a irem para o exército ou a fazer parte da guerra.

Artigo 39

Têm o direito de serem ajudados se ficarem feridos, negligenciados ou maltratados.

Artigo 40

Têm o direito à ajuda jurídica e a um tratamento justo no sistema de justiça que respeite os vossos direitos.

Artigo 41

Se as leis do vosso país oferecerem uma melhor proteção dos vossos direitos do que os artigos desta Convenção, devem aplicar essas leis.

Artigo 42

Têm o direito de conhecer os vossos direitos! Os adultos devem conhecer estes direitos e também ajudar-vos a conhecerem-nos.

Artigo 43 ao 54

Estes artigos explicam como os governos e as organizações internacionais como a UNICEF vão trabalhar para garantir que as crianças estejam protegidas com os seus direitos.

1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos:

Cartões de Memória para Atividade Suplementar Conjunto Um Direito à sobrevivência Têm o direito a terem roupas A

Responsabilidade pela sobrevivência Têm o dever de manter as roupas limpas A

Direito à sobrevivência Têm o direito à medicina B

Responsabilidade pela sobrevivência Têm o dever de se manterem saudáveis ao comer corretamente, fazer exercício e dormir o suficiente B

Direito à participação Têm o direito de dizer o que pensam e sentem C

Responsabilidade pela participação Devem ouvir as opiniões de outras pessoas e respeitá-las, mesmo que nem sempre concordem com elas C

Direito à participação Têm o direito de dizer o que pensam e sentem C

Responsabilidade pela participação Têm o dever de partilhar os vossos sentimentos com os outros. Vai fazervos bem! D

Direito ao desenvolvimento Têm o direito de brincar e desfrutar do vosso tempo livre E

Responsabilidade pelo desenvolvimento Têm o dever de brincar com segurança E

Direito à proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito F

Responsabilidade pela proteção Se tiverem medo de contar aos vossos pais alguma coisa, então contem a um professor, tia ou tio ou alguém em quem confiem. Não tenham medo – não fizeram nada de mal! F

Direito à proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito G

Responsabilidade pela proteção Se alguém vos tentar tocar ou ameaçar, digam 'Não!' e depois fujam e peçam ajuda. G 61

Conjunto Dois Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito A Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito B

Responsabilidade pela Proteção Antes de sairem de casa, digam sempre aos vossos pais para onde vão e com quem A Responsabilidade pela Proteção Nunca falem com estranhos e nunca se deixem enganar, indo para algum lugar com alguém que não conhecem B

Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito C

Responsabilidade pela Proteção Digam "NÃO!" a alguém que vos tente tocar de maneiras que não gostam. Contem isso imediatamente aos vossos pais, professor, membro da família ou outro adulto responsável em quem confiem C

Direito à Participação Têm o direito de dizer o que pensam e sentem D

Responsabilidade pela Participação Têm o dever de partilhar os vossos sentimentos com os outros. Vai fazer-te bem! D

Direito ao Desenvolvimento Têm o direito à educação gratuita até aos 14 anos E

Responsabilidade pelo Desenvolvimento Têm o dever de se esforçarem na escola E

Direito ao Desenvolvimento Têm o direito de conhecer e fazer parte da vossa cultura F

Responsabilidade pelo Desenvolvimento Têm o dever de aprender sobre a vossa cultura e participar em atividades sempre que puderem F

Direito à Sobrevivência Têm o direito de serem alimentados G

Responsabilidade pela Sobrevivência Têm o dever de não desperdiçar comida G

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Direito à Participação Têm o direito de dizer o que pensam e sentem A

Responsabilidade pela Participação Têm o direito de terem cuidado para não ferirem os sentimentos de outras pessoas pelo que dizem A

Direito à Sobrevivência Têm o direito de ter acesso a água segura e potável B

Responsabilidade pela Sobrevivência Têm o dever de não desperdiçar água B

Direito à Sobrevivência Têm o direito a uma casa C

Responsabilidade pela Sobrevivência Têm o dever de ajudar a manter a vossa casa limpa e arrumada C

Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito D

Responsabilidade pela Proteção Afastem-se rapidamente de alguém que vos tente tocar ou levar-vos. Gritem: "Esta não é a minha mãe ou pai. Ajudem-me!" D

Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito E

Responsabilidade pela Proteção Não guardem segredos dos vossos pais. Contem-lhes sobre as coisas ou pessoas que vos assustam. E

Direito à Proteção Ninguém deve prejudicar-vos corporal, emocional ou mentalmente, ou manifestar-vos desrespeito F

Responsabilidade pela Proteção Têm a responsabilidade de contar aos vossos pais, se alguém vos tentar magoar de alguma forma. Os vossos pais amam-vos. Eles têm a responsabilidade de vos ouvir e ajudar quando vocês têm algum problema. F

Direito ao Desenvolvimento Têm o direito de brincar e desfrutar do vosso tempo livre E

Responsabilidade pelo Desenvolvimento Têm o dever de se manterem felizes e saudáveis ao brincarem de forma segura G 63

1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos:

Conjunto Três

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Aprender a Viver Juntos

3.4: Proteção Resultado Geral Os participantes conseguem reconhecer e responder a situações de risco.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Citar os locais de risco e os locais seguros nas suas comunidades. 2. Identificar uma Pessoa de Confiança nas suas vidas a quem possam pedir ajuda. 3. Definir e praticar NÃO, VÃO, CONTEM.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Giz/Marcadores

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Proteção; Comunidade; Pessoa de Confiança

Informação Para o Facilitador • Nem sempre é possível detetar casos de abuso e negligência, a menos que a criança conte o que se está a passar com



ela, ou se esse caso for visto. Isto ocorre porque o abuso e a negligência acontecem muitas vezes em locais privados, quando outros adultos não estão por perto. Por isso, é importante ser capaz de ver logo os sinais numa criança, de modo a intervir. O objetivo desta sessão é garantir que os participantes compreendem a necessidade de falar sobre qualquer abuso que possam ter experienciado e/ou testemunhado, de modo a que estas situações acabem. Se for possível, escreva exemplos de NÃO, VÃO, CONTEM no quadro/quadro de folhas (flipchart). NÃO: Digam à pessoa “Não!” VÃO: Afastem-se dessa pessoa/local. CONTEM: Contem a um adulto responsável em quem confiem.

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Iniciar: Tomar Uma Posição 1. Reveja as instruções de Tomar Uma Posição:

• Vou ler uma afirmação e vão ter que decidir se concordam ou discordam com ela. • Não há respostas certas ou erradas e não há problema em discordarem dos vossos amigos. • Quando eu ler a afirmação, fechem os olhos para que não possam ver a resposta da outra pessoa. • Se concordarem com a afirmação, coloquem as vossas mãos na cabeça. Se discordarem, coloquem as

10 m

vossas mãos sobre os joelhos.

• Depois de todos terem feito uma escolha, vou pedir-vos que abram os olhos e partilhem as vossas razões – para Tomar Uma Posição – para a vossa decisão.

2. Leia as afirmações abaixo. Depois de cada afirmação, discuta as respostas dos participantes durante um ou dois minutos. Use as questões complementares, sempre que necessário. Assim que os participantes tenham partilhado algumas das suas ideias e pensamentos, passe para a próxima instrução. 3. Afirmações e questões complementares:

• Existem lugares seguros na minha comunidade.

Onde estão os lugares seguros? Por que são seguros?

• Existem locais de risco na minha comunidade.

Onde estão os locais de risco? Por que são de risco?

• Consigo proteger-me de coisas más.

Porquê/Por que não?



Como me posso proteger?

Aprender: NÃO, VÃO, CONTEM 1. Explique aos participantes que vão continuar a pensar sobre os locais de risco e os lugares seguros nas suas comunidades. Também vão aprender uma nova ferramenta chamada: NÃO, VÃO, CONTEM. Explique que isto vai ajudá-los a evitar situações potencialmente prejudiciais. 40 m

2. Pergunte aos participantes:

• Sentem-se seguros nas vossas comunidades? Na escola? Em casa? No vosso bairro? • Citem três pessoas em quem confiem na vossa comunidade. A quem recorreriam se tivessem um problema?

3. Apresente NÃO, VÃO, CONTEM aos participantes:

• NÃO: Digam à pessoa “Não!”

Sejam claros e diretos. Fiquem direitos, falem em voz alta e clara e façam contacto visual direto.

• VÃO: Afastem-se dessa pessoa/local.

Saiam da situação e distanciem-se.

• CONTEM: Contem a um adulto responsável em quem confiem (imediatamente, se for possível).

Essa pessoa chama-se Pessoa de Confiança. Uma Pessoa de Confiança é alguém que vos apoia na vida e é da vossa confiança, com quem se sentem à vontade para falar. Dirijam-se à vossa Pessoa de Confiança quando precisarem de ajuda ou conselho.

4. Peça aos participantes que formem grupos mistos de cinco. Explique-lhes que agora vão praticar NÃO, VÃO, CONTEM, e que têm cinco minutos para preparar um grupo de representação para um dos seguintes cenários:

• O Joseph tem 11 anos. Um dia, as crianças da turma do Joseph provocam-no, porque os seus sapatos são velhos e têm buracos.

• A Grace tem 12 anos. A Grace vai normalmente de táxi para casa da escola. Um dia, o taxista pediulhe para ser seu amigo.

5. Incentive os grupos a pensarem sobre os diferentes fatores de cada cenário:

• Para o cenário do Joseph, peça aos participantes que pensem em questões como: Onde é que isso está a acontecer? Em que altura do dia? Quantas crianças? Pensem em como o Joseph deve usar

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está a acontecer? Há pessoas no táxi? Qual é a responsabilidade deles? Não há problema em ter um amigo mais velho? Pensem em como a Grace deve usar NÃO, VÃO, CONTEM para se defender do taxista.

6. Explique que uma pessoa deve interpretar o Joseph/ a Grace/ o taxista e que todos os outros membros do grupo também devem ter um papel no peça. 7. Incentive os participantes a pensarem sobre as seguintes questões à medida que vão preparando o seu papel para a peça:

• Como é que os personagens podem dizer NÃO? • Para onde é que os personagens devem IR? • A quem os personagens podem CONTAR? 8. Após cinco minutos, peça a um grupo de voluntários que representem o seu papel. Peça ao público que olhem cuidadosamente para o NÃO, VÃO, CONTEM na peça de teatro.

Refletir 1. Pergunte aos participantes:

• Agora que conhecemos NÃO, VÃO, CONTEM, conseguem pensar nalgumas pessoas a quem possam 10 m

CONTAR, se for necessário?

• Lembrem-se, essa pessoa chama-se Pessoa de Confiança. O que faz com que seja uma boa Pessoa de Confiança? Por que é importante ter uma pessoa de confiança a quem recorrer?

• Quando é que devem falar com a vossa Pessoa de Confiança?

2. Saliente aos participantes que é importante ter uma Pessoa de Confiança. Isto é realmente verdadeiro se os nossos Direitos, ou de outra pessoa, forem violados. 3. Relembre aos participantes que não devem ficar calados sobre a sua segurança ou a de outras pessoas. Se não tiverem a certeza sobre algo, devem pedir um conselho à sua Pessoa de Confiança.

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1. Bem-vindo ao Aflatoun

NÃO, VÃO, CONTEM para se defender do bullying.

• Para o cenário da Grace, peça aos participantes que pensem em questões como: Onde é que isso

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Cartaz com NÃO, VÃO, CONTEM

Aprender a Viver Juntos

3.5: A Minha Comunidade Resultado Geral Definir e clarificar as instituições-chave que incorporam a família, a comunidade e a sociedade em geral, bem como outras autoridades.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Citar os locais de risco e os locais seguros nas suas comunidades. 2. Identificar as instituições nas suas comunidades, onde podem pedir ajuda.

Materiais Necessários • Quadro • Quadro de folhas (flipchart) • Giz/Marcadores • Canetas/Lápis/Lápis de cera/Lápis de cor • Bola

Metodologia • Iniciar: Discussão em Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Comunidade; Serviços de Apoio

Informação Para o Facilitador • Esteja ciente de que as meninas são muitas vezes mais vulneráveis do que os meninos. Para a atividade Aprender,



considere formar grupos do mesmo sexo, já que os meninos e as meninas podem compreender os espaços de forma diferente. Por exemplo, um espaço neutro ou seguro para os meninos pode ser arriscado para as meninas (por exemplo, a escola ou campos de futebol/parques). Ao formar os grupos desta forma vai fazer com que as meninas e os meninos tenham uma discussão mais aberta sobre os espaços nas suas comunidades. Pode listar os quatro temas que os participantes precisam de desenhar na atividade Aprender no quadro/quadro de folhas (flipchart) antes da aula, para que possam consultá-lo quando estiverem a desenhar.

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Iniciar 1. Peça aos participantes que reflitam sobre a última sessão, usando as seguintes questões:

• Quais são alguns dos locais de risco/seguros nas nossas comunidades? • Onde ficam esses locais? • Por que são de risco? Por que são seguros?

10 m

2. Reveja NÃO, VÃO, CONTEM, usando as seguintes perguntas:

• Quem se lembra do NÃO, VÃO, CONTEM? Expliquem o que significa. • O VÃO no NÃO, VÃO, CONTEM significa ir embora e contar a alguém. Na vossa comunidade, onde podem pedir ajuda?

• Esses lugares são seguros para os jovens? Porquê/Por que não?

Aprender: Mapeamento da Comunidade 1. Apresente a atividade aos participantes, explicando que hoje vão trabalhar em grupos para pensarem em pessoas e lugares diferentes nas suas comunidades. 40 m

2. Peça aos participantes que formem grupos (do mesmo sexo) de quatro. Dê a cada grupo uma folha do quadro de folhas (flipchart) e uma caneta/lápis a cada um. Explique as seguintes instruções:

• Desenhem duas linhas para dividir a vossa folha de papel em quatro quadrados mais pequenos. • Com o vosso grupo, vão precisar de desenhar quatro coisas em cada quadrado:

Quadrado 1: Quem vos ajuda na vossa comunidade?



Quadrado 2: Quem vos pode magoar na vossa comunidade?



Quadrado 3: a. Quais são os lugares seguros na vossa comunidade para os jovens?

família?

b. E quais são os serviços que existem na comunidade que vos podem ajudar e à vossa

Quadrado 4: Quais são os lugares perigosos na vossa comunidade para os jovens?

3. Certifique-se de que tem marcadores, lápis de cera e lápis de cor disponíveis para os participantes acrescentarem detalhes aos seus diagramas. Dê aos participantes 30 minutos para desenharem nos seus grupos. 4. Após 30 minutos, peça aos grupos que apresentem os seus diagramas. Incentive-os a explicarem os lugares que escolheram desenhar.

Refletir 1. Peça aos participantes que formem um grande círculo. Dê a um participante uma bola (ou pedaço de papel enrolado) e peça-lhe que a passe a alguém no grupo. 10 m

2. Peça a quem apanhar a bola que partilhe uma coisa nova que tenha aprendido sobre a sua comunidade na aula de hoje. 3. Depois do participante ter partilhado, ele que passe a bola a outro participante e repitam o processo. Joguem cinco rodadas, dependendo do entusiasmo e/ou o tempo dos participantes. 4. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Quais são alguns dos lugares onde podemos ir pedir ajuda na nossa comunidade? • Onde são alguns dos lugares em que as nossas famílias podem conseguir ajuda? • A quem podem recorrer se precisarem de ajuda? (Relembre aos participantes da sua Pessoa de Confiança!)

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1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos:

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72

Aprender a Viver Juntos

3.6: Género Resultado Geral Perceber que as meninas e os meninos devem ter oportunidades iguais quando se trata de alcançar algo e que os resultados são baseados nos seus talentos e esforços individuais.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Perceber o que são papéis de género e explicar como estão distribuídos na sociedade. 2. Entender que os papéis devem estar equilibrados de forma justa. 3. Entender que as meninas e os meninos podem ser igualmente bem sucedidos numa variedade de trabalhos e tarefas.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Bola

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora Atividade Suplementar: 15 minutos

Palavras-chave Género; Papéis de Género; Igualdade; Inclusão

Informação Para o Facilitador • Façam a atividade Aprender do Teatro de Imagem no exterior ou numa sala maior, caso não tenha espaço suficiente. • Na atividade Aprender, a ideia é demonstrar que só a biologia restringe o que os meninos e as meninas não podem



fazer. Um menino não pode dar à luz ou amamentar. Uma menina não pode engravidar outra menina. Quaisquer outras limitações que sugiram serão provavelmente culturais. Por exemplo, os meninos podem usar vestidos. As meninas podem ser soldados. A sociedade pode achar isto incomum, mas não pode condená-lo. Mas os meninos e as meninas podem fazer essas coisas. Quando as limitações são biológicas usamos a palavra 'sexo'. Quando são culturais usamos a palavra ‘género'. No final da atividade Aprender, é importante que os participantes entendam que é possível alterar as suas comunidades. Cabe a eles desafiar as normas e os papéis de género na sua comunidade com as quais não concordam.

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Iniciar 1. Escreva as seguintes afirmações no quadro e depois leia aos participantes: 10 m

• Eu gosto de ser um/a menino/a porque... • Se eu fosse um/a menino/a, eu iria... • Se eu fosse um/a menino/a, eu não iria... 2. Peça a dois ou três voluntários que completem cada afirmação e a partilhem com o grupo.

Aprender: Teatro de Imagem: Os meninos não podem fazer, porque... As meninas não podem fazer, porque...

40 m

1. Peça aos participantes que formem grupos de cinco. Explique-lhes que têm cinco minutos para preparar uma imagem, utilizando o método do Teatro de Imagem (lembre-os das regras, caso seja necessário): Peça a alguns grupos que façam uma imagem que mostre 'algo que os meninos NÃO podem fazer'. Peça a outros grupos que façam uma imagem que mostre 'algo que as meninas NÃO podem fazer'. 2. Saliente que a imagem deve mostrar algo que as meninas ou meninos não podem fazer. Não se podem tratar de imagens a mostrar as coisas que as meninas ou meninos não devem fazer, ou não fazem muitas vezes, ou não se espera que as façam. Só coisas que não podem fazer. 3. Peça a alguns grupos que apresentem o seu Teatro de Imagem. Use as seguintes questões para guiar a vossa discussão:

• Quais são as limitações para os meninos ou para as meninas nesta imagem? • Estas imagens baseiam-se no sexo (biologia) ou género (cultura)? • Essas limitações têm mudado durante o curso da vossa vida? • Acham que vão continuar a mudar? • Seria bom se continuassem a mudar? • Acham que as mulheres e os homens devem participar em todos os aspectos da sociedade? 4. Explique aos participantes que as nossas comunidades e sociedades esperam que os meninos ou as meninas façam certas coisas ou sejam de determinada maneira por causa do seu género. 5. Pergunte aos participantes:

• O que são papéis de género? São esperadas coisas das pessoas na nossa comunidade por causa do seu género.

• Os papéis de género são justos na vossa comunidade? Porquê/Por que não? Imaginar um mundo mais justo (20 minutos) 1. Explique aos participantes que é possível questionar os papéis de género numa comunidade. Explique que, mesmo que leve tempo, os papéis de género podem mudar numa comunidade. Dê um exemplo de coisas que as meninas fazem agora, mas que não estavam autorizadas a fazer há 10 anos. Ou dê um exemplo de coisas que eram permitidas às meninas fazer há 10 anos, mas que agora não estão autorizadas a fazer. 2. Explique aos participantes que vão ficar nos seus grupos de cinco. Diga-lhes que têm cinco minutos para fazer as duas imagens seguintes, utilizando o método do Teatro de Imagem:

• Algo que as meninas não são incentivadas a fazer agora, mas que vocês esperam que tenham a oportunidade de fazer daqui a dez anos.

• Algo que os meninos não são incentivados a fazer agora, mas que vocês esperam que tenham a oportunidade de fazer daqui a dez anos.

3. Peça a alguns grupos que apresentem as suas imagens do Teatro de Imagem. 4. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Que tipos de oportunidades gostariam que as meninas e os meninos tivessem daqui a dez anos? E os homens e as mulheres?

• Quais são algumas das coisas que poderíamos fazer para ter essas alterações na nossa comunidade?

74

comunidade?

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Agora que discutimos os papéis de género, quais são alguns dos papéis de género que gostariam de

10 m

ver mudados na vossa comunidade?

• O que podem fazer para mudar os papéis de género na vossa comunidade? • Como podem aplicar o que aprenderam durante a atividade de hoje na vida?



Atividade Suplementar: 15 minutos 2. Divida o quadro/quadro de folhas (flipchart) em duas colunas e escreva 'Masculino' no topo de uma e 'Feminino' no topo da outra. 3. Peça aos participantes que formem um círculo e explique-lhes as seguintes instruções:

• Vão jogar um jogo de captura. • Quem tiver a bola (ou pedaço de papel enrolado) vai passá-la a outra pessoa no círculo. • Ao fazerem isso, um de vocês (o atirador) vai dizer um rótulo de género (por exemplo, menino, mulher, homem, menina).

• Quem apanhar a bola deve dizer uma palavra tão rapidamente quanto possível, que vocês terão

de associar a esse determinado rótulo de género. Por exemplo, se o atirador disser "Menino", o participante que apanhar a bola pode dizer "Calças". • Vou escrever o que foi dito e vamos continuar assim durante alguns minutos. Depois, vou pedir-vos que dêem respostas sobre profissões. Por exemplo, se o atirador disser "Mulher", o recetor pode dizer "Enfermeira". 4. Continue com este jogo por vários minutos ou até que as duas listas tenham palavras suficientes para as colunas 'Masculino' e 'Feminino'. 5. Peça aos participantes que olhem para as listas e pergunte-lhes:

• Que palavras se aplicam tanto a homens como a mulheres?

Risque todas as palavras que podem ser aplicadas a homens e mulheres.

6. Explique que tanto os homens como as mulheres podem fazer qualquer trabalho. 7. No final, só devem ficar com as palavras que descrevem atributos físicos ou estão ligados ao corpo (por exemplo, aleitamento materno na coluna do 'Feminino', ou pêlos faciais na coluna do 'Masculino'). 8. Explique que o género é uma construção puramente social ou cultural que difere em todo o mundo. O sexo é uma definição puramente física/biológica.

75

1. Bem-vindo Aflatoun 3. Aprender aao viver juntos

• Quais são algumas das coisas que precisamos de parar de fazer para ter essas alterações na nossa

Guia do Facilitador: Situações aceitáveis e inaceitáveis papéis de género Situações Geralmente Aceitáveis Tanto meninos como meninas na sala de aula a

Tanto meninos como meninas a buscarem e

aprenderem

transportarem água.

Tanto homens como mulheres enquanto

Tanto homens como mulheres enquanto

Médicos

Professores

Homens e mulheres a comerem à mesa juntos

Meninos e meninas sentados no chão a comerem juntos

Tanto meninos como meninas a fazerem o seu

Tanto meninos como meninas/homens e

trabalho de casa

mulheres a cozinharem ou a alimentarem os bebés juntos

Situações Inaceitáveis Os meninos na escola/numa sala de aula, de

Um grupo de meninas que vão buscar a água,

frente para o quadro

com potes de água nas suas cabeças

Os homens descritos como titulares de carrei-

As mulheres em casa, a cuidarem dos filhos

ras profissionais, como um Médico ou Professor Homens à mesa, a comerem o seu jantar (ou outra refeição), enquanto as mulheres estão sentadas no canto da mesma sala a comerem o seu jantar Os meninos lêem/estudam num quarto da casa, enquanto as meninas fazem tarefas domésticas, como cozinhar ou alimentar o bebé noutro quarto

76

Aprender a Viver Juntos

3.7: A Minha Comunidade, O Meu País Resultado Geral Aceitar e respeitar diversas e diferentes culturas e comunidades.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Entender o que compõe uma comunidade e como a diversidade ajuda a comunidade. 2. Saber mais sobre as diferentes culturas e tradições.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Papel • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Diversidade; Tolerância; Semelhanças; Diferenças

Informação Para o Facilitador Definições para a sessão: • Diferença: algo que não é o mesmo entre duas ou mais pessoas ou coisas. • Diversidade: a qualidade de ser feito de muitos tipos diferentes de pessoas, criaturas ou coisas - ter muita variedade. • Comunidade: um grupo de pessoas que partilham alguma coisa, como um interesse, objetivo, área de habitação ou de trabalho; um grupo de pessoas que colaboram e aprendem a trabalhar em conjunto.

77

Iniciar 1. Pergunte aos participantes: 10 m

• O que significa ser semelhante a alguém? • O que significa ser diferente de alguém? 2. Escreva as respostas deles numa lista no quadro/quadro de folhas (flipchart). 3. Pergunte aos participantes:

• Que tipo de perguntas fazem a alguém quando a conhecem pela primeira vez? (Exemplos podem

incluir: De onde são? Que língua falam em casa? Qual a vossa religião? Por que se mudaram para cá? Etc.)

4. Escreva as respostas no quadro/quadro de folhas (flipchart). 5. Informe os participantes que vão entrevistar os seus colegas. Peça-lhes que escolham quatro perguntas do quadro/quadro de folhas (flipchart) que gostariam de usar nas suas entrevistas. 6. Explique que o objetivo da entrevista é aprender mais sobre as origens de cada um e identificar semelhanças e diferenças entre eles. 7. Coloque um sinal de visto ao lado das perguntas que os participantes tenham acordado para as entrevistas de grupo.

Aprender 1. Peça aos participantes que formem grupos de três. Dê a cada grupo uma folha de papel e uma caneta/ lápis. 25 m

2. Peça aos participantes que façam entrevistas uns aos outros, usando as quatro perguntas que foram selecionadas no quadro/quadro de folhas (flipchart). Dê-lhes 10 minutos para fazerem isso. 3. Após 10 minutos, peça aos participantes que discutam durante cinco minutos sobre algumas semelhanças e diferenças que tenham aparecido nas entrevistas. 4. Peça a cada grupo que apresente as suas conclusões aos outros participantes. Peça-lhes que apresentem os membros do seu grupo e falem sobre as semelhanças e diferenças que descobriram sobre o outro.

Refletir 1. Pergunte aos participantes: 15 m

• O que significa para vocês a palavra 'diferença'? • O que significa para vocês a palavra 'diversidade'? • O que significa para vocês a palavra 'comunidade'? • Por que é importante a diversidade numa comunidade? E num país? • Citem algumas das coisas que nos tornam diferentes e como é que celebramos essas diferenças na nossa comunidade? E no nosso país?



Aplicar a Aprendizagem na Minha Vida • Peça aos participantes que usem as mesmas quatro perguntas da entrevista para entrevistarem três membros da comunidade e para registarem as suas respostas.

• Explique que podem entrevistar qualquer pessoa da comunidade, seja um lojista, um homem ou uma mulher de idade, um agricultor, etc.

• Peça aos participantes que também descubram por que a pessoa que estão a entrevistar decidiu mudar-se para esta comunidade ou porque os seus pais se mudaram para esta comunidade.

• Peça aos participantes que apresentem as suas conclusões da entrevista no dia seguinte, na sala de aula.

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Dinheiro e Recursos

4.1 Recursos Resultado Geral Compreender que os recursos não-financeiros e da comunidade podem ser poupados.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Identificar os recursos não-financeiros e da comunidade que podem ser poupados. 2. Descrever como podem poupar recursos não-financeiros e da comunidade.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Objetos contáveis, por exemplo, rochas, pedras, paus, canetas, lápis, papel reciclado, etc. (20 por par) • Três a cinco bolas (feitas de material reciclado, como papel ou plástico)

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade em Pares • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Recursos Não-financeiros; Recursos da Comunidade; Poupança

Informação Para o Facilitador • Peça aos participantes que o ajudem a reunir objetos contáveis para a atividade Aprender e o ajudem a fazer três a •

cinco pequenas bolas que possam ser usadas durante a atividade Refletir. As bolas podem ser feitas de pedaços de papel que já não precise. Certifique-se de os elogiar quando o ajudarem a preparar-se. Guarde essas bolas, já que vai precisar delas novamente numa futura aula. Leve os participantes ao exterior ou para uma sala maior, se não tiver espaço suficiente para a atividade Iniciar do Teatro de Imagem.

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Iniciar: Teatro de Imagem 1. Peça aos participantes que formem grupos de cinco. Dê-lhes cinco minutos para fazerem as duas imagens seguintes, utilizando o método do Teatro de Imagem: 10 m

• Uma coisa que as pessoas poupem. • Uma coisa que as pessoas desperdicem. 2. Após cinco minutos, peça a alguns grupos que apresentem as suas imagens do Teatro de Imagem. 3. Faça aos participantes as seguintes questões:

• Quais são algumas das coisas que a vossa família deita fora ou poupa? • O que deitaram fora ou guardaram recentemente? • Já alguma vez pouparam dinheiro? Como ganharam o dinheiro? • O que acham que poderiam poupar mais na vida? • Recursos financeiros, como o dinheiro. • Recursos não-financeiros, como o tempo, a água, a comida, as boas ações ou os recursos naturais. • Recursos comunitários, como escolas, bibliotecas, lojas, ao usarem-nos e ao fazerem campanha para os manterem abertos, caso estejam ameaçados a fechar.

Aprender 1. Explique aos participantes que muitas coisas, incluindo o dinheiro, podem ser poupadas, de modo a que tenhamos mais, mais tarde, para quando realmente precisarmos. 25 m

2. Diga aos participantes que vão praticar o conceito de poupança. 3. Peça aos participantes que formem pares. Peça-lhes que discutam e decidam sobre algo que desejam poupar. Dê exemplos caso seja necessário. 4. Dê a cada par 20 objetos contáveis, por exemplo pedras. Explique que cada objeto é igual a uma das coisas que decidiram poupar (por exemplo, uma pedra é igual a um copo de água). 5. Peça aos pares que usem os objetos contáveis para verem quantas das suas coisas escolhidas poderiam poupar numa semana, se tivessem que pôr de lado duas coisas todos os dias. Faça com que cada par anuncie à turma as coisas que teriam sido poupadas até ao final da semana. 6. Quando acabarem isso, peça ao grupo que se junte novamente. Peça aos participantes que agora finjam que estão a poupar moedas. Peça-lhes que tentem descobrir, enquanto grupo, quantas moedas poupariam no final de um mês de 30 dias, se tivessem posto de lado duas moedas por dia. 7. Quando acabarem isto, pergunte aos participantes o que acham que acontece se pouparmos alguma coisa regularmente durante um longo período de tempo, por exemplo, se pouparmos durante anos. Reforce a ideia de que os meios de poupança aumentam algo pouco a pouco, de modo a que tenhamos mais, mais tarde.

Refletir: Passar A Bola 1. Lembre os participantes de que a aula de hoje foca-se na poupança e que há muitas coisas que podemos poupar, sendo o dinheiro uma delas. 15 m

2. Peça aos participantes que fiquem num círculo. Dê uma bola a cada três a cinco participantes (dependendo de quantas tenha). 3. Explique-lhes as seguintes instruções:

• Vão passar a bola pelo círculo e enquanto estiverem a fazer isso, pensem sobre algumas das coisas que já viram na sala de aula, na escola ou em casa que podem ser poupadas.

• Também devem bater palmas enquanto a bola estiver a ser passada. • Quando eu disser "Stop", devem parar de bater palmas e as pessoas com a bola nas suas mãos devem citar uma coisa que pode ser poupada.

• Quando acabarem, vou dizer "Continuem" e devem começar a bater palmas e a passar a bola novamente.

4. Continue este processo até, pelo menos, metade do grupo ter a oportunidade de citar algo.

80

Dinheiro e Recursos

4.2: Fontes de Rendimento Resultado Geral Examinar as maneiras a partir das quais se pode ter acesso aos recursos e identificar fontes seguras/inseguras de rendimento.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Entender que existem leis laborais internacionais para crianças. 2. Identificar oportunidades de trabalho seguras onde os seus Direitos sejam respeitados. 3. Avaliar situações na sua comunidade para determinar se violam as leis laborais.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Canetas/Lápis • Cartões de Seguro e Arriscado (um conjunto por grupo)

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 45 minutos

Palavras-chave Leis Laborais; Emprego; Rendimento

Informação Para o Facilitador • Se for possível, prepare-se para a aula, lendo as Normas Laborais Internacionais e conheça as leis laborais locais do seu país para que possa partilhar o conhecimento com os participantes.

• Esta é uma sessão muito importante para alguns participantes, especialmente aqueles que estão a ganhar dinheiro.

É vital que compreendam os riscos envolvidos com algumas fontes de rendimento. Se achar que alguns participantes estão a ser postos em perigo no seu trabalho, converse com os participantes e entre em contacto com um serviço local amigo das crianças que seja capaz de os ajudar.

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• Se precisar de um exemplo de um programa Aflatoun bem sucedido em defesa dos Direitos do Trabalho



Infantil, fale aos participantes sobre o programa Aflatoun em Bangladesh, onde o governo apoiou o programa nas negociações com empregadores locais de crianças. Os empregadores decidiram permitir que as crianças deixassem o trabalho para frequentar a escola. Isto foi possível graças à pressão e ao argumento de que depois se tornariam melhores funcionários com competências. Antes da aula, prepare os cartões Seguro e Arriscado, de modo a haver conjuntos suficientes para cada grupo para a atividade Aprender. Pode optar por escrever 'SEGURO' e 'ARRISCADO' em letras grandes em folhas separadas de papel/cartão, ou simplesmente escrever as palavras em lados opostos de uma mesma folha de papel/cartão.

Iniciar 1. Peça aos participantes que formem um grande círculo. 10 m

2. Passe para o centro do círculo. Diga aos participantes que vai pedir-lhes que se virem, de modo a que fiquem virados para o exterior, e que vai depois dizer o nome de uma profissão. 3. Explique que, ao contar até três, devem virar-se para trás na sua direção e fazer uma pose que represente uma profissão, utilizando a técnica do Teatro de Imagem. 4. Demonstre o que quer que eles façam para os ajudar a entender. 5. Peça aos participantes que se virem e comecem o jogo. Pode citar as seguintes profissões e/ou usar a sua:

• Polícia • Professor • Vendedor de mercado • Médico • Político • Homem/mulher de negócios • Pescador/a • Agricultor • Cantor • Jogador de futebol/desportista 6. Agora coloque-os em grupos e dê-lhes alguns minutos para criarem uma imagem de uma profissão que seja prejudicial ou perigosa para as crianças.

Aprender Apresente o tema (5 minutos) 25 m

1. Pergunte aos participantes:

• Podem citar algumas profissões que as crianças têm? Escreva as respostas no quadro. • Além do trabalho, quais são as outras maneiras para as crianças conseguirem dinheiro? Escreva as respostas no quadro.

2. Explique-lhes que vão explorar as diferentes formas das crianças ganharem dinheiro na sua comunidade. Continue dizendo:

• No mundo, existem as 'Leis do Trabalho Infantil'. Estas leis protegem-vos de trabalhar em ambientes

perigosos, onde se podem magoar. Estas leis também existem para vos ajudar a frequentar a escola e a licenciar-se. • As crianças não devem começar a trabalhar até terem 15 anos. Há exceções e algumas crianças podem começar a fazer trabalhos leves quando têm 12-14 anos. • O trabalho leve significa ter empregos/oportunidades que não são susceptíveis de serem prejudiciais à saúde ou ao desenvolvimento de uma criança. Também são trabalhos que não limitam a participação de uma criança em programas académicos ou de formação.1 1. Definição de Trabalho Infantil: Uma revisão das definições de trabalho infantil na pesquisa de políticas / Organização Internacional do Trabalho, Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) - Genebra: ILO, 2009

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• Por que acham que as pessoas pensam que as crianças não devem trabalhar até terem 15 anos? Apresentar e praticar a atividade (20 minutos) 1. Peça aos participantes que formem grupos de quatro a seis. Dê a cada grupo um conjunto de Cartões Seguro e Arriscado. 2. À medida que estão a fazer isto, peça a cada grupo que escolha um capitão de equipa. 3. Explique e demonstre as seguintes instruções:

• Vou ler uma afirmação que destaca diferentes maneiras das crianças ganharem dinheiro na comunidade. Terão dois a três minutos para discutirem a afirmação com a vossa equipa.

• Todos na vossa equipa devem participar para decidir se a situação apresentada na afirmação é segura ou arriscada para os jovens.

• Quando eu disser "1-2-3, levantem os cartões!" o capitão da equipa vai levantar o cartão para mostrar se é SEGURO ou ARRISCADO, dependendo da decisão da vossa equipa.

• Vou pedir a um ou a dois grupos que expliquem as suas respostas antes de passar para a próxima instrução.

4. Leia as seguintes afirmações, uma a uma:

• Vocês engraxam sapatos na rua. i. Questão complementar: Por que é seguro? Por que é arriscado? ii. SEGURO

• Vocês trabalham numa fábrica com muitas máquinas velhas e pesadas. i. Questão complementar: Por que é seguro? Por que é arriscado? ii. ARRISCADO

• Vocês arrecadam dinheiro na rua. i. Questão complementar: Por que é seguro? Por que é arriscado? ii. ARRISCADO

• Vocês trabalham no restaurante da vossa família. i. Questão complementar: Por que é seguro? Por que é arriscado? ii. SEGURO

• Vocês trabalham como pescador/a. i. Questão complementar: Por que é seguro? Por que é arriscado? ii. ARRISCADO, é também considerado muitas vezes trabalho infantil perigoso, mesmo para aqueles com idade entre os 15 e 18 anos. 5. Pergunte aos participantes:

• Que trabalho é que vocês vêem as crianças a fazer que achem arriscado? Como poderiam evitar esse risco?

i. Exemplo: não vendam mercadorias numa rua movimentada com carros, mas façam-no numa zona pedonal, como um mercado. 6. Explique aos participantes que têm o direito de recusar trabalho se sentirem que é muito perigoso para eles. Além disso, explique que o seu governo é obrigado a oferecer às crianças as necessidades básicas, de modo a que não tenham que trabalhar. Pergunte aos participantes:

• Quais são os serviços que existem para os jovens? • Como podem responsabilizar o vosso governo?

83

1. Bem-vindo Aflatoun 4. Dinheiro e ao Recursos

3. Pergunte aos participantes:

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m

84

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Por que é importante conhecerem os locais seguros e arriscados para os jovens trabalharem? • Quais são os vossos direitos enquanto crianças no que toca a trabalhar/ganhar dinheiro? • O que devem considerar antes de fazerem algo para ganhar dinheiro?

Dinheiro e Recursos

4.3: Poupança Resultado Geral Entender de que forma utilizar a poupança enquanto ferramenta para melhorar a vossa vida e a vida dos outros.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Descrever os benefícios de diferentes estratégias de poupança. 2. Analisar os lugares seguros e inseguros para poupar na sua comunidade. 3. Ficar entusiasmado com a poupança.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Canetas/Lápis • Três a cinco bolas (usadas na sessão anterior 'Recursos')

Metodologia • Iniciar: Tabela SQA • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Tabela SQA

Duração 55 minutos

Palavras-chave Poupança; Seguro

Informação Para o Facilitador • Prepare as informações sobre os lugares seguros e inseguros para poupar nas comunidades dos participantes no •

quadro de folhas/flipchart (ver o exemplo dado no final desta aula). Note que isto é apenas um exemplo. Incentive os seus participantes a adaptarem esta informação ao seu contexto local (ou seja, a forma mais comum das pessoas pouparem nas suas comunidades). Prepare a tabela SQA no quadro/quadro de folhas (flipchart).

O que Sabemos sobre poupança?

O que Queremos saber sobre poupança?

O que Aprendemos sobre poupança?

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Iniciar 1. Pergunte aos participantes:

• O que Sabemos sobre poupança? Escreva as respostas dos participantes na coluna da esquerda da 10 m

tabela.

• O que Queremos saber sobre poupança? Escreva as respostas dos participantes na coluna do meio. 2. Reveja o que os participantes já aprenderam, usando as seguintes perguntas:

• Por que é que as pessoas poupam? • Qual é o valor de poupar regularmente? • Quais são alguns dos recursos que as pessoas poupam (incluindo dinheiro)?

Aprender Apresentar diferentes formas de poupança (15 minutos) 35 m

1. Explique aos participantes que vão aprender e explorar diferentes maneiras de as pessoas pouparem na vida (ou seja, poupanças formais e não-formais, poupanças individuais e em grupo). 2. Peça aos participantes que fiquem num círculo. Dê uma bola a cada três a cinco participantes (dependendo de quantas tenha). 3. Explique-lhes as seguintes instruções:

• Vão passar a bola pelo círculo e, enquanto estiverem a fazer isso, devem pensar sobre algumas das maneiras de as pessoas pouparem.

• Também devem bater palmas enquanto a bola estiver a ser passada. • Quando eu disser "Stop", devem parar de bater palmas e as pessoas com a bola nas suas mãos devem citar um método de poupança.

• Quando acabarem, vou dizer "Começar" e devem começar a bater palmas e a passar a bola novamente.

4. Escreva as respostas dos participantes no quadro/quadro de folhas (flipchart) enquanto as vão dizendo. 5. Continue este processo até, pelo menos, metade do grupo ter tido a oportunidade de citar algo. 6. Certifique-se de que a lista é uma representação precisa da forma de as pessoas pouparem na vossa comunidade. 7. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Qual é a maneira mais comum de as pessoas pouparem o seu dinheiro? • Qual delas acham a melhor? Porquê? Analisar os lugares seguros e inseguros para poupar (20 minutos) 1. Peça aos participantes que formem grupos de três a quatro. 2. Explique que vão trabalhar com os seus grupos para classificarem todos os lugares nos quais as pessoas poupam o seu dinheiro, desde o mais seguro até ao mais arriscado. 3. Dê a cada grupo uma folha de papel do quadro de folhas (flipchart) e um marcador. Peça aos participantes que copiem o exemplo que criou no quadro de folhas (flipchart) antes da aula. Lembre-se de realçar que eles podem adaptar esta informação ao seu contexto local (ou seja, a forma mais comum de as pessoas pouparem nas suas comunidades). 4. Explique as seguintes instruções:

• Perguntem-se primeiro se o método de poupança listado é seguro ou arriscado. • Em seguida, dêem a cada método de poupança uma pontuação de 1 a 4, sendo '1' o mais seguro e '4' o mais arriscado.

• Têm 10 minutos para discutirem isto nos vossos grupos e determinarem as vossas classificações.

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6. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Por que é importante conhecer os lugares seguros e inseguros para poupar dinheiro? • Onde preferem poupar o vosso dinheiro, sabendo o que sabem agora? • Existem outras maneiras de as pessoas pouparem? São seguras ou arriscadas?

Refletir 1. Reveja os comentários nas colunas um e dois. 2. Pergunte aos participantes: 10 m

• O que Aprendemos sobre poupança? Anote as respostas deles na coluna da direita da tabela. • Como podem aplicar o que aprenderam na sessão de hoje na vossa vida? • Como é que a poupança de dinheiro e recursos pode ajudar a melhorar a vossa vida? • Como a poupança de dinheiro e outros recursos pode ajudar a melhorar a vida de outras pessoas (por exemplo, família, amigos, a vossa comunidade)?

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1. Bem-vindo Aflatoun 4. Dinheiro e ao Recursos

5. Após 10 minutos, junte os participantes novamente e peça a um voluntário de cada grupo para partilhar as suas classificações. Escreva as respostas no quadro.

Exemplo do Método de Poupança para a atividade Aprender Método de Poupança

Seguro ou Arriscado 1=mais seguro; 4=mais arriscado

Debaixo da cama

4

Na conta bancária dos meus pais

2

Enterrado num buraco no chão

3

Na minha conta bancária

1

88

Dinheiro e Recursos

4.4: Gerir Recursos Resultado Geral Entender de que forma utilizar a poupança enquanto ferramenta para melhorar a vossa vida e a vida dos outros.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Entender as estratégias para poupar dinheiro. 2. Analisar as suas necessidades e desejos financeiros para os ajudar a tomar decisões informadas.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Papel • Canetas/Lápis • 'Moedas' (8 por participante)

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade Individual • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Dinheiro; Recursos; Poupança; Tomada de decisão

Informação Para o Facilitador • Para a atividade Aprender, use objetos como pedras, seixos, botões, tampas de garrafa ou até mesmo papel reciclado •

para representar moedas, em vez de moedas reais. Peça aos participantes que o ajudem a reunir material suficiente para a atividade. O objetivo desta sessão é encorajar os participantes a priorizar a poupança do seu dinheiro (ou de recursos) em vez de gastarem o seu dinheiro. Durante a sessão, desafie os participantes a pensar criticamente sobre o que realmente precisam de comprar.

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Iniciar: Brainstorm 1. Pergunte aos participantes se se lembram da sessão sobre Necessidades e Desejos. Peça-lhes que expliquem aquilo que se lembram. 10 m

2. Em seguida, pergunte aos participantes:

• Que coisas PRECISAMOS de comprar na vida? Escreva as respostas no quadro. • Quais são as coisas na vida que QUEREMOS, mas não precisamos, comprar? Escreva as respostas no quadro.

Aprender 1. Dê a cada participante oito 'moedas', uma caneta/lápis e uma folha de papel. 30 m

2. Explique aos participantes que precisam de identificar os oito itens que gostariam de comprar para eles. Dê-lhes alguns minutos para escreverem esses itens. 3. Quando acabarem, explique que cada item vale uma moeda e que têm de escolher os itens da sua lista que gostariam de comprar. Certifique-se de realçar que eles não precisam de comprar todos os oito itens, se não quiserem. 4. Após alguns minutos, peça a alguns voluntários que partilhem os seus resultados. Peça-lhes que expliquem:

• O que decidiram comprar e porquê. • O que decidiram não comprar e porquê. • Quanto dinheiro pouparam (quantas moedas sobraram das oito iniciais). 5. Depois de terminarem, explique que, na tomada de decisões financeiras, devemos ter em consideração as Necessidades e Desejos. 6. Peça aos participantes que repitam a atividade com isso em mente e que comparem as suas primeiras e segundas listas, quando estiverem feitas. Incentive os participantes a pensar sobre como a sua estratégia mudou e se eles pouparam dinheiro da primeira lista para a segunda. 7. Discutam de que forma este exercício seria útil ao permitir priorizar entre as suas necessidades e desejos, bem como na tomada de uma decisão financeira sólida.

Refletir 1. Faça aos participantes as seguintes questões: 10 m

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Tomar uma decisão sobre dinheiro é fácil ou difícil? • De que forma podem aplicar o que aprenderam na aula de hoje para vos ajudar a tomar decisões sobre poupança e gastos na vossa vida?

• O que devem considerar antes de comprar coisas? Porquê? • Além do dinheiro, que outros recursos podem poupar e reutilizar?

90

Dinheiro e Recursos

4.5: Orçamentação Resultado Geral Entender como planear com cuidado, orçamentar e gerir os recursos.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender formas de construir as suas poupanças. 2. Tornar-se melhores planeadores e tomadores de decisão em assuntos relacionados com as suas finanças. 3. Explicar de que forma fazer e seguir um orçamento pode ajudar as pessoas a poupar dinheiro.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Papel • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo/em Pares • Aprender: Atividade em Pares • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Orçamentação; Planeamento; Tomada de decisão

Informação Para o Facilitador • Certifique-se de que cada participante está ativamente envolvido durante o trabalho de grupo. • Elabore a Tabela do Plano de Poupança no quadro de folhas/flipchart (ver o exemplo dado abaixo).

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Iniciar: Mistura de Grupo 1. Informe os participantes que vão jogar um jogo chamado Mistura de Grupo. 10 m

2. Peça aos participantes que caminhem pela sala e explique que quando disser "Stop", eles devem fazer par com o participante que estiver ao lado deles. 3. Quando os pares estiverem formados, faça uma das seguintes perguntas aos participantes e dê aos pares um minuto para partilhar as suas respostas uns com os outros:

• Quando recebem dinheiro, o que fazem com ele? • Poupam dinheiro? Onde poupam o vosso dinheiro? • Quais são as coisas que normalmente compram quando têm dinheiro? • Gostariam de poupar para quê, para este ano? • Citem três coisas que tenham de comprar todas as semanas. 4. Quando acabar o tempo, peça aos participantes para 'se misturarem' novamente e repita o processo, usando sempre uma questão diferente. 5. Certifique-se de realçar que os participantes devem sempre formar pares com um colega diferente.

Aprender: Criação de um Plano de Poupança 1. Peça aos participantes que formem pares e dê a cada par uma folha de papel e uma caneta/lápis. 30 m

2. Peça a cada par que pense e discuta sobre uma coisa para a qual queiram poupar dinheiro (ou seja, o seu objetivo). Certifique-se de realçar que devem decidir sobre algo que seja realista comprarem e que possa ser comprado num prazo razoável. 3. Mostre aos participantes a Tabela do Plano de Poupança no quadro de folhas (flipchart). Explique cada componente. 4. Peça a cada par que trabalhe sobre a sua Tabela do Plano de Poupança para aquilo que decidiram poupar. Dê-lhes 10 minutos para fazerem isso. 5. Após 10 minutos, peça a alguns voluntários que apresentem os seus planos. 6. Informe os participantes que esta atividade em questão envolveu algo chamado "orçamento". Explique que os orçamentos ajudam-nos a equilibrar os nossos rendimentos e despesas, e a gerir o dinheiro com responsabilidade, priorizando as coisas que precisamos e as coisas que queremos. 7. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Como se sentiram ao fazerem esta atividade? • Alguma coisa vos surpreendeu? Porquê/Por que não? • Por que é importante planear essas coisas?

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas:

• Por que deve haver um equilíbrio entre o vosso rendimento (o dinheiro que recebem) e as vossas 10 m

despesas (o dinheiro que gastam)?

• Se as vossas despesas forem maiores do que o vosso rendimento, quais são as vossas escolhas? • Se as vossas despesas forem inferiores ao vosso rendimento, quais são as vossas escolhas? • Por que é importante orçamentar o dinheiro? • Quais são os obstáculos que podem enfrentar quando orçamentam o vosso dinheiro? Como podem superá-los?

2. Por fim, explique que cada um de nós tem diferentes hábitos de consumo conforme as nossas necessidades/desejos e personalidade. É importante descobrir quais são as nossas próprias necessidades e desejos. Diga aos participantes que vão explorar o tema de gastos durante a próxima sessão.

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Quando querem comprar?

Quanto dinheiro precisam de poupar? Quanto dinheiro ganham por semana? Quanto dinheiro vão precisar de poupar por semana para alcançarem o vosso objetivo?

Bicicleta 6 meses 250€ 10€ 10€

De que outras maneiras podem ganhar dinheiro?

O que querem comprar?

1. Bem-vindo Aflatoun 4. Dinheiro e ao Recursos

Tabela do Plano de Poupanças

93

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Dinheiro e Recursos

4.6: Gastos Resultado Geral Tornarem-se gastadores e consumidores de recursos responsáveis.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Identificar três ou mais razões pelas quais as pessoas gastam dinheiro. 2. Compreender a importância de gastar dinheiro de forma responsável. 3. Identificar de que forma poupar e gastar se relaciona com os objetivos pessoais, comunitários e ambientais.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Atividade em Pares

Duração 50 minutos

Palavras-chave Gastos; Poupança; Orçamentação; Responsabilidade

Informação Para o Facilitador • Gastar responsavelmente anda a par de uma poupança responsável. É uma competência que exige disciplina



e planeamento cuidadosos. Todos nós já ouvimos histórias de amigos ou membros da família (e os governos e os bancos!) que ultrapassaram ou viveram acima das suas possibilidades - e as difíceis consequências. Esta sessão revê as medidas práticas de gastar dinheiro responsavelmente. Além disso, introduz a ideia de que gastar responsavelmente significa que se considera o bem-estar de outras pessoas e do planeta ao tomar decisões sobre gastos. Copie as 4 Palavras de Gastos no quadro ou no quadro de folhas (flipchart) antes da aula (ver exemplo fornecido).

As 4 Palavras de Gastos Carteira Prioridades Pessoas Planeta 95

Iniciar: Tomar Uma Posição 1. Reveja as instruções para este jogo: 10 m

• Vou ler uma afirmação e vão ter que decidir se concordam ou discordam com ela. • Não há respostas certas ou erradas e não há problema em discordarem dos vossos amigos. • Quando eu ler a afirmação, fechem os olhos para que não possam ver a resposta da outra pessoa. • Se concordarem com a afirmação, coloquem as vossas mãos na cabeça. Se discordarem, coloquem as vossas mãos sobre os joelhos.

• Depois de todos terem feito uma escolha, vou pedir-vos que abram os olhos e partilhem as vossas razões – para Tomar Uma Posição – para a vossa decisão.

2. Leia as afirmações abaixo. Depois de cada afirmação, discutam as respostas dos participantes durante um ou dois minutos. Use as questões complementares, sempre que necessário. Assim que os participantes tenham partilhado algumas das suas ideias e pensamentos, passe para a próxima instrução. 3. Afirmações e questões complementares:

• Consigo poupar dinheiro para o meu futuro.

i. Porquê? Por que não? ii. Como pensam poupar dinheiro para o vosso futuro? iii. Por que querem poupar?

• É importante gastar dinheiro responsavelmente.

i. Porquê? Por que não? ii. O que significa 'gastar responsavelmente'?

• É importante usar os recursos responsavelmente.

i. Porquê? Por que não? ii. O que significa 'usar os recursos responsavelmente'? iii. Que tipo de recursos devemos usar responsavelmente? • Água • Comida • Petróleo/Gasolina • Madeira • Papel

Aprender: Criação de um Plano de Poupança Introdução (5 minutos) 30 m

1. Pergunte aos participantes:.

• Quais são as principais coisas em que os adultos gastam dinheiro? • Os jovens gastam dinheiro em quê? 2. Dê aos participantes um minuto (por pergunta) para partilharem brevemente as suas respostas com a pessoa ao lado deles. 3. Peça o feedback após cada questão e tome note das respostas no quadro/quadro de folhas (flipchart). 4. Discuta as semelhanças e as diferenças entre os hábitos de consumo dos jovens e dos adultos. Introduzir as 4 Palavras de Gastos (5 minutos) 1. Explique aos participantes que gastar com responsabilidade envolve quatro palavras diferentes: Carteira, Prioridades, Pessoas e Planeta. 2. Mostre aos participantes o quadro de folhas (flipchart) que preparou na sessão anterior.

• A vossa Carteira – conseguem comprar? (Considerem rendimentos e despesas.) • As vossas Prioridades – precisam/querem realmente isso? (O que valorizam na vida? Quais são os vossos objetivos pessoais?)

• A vossa relação com as outras Pessoas – alguém tem os seus direitos ou bem-estar comprometidos ou explorados na produção daquilo que vocês estão a comprar (por exemplo, a roupa feita por pessoas que trabalham por menos de um salário mínimo e em condições precárias)?

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comprar (por exemplo, uso de pesticidas nocivos e produtos químicos tóxicos no cultivo e fabricação de algodão para t-shirts)? Pensem no que podem fazer para melhorar o meio ambiente.

Cenário (20 minutos) 1. Divida os participantes em grupos de cinco ou seis. 2. Explique que vai ler um cenário e que têm 10 minutos para discutirem o assunto e chegarem a alguns conselhos para o personagem, usando as 4 Palavras de Gastos. 3. Leia o seguinte cenário: O Pedro tem 13 anos e adora jogar futebol. Ele quer comprar uma bola de futebol nova, porque a sua bola atual está a ficar velha, mas ele poderia arranjá-la para a usar mais vezes. O Pedro é responsável por pagar as suas propinas escolares no próximo mês. Ele não sabe se deve usar o dinheiro na bola de futebol ou nas propinas.

• Que conselho dariam ao Pedro? • Como é que o Pedro deveria usar as 4 Palavras de Gastos? 4. Após 10 minutos, peça a alguns grupos que partilhem o seu conselho.

Refletir 1. Peça aos participantes que formem pares. Peça-lhes que partilhem duas coisas importantes que vão considerar ao fazer escolhas de gastos no futuro. 10 m

2. Dê-lhes alguns minutos para discutirem esse assunto com o colega e depois peça a dois ou a três pares que partilhem as suas conclusões com o grupo. 3. Por fim, pergunte aos participantes:

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Como podem aplicar o que aprenderam na sessão de hoje na vossa vida?

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1. Bem-vindo Aflatoun 4. Dinheiro e ao Recursos

• A vossa relação com o Planeta – o ambiente ficou prejudicado na produção daquilo que vocês estão a

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Ser Bom / Ser Empreendedor

5.1 Trabalho em Equipa Resultado Geral Saber que podem trabalhar juntos de forma mais produtiva.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender a importância de trabalhar em equipa. 2. Descrever como os seus pontos fortes podem ajudar a beneficiar a equipa. 3. Descrever valores e responsabilidades da equipa.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Papel (3 folhas por grupo) • Canetas/Lápis/Lápis de cera/Lápis de cor

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 45 minutos

Palavras-chave Trabalho de Equipa; Pontos fortes;

Informação Para o Facilitador • A atividade Aprender é sobre o trabalho de equipa, por isso é importante que todos os participantes das equipas • •

estejam envolvidos. Enquanto estiverem a fazer os seus aviões de papel, caminhe pela sala e veja com os grupos como estão a construir os seus aviões. Faça-lhes as seguintes perguntas: "Quais são as funções das pessoas?"; "Vocês todos concordaram com o projeto do avião?"; e assim por diante. Para tornar a atividade ainda mais divertida, deve incentivar as equipas a decorarem e a darem um nome ao seu avião. Certifique-se de que todos sabem fazer um avião de papel e demonstre como fazer um, caso não saibam fazê-lo.

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Iniciar 1. Faça aos participantes as seguintes perguntas, a fim de os fazer pensar sobre o significado e o valor dos seus pontos fortes: 10 m

• Quais são os vossos pontos fortes? • Por que é importante conhecerem os vossos pontos fortes? • Como é que os vossos pontos fortes vos podem ajudar na vida? 2. Peça aos participantes que discutam, enquanto turma, que palavras associam a 'equipa'. Escreva as respostas no quadro, à medida que vão dizendo. 3. Peça aos participantes que partilhem algumas das atividades que praticam atualmente que exijam trabalho de equipa.

Aprender 1. Peça aos participantes que formem grupos de três a quatro e dê a cada grupo três folhas de papel. 25 m

2. Explique que os grupos vão competir uns contra os outros para construírem o avião de papel que voe mais longe. 3. Diga aos participantes que têm 10-15 minutos para trabalharem com o seu grupo para construírem e testarem os seus aviões. 4. Explique que cada membro da equipa deve participar na construção do avião da sua equipa. Incentive os participantes a testarem os seus projetos, mas lembre-os que têm apenas três pedaços de papel, por isso diga-lhes para usarem o seu papel sabiamente! 5. Após 10-15 minutos, peça aos grupos que se reúnam novamente. Escolha um local onde todas as equipas possam lançar os seus aviões. 6. Peça a cada grupo que escolha uma pessoa para lançar o avião da sua equipa e uma pessoa que marque a posição de aterragem do seu avião. Lembre os participantes de que o avião que voar mais longe ganha a competição. 7. Depois de acabarem, peça aos participantes que se reúnam e que discutam, usando as seguintes perguntas:

• Que tipo de plano fizeram antes de construírem o vosso avião? • Que papéis têm as pessoas? • Como aplicaram os vossos pontos fortes? • O que é que o vosso grupo fez bem? O que poderiam melhorar na próxima vez? • Nos vossos grupos, quais foram as dinâmicas do grupo? Trabalharam bem juntos? Foi só uma pessoa que fez o trabalho todo? Como é que isso vos fez sentir?

• Enfrentaram alguns desafios no vosso grupo? Se sim, quais os desafios que enfrentaram e como os superaram, enquanto grupo?

Refletir 1. Pergunte aos participantes: 10 m

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• Que atividades acham que exigem trabalho de equipa em casa? • Que atividades acham que exigem trabalho de equipa na escola? • Qual é, na vossa opinião, a vantagem de trabalhar em equipa? • Na vida, por que é importante o trabalho de equipa? • Como podemos usar os nossos pontos fortes para ajudar a atingir os objetivos da equipa?

1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

Direções no Planador de Papel

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Ser Bom, Ser Empreendedor

5.2: Empreendedorismo e Negócios Resultado Geral Ser capaz de identificar atividades de negócio e compreender como se aplicam à sua vida. Conhecer os conceitos de oferta e procura.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender e definir oferta e procura. 2. Compreender e definir de que forma a oferta e a procura estão relacionadas com os preços.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Canetas/Lápis • Cinco doces • Cinquenta pedras

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Discussão em Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos (ou 1 hora se escolher a Atividade Complementar)

Palavras-chave Negócio; Oferta e Procura

Informação Para o Facilitador • Oferta: qual a quantidade disponível de algo. • Procura: o quanto as pessoas desejam algo. • Prepare o gráfico (veja abaixo) para a atividade Aprender no quadro ou quadro de folhas (flipchart) antes da aula, •

mas deixe a última coluna vazia, já que vai completá-la com os participantes. Leia cada afirmação lentamente e responda a todas as perguntas para que todos os participantes compreendam o que é suposto fazer. Faça a Atividade Complementar se tiver tempo ou se desejar rever este tema numa futura sessão.

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Iniciar 1. Coloque as pedras e os doces onde os participantes possam facilmente vê-los. 15 m

2. Peça aos participantes que levantem as mãos se quiserem uma pedra. Dê uma pedra a cada participante que tenha levantado a sua mão. 3. Agora peça aos participantes que levantem as mãos se quiserem um doce. É provável que mais de cinco participantes levantem as mãos. Pergunte aos participantes:

• O que farão para conseguir um doce? Trabalho de casa extra? Limpar a sala de aula? Ficar na sala de aula durante o intervalo?

4. Pergunte aos participantes se algum deles quer uma pedra em vez de um doce. Diga-lhes que podem ter duas pedras, se quiserem, mas se ainda quiserem ter um doce, têm que fazer algo extra durante toda a semana. Pergunte aos participantes se alguém está disposto a aceitar estas condições.

Aprender 1. Pergunte aos participantes o que observaram com a atividade Iniciar: 25 m

• O que tiveram de fazer para conseguir as pedras? Porquê? • O que tiveram de fazer para conseguir os doces? Porquê? 2. Discuta com os participantes o que aconteceu nesta experiência. Certifique-se de realçar o seguinte:

• Houve dois fatores importantes que influenciaram o que teriam de fazer para conseguir pedras e doces:

i. A quantidade de cada item. ii. O quanto queriam esse item. • Havia muitas pedras. Mesmo que não quisessem pedras, podiam até ter duas sem ter de fazer nada. • Havia apenas cinco doces e muitos de vocês queriam um. Vocês estavam dispostos a fazer mais para conseguirem um doce. 3. Continue a explicar que:

• A oferta é a quantidade disponível de um item. A oferta de doces era cinco e a oferta de pedras era cinquenta.

• A procura é o quanto as pessoas desejam o item. A procura de doces era superior à procura de pedras.

4. Mostre aos participantes a tabela no quadro e diga-lhes que vão completar a coluna final juntos. Leialhes cada situação e pergunte-lhes:

• O que acontece com a procura/oferta nesta situação? 5. Preencha a sua resposta antes de passar para a próxima fila. 6. Depois de ter feito isso, pergunte aos participantes:

• Podem citar algumas coisas que tenham muita procura? Quais são os seus preços? • Podem citar algumas coisas que tenham pouca procura? Quais são os seus preços?

Refletir 1. Oriente os participantes para uma discussão, usando as seguintes perguntas: 10 m



• De que forma a oferta e a procura afetam a vossa comunidade? • De que forma a oferta e a procura afetam o vosso dinheiro? • De que forma a oferta e a procura afetam o vosso emprego?

Atividade Complementar (10-15 minutos) 1. Peça aos participantes que formem grupos de dois. 2. Explique-lhes as seguintes instruções:

• Vou ler-vos alguns cenários. Depois de cada um, têm um minuto para discutirem o cenário com o vosso parceiro e decidir se a procura, a oferta e o preço vai subir ou descer, com base no cenário.

• Após o minuto, vamos discutir o cenário juntos.

3. Leia cada cenário do gráfico (ver gráfico na página seguinte), um por um, dando aos pares o minuto para discutirem o assunto e as suas respostas com os seus parceiros. 104

1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

Muitas Pessoas

A Procura SOBE

Querem Isso

Só uma ou Algumas Pessoas

A Procura DESCE

Querem Isso

Existe uma grande

A Oferta SOBE

quantidade de algo

Existe pouca

A Oferta DESCE

quantidade de algo

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Tabela de Atividade Complementar: A OFERTA VAI O vosso colega tem 100 escovas de dentes para vender aos alunos da sua turma. Está muito quente e depois de uma corrida, vão até à loja mais próxima que tem apenas duas garrafas de água. Os pescadores locais trazem muitos peixes – quase 250 – para o mercado. Há apenas 10 pessoas que querem comprar peixe. O circo está na cidade, mas só podem ter 50 pessoas na tenda. Vocês têm 300 pessoas na vossa aldeia. O carro desportivo de brincar que vocês queriam está agora disponível na vossa comunidade. Muitas crianças querem-no, mas apenas cinco vão estar nas lojas. Existem apenas três lojas na vossa comunidade. A fábrica de calçado local fez novos sapatos para crianças em idade escolar e vão vender 7.000 sapatos.

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A PROCURA VAI

O PREÇO VAI

Ser Bom, Ser Empreendedor

5.3: Identificação do Mercado Resultado Geral Ser capaz de identificar oportunidades de mercado na comunidade.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Determinar o valor de mercado e mérito de uma empresa. 2. Conhecer as qualidades do mercado e do empreendedor, e ser capaz de usar essa informação no processo de tomada de decisão sobre a viabilidade do projeto.

Materiais Necessários • Papel • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Discussão em Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos

Palavras-chave Identificação do Mercado; Empreendimento Social; Empreendimento Financeiro; Empreendimento Ambiental; Empreendedorismo

Informação Para o Facilitador • Um empreendimento é uma iniciativa ou projeto com um determinado objetivo. Pode ser grande ou pequeno. O

objetivo pode ser criar rendimento; beneficiar um grupo de pessoas, comunidade ou ambiente; ou dar a conhecer uma questão importante. Um empreendimento exige a organização de atividades. Incentive os seus participantes a envolverem-se na identificação de uma ideia inovadora e a organizarem-se para realizá-la. Promova o trabalho de equipa, bem como o assumir de responsabilidades pessoais.

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Iniciar 1. Faça aos participantes as seguintes questões:

• O que é um Empreendimento Financeiro? Conseguem dar exemplos? 15 m

i. O objetivo de um Empreendimento Financeiro é criar rendimento.

• O que é um Empreendimento Social? Conseguem dar exemplos? i. O objetivo de um Empreendimento Social é beneficiar um grupo de pessoas ou uma comunidade, ou aumentar a consciência sobre uma questão importante.

• O que é um Empreendimento Ambiental? Conseguem dar exemplos? i. O objetivo de um Empreendimento Ambiental é cuidar do meio ambiente, para que as gerações futuras possam desfrutar da terra, da mesma forma que nós a desfrutamos.

• Quais são algumas das competências de um empreendedor? i. Criatividade. ii. Compreender as necessidades da sua comunidade. iii. Oportunista. 2. Explique que um empreendedor deve ter certas competências para ter um empreendimento financeiro ou social bem sucedido. Por exemplo, um empreendedor é conhecedor do mercado onde o produto está a ser vendido (ou seja, Empreendimento Financeiro) ou dos serviços que a comunidade precisa (ou seja, Empreendimento Social). 3. Além disso, explique que um empreendedor deve conhecer as pessoas ou organizações que possam ter interesse em adquirir o produto para que o processo de negócio valha a pena. Para um Empreendimento Social, um empreendedor deve conhecer que tipo de serviços as pessoas precisam e como entregar esses serviços (por exemplo, a comunidade não tem acesso a medicamentos, pois a clínica fica muito longe – um Empreendimento Social poderia ser a criação de um serviço de entrega de medicamentos).

Aprender 1. Divida os participantes em dois grupos: um grupo de Empreendimento Financeiro e um grupo de Empreendimento Social. 35 m

2. Informe os participantes de que vão trabalhar nos seus grupos para identificarem as necessidades da sua comunidade e que vão utilizar essas informações para identificarem oportunidades de Empreendimentos Sociais e Financeiros. Informe-os de que terão 15 minutos para o fazer antes de apresentarem o seu empreendimento ao resto da turma. Informe-os de que cada grupo terá 5 minutos para a sua apresentação. 3. Dê a cada grupo um pedaço de papel e uma caneta ou lápis. Peça a cada grupo que escolha alguém que seja um bom escritor para anotar tudo. Instruções para o grupo do Empreendimento Financeiro: 1. Peça aos participantes que listem todos os vendedores de alimentos na sua comunidade. 2. Quando criarem a sua lista, peça-lhes que determinem qual o item que acham que se vende melhor. 3. Em seguida, peça ao grupo que liste os produtos que estão a faltar na sua comunidade, que achem que seria popular entre os jovens. 4. Por fim, os participantes devem decidir qual deles, de todos os produtos que listaram, seria o melhor produto para criar rendimento.

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1. Peça aos participantes que listem todos os serviços públicos na sua comunidade (por exemplo, centros de saúde, bibliotecas, parques, etc.). 2. Quando criarem a sua lista, peça-lhes que determinem quais os serviços que acham que são mais utilizados. 3. Em seguida, peça ao grupo que liste os serviços que estão em falta (ou que poderiam ser melhorados) na sua comunidade, o que poderia ajudar a melhorar o bem-estar das pessoas na comunidade. 4. Por fim, os participantes devem decidir qual deles, de todos os serviços/necessidades que listaram, seria o melhor Empreendimento Social para a sua comunidade. Apresentação de grupo 1. Após 15 minutos, reúna os grupos novamente e peça a cada grupo que partilhe o que discutiram e o seu empreendimento escolhido com os restantes participantes.

Refletir 1. Pergunte aos participantes: 5m

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Como podem aplicar o que aprenderam na sessão de hoje na vossa vida? 2. Informe os participantes que vão continuar a aprender sobre os empreendimentos e as oportunidades, por isso incentive-os a continuar a pensar sobre os empreendimentos e as necessidades do mercado nas suas comunidades.

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1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

Instruções para o grupo do Empreendimento Social:

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Ser Bom, Ser Empreendedor

5.4: Problemas e Soluções da Comunidade Resultado Geral Ser capaz de contribuir para a melhoria das suas comunidades.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Perceber a necessidade de uma ação coletiva. 2. Compreender estratégias e oportunidades de empreendimentos sociais. 3. Identificar um empreendimento social para experimentar na sua comunidade.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Grande folha de papel (ou papéis se dividir a turma em grupos mais pequenos) • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Ação Coletiva; Comunidade;

Informação Para o Facilitador • Para esta aula, pode dividir os participantes em vários grupos, em vez de fazer a aula inteira enquanto grupo (especialmente se for uma grande).

• Seja um árbitro! É importante que as ideias para o Empreendimento Social sejam realistas para os participantes o realizarem.

• Use exemplos dos serviços ou necessidades da comunidade da aula Identificação de Mercado. • Prepare algumas questões comunitárias diferentes, no caso de os participantes não terem ideias para as questões da sua comunidade ou as suas ideias serem muito complexas. Alguns exemplos podem incluir: • Caixote de reciclagem/lixo. • A plantação de árvores pela escola para sombra, proteção e frutos. • Campanhas contra o bullying, fumar ou outras ameaças às crianças. • Falta de espaços seguros onde as crianças possam brincar.

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Iniciar

5m

1. Comece por explicar aos participantes que um empreendimento social é um projeto que faz com que a comunidade seja um lugar melhor para viver, tornando-a mais limpa, mais saudável, mais segura, mais justa ou mais divertida. 2. Pergunte aos participantes se alguma vez concretizaram um Empreendimento Social coletivo que beneficie a comunidade. Se eles não o tiverem feito, incentive-os a pensarem em Empreendimentos Sociais de que possam ter ouvido falar ou lido. 3. Peça aos participantes que tenham realizado um Empreendimento Social antes para citar as diferentes atividades de que fizeram parte e liste-as no quadro.

Aprender

45 m

1. Informe os participantes de que, à medida que vão chegando a soluções para ajudar a melhorar a sua comunidade, vão trabalhando juntos enquanto grupo para identificarem um problema ou uma oportunidade e chegarem a um Empreendimento Social para educar os outros sobre isso. 2. Peça aos participantes que identifiquem algumas questões que gostariam de abordar na sua comunidade e liste-as no quadro. Pode usar a técnica do Teatro de Imagem para os grupos lhe mostrarem um problema da comunidade com a qual estejam preocupados. 3. Peça aos participantes que escolham um tema que será o foco do seu Empreendimento Social, discutindo cada um brevemente e, em seguida, realizando uma votação. Os tópicos para pensarem quando discutirem as questões incluem:

• Quão destrutiva/prejudicial é a questão (se tiverem identificado um problema)? • Quão benéfica pode ser esta oportunidade (se tiverem identificado uma oportunidade para melhorar as coisas)?

• Quão importante é que a nossa comunidade entenda esta questão? • Qual é a probabilidade de podermos ter impacto sobre esta questão? • De que forma é que a questão tem um impacto na juventude? 4. Depois de terem decidido a questão, os participantes devem desenhar um círculo no meio de uma folha grande de papel e escrever o assunto no centro do círculo, ou fazer um desenho para representá-lo. (Para se certificar de que todos estão a participar, pode colocar os participantes em pequenos grupos, cada um com o seu diagrama). 5. Peça aos participantes que desenhem uma série de linhas que saiam do círculo principal. Peça-lhes que anotem os problemas que os afetam por causa desta questão, no final de cada linha, e também desenhem uma imagem que represente cada problema. 6. Informe os participantes de que, antes de poderem decidir sobre as medidas necessárias para realizar o seu Empreendimento Social, precisam de abordar os seguintes pontos:

• De que forma é que o nosso Empreendimento Social vai ajudar a comunidade? • Quem vai beneficiar deste Empreendimento Social? • O que acham deste Empreendimento Social? • Como é que vamos coordenar o Empreendimento Social? • Como é que vamos dividir as tarefas entre nós? • Onde podemos encontrar ajuda nas nossas comunidades? • Qual será o melhor momento para iniciar o Empreendimento Social? • O que precisamos para fazer deste Empreendimento Social um sucesso? • O que é um prazo realista para o Empreendimento Social? • Será que precisamos de gastar dinheiro no empreendimento? Se assim for, isto é algo para o qual possamos usar algumas das nossas poupanças (se o grupo tiver vindo a realizar poupanças de grupo)? • Se o grupo estiver disposto a destinar a poupança para o projeto, trabalhem em conjunto (talvez noutra sessão) para realizar um orçamento.

Refletir 1. Peça aos participantes que decidam, enquanto grupo, que medidas podem tomar em seguida para iniciar o Empreendimento Social. 10 m 112

Ser Bom, Ser Empreendedor

5.5: Empreendimentos Financeiros Resultado Geral Ser capaz de identificar exemplos de Empreendimentos Financeiros na comunidade.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Identificar exemplos de Empreendimentos Financeiros na sua comunidade. 2. Ter uma visão aprofundada sobre as práticas comerciais vigentes, bem como a capacidade de se envolver em tais atividades.

3. Criar um Empreendimento Financeiro do Aflatoun.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • Cinco Pedrinhas (ou outro objeto pequeno) • Cartões (2 por grupo) • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 55 minutos

Palavras-chave Empreendimento Financeiro; Empreendedorismo

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Iniciar: Passar a Pedrinha 1. Peça aos participantes que formem um círculo e distribua aleatoriamente as cinco pedrinhas pelos participantes. 10 m

2. Informe o grupo de que vão jogar 'Passar a Pedrinha' para avaliarem os Empreendimentos Financeiros. 3. Explique-lhes as seguintes instruções:

• Vão precisar de passar as pedrinhas pelo círculo. • Quando eu disser "Stop", os cinco participantes que estiverem a segurar uma pedrinha vão (um por um) ter de responder a uma pergunta que eu farei.

4. Peça aos participantes que comecem a passar as pedrinhas e use uma das seguintes perguntas sempre que disser "Stop":

• Quais são os pontos fortes da vossa comunidade? • Que tipo de negócios existem na vossa comunidade? • Quais são os produtos/serviços de massa disponíveis na vossa comunidade? • Quantos tipos de carreiras profissionais existem na vossa comunidade? Quais são? 5. Escreva as respostas no quadro. 6. Continue o jogo durante cinco minutos e reveja as respostas. Pergunte aos participantes:

• Houve algo surpreendente para vocês? Porquê?

Aprender Parte 1: Discutir outros Empreendimentos do Aflatoun 30 m

1. Leia os seguintes Empreendimentos bem-sucedidos do Aflatoun aos participantes:

• Quirguistão: os participantes planearam uma venda de bolos. Eles trabalharam juntos para planear

o evento e fazer os biscoitos. Para a venda de bolos, eles convidaram os pais/encarregados de educação e venderam os biscoitos para arrecadar algum dinheiro. • Indonésia: os participantes do Aflatoun desenvolvem a criatividade e o trabalho de equipa através de Empreendimentos Financeiros baseados no sistema escolar, como fazer vassouras e placas de materiais feitas de coco, ovos salgados, batique, o que ajuda a dar a conhecer o património e as potencialidades locais. Os participantes vendem os seus produtos a outras crianças, pais/ encarregados de educação e vizinhos. • El Salvador: Seis jovens de uma comunidade empobrecida em El Salvador começaram por identificar uma questão social na sua comunidade, e, em seguida, projetaram um Empreendimento Financeiro para oferecer uma solução. O seu objetivo era arrecadar $500 para uma instituição de caridade local que ajudava a fornecer água fresca. O grupo fez uma pesquisa de mercado, perguntando às pessoas locais quais eram os seus alimentos favoritos. Também estabeleceram que, ao fornecer esses alimentos, não estariam a competir com outro negócio ou Empreendimento Financeiro na área. Ao desenvolver o hábito de definir orçamentos, ganharam o controle nos gastos de dinheiro. Todos os membros do grupo conseguiram ganhar $5 por dia destinados ao seu objetivo. • Tajiquistão: Para criarem poupanças, os membros do Clube Aflatoun de escolas rurais em Spitamen compraram coelhos jovens no mercado. Alimentaram os coelhos durante três meses e depois venderam-nos com lucro. Os ganhos foram utilizados na feira da sua escola para comemorar o Ano Novo. 2. Pergunte aos participantes:

• O que acham destes empreendimentos? 3. Relembre os participantes que um empreendimento é uma iniciativa ou projeto com um determinado objetivo. O objetivo pode ser criar rendimento; beneficiar um grupo de pessoas, comunidade ou ambiente; ou sensibilizar para uma questão importante. Um empreendimento exige a organização de atividades.

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Parte 2: Criar o seu próprio Empreendimento 1. Informe os participantes de que terão de trabalhar em grupos para chegarem a ideias empresariais, mas que devem primeiro estabelecer critérios, enquanto grupo, para escolherem as melhores ideias (por exemplo: criatividade; envolver muitas pessoas; fator de diversão; maior impacto nas pessoas; fácil de realizar; barato; etc). Peça-lhes para que se perguntem:

• O que é que vai tornar um empreendimento 'fantástico'? • Escreva os seus critérios no quadro, para que possam vê-los facilmente mais tarde. 2. De seguida, divida os participantes em grupos de cinco a sete e dê a cada grupo dois cartões e uma caneta. Peça-lhes que discutam entre si para identificarem duas ideias empresariais por grupo e que escrevam cada ideia num cartão em separado. Incentive os participantes a identificarem Empreendimentos Financeiros. 3. Após algum tempo, recolha os cartões de cada grupo e coloque-os na parede. Agrupe todas as ideias que sejam iguais ou semelhantes. 4. Desenhe a tabela apresentada abaixo no quadro e peça aos participantes que avaliem cada ideia de 1 a 5 para cada um dos critérios que tenham sido acordados anteriormente (sendo 1 a pontuação mais baixa e 5 a mais alta).

Ideia para o Ideia para o Ideia para o Ideia para Ideia para o Empreendi- Empreendi- Empreendi- o Empreen- Empreendimento 1 mento 2 mento 3 dimento... mento... Critério 1 Critério 2 Critério 3 Critério 4 TOTAL DE PONTOS 5. Pode dar o seguinte exemplo se quiser:

• O Clube dos Poderosos Inovadores escolheu três critérios: criatividade, baixo custo e diversão.

Tiveram duas ideias para o empreendimento: Uma é super criativa e divertida, mas muito cara para realizar. A outra ideia é menos divertida, não é muito criativa e também um pouco cara. Este é o aspeto da sua tabela:

Ideia para Ideia para o Empreen- o Empreendimento 1 dimento 2 Criatividade

5

2

Baixo custo

2

2

Diversão

5

3

TOTAL DE PONTOS

12

7

6. Pergunte aos participantes:

• Que ideia acham que vão escolher? 7. Peça aos participantes que calculem os pontos totais das suas ideias empresariais e que escolham/votem numa das ideias que tenham os pontos mais altos. Se não estiverem satisfeitos com o seu resultado, incentive-os a discutirem se os critérios estabelecidos eram de facto os melhores critérios. Faça aos participantes as seguintes questões:

• Que outro critério devemos incluir? • Alguns critérios valem mais do que outros critérios? •

Refletir

1. Pergunte aos participantes: 5m

• O que acharam da atividade de hoje? • O que acham das vossas ideias para o Empreendimento Financeiro?

115

1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor



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Ser Bom, Ser Empreendedor

5.6: Planeamento Resultado Geral Ser capaz de determinar a diferença entre ações planeadas e não planeadas.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Saber planear uma atividade. 2. Aplicar as competências de planeamento de uma atividade. 3. Compreender que o planeamento é uma parte importante da definição do objetivo. 4. Planear o seu Empreendimento da Aflatoun.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 65 minutos

Palavras-chave Planeamento; Empreendimento

Informação Para o Facilitador • Analise lentamente o instrumento de planeamento SMART (INTELIGENTE). Deixe que os participantes façam

perguntas sobre cada letra. Incentive-os a partilharem histórias sobre como usaram todas ou algumas partes do instrumento de planeamento SMART (INTELIGENTE). A partilha de histórias pessoais é uma forma poderosa de estimular coisas positivas que os participantes já estão a fazer!

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Iniciar: Tomar Uma Posição 1. Informe os participantes de que eles irão realizar a atividade Tomar uma Posição e reveja as seguintes instruções:

• Vou ler uma afirmação e vão ter que decidir se concordam ou discordam com ela. • Não há respostas certas ou erradas e não há problema em discordarem dos vossos amigos. • Quando eu ler a afirmação, fechem os olhos para que não possam ver a resposta da outra pessoa. • Se concordarem com a afirmação, coloquem as vossas mãos na cabeça. Se discordarem, coloquem as

10 m

vossas mãos sobre os joelhos.

• Depois de todos terem feito uma escolha, vou pedir-vos que abram os olhos e partilhem as vossas razões – para Tomar Uma Posição – para a vossa decisão.

2. Leia as afirmações abaixo. Depois de cada afirmação, discuta as respostas dos participantes durante um ou dois minutos. Use as questões complementares, sempre que necessário. Assim que os participantes tenham partilhado algumas das suas ideias e pensamentos, passe para a próxima instrução. 3. Afirmações e questões complementares:

• Sou um bom planeador. i. Porquê? Por que não?

• Não preciso de um plano para atingir os meus objetivos. i. O planeamento pode ajudar-vos a atingirem os vossos objetivos? Porquê/Por que não?

Aprender 45 m

Atividade 1: SMART (INTELIGENTE) (65 minutos) 1. Comece por explicar aos participantes que, para que possam planear adequadamente na vida, precisam de estabelecer um objetivo claro e uma série de passos ou atividades que irão levá-los a esse objetivo. SMART é um instrumento que irá ajudá-los a dividir o seu objetivo num conjunto específico de tarefas e atividades. 2. Escreva 'SMART' verticalmente ao lado do quadro. Ao lado de cada letra, anote o que essa letra representa. Explique SMART:

• Específico (Specific) i. Os objetivos devem ser específicos, bem definidos e focados. ii. O objetivo deve incluir palavras de ação como melhorar, organizar, desenvolver, criar, aprender. iii. Considere questões como: O que quero realizar? iv. Exemplos: "Quero melhorar enquanto guitarrista do Grau 2 para o Grau 5", ou "Quero aprender a tocar X quantidade de músicas na guitarra".

• Mensurável i. Todos os objetivos devem ter progressos mensuráveis para que eu possa ver a mudança. ii. Este progresso mensurável vai-me ajudar a manter-me focado em atingir o objetivo. iii. O objetivo deve responder: Quanto? Quantos? Como vou saber quando estiver realizado? eu v. Exemplo: "Vou passar uma hora por dia a tocar guitarra até conseguir tocar perfeitamente a minha música escolhida", ou "Vou aprender 10 músicas na guitarra".

• Ação i. O meu objetivo e o meu nível de compromisso devem estar bem combinados. ii. Um objetivo claro lembra-me exatamente o que é expectável, por que é importante, quem está envolvido e quando vai acontecer. iii. Considere questões como: Quais são os passos que tenho que tomar para alcançar o meu objetivo? iv. Exemplo: "Vou passar uma hora por dia a praticar com um tutor ou alguém que me possa ajudar a melhorar."

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recursos disponíveis.

• ii. Considere o seguinte: Eu devo conhecer as minhas limitações. Tenho a capacidade de atingir o meu objetivo? O objetivo é demasiado fácil/difícil? O objetivo parece valer a pena e eu sinto-me animado ao pensar nele? • iii. Exemplo: "Vou passar uma hora por dia a praticar com um tutor ou alguém que me possa ajudar a melhorar do Grau 2 ao Grau 3, 4 ou 5.” • Tempo limite i. Os objetivos devem ter uma data limite para a sua realização, por exemplo: em março ou antes do meu aniversário. ii. O compromisso com este prazo irá ajudar-me a concentrar-me nos meus esforços em cumprir o objetivo. Atividade 2: Planear o seu Empreendimento (30 minutos)



1. Relembre aos participantes o seu Empreendimento Financeiro escolhido. Peça-lhes que pensem sobre o que precisam, de modo a realizá-lo. 2. Desenhe a tabela no quadro e preencha-a com eles (marque os itens que eles podem obter e/ou precisam de comprar com um 'X').

Lista das coisas que Coisas que podemos Coisas que precisamos precisamos conseguir de comprar 1. 2. 3. 4. ... 3. Ajude os participantes a calcularem qual a quantidade de cada item na sua lista que terão de comprar (se não o conseguirem arranjar) e quanto é que isso vai custar. Mencione que isto se chama orçamento. Desenhe a tabela seguinte no quadro para os ajudar a trabalhar com o seu orçamento. 4. Peça aos participantes que discutam/debatam sobre como podem aumentar ou angariar o dinheiro de que necessitam. Se sentirem que não serão capazes de angariar dinheiro suficiente, pergunte-lhes:

• Poderiam pedir emprestado algumas das coisas necessárias? Se sim, a quem ou onde? • Que outras coisas poderiam utilizar em vez disso? • Existe algum item com o qual não poderiam passar? 5. Ajustem o orçamento, se necessário. 6. Desenhe a tabela abaixo no quadro e peça aos participantes que identifiquem o que deve ser feito para concretizar o seu Empreendimento. 7. Certifique-se de que todas as ações têm uma pessoa responsável (ou mais) no comando e que todos os participantes (ou tantos quanto possível) sejam responsáveis por algo. A pessoa responsável pode não ter de fazer a ação sozinho, mas será responsável por relembrar ao resto da turma de o concretizar. 8. Comecem a preparar-se! 9. 

Refletir 5. Pergunte aos participantes: 1. 10 m

• O que aprenderam na atividade de hoje? • Qual é que acham ser o aspeto mais importante do instrumento de planeamento SMART? • Como podem aplicar essas novas competências de planeamento para o vosso Empreendimento?

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1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

• Realista • i. Os objetivos devem ser razoáveis e exequíveis e baseados nos meus talentos, pontos fortes e nos

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Ser Bom, Ser Empreendedor

5.7: Empreendimentos Financeiros e Trabalho Resultado Geral Os participantes vão estar cientes de que algum trabalho não é apropriado a menores de 18 anos.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender a diferença entre o seu Empreendimento do Aflatoun e o trabalho infantil. 2. Compreender por que o trabalho infantil representa uma negação dos Direitos às crianças.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • A História de Diya • Papel • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Discussão em Grupo • Aprender: Atividade de Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 1 hora

Palavras-chave Planeamento

Informação Para o Facilitador • Sinta-se livre para adaptar a história de Diya de forma a adequar-se à idade dos participantes com quem está a trabalhar e ao contexto.

• Antes da aula, escreva as seis frases listadas na atividade Aprender em folhas separadas de papel.

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Iniciar 1. Relembre os participantes da sessão anterior, 'Dinheiro e Recursos: Fontes de Rendimento', e perguntelhes: 15 m

• O que sabem/se lembram sobre as Leis do Trabalho Infantil? • O que sabem/se lembram sobre os lugares seguros e inseguros para trabalhar? 2. Reveja as seguintes informações com os participantes:

• No mundo, existem coisas chamadas 'Leis do Trabalho Infantil'. Estas são as leis que vos protegem de

trabalhar em ambientes perigosos, onde vocês se podem magoar. Estas leis também existem para vos ajudar a frequentar a escola e a licenciar-se. • As crianças não devem começar a trabalhar até terem 15 anos. Há exceções, e algumas crianças podem começar a fazer trabalhos leves quando têm 12-14 anos. • O trabalho leve significa ter empregos/oportunidades que não são susceptíveis de serem prejudiciais à saúde ou ao desenvolvimento de uma criança. Também são trabalhos que não limitam a participação de uma criança em programas académicos ou de formação. 1

Aprender 1. Comece por ler aos participantes A História de Diya (veja a secção ‘Materiais’). 30 m

2. Depois de ter terminado, peça aos participantes para formarem grupos de três e peça-lhes que discutam durante alguns minutos as diferenças entre trabalho infantil e o que Diya estava a fazer. 3. Enquanto os grupos discutem, coloque as seis folhas separadas de papel que preparou antes da aula na parede. Diya continuou a frequentar a escola. Diya também se estava a divertir. Diya ainda tinha tempo livre para brincar. Diya estava a aprender novas competências: como orçamentar, como planear, como fazer cerâmica. Diya podia escolher fazer isso ou não. O que Diya estava a fazer não era física ou emocionalmente prejudicial. 4. Após cinco minutos, peça a alguns dos grupos que partilhem as suas descobertas/pontos de vista sobre o que discutiram. Evite corrigi-los nesta fase. Manifeste simplesmente interesse nas suas ideias e agradeçalhes a sua contribuição. 5. Peça aos participantes que permaneçam nos seus grupos e dê a cada grupo uma folha de papel e uma caneta/lápis. Peça a um membro de cada grupo para ser o escritor do grupo. Explique que só essa pessoa escolhida deve escrever e que os outros dois não. Explique que eles são os corredores da sua equipa. 6. Explique que os corredores devem correr pela sala em direção às frases que colocou na parede. Quando encontrarem uma, devem lê-la rapidamente e memorizá-la antes de voltar ao escritor da sua equipa. Quando chegarem lá, devem dizer a frase e o escritor deve anotá-la. Realce que os corredores não devem tocar ou tirar as frases da parede. 7. Dê aos participantes cinco minutos para completarem a tarefa e, em seguida, veja as frases com eles. Explique que o tipo de trabalho que a Diya faz é diferente do Trabalho Infantil. Continue a explicar que o Trabalho Infantil define-se pelas seguintes características negativas:

• O trabalho envolvido impede as crianças de irem à escola. • O trabalho envolvido interfere com as brincadeiras e os trabalhos de casa das crianças. • As crianças que executam o trabalho não têm escolha senão fazê-lo. • A saúde ou a felicidade das crianças está em risco, enquanto trabalham. 8. Explique aos participantes que, mesmo quando eles forem crescidos o suficiente para trabalhar, ainda há trabalhos que são considerados Trabalho Infantil até que eles sejam maiores de 18 anos, porque são prejudiciais para os jovens. Tal trabalho perigoso inclui, por exemplo, trabalhar em minas ou pesca industrial. 1. Definição de Trabalho Infantil: Uma revisão das definições de trabalho infantil na pesquisa de políticas / Organização Internacional do Trabalho, Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) - Genebra: ILO, 2009

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Quero contar-te a história de uma amiga minha. O seu nome é Diya. Ela estuda no 5º Ano. O pai dela é um oleiro que faz lindos potes de terracota, urnas e muitas outras coisas, na sua roda de oleiro. A Diya ajuda a sua mãe a misturar argila antes do seu pai a colocar na roda para fazer os seus potes. Ela gosta de ajudar e certifica-se de ainda ter tempo suficiente para os seus trabalhos escolares e brincar com os seus amigos. Enquanto trabalhava com a mãe, Diya começou lentamente a fazer pequenos brinquedos. Ela fazia pequenos vasos, candeeiros de terracota, pequenos porcos, elefantes e gatos. O pai dela viu os brinquedos e ficou muito feliz por ela estar a aprender a fazer coisas com as suas mãos. Quando os pais dela levaram os vasos para o mercado, ela também foi com eles, levando os brinquedos de barro que tinha feito. No mercado, ela ficou fascinada com todas as lojas e as muitas coisas que vendiam. O seu objetivo era comprar uma nova fita para prender o cabelo. Ela descobriu quanto custava uma fita e pensou que, se vendesse seis dos seus brinquedos a um determinado preço, ela poderia ganhar dinheiro suficiente para comprar a fita. Ela ficou muita animada. Ela voltou para a tenda dos seus pais e começou a vender os seus brinquedos ao lado deles. Ela vendeu seis dos seus brinquedos e comprou a fita. Ela concentrou-se, assim, em vender o resto dos brinquedos e decidiu que iria comprar alguns livros para a escola com o dinheiro que ganhava. Todas as semanas, a Diya passava algum tempo com os seus pais, aprendendo novas técnicas de mistura de argila, criando novos tipos de brinquedos de terracota, certificando-se de que eram bons, cozia-os e embalava-os corretamente para que não se partissem. Ela continuou a ir à escola e a fazer parte do Clube Aflatoun. Também começou a aprender a fazer urnas, vasos, jarros e outras coisas que os seus pais estavam a fazer.

123

1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

Materiais: A História de Diya

Refletir: Teatro de Imagem 1. Peça aos participantes que formem grupos de seis. 15 m

2. Utilizando o método de Teatro de Imagem, peça a metade dos grupos que preparem uma imagem de crianças envolvidas num projeto ou atividade positiva (por exemplo, um Empreendimento Financeiro da Aflatoun). Peça à outra metade que prepare uma imagem de crianças enquanto vítimas de Trabalho Infantil. Relembre os participantes das regras do Teatro de Imagem, se necessário. 3. Dê-lhes cinco minutos para fazerem isso e, em seguida, peça ao maior número de grupos possível que partilhem as suas imagens, certificando-se de que tem um número igual de exemplos positivos e negativos.

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Ser Bom, Ser Empreendedor

5.8: Empregabilidade e Carreiras Resultado Geral Entender como alcançar os seus objetivos pessoais através de diferentes caminhos de aquisição de dinheiro.

Objetivo da Aula No final da sessão, os participantes serão capazes de:

1. Compreender o valor do trabalho (para o indivíduo e a sociedade). 2. Identificar os seus próprios pontos fortes e de que forma se relacionam com as competências de trabalho leve e árduo.

3. Identificar os seus interesses e objetivos, e a sua relação com diferentes tipos de trabalhos. 4. Compreender como equilibrar o empreendedorismo com outros objetivos e estudos.

Materiais Necessários • Quadro/Quadro de folhas (flipchart) • Marcadores/Giz • 10 pedrinhas/pedras (também pode usar outros materiais reciclados) • Papel • Canetas/Lápis

Metodologia • Iniciar: Atividade de Grupo • Aprender: Atividade Individual/em Pares e Discussão em Grupo • Refletir: Discussão em Grupo

Duração 50 minutos Atividade Suplementar: 10 minutos

Palavras-chave Futuro; Carreira; Estabelecer objetivos; Escola

Informação Para o Facilitador • Durante a atividade Aprender, se assim o desejar, pode partilhar a sua própria história sobre como decidiu tornar• •

se um educador e quantos anos tinha quando fez isso. Isso vai ajudar os participantes a verem como os outros concretizaram os seus sonhos. Na Atividade Final, dê aos participantes a oportunidade de partilharem algo que gostariam com o grupo, pois esta é a última sessão do currículo. Se possível, planeie uma graduação ou um evento para os participantes. Faça a graduação após esta sessão. Se planear algo, verifique se os participantes sabem quando é a graduação ou o evento e onde terá lugar.

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Iniciar 1. Peça aos participantes que formem um círculo e distribua aleatoriamente as dez pedrinhas pelos participantes. 2. Informe o grupo de que vão jogar 'Passar a Pedrinha' para explorar carreiras profissionais.

10 m

3. Explique-lhes as seguintes instruções:

• Vão precisar de passar as pedrinhas pelo círculo. • Quando eu disser "Stop", os dez participantes que estiverem a segurar uma pedrinha vão ao quadro e cada um vai ter de escrever o nome (diferente) de uma carreira profissional.

4. Peça aos participantes que comecem a passar as pedras e após um curto período de tempo, diga "Stop". Continue este processo até acabar o tempo.

Aprender

Atividade 1: Brainstorm (10 minutos) 1. Dê a cada participante uma folha de papel e uma caneta/lápis. Peça-lhes que façam uma linha no meio do seu papel, dividindo-o ao meio.

30 m

2. Em seguida, peça aos participantes que escrevam os seus pontos fortes no lado esquerdo do papel. Dêlhes três minutos para fazer isso. 3. Depois de terem feito isso, peça aos participantes que escrevam todas as diferentes carreiras que gostariam de ter quando fossem mais crescidos, no lado direito do papel. Incentive-os a olhar para a lista de carreiras no quadro de ideias. Dê-lhes três minutos para fazer isso. 4. Por fim, peça aos participantes para pensar sobre de que forma os seus pontos fortes se aplicam a certas carreiras. Por exemplo,

• Se gostam de ciência, talvez possam tornar-se num médico. • Se gostam de arte, talvez possam tornar-se num artista. • Se gostam de ser independentes e são organizados, talvez possam ter o vosso próprio negócio, como a gestão de uma loja.

5. Informe os participantes que pensar sobre o que querem fazer na sua carreira é um processo de mudança constante e em curso. Explique que é importante que continuem a pensar sobre os seus pontos fortes e naquilo em que estão interessados – ao fazer isto, vai ajudá-los a descobrir as melhores opções de carreira para eles.

Atividade 2: Trabalho em Pares (20 minutos) 1. Peça aos participantes que formem pares. 2. Peça a cada participante que partilhe os seus pontos fortes e objetivos/interesses de carreira com o seu parceiro. 3. Após 10-15 minutos, pergunte aos participantes se gostariam de partilhar as suas ideias/opiniões com um grupo maior.

Refletir

10 m

1. Explique aos participantes que diferentes profissões exigem diferentes tipos de conjuntos de competências, responsabilidades, formação educacional, riscos, compromisso de tempo, etc., e que todos estes combinados provocam diferenças de salário, custos e assim por diante. 2. Pergunte aos participantes:

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1. Bem-vindo ao Aflatoun 5. Ser Bom / Ser Empreendedor

• Como podem equilibrar objetivos profissionais/empresariais com objetivos académicos? • Quais são algumas das formas em que terminar a escolaridade vos pode ajudar a melhorar a comunidade?



Atividade Final (10 minutos): 1. Pergunte aos participantes: • O que aprenderam na Aflatoun que vos poderá ajudar a alcançar os vossos objetivos? • Alguém tem alguma coisa em particular que gostasse de partilhar com o grupo sobre a sua experiência neste programa?

2. Agradeça aos participantes pela sua participação no programa. Explique que os viu crescer muito desde a primeira sessão até à última sessão e que está orgulhoso deles.

3. Felicite todos pelo seu trabalho e incentive-os a concentrarem-se nos seus sonhos.

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Informação Para o Facilitador Informação Para o Facilitador

Assinatura do Professor

concluiu com sucesso o Manual de Educação Não Formal Aflatoun

Certifica-se que

Parabéns, concluíram agora o Manual de Educação Formal! certificado participante Parabéns, concluíram agora o Manual de Educação NãoNão Formal! CrieCrie um um certificado parapara cadacada participante e e considere a hipótese de organizar uma pequena celebração. considere a hipótese de organizar uma pequena celebração.

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