Manabu Mabe Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Manabu Mabe (Udo, 14 de setembro de 1924 — São Paulo, 22 de setembro de 1997) foi um pintor japonês naturalizado brasileiro. Pioneiro do abstracionismo no Brasil. Em 1934, chega ao Brasil com a família a bordo do navio La Plata Maru para trabalhar nas lavouras de café de Lins, interior de São Paulo. Tem uma infância pobre, adaptando um ateliê no meio da lavoura para pintar naturezas-mortas e paisagens. Consegue realizar a primeira exposição individual em São Paulo (1948), na qual mescla a caligrafia oriental com a pintura feita com manchas. No ano seguinte participa do Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro. Casa-se com Yoshino em 1951 e tem três filhos. Ganha o prêmio de pintura na segunda Bienal Internacional de São Paulo (1953). Em 1956, participa da Bienal de Arte do Japão e, em 1959, obtém o prêmio de melhor pintor nacional da quinta Bienal de São Paulo e o de destaque internacional na Bienal de Paris. Algumas de suas obras, cerca de 153, avaliadas em mais de US$ 1,24 milhão, foram perdidas no mar, no dia 30 de Janeiro de 1979, quando o Boeing 707-323 Cargo da Varig, registro PP-VLU, sob o comando do mesmo comandante sobrevivente do vôo Varig 820, desapareceu sobre o oceano cerca de trinta minutos após a decolagem em Tóquio. Nenhum sinal das obras, destroços ou corpos foi encontrado. É conhecido por ser o maior mistério da história da aviação até os dias de hoje. Alguns dos quadros foram posteriormente refeitos pelo pintor. Realiza, em 1986, uma retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e lança um livro com 156 reproduções de seu trabalho com textos em português, inglês e japonês. Escreve, em 1995, a autobiografia Chove no Cafezal, em japonês, cujo texto original foi publicado em capítulos semanais no jornal Nihon Keizai Shinbum, de Kumamoto, sua região natal. Em 1996 viaja ao Japão para uma grande mostra retrospectiva de sua obra. Diabético, morre em São Paulo por complicações decorrentes de um transplante de rim. Suas obras encontram-se nos Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Arte Contemporânea de Boston e de Belas Artes de Dallas, entre outros. No Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, encontra-se uma de suas pinturas mais expressivas Natureza-Morta (óleo sobre tela).
Ivan Serpa Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ivan Serpa (Rio de Janeiro, 1923 — Rio de Janeiro, 1973) foi um pintor e desenhista brasileiro. Como aluno de Axl von Leskoschek, expôs trabalhos figurativos. Em 1947, aderiu ao não-figurativismo adotado por Mário Pedrosa. Foi membro do Grupo Frente, professor de arte no Museu de Arte Moderna (MAM) e restaurador de papéis da Biblioteca Nacional. Na primeira Bienal de São Paulo, foi celebrado como o melhor artista jovem, com uma pintura já concreta. Até a década de 1960, esteve ligado ao movimento concretista, sendo considerado o pioneiro no Brasil. Depois, retornou ao expressionismo e ao não-figurativismo geométrico. O ano de 1963 foi considerado sua fase negra, de denso teor expressionista. No ano seguinte, retomou a fase erótica, que já desenvolvia em seus desenhos a bico de pena. Mais tarde, com as obras de pesquisa óptico-espacial, à base de madeira, espelho e barbantes, voltou à disciplina construtiva anterior, atingindo o neoconcretismo e a nova objetividade em 1967. Entre suas telas, destacam-se Formas, premiada na I Bienal de São Paulo, Composição e Corpo nu. ______________________________________________________________ Na década de 40, estudou com o gravador Axl Leskoschek. Começou a participar de exposições realizadas na Divisão Moderna do Salão Nacional e da 1ª Bienal de São Paulo, onde ganhou seu primeiro prêmio. Realizou sua primeira individual no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos e expôs na XXVI Bienal de Veneza. Entre 1947-51 participa da Divisão Moderna no LII, LIII, LIV, LV e LVI Salões Nacionais de Belas-Artes. No ano de 1953, juntamente com Lygia Clark, Lygia Pape, Weissmann, Palatinik, Oiticica e Aluísio Carvão, articulou a criação de um núcleo de arte chamado Grupo Frente. Participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo e no Rio e na exposição Concretos Brasileiros em Zurique, na Suíça, no qual foi premiado. Fundou, com Bruno Tausz, o Centro de Pesquisa de Arte no Rio de Janeiro. Recebeu o Prêmio Viagem ao Estrangeiro no VI Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, passando dois anos na Europa, principalmente na Itália e Espanha. Mais conhecido como um dos primeiros abstrato-geométricos do Brasil, teve, em 1996, suas obras apresentadas na exposição Tendências Construtivas no Acervo do MAC – USP. Obras: • Faixas Ritmadas • Abstrato • Figura
• Formas