Luz Do Mundo

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LUZ DO MUNDO Pastor Alcenir Oliveira Primeira Igreja Presbiteriana de Richmond, Califórnia 4 de janeiro de 2009 Isaías 9:1-7 e Mateus 2:1-12

Isaías capítulo 9 é uma poesia de esperança para a casa de Jacó. A conquista de Israel e Judá depois de longo tempo de brilho em Canaan por Babilônios e Assírios, que os conduz ao catíveiro, os faz passar por um período escuro, de trevas, da sombra da morte, de sofrimento. Israel não se reconstitui integralmente, Judá retorna mas jamais reconquista o brilho, o áuge de nação independente, soberana, capaz de fazer exércitos se dobrarem a eles como foi nos tempos de Davi. John Wesley diz que Isaias quer dar à palavra trevas ou escuridão em 9:2 um sentido que deve compreender calamidade e ignorância, idolatria e profanação em que Israel e Judá estavam envolvidos. Nos podemos adicionar aqui opressão, sofrimento, enfermidade, distanciamento de Deus, desvirtuamento dos ensinos sagrados, materialismo. Era um povo empobrecido economicamente, politicamente e espiritualmente. O povo de Deus se igualava a todos os povos da terra. Havia uma ausência de brilho como nação e como povo de Deus. Assim, aquele que é a luz do mundo nasceria para erradicar a ignorância sobre a justiça e a misericórdia de Deus, a idolatria, a vida profana e a sujeição à tirania do domímio de outros povos. Naftali e Zebulon anteriormente humilhada, agora a Galiléia dos Gentios sendo honrada no futuro. No capítulo 4 de João, vemos no verso 13 Jesus no início de seu ministério indo morar em Cafarnaum a area de Zebulon e Naftali às margens do mar da Galiléia; o verso 15 chama este lugar de Galiléia dos Gentios como o faz Isaías; no verso 16 o evangelista repete o verso 2 do capítulo 9 de Isaías: “O povo que andava em trevas viu grande luz; e aos que viviam no vale da sombra da morte, resplandeceu grande luz”. Isaías descreve a situação de: -

um povo vivendo uma situação caótica, um povo sem prestígio, dominado, um povo vivendo no vale da sobra da morte, um povo sem esperança. Mas agora aquele a quem Deus descortinava o futuro diante de si

-

falava palavras de bençãos, falava palavras de esperança. abria-se diante dele um panorama positivo de superioridade, de vitória

-

via-se um Grande Reino e um Grande Rei. Agora um povo que andava na escuridão, nas trevas, vê Grande Luz Agora um povo que andava no vale da sombra da morte vê uma luz de vida Agora um povo sem significado como os da Galiléia dos Gentios, mestiço, gente da casa de Jacó que constiuiu família com estrangeiros, ato abominável aos olhos dos judeus, tem diante de si a oferta de purificação para a vida. Aquele a quem Deus descortinava o futuro diante de si falava de salvação Falava palavras de vida Falava de LUZ Isaías aponta uma luz no fim do tunel ….

Até Balaão, um dos profetas mais controvertidos na Bíblia, um profeta que não é da linhagem de Jacó, aponta para a Estrela, a luz, que representa Cristo, o Rei, o Messias, o libertador, o resgatador da humanidade perdida. O profeta Balaão diz em Números 24:17-19 “Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó procederá uma estrela, de Israel se levantará um cetro que ferirá os termos de Moabe, e destruirá todos os filhos de orgulho. E Edom lhe será uma possessão, e assim também Seir, os quais eram os seus inimigos; pois Israel fará proezas. De Jacó um dominará e destruirá os sobreviventes da cidade”. Isaias, no versos 6 e 7 do capítulo 9, descreve o surgimento desse Rei e qual é o seu papel: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. 7Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso.

Eu quero falar hoje sobre essa Luz anunciada por Isaías, essa estrela de que fala Balaão: O evangelista Mateus, talvez querendo mostrar para a sua audiência que a profecia era popular, era conhecida de todos, que até pessoas que não faziam parte da linhagem de Jacó a conhecia, narra um acontecimento incômodo, que preocupa governantes, que preocupa a comunidade. - Surgem em Jerusalém três visitantes estrangeiros, contando uma estória estranha relacionada com o livro sagrado da comunidade - a Bíblia hebráica -, relacionada com a sua religião, relacionada com o futuro politico, econômico e espiritual desse povo. Esses visitantes chegam aqui seguindo um Luz do Céu, seguindo uma estrela, seguindo um sinal de Deus.

Essa conversa estranha deixa o povo perplexo! Como podemos acreditar em um acontecimento contado por estrangeiros gentios que só poderia ser revelado a nós, o povo da promessa?

Quem eram messes visitantes? Há uma variedade de interpretações sobre esses homens. Algumas versões do NT os chama de magos, outras de reis, outras de sábios. A versão linguagem de hoje chega a dizer “alguns homens que estudavam as estrelas”. A palavra no grego usada para esses visitantes é Mágos (μάγος). Algumas versões em ingles diz Magi, que é o plural de magus, do Latim que carrega a mesma raiz do Grego. Contam os historiadores que os magos eram uma tribo da antiga Media (dos Medos) que antes de serem conquistados pelos Pérsas 550 BC, cuidavam de cerimonias de funeral, tornando-se mais tarde seguidores de um zoroastrismo modificado. Outros estudiosos contam que esses se tornaram uma tribo de sacerdotes na Pérsia, como os Judeus tinha a tribo de Levi como sacerdotes. Esses homens eram grandes estudiosos da filosofia, da medicina e das ciências naturais; eram videntes (que prevêem o futuro) e interpretadores de sonhos. A palavra Mago mais tarde perdeu esse sentido e passa a relacionar-se com o vidente, leitores de sorte, e mágico comum que é mais visto como um charlatão, como é o caso de Elimas (Atos 13:6 e 8) e Simão (Atos 8:9 e 11). As estrelas eram objeto de estudo dos magos. Entendia-se que as estrelas representavam a ordem estável e natural do universo de Deus. Se alguma luz aparecesse irregularmente, acreditava-se que Deus estava interferindo para anunciar alguma coisa. É necessário observar que esses homens eram respeitados como pessoas Justas, em busca da verdade. A luz significa pureza e manifestação da verdade ou da realidade. Portanto, um sinal de luz continha um grande significado. Mesmo que queiramos atribuir a esses homens adjetivos pejorativos como “feiticeiros”, não podemos esquecer que eram pessoas à procura da verdade a respeito de Deus. Portanto, como estudiosos conheciam os livros sagrados de outras religiões, incluindo os escritos dos Judeus e portanto sabiam das promessas daquele que traria a Luz para a humanidade. Alguns historiadores como Josephus, Tacitus e Suetonius, narram que na época do nascimento de Cristo muitos acreditavam, incluindo o judeus, que alguém muito importante nasceria para governar o mundo. O que seria do mundo se todos fossemos tão motivados a buscar a Luz de Deus, a seguir a Luz de Deus, a depositar nossas esperanças no Rei dos reis anunciado pela estrela de Belém? O que teria acontecido se Herodes tivesse acreditado no Rei dos reis anunciado pela estrela de Belém? O que teria acontecido se o povo judeu tivesse acreditado no Rei dos reis anunciado pela estrela de Belém?

O evangelista Mateus nos apresenta três reações à estrela de Belém, ao anúncio do nascimento de Jesus: 1) A reação de Herodes, a segurança do trono Herodes era o Rei da Palestina, posição que conquistou por merecimento através de services prestados a Roma. Ele se entendia detentor da categoria de Rei dos Judeus, já que os Judeus estavam sob a sua Jurisdição. Inclusive a última reconstrução do templo foi feita por ele. Herodes era meio Judeu e meio Edomita, porque quando um guerreiro Macabeu conquistou Edom entre 140-130 BC obrigou a todos os Edomitas a se converter ao Judaismo. Vale observar aqui que os mestiços eram uma categoria repudiada pelos Judeus. Sabe-se também que Herodes era um sanguinário, matou sua mulher e um filho. Em 42 BC foi nomeado Tetrarca da Galiléia. Sendo a Palestina tomada pelos Persas em 40 BC, fugiu para Roma onde foi eleito pelo senado romano REI DOS JUDEUS. O nascimento profético do Rei dos Judeus era inaceitável para ele. Matar crianças para ele não era problema. Essa foi a forma como ele recebeu Jesus Cristo. Ele era um risco para sua estabilidade. Isto se assemelha a muitos que hoje em dia que também prefere riscar Jesus Cristo de suas vidas, de suas agendas, porque ele interfere com a estabilidade daquilo que estão fazendo. Jesus Cristo é um perigo para quem está em posição de poder que exige o emprego da corrupção, da imoralidade, da prostituição, do roubo, da encomenda de morte ou destruição de carreiras de alguém para assegurar a sua. Muitas vezes até mesmo significaria dimuinuir os nossos ganhos ao dedicar mais tempo para Deus, por isso prefeririamos riscar a Igreja de Cristo de nossas vidas. Recentemente, soube de crentes que antes eram piedosos, tementes a Deus, dedicados na fé e no amor. Hoje estão for a da igreja, não vão à igreja porque discordam da Liderança, porque o conselho não age como eles querem, porque o Pastor não pastoreia como eles querem, porque o culto não é como eles querem, porque há pecadores na igreja. Eles vão à igreja porque amam a Cristo e foi salvo por ele, vão adorar a Deus? ou vão para manter o seu status quo? São discípulos de Herodes …. 2) A reação dos sacerdotes e escribas, completa indiferença Estes estavam tão envolvidos com a Lei, os rituais do templo e sua administração que não lhes interessava se uma grande profecia que significava a restauração do Reino de Israel estava se cumprindo. Isto me leva a refletir sobre as igrejas de hoje. Há grupos de crentes em igrejas que se fecharam nas sua funções de trabalhadores e administradores da lei na igreja que se Cristo entrar na igreja em corpo, deve ser convidado a se retirar. Eu imagino Jesus Cristo entrando em uma dessas igrejas, onde pessoas estão caindo diante de orações, outros estão louvando. Assustam-se quando o vêem acompanhados de aleijados, prostitutas, pobres, leprosos, bêbados, maltrapilhos, etc … e os apresenta: estes são os nossos novos irmãos … Jesus vai interferer na dinâmica do culto … e, portanto, ser repreendido.

3) Finalmente, os magos, estranhos vindos dos confins da terra para adorar … Esses vêm se dobrar aos pés do Rei e adorá-lo. Eles caminharam longas distâncias à procura de uma criança que não conheciam e nem sabiam onde morava. Mas eles acreditavam que ele era o enviado de Deus, o Messias dos Judeus, a grande Luz de Deus! Eles não só vieram se prostar diante dele e adorar, mas também trouxeram o que havia de mais precioso em seus tesouros para ofertar ao Cristo como os mais nobres presentes. Esta deveria ser a attitude da igreja da época, mas a igreja estava muito preocupada consigo própria. Esta deveria ser a atitude da igreja de hoje! Nós, a igreja de Cristo, devemos imitar os magos e sempre trazer o melhor de nós mesmos para ofertar a Cristo. Não estou falando de bens materiais, pois ele é o dono criador de todas as coisas. Falo do coração, a entrega total, ou seja, Cristo está acima de todas as coisas em nossas vidas. Rev. Choi diz que a igreja só cresce quando nós damos o que há de mais precioso em nós para Cristo. Quando fazemos isto, nossa oferta cresce porque o viver é Cristo e não os beuns materiais. Concluíndo, era costume no passado sempre levar um presente quando se visitava um Rei e o presente melhor para um Rei era o ouro. Por isso os magos levaram ouro para o Rei Jesus. Levaram também incenso, que era usado como perfume nos sacrifícios feitos pelos sacerdotes. Jesus Cristo é o sumo-sacerdote. Levaram também Mirra que era um produto nobre para embalsamar, que significava que ele estava se preparando também para a cruz, para a morte de cruz. Jesus Cristo veio para se oferecer em sacrificio por nós, como sacerdote e ao mesmo tempo o cordeiro; Jesus Cristo ressurgiu para estabelecer o Reino para o qual nos adotou como participantes com ele. Ele é o Messias, o Cristo, o Rei dos Reis, o Senhor dos senhores que um dia voltará para reinar conosco eternamente. Ele é a luz de que falou Isaías! Ele é a estrela de que falou Balaão! Ele é a estrela seguida pelos magos! Ele é a esperança da humanidade que vive nas trevas do pecado! Ele á a luz do mundo! Aleluia! Amém!

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