Les Voies De L'existence De Dieu.docx

  • Uploaded by: Davi Melo
  • 0
  • 0
  • November 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Les Voies De L'existence De Dieu.docx as PDF for free.

More details

  • Words: 1,897
  • Pages: 5
Université DOMUNI Septembre 2017

Davi MELO Licence 1 – Sciences Theologique

Introduction à la philosophie

Devoir Professeur : fr Augustin Williwoli op

Sommaire 1. Introduction 1.1. Texte base

1. 1.1.1. Préliminaires 2. 1.1.2. La connaissance naturelle de Dieu 1.2. Les deux voies

1. 1.2.1. Le moteur imobile 2. 1.2.2. La cause eficiente première

“Que Dieu existe, on peut prendre cinq voies pour le prouver. La première et la plus manifeste est celle qui se prend du mouvement. Il est évident, nos sens nous l'attestent, que dans ce monde certaines choses se meuvent. Or, tout ce qui se meut est mû par un autre. En effet, rien ne se meut qu'autant qu'il est en puissance par rapport au terme de son mouvement, tandis qu'au contraire, ce qui meut le fait pour autant qu'il est en acte ; car mouvoir, c'est faire passer de la puissance à l'acte, et rien ne peut être amené à l'acte autrement que par un être en acte, comme un corps chaud en acte, tel le feu, rend chaud en acte le bois qui était auparavant chaud en puissance, et par là il le meut et l'altère. Or il n'est pas possible que le même être, envisagé sous le même rapport, soit à la fois en acte et en puissance ; il ne le peut que sous des rapports divers ; par exemple, ce qui est chaud en acte ne peut pas être en même temps chaud en puissance ; mais il est, en même temps, froid en puissance. Il est donc impossible que sous le même rapport et de la même manière quelque chose soit à la fois mouvant et mû, c'est-à-dire qu'il se meuve lui-même. Il faut donc que tout ce qui se meut soit mû par un autre. Donc, si la chose qui meut est mue elle-même, il faut qu'elle aussi soit mue par une autre, et celle-ci par une autre encore. Or, on ne peut ainsi continuer à l'infini, car dans ce cas il n'y aurait pas de moteur premier, et il s'ensuivrait qu'il n'y aurait pas non plus d'autres moteurs, car les moteurs seconds ne meuvent que selon qu'ils sont mus par le moteur premier, comme le bâton ne meut que s'il est mû par la main. Donc il est nécessaire de parvenir à un moteur premier qui ne soit lui-même mû par aucun autre, et un tel être, tout le monde comprend que c'est Dieu. La seconde voie part de la notion de cause efficiente. Nous constatons, à observer les choses sensibles, qu'il y a un ordre entre les causes efficientes ; mais ce qui ne se trouve pas et qui n'est pas possible, c'est qu'une chose soit la cause efficiente d'elle-même, ce qui la supposerait antérieure à elle-même, chose impossible. Or, il n'est pas possible non plus qu'on remonte à l'infini dans les causes efficientes ; car, parmi toutes les causes efficientes ordonnées entre elles, la première est cause des intermédiaires et les intermédiaires sont causes du dernier terme, que ces intermédiaires soient nombreux ou qu'il n'y en ait qu'un seul. D'autre part, supprimez la cause, vous supprimez aussi l'effet. Donc, s'il n'y a pas de premier, dans l'ordre des causes efficientes, il n'y aura ni dernier ni intermédiaire. Mais si l'on devait monter à l'infini dans la série des causes efficientes, il n'y aurait pas de cause première ; en conséquence, il n'y aurait ni effet dernier, ni cause efficiente intermédiaire, ce qui est évidemment faux. Il faut donc nécessairement affirmer qu'il existe une cause efficiente première, que tous appellent Dieu.”(Thomas d’Aquin, Somme de Theólogie, I.a q.2)

1. 1.1.1. Préliminaires

O desejo de Deus está inscrito no coração do homem. São umas das primeiras palavras que introduzem-nos no Catecismo da Igreja Católica. O homem é, portanto “capax Dei”. Mesmo que ele não saiba, ou, por vezes, ignore, Deus é a resposta a tudo aquilo que o homem procura. A satisfação dos seus desejos mais íntimos. Essa é a ideia principal que levou Santo Tomás a formular a suas “provas da existência de Deus”. É próprio do homem conhecer. O conhecimento que o homem possui da realidade ultrapassa –e muito – o modo de conhecer dos animais inferiores. Enquanto estes conhecem tão somente pelos sentidos externos e alguns sentindos internos(memória e estimativa), aquele é capaz de apreender a realidade de maneira racional, pois possui inteligência, cujo objeto principal é o conhecimento “quod est”, daquilo que é. O conhecimento de Deus, todavia, divide-se em conhecimento natural e conhecimento sobrenatural. A existência de Deus – segundo o Aquinate - é algo que intuimos racionalmente. Faz-se necessário fazer, desde logo, uma diferenciação entre o conhecimento de Deus(pela razão) e o conhecimento de Deus(pela Revelação). São dois conhecimentos que, embora conduzam, como lhes é próprio, à Verdade, não se podem separar de seus âmbitos. O Deus dos filósofos não é o Deus vivo e pessoal testemunhado pela Revelação, mas um fundamento do mundo, sua origem. Em suma, ao Deus dos filósofos não se pode rezar. O que queremos dizer com isso? O que nos interessa, aqui, todavia, é o conhecimento natural de Deus. Foi para explicitar essa ideia que Santo Tomás formulou as 5 provas da existência. Ou seja, somente com a luz da razão é possível reconhecer a existência de Deus, enquanto ser transcendente, criador e sustentáculo do Universo.

2. 1.1.2. La connaissance naturelle de Dieu

No que concerne o conhecimento natural de Deus, pode-se dizer que há dois argumentos(ou vias de acesso) que são invocados, a saber: a.1)argumento cosmológico; a.2)argumento antropológico. O argumento antropológico sustenta que, partindo dos seres humanos, o homem pode, racionalmente, chegar, com certeza e sem erro, ao conhecimento de Deus. Parte-se, portanto, da ideia de que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Nas criaturas humanas, vê-se, ainda que de maneira imperfeita, alguns atributos divinos: bondade, beleza, verdade etc.

Entretanto, não nos interessa, por ora, o argumento antropológico. Atualmente pode-se dizer que possui muito mais força que o argumento cosmológico, sobretudo se se pensa que com o Renascimento e a valorização do antropocentrismo, o universe passa a ser visto sob a perspectiva do homem. O homem vem a ser – nas palavras de Protágoras – a medida de todas as coisas. Há aspectos positivos e negativos que poderiam ser analisados, mas que fogem ao nosso tema. O que realmente importa-nos sublinhar é que, à época do Doutor Angélico, a filosofia partia, precipuamente, da observação da natureza e da admiração com o cosmos, o que já nos faz ver a importância do argumento cosmológico. É, portanto, nesse contexto, que se insere a formulação das provas metafísicas da Existência de Deus. Provas não no sentido de provais “cabais”, realizadas em laboratórios. Mas argumentos convicentes e convergentes que nos permitem chegar a verdadeiras certezas.(31, Créé à l’image de Dieu, appelé à connaître et à aimer Dieu, l’homme qui cherche Dieu découvre certaines " voies " pour accéder à la connaissance de Dieu. On les appelle aussi " preuves de l’existence de Dieu ", non pas dans le sens des preuves que cherchent les sciences naturelles, mais dans le sens d’" arguments convergents et convaincants " qui permettent d’atteindre à de vraies certitudes.)

A razão, segundo Santo Tomás, partindo das coisas criadas, pode-se perguntar sobre a existência de Deus. Fora a mesma intuição que tivera Santo Agostinho. " Interroge la beauté de la terre, interroge la beauté de la mer, interroge la beauté de l’air qui se dilate et se diffuse, interroge la beauté du ciel (...) interroge toutes ces réalités. Toutes te répondent : Vois, nous sommes belles. Leur beauté est une profession (confessio). Ces beautés sujettes au changement, qui les a faites sinon le Beau (Pulcher), non sujet au changement ? " (Serm. 241, 2 : PL 38, 1134).

1.2. Les deux voies

1. 1.2.1. Le moteur imobile Para entender o alcance da formulação do Aquinate, faz-se necessário a compreensão de alguns conceitos metafísicos fundamentais, a saber: o conceito de ato e de potência. São dois conceitos, regra geral, indissociáveis. As coisas existem. E existem em ato ou em potência. Falar de “potência” significa tratar de todas as qualidades que uma coisa tem a capacidade de receber. Um estudante tem “potência” de aprender o conteúdo ministrado pelo professor em sala. Já o “ato” é quando a coisa(ente) já possui aquela qualidade que outrora possuía em “potência”. O professor possui em “ato” o conhecimento aos seu alunos que, por sua vez, têm “potência” para receber esse conhecimento. Essa é a primeira ideia. Até agora, fácil de compreensão. Todavia, é possível deduzir que se um ente possui certa qualidade em “ato”, a possui porque antes possuía a “potência” de adquirir essa qualidade. O aluno (sem luz), possuía a capacidade(“potência”) para o conhecimento. Isso nos leva a dizer que houve uma mudança de uma situação ignorância para uma situação de conhecimento. A fórmula do movimento é, portanto, definida como a passagem de “potência” para “ato”.

A pergunta que se fazia Santo Tomás era: “essa sequência de movimentos é finita ou infinita?” Se a sequência fosse infinita não teria havido princípio, sempre a potência precederia o ato, e jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em ato. Se este ser tivesse em potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que partir de um ser que seja apenas ato. Portanto, a sequência não pode ser infinita. Este primeiro motor não pode ser movido, porque não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente não podia ter potência passiva nenhuma, porque se tivesse alguma ele seria movido por um anterior. Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições. Este ser é Deus. Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei bondoso", porque isto implicaria que não seria atualmente bom, que Ele teria potência de vir a ser bondoso.

2. 1.2.2. La cause eficiente première

“Causa das causas não causadas, tende compaixão de mim” – Essas teriam sido as últimas palavras de Sócrates antes de tomar cicuta. Santo Tomás, tal qual os antigos, tinha claríssima percepção de que as coisas são causadas. Mais ainda: toda a causa possui um efeito. Detrás de um vaso sempre está um oleiro; de um livro, um escritor; de um quadro, um pintor; de um prédio, um arquiteto. Vendo essas relações causais, Santo Tomás se perguntava o que estaria, portanto, detrás do mundo? A fé já lhe dava uma resposta pela Revelação. Mas o Aquinate faz questão de desenvolver as questões formuladas pelos filósofos pré-cristãos, que chegaram muito longe. No mundo sensível, as causas eficientes se concatenam às outras, formando uma série em que umas se subordinam às outras: A primeira, causa as intermediárias e estas causam a última. Desse modo, se for supressa uma causa, fica supresso o seu efeito. Supressa a primeira, não haverá as intermediárias e tampouco haverá então a última. Se a série de causas concatenadas fosse indefinida, não existiria causa eficiente primeira, nem causas intermediárias, efeitos dela, e nada existiria. ora, isto é evidentemente falso, pois as coisas existem. Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada.

Related Documents


More Documents from ""

November 2019 22
Aquarela Do Brazil
June 2020 31
Caso_uso.docx
November 2019 41