PUCRS
Imunidade aos Parasitas Protozoários e Vermes
Moisés Evandro Bauer, Ph.D.
Sumário Características das infecções parasitárias Mecanismos de defesa do hospedeiro Mecanismos de escape do parasita
Características das infecções parasitárias
Algumas infecções parasitárias importantes
Locais de Infecção
• Os protozoários e helmintos são muito maiores que as bactérias • Contém maior quantidade e variedade de antígenos. • Muitos parasitas apresentam ciclos de vida, podendo apresentar determinados antígenos em um determinado estágio. • A maioria dos parasitas são específicos ao hospedeiro (ex. malária) • A resistência do hospedeiro às infecções parasitárias inclui fatores genéticos (ex. HLA B53 e malária) • Muitas infecções parasitárias são crônicas.
Mecanismos efetores
Macrófagos, neutrófilos e plaquetas constituem a 1ª linha de defesa
Porta de entrada é importante:
As cercárias de Schistosoma mansoni penetram a pele; Os tripanossomas e parasitas da malária que entram pelo sangue são removidos pelo fígado e baço;
Resposta de fagocitose é potencializada pela presença de anticorpos = citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC).
Eosinófilos matam larva de esquistossoma
Alguns mediadores químicos
Macrófagos produzem reativos intermediários do oxigênio (ROI) após fagocitose. Algumas citocinas potencializam ativação de macrófagos (IFN-γ e TNF-α), que passam a secretar NO. O NO contribui para resistência do hospedeiro na maioria das infecções parasitárias, incluindo leishmaniose, esquistossomose e malária. Neutrófilos liberam H2O2 para destruição extracelular.
Papel dos eosinófilos nas parasitoses São importantes nas infecções helmínticas. Dano celular ocorre após ligação em antígenos cobertos por IgG ou IgE. Eosófilos degranulam proteína básica principal (MBP) que causa dano nos parasitas (ex. esquistossômulos).
Dano limitado ao parasita, devido proximidade de contato.
Participam da lesão granulomatosa do ovo do esquistossoma.
Papel das células T nas parasitoses
Tipo da célula T envolvida depende do estágio do ciclo de vida. As células Th1 são importantes nos estágios iniciais da malária – papel imunoprotetor da citocina IFN-γ
Macrófagos infectados com L. Donovani e tratados com IFN-γ
Macrófagos crescem L. Donovani em meio sem IFN-γ
As células Th2 auxiliam na produção de anticorpos.
Imunidade contra nematódeos intestinais
Papel dos anticorpos nas infecções parasitárias
Possíveis respostas efetoras na esquistossomose
Mecanismos de escape do parasita
Algumas vias de escape
Alguns parasitas utilizam moléculas do SI:
Parasitas podem resistir à destruição pelo complemento:
Parasitas da Leishmania infectam macrófagos através do receptor do complemento. L. tropica é facilmente destruída pelo complemento e causa uma lesão na pele. L. donovani é 10 vezes mais resistente ao complemento e dissemina-se pelas víceras.
Infecção evitando a rota fagocítica:
Ex. Toxoplasma gondii e Leishmania (via CR1).
Algumas vias de escape
Resistência aos ROI e enzimas intracelulares Variação antigênica
Glicoproteína varíavel de superfície (VSG) dos tripanossomas
Inibição da expressão de MHC classe II Imunossupressão Liberação de antígenos solúveis pelos parasitas
Plasmodium falciparum: antígenos S ou termoestáveis diluem anticorpos circulantes.
Alguns mecanismos de escape da resposta imune