Iching

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  • Pages: 18
Rubens Zimbres, 27 de Julho de 2008. Estudo o I Ching desde 1993, mas só ultimamente pude obter o real entendimento e poder deste oráculo. Assim como no filme Matrix, onde Neo, o escolhido, atua no mundo das máquinas, um mundo paralelo, travando suas lutas nesse mundo com conseqüências no mundo real, vivemos numa dimensão terrena, o mundo dos homens, mas energeticamente estamos conectados ao mundo espiritual, uma outra dimensão, que pode ser entendida por alguns como energia, por outros como espíritos, ainda como Deus, santos, anjos, e assim por diante. Cada pessoa tem sua crença e isso não interfere no resultado. No filme, Neo (Keanu Reeves) consulta o oráculo, uma pessoa que só existe no mundo paralelo para orientar suas ações. E com o desenrolar da saga, ele passa a ouvir mais a si mesmo e passa a ter ele mesmo as respostas. Ou seja, acaba se tornando sábio e desperta seus poderes. Temos o Sr Smith, que nada mais é do que o subconsciente de Neo, sua parte contrária, com a qual Neo tem que lutar para livrar o mundo dos homens da dominação das máquinas. O homem criou as máquinas e acaba sendo vítima de sua criação, ou seja, vítima de seu subconsciente. No filme, enquanto na Matrix, tudo é possível e isso é uma alusão às esferas espirituais, onde não há limitações de ação, pois já não estamos no plano físico. O I Ching é um oráculo que foi desenvolvido há mais de 3000 anos pelos chineses. Por meio da utilização do acaso, acessa-se o Tao da Terra, do Homem e do Céu e por meio dele, o homem superior pode entender os fenômenos, equilibrando suas ações em conformidade com o céu, que é a verdadeira sabedoria. O Tao significa a lei suprema que rege as ações do Universo. Essa matéria, isto é, energia, tem sido estudada pelo astrofísico Stephen Hawkin, que relaciona com a existência de buracos negros no Universo com a existência do princípio criador, Deus. O I Ching, ou livro das mutações, trata dos fenômenos e suas mudanças no tempo e espaço. Sua complexidade aborda todas as coisas existentes na Terra e no Céu, e no fundo, oculta uma simplicidade e facilidade, que é o caminho duradouro e espontâneo do sábio, que não luta contra seu destino, mas age de acordo com as leis superiores e em seguida espera a ação da divindade. Assim como a água, que não tem forma e segue pelo caminho de menor impedimento, o sábio não tem forma, vai se adaptando e encontrando as vias de menor resistência em sua vida cotidiana. Tudo parece simples e fácil, mas isso é resultado de anos de dedicação e esforço. No final, nenhum esforço é mais necessário e cessam as preocupações e gastos de energia desnecessários. Por isso sábios jejuam. O texto do I Ching é útil e precioso, mas como diz o Tao, não se deve apegar-se a eles. O I Ching não é só um oráculo. É também um oráculo. Ele apresenta a sabedoria milenar chinesa caso se leia do início ao fim. Mas quando questionado, suas respostas são claras e precisas. O problema é que o homem que pergunta ao oráculo nem sempre está com sua cabeça vazia e livre de preconceitos, preocupações e medos. Isso faz com que seu subconsciente atrapalhe sua interpretação. Deve-se, portanto, livrar-se das preocupações, medos, preconceitos e fraquezas, antes de efetuar uma pergunta ao oráculo. O oráculo aconselha apenas ao homem superior apresentando as situações na qual ele se encontra, seu caminho de ação e o resultado de sua ação. Ao homem inferior, despreparado, suas respostas parecerão sem nexo e fora de contexto e poderão gerar medo. Sendo um

instrumento do Tao, que vê os homens como “cães de palha, destinados ao sacrifício”, como diz o Tao-Te King (de Lao Tzu), suas respostas são duras e o homem que faz uso do mesmo deve estar com o coração aberto e preparado para ouvir a realidade, que muitas vezes pode parecer cruel. Sob um fundo fixo, do Tao, os fenômenos acontecem e com eles sua evolução, representada pelas mutações. As estações do ano permanecem sempre as mesmas, a noite sucede o dia. Ou seja, o Tao do céu é fixo e segue leis imutáveis. Caso o homem se oponha a essas leis, poderá encontrar dificuldades em sua vida, pois suas ações não estarão de acordo com o tempo. Para se entender o real curso da divindade, devemos seguir a natureza. Se nos desviarmos da ação natural das coisas, a não ser que sejam épocas excepcionais, encontraremos o infortúnio (perda), o arrependimento ou a humilhação (tristeza). Por outro lado, se estivermos de acordo com as leis do céu, encontraremos a boa fortuna. Para que se possa questionar o I Ching, que passa portanto a ser um ser vivo e não simplesmente um livro, segundo as palavras de Richard Wilhelm, tradutor do mesmo, devese proceder a um ritual. O objetivo do ritual não é simplesmente superficial, mas tem profunda importância para que o questionador, no caso, o homem superior, entenda as respostas. Com o ritual, o homem superior integra-se à Ordem cósmica superior, entrando em contato com a divindade, o que facilita a sua interpretação da resposta. Para se efetuar a pergunta, deve-se ter em mente apenas um significado e a pergunta deve ter poucas palavras. Neste momento devemos ser sinceros conosco, pois a resposta será dada ao que mais preocupa nosso subconsciente. Logo, se efetuarmos uma pergunta que seja desprovida de um mínimo de entendimento, se formos movidos pela paixão ou por prazeres terrenos, a resposta será direcionada ao que realmente preocupa nosso subconsciente e não a entenderemos. Logo, devemos nos purificar e acessar nossa parte mais íntima, antes de perguntar algo ao oráculo. Para tanto, devemos acender três incensos, para purificar o ambiente das más energias. O oráculo deve ser guardado numa caixa de madeira, forrada com seda virgem e nuca deve ser guardado numa altura superior ao do homem, para que não se faça reverência ao mesmo, não deve existir idolatria. Devemos também meditar antes de perguntar ao oráculo. A meditação trata de se acalmar os pensamentos. O objetivo da meditação não é forçar uma situação de tranqüilidade artificialmente, mas de se acalmar o coração de maneira natural. Isso leva tempo e esforço. Devemos ter o objetivo de nos acalmarmos, mas não se deve forçar essa situação, pois senão a meditação fará mais mal do que bem. A meditação não significa pensar em somente uma coisa e deixar todas as outras de lado. Ela significa parar o pensamento, controlar a mente, significa não pensar. Isso é extremamente difícil, mas quando alcançado, abre novas portas para o auto-conhecimento e a paz interior. Com ela, afasta-se a influência dispersiva do Eu. Na meditação não se tem mais consciência do próprio corpo, entra-se em profundo contato com as esferas espirituais e tornamo-nos UNO com o universo.

O consulente deve perguntar ao oráculo voltado para o Sul, ou seja, voltado para a luz. Caso se utilize as moedas, deve-se passá-las sobre o incenso, em movimento circular horário, perfazendo três voltas sobre a fumaça. As 3 moedas devem ser lançadas 6 vezes e o hexagrama é montado de cima para baixo. Cada resultado do lançamento da moeda cria uma linha. Por exemplo, se lançarmos as moedas e obtermos 3 caras, teremos uma linha luminosa móvel. Se obtermos 3 coroas, uma linha obscura móvel, 2 caras e 1 coroa, uma linha obscura fixa e se obtivermos 2 coroas e 1 cara, uma linha luminosa fixa. Contudo, o que cara e coroa significam fica a critério de cada um. As linhas relacionam-se entre si. A linha na posição 6 representa o sábio, afastado dos assuntos do mundo. As linhas 2 e 4 representam os filhos, mulheres ou funcionários. Normalmente a segunda e a quinta linha se relacionam (marido e mulher, pai e filho), por serem centrais. A primeira e a quarta também, assim como a terceira e a sexta (o governante e o sábio): Posição Força da posição Signo Representa 6 maleável Céu Sábio 5 firme Céu Governante Marido 4 maleável Homem Ministro Mulher 3 firme Homem Governante 2 maleável Terra Funcionário Mulher 1 firme Terra

Julgamento Etapa fácil de compreender conclusão boa fortuna advertência infortúnio Filho favorável causa difícil de compreender começo efeito Pai Filho

Tabela 1 – Características das posições no hexagrama O hexagrama se divide em três partes: as linhas 1 e 2 fazem referência à terra, à semente da ação, a tudo o que está em seu estado embrionário e ainda não faz parte do mundo do homem, mas apenas no mundo das idéias. As linhas 3 a 4 dizem respeito ao mundo dos homens, a nossa realidade. As linhas 5 e 6, mais superiores fazem referência ao céu, ao mundo espiritual. Essas três esferas são importantes pois por meio delas pode se conhecer as sementes do que está para vir, saber se nossa ação deve ser feita no plano das idéias, no nosso plano terreno ou se é necessária uma luta ou intervenção no mundo da divindade, espiritual. O I Ching é composto de hexagramas, que são compostos por dois trigramas, sendo que cada trigrama é composto por três linhas, que podem ser luminosas ou obscuras, como se vê abaixo: Linha fixa firme, luminosa, valor 9 Linha fixa maleável, obscura, valor 6 Linha móvel firme, valor 7

x

Linha móvel maleável, valor 8

Ao se criar uma linha, se ela for luminosa, por si só determina seu oposto, o obscuro. E sendo uma linha, sua criação cria automaticamente os opostos, pois ela divide o que está em cima e o que está em baixo As linhas fixas são linhas estáveis, que não estão em mudança. As linhas móveis tratam das mutações existentes em determinada situação. Sobre um pano de fundo fixo, ocorrem as mutações. Então por exemplo, temos abaixo o hexagrama 35, progresso, com linhas móveis nas posições 1, 2, 3 e 6, enumeradas de baixo para cima:

x x x Para que possamos interpretá-lo, devemos saber quais os trigramas que o compõem. Esses trigramas podem ser os trigramas normais ou os trigramas nucleares. Os trigramas normais são o Receptivo abaixo (linhas 1, 2 e 3), composto de 3 linhas obscuras e o Aderir acima (linhas 4, 5 e 6), composto de duas linhas luminosas com uma linha obscura entre elas. Quanto aos trigramas nucleares, são compostos pelas linhas 2, 3 e 4, a Quietude e linhas 3, 4 e 5, o Abismal.

Atributo

Chi'ien Criativo Forte

Cores Corpo Animal Imagem

Cria Invisível Idéias Redondo Príncipe Frutos Vermelho escuro Cabeça Cavalo Céu

Nome

Família Movimento

Pai Para cima LUMINOSO

K'um Receptivo Abnegado Maleável Completa Visível Matéria Caldeirão Carroça Terra negra Ventre Vaca Terra Mãe Para baixo OBSCURO

Chên Incitar Movimento Estrada Decisão

K'na Abismal Perigo Razão Coragem

Kên Quietude Repouso Porta

Veemência

Lua Ladrões

Amarelo Pé Dragão Trovão

Vermelho Ouvido Porco Água

Mão Cão Montanha

Filho + velho

Filho do meio

Filho + moço

OBSCURO

OBSCURO

OBSCURO

Sun Suavidade Penetrante Trabalho

Indeciso Odor Homem rico Branco Coxas Galo Vento Madeira Filha + velha Para baixo LUMINOSO

Li Aderir Luminoso Clareza Dependência

Tui Alegria Jovial Palavras Concubina

Sol Raio Armas Olho Faisão Fogo

Boca Ovelha Lago

Filha do meio Para cima LUMINOSO

Filha + moça LUMINOSO

Tabela 2 – Características dos trigramas. Segundo o psicanalista Carl Jung, autor do prefácio do livro, o I Ching põe em dúvida nossa maneira usual de proceder, onde se considera causa e efeito. Em nosso mundo terreno, supomos que para cada ação teremos uma reação. No plano da Física, isso realmente ocorre, pois se esquentamos a água ela ferverá com certeza. Mas no plano

humano, nem sempre isso é real. Não se trata de A+B=AB. Trata-se de A+B=ABC. Vou explicar. Na ação humana, o resultado não depende apenas da ação, mas depende do nosso subconsciente, do subconsciente do receptor da ação e da espiritualidade de ambos. Logo, C significa a espiritualidade que está presente nos relacionamentos sociais. Em lutas marciais diz-se que “quem teme perder já está vencido”. É a mesma coisa do filme “O Segredo”. Nossos pensamentos criam nossa realidade, pois a energia que foi lançada no Universo preparará os eventos de acordo com sua força, intensidade e carga. Sendo assim, o princípio de cause e efeito, um dogma na Física, parece perder força nos relacionamentos entre seres humanos. A causa e efeito parece ser substituída pela sincronicidade, que é a coincidência de eventos no tempo e espaço. Isso é mais do que o mero acaso, pois obedece às leis do Tao. Sempre científico, Carl Jung tentou provar a cientificidade do I Ching. Como ele mesmo disse, já tinha 80 anos na época da elaboração do prefácio e para ele, “os pensamentos dos velhos mestres são mais valiosos para mim que os preconceitos filosóficos da mente ocidental”. Os trigramas luminosos, têm um governante (linha luminosa) e dois súditos (linhas obscuras). Esse é o caminho do homem superior. Os trigramas obscuros têm um governante e dois súditos, o que pode dar margem a desentendimentos, sendo portanto o caminho do homem inferior. Para que se entenda o futuro, deve-se recorrer à Seqüência do Céu Anterior ou Seqüência Primordial. O que acontecerá depende do padrão ocorrido passado. Aliás, toda a vida ocorre em padrões, que podem ser identificados pelo homem superior. Assim como a natureza possui padrões de ação, o homem também possui padrões de ação, razoavelmente previsíveis. O sábio, contudo, não tem forma e age conforme o momento. Por isso, muitas vezes não é entendido pela sociedade comum, e muitas vezes seus atos são mal compreendidos, podendo ser considerados até cruéis. Na criação do futuro, as forças da Natureza atuam. Inicialmente o trovão, com sua força eletricamente carregada desperta as sementes. Essa afirmação, feita há 3000 anos, está de acordo com a atual teoria evolucionária de geração da vida, encontrada na Biologia, onde se fala que as descargas elétricas ativaram as moléculas e originaram os seres vivos. Em seguida, o vento dissolve a rigidez do inverno. A chuva provê alimento às sementes e as faz germinar ao passo que o Sol provê o calor necessário. Percebe-se que a formação do futuro não é linear, diferentemente da formação do passado, que segue uma seqüência pré-estabelecida.

Verão Sul Ch’ien

Sun

Tui

7

2

6

Primavera Leste Li

3

4

1

Chên

5

8

Inverno Norte K’un

Figura: Seqüência do Céu Anterior ou Seqüência Primordial

Kên

Outono Oeste K’an

3,5

Seqüência do Céu Anterior = Passado 3

2,5

2

1,5

1

0,5

0 Tempo

No gráfico acima, a quantidade de linhas luminosas e obscuras existentes na Seqüência do Céu Anterior, ou seja, o foi transformado em gráfico. Percebe-se que a figura é perfeitamente simétrica, ou seja, não há sobrecarga de luz nem de escuridão. Pela suavidade das linhas, percebe-se que no seu crescimento há um ponto onde há uma pequena diminuição em seu valor para subir novamente, ou seja a ascensão não é contínua. Como são simétricas, o valor da média é zero, ou seja, a perfeita harmonia entre o luminoso e o obscuro. Percebe-se duas situações, o ápice do luminoso (valor igual a 3) e fundo do obscuro (valor igual a zero), signo Chên e o contrário, ápice do obscuro (valor igual a 3) com o fundo do luminoso (valor igual a zero, signo K’un. Outra situação de complementaridade acontece com os valores 2 (linhas luminosas) e 1 (linha obscura), e vice-versa. O movimento parece ser rítmico, tanto na ascensão quanto no declínio, composto de um movimento inicial de grandeza 2 e no final de grandeza 1. O futuro é, portanto, complexo e ao mesmo tempo se torna o passado do futuro seguinte, assim como nos autômatos celulares. Autômatos celulares (AC) foram inicialmente concebidos na década de 1940 por Stanislaw Ulam e John von Neumann. São máquinas de estado finito que evoluem pela execução simultânea de regras locais com as quais surge um padrão emergente global (HEGSELMANN; FLACHE, 1998; WOLFRAM, 2002). ACs possuem três características notáveis: paralelismo maciço, interações locais e simplicidade dos componentes básicos

(SIPPER, 2004). Devido à sua simplicidade e enorme potencial em modelar sistemas complexos, são largamente utilizados em simulações de trânsito, disseminação de doenças, conflitos populacionais, estudos de colônias de insetos e até mesmo propaganda boca-aboca. ACs podem ser vistos como um modelo simples de um sistema espacialmente descentralizado constituído de componentes individuais, as células. Não há, portanto, uma entidade centralizadora que orienta os indivíduos componentes do sistema, mas cada um atua conforme sua própria racionalidade, a regra. Normalmente os ACs são compostos por células e a comunicação entre as células constituintes é limitada pela interação local. Cada célula que constitui o AC possui um estado específico que varia de acordo com os estados da vizinhança local. Cada célula e se comunicará com um número finito de outras células. Tal comunicação é local, uniforme, determinística e sincrônica, determinando a evolução global do sistema, ao longo de passos discretos de tempo (HEGSELMANN; FLACHE, 1988). A evolução é determinada pelo estado anterior da célula, sua vizinhança e a função de transição aplicada, ou seja, a regra ou racionalidade do indivíduo (GANGULY et al., 2004; SIPPER, 2004). Na Figura 1 observa-se, a título de exemplo, a tabela de transição de um AC elementar, binário (ou seja, composto apenas por zeros e 1s), para um reticulado com N = 12 células, raio r = 1 (um vizinho para cada lado) e k = 2 estados (0 e 1), onde a célula X = 0, numa vizinhança 1 0 1, torna-se X’=1 no seu estado seguinte (Figura 2). Para a última célula à direita considera-se como vizinha à primeira da esquerda, formando uma condição periódica de contorno (WOLFRAM, 2002), ilustrada na Figura 3. Para cada vizinho, existem dois estados, 0 e 1 e oito possibilidades de vizinhanças ou transições de estado, criando-se 28 regras possíveis no espaço em que se definem, o chamado espaço elementar. Contudo, ACs podem ter mais de 2 estados.

Figura 1 – Tabela de transição para a regra 53 em AC com raio r = 1 e k = 2 estados. Fonte: o autor.

Figura 2 - Evolução do reticulado com a aplicação da regra 53. Fonte: o autor.

Figura 3 - Condição periódica de contorno, um toróide. Fonte: o autor. A execução simultânea de uma regra simples em todas células do reticulado em sucessivos passos pode fazer emergir um comportamento global complexo (GANGULY et al., 2004), o que é interessante, pois cada indivíduo tem acesso apenas a uma vizinhança local imediata e, no entanto, engaja-se na comunicação e integração de longa distância para realizar sua tarefa num princípio de transitividade (ao atingir vizinhanças distantes) e que caracteriza um sistema conexionista. A evolução dos ACs se dá segunda regras de comportamento individuais, como foi dito. Essas regras podem ser agrupadas em classes, de regras que convergem para a estabilidade (um ponto fixo), para uma estabilidade dinâmica (um atrator cíclico, ou seja, o estado da célula fica preso entre dois estados e uma hora apresenta um estado e no momento seguinte outro estado), ou até mesmo regras complexas, sem padrão reconhecível. Os ACs são o mais simples dos sistemas e podem explicar uma variedade de fenômenos. Admitindo-se que a condição binária de 0 e 1, temos que dois estados podem ser facilmente correlacionados com os opostos, como a luz e a escuridão, o bem e o mal, a virtude e o vício, a felicidade e a tristeza, a ação e não-ação, etc. A cada indivíduo cabe a escolha de seu estado, de acordo com a sua regra, i.e., a sua racionalidade. E como vivemos em sociedades, cada indivíduo se relaciona com sua vizinhança e é influenciado por ela. Sendo assim, aprendemos com o tempo a reagir a padrões de acontecimentos, tomando conhecimento que cada modo de conduta leva a um resultado específico, o que pode até mesmo ser confundido com clarividência. Essa constante avaliação de modos de conduta e padrões de acontecimento serve como um mecanismo de feedback para nossas escolhas. Ou seja, estamos constantemente reorientando nossas ações para atingir um resultado específico, seja ele o crescimento individual ou até mesmo para equilibrar as forças atuantes na nossa vida. Assim como no AC um estado tem seu início e evolui para um estado seguinte e esse estado seguinte será o início de uma nova transformação, a vida ocorre em passos. Sendo assim, num estado qualquer, teremos a entrada ou input e a saída, o output. Pensando assim, nada mais somos do que filtros, dado que recebemos energia externa, a processamos e a devolvemos ao ambiente, transformada. E o que seremos, um autômato celular ? O nosso corpo funciona como um autômato celular, quando se fala de energia. Mas se formos ainda mais para dentro, ao nível celular, cada substância química possui suas propriedades. O cálcio (Ca+2) se liga ao potássio (K-1), os opostos se atraem. E de acordo

com as substâncias que existem no ambiente celular, certas reações químicas ocorrerão. Isso ocorre também no nível macro, ao considerarmos que nas cidades, as vizinhanças se formam a partir de indivíduos semelhantes, como bairros de latinos, de negros, etc. Ou seja, os semelhantes se atraem, formando grupos de pessoas. Esse processo é dependente do tempo e do espaço. Depende do tempo pois em cada tempo existe uma configuração desta rede social. As interações ocorrem segundo a segundo e ocupam um espaço específico. E muitas vezes, essas interações levam a resultados inesperados. Assim como a união faz a força, essas interações em redes de pessoas fazem com que a soma das partes seja ainda maior que a simples soma das suas partes constituintes (AXELROD, 1984). Essa característica exponencial dos resultados de interações faz com que muitas vezes o resultado seja imprevisível, se levarmos em consideração as características iniciais do sistema. Ou seja, assim como é inexplicável que as colunas do Panteão o sustentem, também é inexplicável que a partir de forças individuais tão diminutas possa aparecer uma força coletiva tão surpreendente. Essa quebra do pensamento lógico nos remete à força criadora, que faz possível o impossível e é a essência da complexidade de um determinado sistema. Complexidade não significa dificuldade, mas sim um emaranhado de causas e efeitos, numa reação em cascata, onde tudo depende de tudo, dado que há uma interconexão das coisas. Esse fato remete ao efeito borboleta, onde se diz que o bater de asas de uma borboleta no Brasil poderia causar um furacão na China. Tudo está interconectado e é dependente de sua trajetória, apesar de os resultados nem sempre serem previsíveis. Assim, o autômato celular, um mecanismo básico, nos permite, por meio de uma abstração, entender certos processos existentes na sociedade e na Natureza. O profundo entendimento das leis da natureza, presente nos grandes mestres é decorrente de anos de estudo, dedicação e meditação. O conhecimento se acumula, e ele deve ser usado para se atingir a sabedoria. Pois tudo ocorre em ciclos. Quando se sabe pouco, pensase que se sabe. Quando se sabe muito, sabe-se que não se sabe. E quando se sabe que não se sabe, paradoxalmente as coisas se tornam simples, tudo se ilumina, pois nesse ponto à divindade é permitido espaço em nossas vidas, que faz com que os opostos se equilibrem e tudo passa a funcionar de maneira simples e natural, como um autômato celular. Voltando ao I Ching, para que se possa entender o passado, deve-se recorrer à Seqüência do Céu Posterior, ou Ordem Interna do Mundo, seguindo uma seqüência temporal. Cada trigrama corresponde a 45 dias no curso do ano ou a 3 horas no curso do dia. Assim, tudo se inicia com o Incitar, que gera o movimento, que é quando acordamos, às 6 hs da manhã. As coisas se completam na Suavidade, às 9 hs, que é o nosso entendimento. Logo, o momento onde acabamos de acordar normalmente nos dá uma intuição sobre o que é o certo e sobre o que realmente queremos. As pessoas se percebem no Aderir, que é o sol a pino, meio-dia. Em seguida, as pessoas se ajudam no signo do Receptivo, que dá forma às coisas, partejando-as, às 15 hs. Às 18 hs, as pessoas se tornam alegres e contentes. A luta e ocorre às 21 hs, no signo Ch’ien, havendo o esforço à meia-noite, no signo do Abismal. E tudo atinge a plenitude às 3hs, no signo da Quietude.

Ou seja, a seqüência do passado segue uma via circular no sentido dos ponteiros do relógio, sentido horário.

Meio-dia percebe Verão Sul Li 15 hs K’un Ajuda Trabalho comunitário

Sun

6 hs Germina Primavera Leste Chên

18 hs Outono Oeste Tui

3 hs Plenitude Kên

21 hs Luta Chên Meia-noite Esforço Inverno Norte K’an

Figura: Seqüência do Céu Posterior ou Ordem Interna do Mundo

3,5

Seqüência do Céu Posterior = Passado 3

2,5

2

1,5

1

0,5

0 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

-0,5

Neste gráfico percebe-se que o passado também possui média igual a zero, ou seja, perfeita harmonia entre as forças atuantes. Contudo, diferentemente da Seqüência do Céu Anterior, o movimento parece ocorrer em duplas de picos de valores 3 e 0 (Chên e K’un) e duplas de picos com valores 2 e 1 (outros trigramas). Contudo, à medida que o passado uma vez foi o futuro e o futuro será passado, devemos sobrepor as duas Ordens para saber as reais influências. Por exemplo, às 6hs da manhã, o passado germina na Ordem Interna do Mundo e temos a clareza sobre o futuro, a Seqüência do Céu Anterior. Às 9 hs, temos o entendimento do passado (Sun) e o contentamento com o futuro (Tui). Ao meio-dia, temos a clareza (Li) sobre o passado e a força criativa (Ch’ien) sobre o futuro, pois só se entendermos o passado poderemos criar um futuro adequado. Às 15 hs, ao socializarmos com outras pessoas em K’un, criamos nossa história na sociedade e passamos a compreender o futuro (Sun). Às 18 hs, as lembranças do passado nos dão alegria (Tui), mas essa alegria deve ser acompanhada da razão (K’na, Abismal) para que não nos traga um entusiasmo desmedido levando-nos ao perigo da insensatez. Às 21 hs, em nosso momento de luta sobre o passado (Ch’ien), ao considerarmos nossas ações, acertos e erros, não devemos nos preocupar com o futuro, mas sim mantermo-nos quietos e sem preocupações sobre o futuro. À meia-noite, quando vamos dormir, é hora de ponderarmos sobre o passado com a razão (K’an), num momento de introspecção. É nesse momento que o futuro é partejado e nasce. Às 3hs da manhã, quando estamos dormindo, cessam as preocupações sobre o passado e estamos em quietude (Ken). É quando o movimento (Chên) em direção ao futuro começa a acontecer.

21 de dezembro Meio-dia percebe Verão Sul - Li

AMOR

REGRAS SOCIAIS 4 de fevereiro 15 hs K’un Ajuda Trabalho comunitário

5 novembro Sun AMOR 7

REGRAS SOCIAIS 2

6 6 hs COMEÇO Germina 21 setembro Primavera Leste Chên

PERSEVERANÇA

3

4

1

18 hs Outono Oeste Tui

21 de março

5 JUSTIÇA

SABEDORIA 8 3 hs Plenitude Kên 5 de agosto SABEDORIA

21 hs Luta Chên Meia-noite Esforço Inverno Norte - K’an 21 de junho

JUSTIÇA

5 de maio

Logo, num mesmo momento, temos o passado e a semente do futuro que em breve também será passado. Se considerarmos o futuro ou Seqüência do Céu Anterior como um disco e a Seqüência do Céu Posterior (passado) como discos, vemos que o passado vai se acumulando, como discos empilhados, saindo de duas dimensões para formar uma terceira dimensão, com volume tridimensional. Alguns autores sugerem que há íntima relação dessa estrutura tridimensional com as estruturas do DNA. Se lembrarmos que as linhas firmes e maleáveis são opostos que se complementam, os aminoácidos que formam a cadeia de DNA também criam características nos seres vivos, de acordo com sua combinação. Como vemos no gráfico figura na página seguinte, obtido somando-se a quantidade de linhas luminosas e obscuras na Seqüência do Céu Anterior e na do Céu Posterior juntas, ou seja, o passado e o futuro acontecendo ao mesmo tempo, como usualmente ocorre, temos que o obscuro atinge picos de -4, ou seja, quando temos a meia-noite, K’an na Seqüência do Céu Posterior (passado) e K’un na Seqüência do Céu Anterior (futuro). Ou seja, o poder obscuro parece ser menos estável que o poder luminoso. Aplicado às leis humanas e autoaperfeiçoamento, isso significa que devemos estar preparados para essas quedas abruptas de

energia e domínio do poder obscuro. Ainda, o firme e luminoso é mais estável, mas o maleável pode se tornar excessivo, tornando-se fraqueza. É o que diz o hexagrama 15, Modéstia, “Modéstia que se exterioriza. É favorável colocar os exércitos em marcha para castigar a própria cidade e o próprio país”. Ou seja, a fraqueza se torna excessiva e a modéstia, que é uma característica do homem superior, pode fazer com ele se torne subserviente.

3

Área com preponderância do luminoso 2

1

0 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

-1

-2

-3

-4

Área com preponderância do obscuro -5

Os Julgamentos que aparecem no I Ching tratam de indicar ganho ou perda (boa fortuna ou infortúnio) decorrente da ação a ser tomada. Ou seja, são interpretações e referem-se às mudanças e podem ser atribuídas ao Rei Wên. Ao falar devemos nos guiar pelo conteúdo dos julgamentos. Também indicam a tristeza (arrependimento) ou cautela (humilhação). Mudança é a conversão de uma linha maleável em firme e significa progresso. Transformação é a conversão de uma linha firme numa linha maleável e significa retrocesso. Assim, as perguntas devem ser feitas com palavras de ações, como “O que acontecerá seu fizer A?”. Ou outra pergunta: “O que acontecerá seu fizer B?”. Não se deve perguntar “Como será meu futuro ?”, uma pergunta vaga e sem ação. Nem deve se perguntar “O que acontecerá seu eu fizer A ou B?”. E devemos nos contentar com a resposta e meditar sobre ela, caso contrário podemos tirar o Hexagrama 4, que diz: “Não sou eu quem procura o jovem insensato. É o jovem insensato quem me procura. À primeira consulta eu respondo. Se ele pergunta duas ou três vezes, torna-se importuno. Ao que se torna importuno não dou nenhuma resposta”.

As Imagens se referem à revelação do visível, às decisões e aos objetos feitos pelo homem. O homem que entende o processo de formação do futuro e do passado passa a se colocar de acordo com as leis do céu, e com isso, recebe ajuda do alto e suas ações são acompanhadas do sucesso, ou boa fortuna. O homem superior, antes de se colocar em movimento e antes de falar, analisa a situação para que não se arrependa de seus atos. Sempre que vai pedir um favor, trata de criar um relacionamento com a outra pessoa, para não sofrer humilhação. As palavras criam nossa realidade pois são o sentimento expresso. Elas exercem influência sobre os outros e através das palavras, o homem superior move o céu e a terra. Logo, temos que ser cautelosos para que não sejamos prejudicados por palavras duras ou até mesmo palavras que não possuam conteúdo. O I Ching diz: “quando duas pessoas se compreendem plenamente no íntimo de seus corações, suas palavras tornam-se doces e fortes como a fragrância das orquídeas”. O homem que se coloca em harmonia com o céu e a terra, entende que é um microcosmo, que em si está contido o Universo em um espaço menor. Assim, adquire as puras capacidades que existem no Universo, a sabedoria e ação, o intelecto e a vontade. Se o intelecto e a vontade estão corretamente harmonizados a vida afetiva também se harmoniza. Com isso, o homem não depende mais de sua sorte e do acaso, mas pode modificar seu destino. Esse conhecimento é raro nos homens. O Tao do universo é bondade e sabedoria, mas em sua essência última, o Tao está também além da bondade e da sabedoria. É a total ausência de julgamento, que a princípio pode parecer uma indiferença, mas se refere ao mais profundo entendimento do mundo e dos seres que o compõe. Nesse estágio, o homem pára de interferir nos acontecimentos do mundo, não ajuda mas também não é ajudado, ou seja, simplesmente não age e é justamente através da não-ação que as coisas acontecem. Quando agimos movidos por nossas paixões e desejos, visamos o lucro e o ganho. Mas quando simplesmente agimos sem interesse, as coisas acontecem por si sós, e o céu e a divindade podem executar seus planos. O Tao manifesta sua bondade, mas oculta suas atividades. É o mesmo caso de se falar que a mão direita não sabe o que faz a mão esquerda. O sábio deixa as honrarias de suas ações para outros, pois não é movido pela vaidade pessoal. “Por meio de uma ação, o fruto de uma centena de pensamentos se realiza, logo, qual a necessidade da natureza humana de ter pensamentos e preocupações?”. Essa passagem do I Ching é uma alusão à teoria sobre o poder do subconsciente. O poder do subconsciente pode ser nosso amigo ou nosso inimigo. Caso não tenhamos poder sobre ele, seremos escravos de suas vontades. Mas para o sábio, os efeitos por ele provocados originam-se em seu subconsciente, afetam de forma misteriosa o subconsciente dos outros e alcançam uma tal amplitude e profundidade de influência que transcendem a esfera individual, penetrando no âmbito dos fenômenos cósmicos. Ou seja, devemos ter a clareza de pensamento e a ausência de medo e dúvidas para que possamos influenciar positivamente as pessoas. Isso então ocorrerá de maneira natural e sem o esforço da vontade. Ainda em relação às palavras, O I Ching diz “As palavras daquele que planeja a revolta são confusas. [...] As palavras dos homens de boa fortuna são poucas”, pois os últimos

atingiram o entendimento sobre a vida, e perceberam ser essa fácil e simples, o que não exige muitos devaneios e explicações. O Tao também está relacionado à numerologia, que pode revelar grandes segredos. Contudo isso será assunto futuro. A título de curiosidade, lancei as moedas com o intuito de fazer uma análise para os leitores deste artigo. O resultado é:

x Hexagrama PAZ, e sua análise: Vejamos o JULGAMENTO: PAZ. O pequeno parte, o grande se aproxima. Boa fortuna. Sucesso. Temos dois trigramas, Ch’ien temos Tui abaixo

e K’un

. Como trigramas nucleares

e Chên acima

Logo, o visível, a matéria, o maleável e obscuro K’un está do lado de fora (acima), indo embora e o invisível, forte e criativo Ch’ien está do lado de dentro (abaixo). Com relação aos trigramas nucleares, temos a Alegria (Tui) e palavras do lado de dentro e o Movimento (Chên) externo. Ou seja, as palavras estão sendo ditas, que é o que faço aqui. Veja Tabela 2. O céu Ch’ien com seu movimento ascendente está sob a Terra K’un , com seu movimento descendente. Logo, um vem ao encontro do outro, unindo seus poderes. Essa união traz paz e bênçãos a todos os seres. Isso também representa harmonia social, onde os poderosos vêm até os humildes. No homem, isso significa o espírito dos céus em seu interior. Ou seja, força interna aliada à devoção externa. Ainda, o interior cria e é partejado externamente. A tranqüilidade prevalece. O hexagrama PAZ significa união, inter-relação. É o oposto do hexagrama Estagnação. IMAGEM Céu e terra unem-se: a imagem da PAZ. Assim o governante divide e completa o curso do céu e da terra, Favorece e regula os dons do céu e da terra e desta forma ajuda ao povo.

O governante divide e completa o curso do céu e da terra, ou seja, divide o fluxo do dia e das estações do ano, de acordo com a seqüência dos fenômenos, para ajudar a si mesmo e aos homens. A minha decisão foi de ajudar as pessoas, realmente. 6 na quarta posição Ele desce voando e sem se vangloriar de sua riqueza. Junto a seu próximo, sincero e sem malícia. Isso significou minhas reais intenções ao escrever esse artigo. De posse do conhecimento, decidi compartilhá-lo com as pessoas, de maneira sincera. E isso equivale, segundo o texto original do I Ching, aos sentimentos mais profundos do homem. Se analisarmos a Tabela 1, no início do artigo, vemos que a quarta linha maleável representa o Tao do Homem, o ministro, ou seja, alguém que não dispõe de autoridade própria, mas fala em nome de seu superior. É uma linha maleável que vai se tornar firme e significa progresso. Logo, se estamos no Tao do Homem (terceira e quarta linhas), a resposta diz respeito à nossa realidade, a nossa realidade. Essa linha está no alto do trigrama nuclear Tui, Alegria, palavras, ou seja, o máximo de alegria e palavras ditas e no meio do trigrama nuclear superior Chên, movimento, ou seja, o movimento não vai a excessos. Se considerarmos a Seqüência do Céu Anterior, ou seja, o futuro, estamos nos passos 7 Ch’ien e 8 K’un, ou seja, próximo da conclusão da tarefa, que será seguido pelo movimento interno das pessoas (passo 1, Chên) e o entendimento da situação como conseqüência (Sun, passo 2). Ou seja, estamos nos direcionando para um futuro de entendimento. Quanto ao passado, ou Seqüência do Céu Posterior, o passado é caracterizado por luta e esforço, ou seja o aprendizado (Chên) que resultou em ajuda à sociedade (K’un), que é exatamente o caso. Quanto à numerologia, a soma total das linhas dá 9+9+9+8+6+6 = 47. Somando-se 4 com 7, temos 11. Somando-se 1+1, temos 2. Dois é o número do conflito, do encontro de forças positivas e negativas, que deve ser gerenciada para que se atinja o equilíbrio. Mas essa parte ainda não está muito clara na minha mente, deixemos para o futuro.

Abraços a todos

14

34

AMOR

5

9

43

28

50

REGRAS SOCIAIS

32

21 de dezembro

57 48

Meio-dia

26

5 novembro

1 44

18

Verão - Percebe Sul - Li

11 10

46

15 hs 6 K’un Ajuda 47 Trabalho comunitário 64

58

9 hs Completa Sun

38 54

AMOR

4 de fevereiro

40

61

7

REGRAS SOCIAIS

60

59

COMEÇO 21 setembro

2

6

41

6 hs Germina Primavera Leste Chên

19 13 49

29

PERSEVERANÇA

3

4

4

18 hs Outono Oeste Tui

21 de março

7 33 31

30

1

55

56

5

62

37

SABEDORIA

8

53

63

3 hs Plenitude Kên

22 36

17 21

SABEDORIA

39

21 hs Luta Chên

25

5 de agosto

JUSTIÇA

51 42

3

24

2

23

15 12

Meia-noite Esforço - Inverno Norte - K’an 21 de junho 27

52

45 35 16 8

20

JUSTIÇA

5 de maio

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